APENAS UMA REGRA (ROMANCE GAY/HOT) - CAP 9: MAKEOVER

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 1722 palavras
Data: 20/11/2021 16:41:15

— Eu não quero ficar careca. — protestou Miguel, quando Nicky sugeriu passar a máquina nos cabelos dele. — A minha cabeça é esquisita.

— Gente, porque é tão difícil fazer uma transformação em homens? — questionou Nicky, sentando e cruzando as pernas. — Assim eu penso melhor. — ela se defendeu, depois que olhamos com desconfiança em sua direção.

O filho da puta do Klaus não responde as minhas mensagens. Ele deve estar ocupado tramando o mal contra o Miguel. Só de pensar que ele pode machucar o Miguel. Porra! Eu tenho vontade de quebrar o Klaus na porrada. Enquanto a Nicky inicia a sua "obra de arte", eu observo o Miguel. Ele é um cara super de boa. Um ser humano genuíno, não um bosta igual a mim.

— Cheguei com as tintas! — gritou Izzy, ao abrir a porta e entrar carregando várias sacolas.

— Calada, mulher. Estou criando! — Nicky a repreendeu.

O apartamento se transformou na sede do Esquadrão da Moda. Agora, a pergunta que não quer calar: Miguel vai ficar feliz com a mudança? Nicky e Izzy ficaram concentradas na missão de Makeover. Elas decidiram descolorir os cabelos de Miguel, mas ainda não tinham decidido pela cor.

Eu não dei uma opinião, apenas me diverti ao ver o Miguel com medo. Ele me olhava, na esperança de uma ajuda, mas eu ficava calado e filmava alguns momentos da tortura, digo, transformação. Máquina para cá, tesoura para lá. As mãos de Nicky eram ligeiras e precisas.

O cabelo bagunçado de Miguel deu lugar para um corpo curto dos lados e com uma franja curta. Caralho, uma mudança muito bem-vinda. O Miguel tentou levantar para se olhar no espelho, mas as garotas o impediram.

— Agora, querido Miguel, chegou a hora de descolorir. — anunciou Nicky, colocando a tesoura de lado, e visivelmente feliz com o resultado de seu trabalho. — A mamãe arrasa demais.

— Vai doer? — perguntou Miguel com um desespero genuíno nos seus olhos.

— Como se uma lixa estivesse sendo passada na sua cabeça, mas a beleza é dolorida. — disse Nick, dando uma risada maligna.

— E qual vai ser a cor? — indaguei, tendo o privilégio de assistir a transformação de Miguel de camarote.

— Galáxia! — exclamaram Izzy e Nicky juntas.

— Oh, céus. — balbuciou Miguel, fechando os olhos e fingindo um choro.

Nunca descolori os meus cabelos. Deve ser a única parte virgem do meu corpo, ou seja, tenho orgulho disso. A Nicky afirmou que os fios naturais de Miguel seriam fáceis de descolorir. Com o produto para descoloração pronto, a Nicky iniciou o processo. Foram quase uma hora de sofrimento. O objetivo era evitar o amarelo ovo.

Nem preciso dizer que o Miguel reclamou em cada etapa, principalmente, nos momentos finais. Chego perto dele e vejo algumas partes de seu couro cabeludo ficando vermelhas.

— Eu quero dar um tempo. Por favor, Nicky. — choramingou Miguel. — Piedade.

— Querido. Você acha que esse corpinho chegou até aqui sem sofrimento? Miguel, a transformação vai salvar a tua vida. Então, cala essa boca e aguenta como homem. — ordenou Nicky. — Depois nós mulheres que somos moles.

— Amém, irmã. — brincou Izzy, fazendo as unhas no sofá.

Depois da torturante descoloração dos cabelos, o Miguel foi proibido de ficar perto dos espelhos. A Izzy o puxou para o sofá e fez suas unhas. Ela ousou e pintou as unhas dele de preto.

— Você vai virar outra pessoa, Miguel. O seu tio não vai te reconhecer. — afirmou Izzy.

— Crianças! A tinta está pronta e ficou linda. Miguel, você será a minha obra de arte! — celebrou Nicky voltando com uma vasilha em mãos. — Vou colocar a galáxia na sua cabeça.

Tá, cansei. Ser espectador de uma transformação é chato pra porra. Eu fui para o quarto e para dar um cochilo, afinal, ainda teria uma noite de trabalho pela frente. O frio de São Paulo deu uma trégua e dormi sem camiseta.

Desperto com uma ligação de Júnior, o meu personal trainer. Porra, esqueci da nossa sessão. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Me desculpei e remarquei o treino para o fim de semana. Droga. Eu preciso manter o corpo. Não posso engordar, ou os clientes podem perder o interesse. Mundo de merda.

Escolho uma roupa quentinha para enfrentar o frio de São Paulo. Essa cidade é uma loucura. De manhã está um clima agradável, no fim da tarde, o frio invade com os caralho as ruas. Tem dias que preciso usar dois pares de meias para aguentar as baixas temperaturas.

— Anjo caído! — gritou Izzy da sala.

Porra, o Miguel. Eu tinha esquecido da transformação. Pego a camiseta e fui em direção a sala. Caralho, mano. Para sacanear comigo, a Izzy pega o celular e coloca a música "Kiss Me", da banda Sixpense None The Richer. Desgraçada. Ela me paga.

Mas, cara, que homem lindo. Os cabelos de Miguel estavam com tons de roxo, formando um belo degradê de Galáxia. As meninas o levaram para a Galeria do Rock e compraram roupas diferentes do estilo dele. Elas aproveitaram o passeio para colocar brincos nas orelhas dele.

O cacete da minha cabeça não conseguia acompanhar as novidades. O Miguel estava sexy. A Nicky e a Izzy acertaram em tudo. Não que antes o Miguel fosse feio, mas ele parecia diferente. Será que estou ficando louco?

— Caralho, garoto zumbi. — soltei, fazendo todos rirem.

— Estou bem? — ele questionou, meio sem graça.

— Está lindo. — garanti.

— Hum. — Nicky olhou para Izzy e sorriu. — Acho que estamos sobrando, meu bem. Acho que merecemos um vinho. — as duas correram para a cozinha e nos deixaram na sala.

O Miguel parece um pimentão. Não deve receber muitos elogios. Eu sou um profissional da bajulação. Digamos que sei uma ou duas coisas sobre deixar as pessoas à vontade.

— Esse brinco é de verdade? — perguntei me aproximando de Miguel e tocando em seu rosto.

— Sim. Como você diria: doeu para caralho. — brincou Miguel, sem manter contato visual.

— Você está lindo, Miguel. — comentei, de novo. Ainda com cuidado para não ultrapassar nenhuma barreira.

— O-obrigado. Acha que as pessoas vão me reconhecer? — ele perguntou.

— Porra. Eu quase não te reconheci. Você pode passar na frente do Klaus e nem ele vai te reconhecer. — garanti pegando no ombro de Miguel, que não conseguia olhar no meu rosto.

Cacete. Literalmente, cacete. O meu pau fica meia bomba. Então, invento uma desculpa e volto para o quarto. Como uma mudança de visual pode deixar alguém tão gostoso? A cor galáxia realçou a beleza natural do Miguel. As roupas deram um ar mais despojado e viril. Coloquei a minha jaqueta e segui para a rua, afinal, apesar dos meus dilemas ainda precisaria ganhar dinheiro.

Ando de um lado para o outro, ainda na portaria do prédio. Eu não quero me envolver com o Miguel, sem sexo ou romance. Porra, ele é virgem. O cara tem 20 anos e é virgem. Sinto como se uma faca estivesse na minha garganta. Uma faca afiada e tentadora. Será que estou sendo dramático demais? Talvez, só talvez, eu devesse baixar a bola e seguir normalmente.

Sou um homem de 25 anos. Dono da minha vida. Com certeza, tenho a capacidade de controlar o meu pau. Ando cabisbaixo, o sentimento conflitante continua rondando o meu peito. Chuto uma lata de coca-cola, que quica e acerta um carro. Olho em volta, só que ninguém percebeu.

A porra da temperatura começa a baixar. Quando chego no meu ponto, um carro está estacionado. Eu reconheço na hora. É o Klaus. O maldito baixa o vidro e acena na minha direção. Coloco as mãos nos bolsos da jaqueta e sigo na direção do veículo. Preciso contar até dois milhões para não avançar na cara do filho da puta.

— Boa noite, gatinho. Eu pensei em te ligar, mas não quis incomodar. Estava pela região e decidi te ver. — explicou Klaus, que usava um terno azul marinho. — Entra.

— É pra já, doutor. — concordei, entrando no carro e cerrando os meus punhos.

Eu tenho duas opções: matar o Klaus ou usar todo o meu charme para conquistá-lo. Tá, porra, não quero ser preso. Acho que seria um alvo fácil no presídio. Um rostinho lindo desses. No caminho para o hotel vamos conversando sobre aleatoriedades. Busco uma brecha para deixar o assunto mais pessoal, porém, ele consegue desviar de todas as minhas tentativas.

Fico surpreso, porque não vamos para um motel. Klaus estaciona na frente do Hotel Fasano e entrega o carro para um manobrista. Eu saio, ainda embasbacado com a grandiosidade do local, quase tropeço na escada. Aparentemente, o quarto já está reservado, pois seguimos direto para o elevador.

O meu estômago parece que vai se revirar dentro da barriga. O Klaus aperta o número 14. Uma música familiar toca nos fones do elevador, mas não reconheço. Depois de um minuto em silêncio, o tio de Miguel avisa que vamos passar a noite no hotel. Ele entrega uma quantia de dois mil reais nas minhas mãos.

— Quero você só para mim hoje. — ele avisa.

— Ok. — digo com o dinheiro em mãos.

Droga, Stefano. Eu não posso fraquejar. O Miguel depende de mim para destruir o Klaus. Qual é, porra, tú é um ator. Faça a atuação da sua vida e seduza esse desgraçado. Pelo jeito, vou ter que improvisar, algo que estou acostumado. Não se preocupe, Miguel. Vamos derrubar o titio querido.

Mal entramos no quarto e já agarro o Klaus. Nossos corpos são uma bagunça. Tiro o seu paletó azul marinho e jogo longe. Estamos frente a frente. Consigo ouvir o coração do Klaus batendo forte. Acho que ninguém olha com essa intensidade para ele. O beijo do Klaus tem um gosto de vodka com balinha de menta.

— Eu vou te dar trabalho, titio querido. Você aguenta? — questiono o pressionando contra a parede.

— Isso depende de você. — Klaus retrucou me beijando freneticamente. — Você vai pegar leve?

— Claro que não. — afirmo, segurando os braços de Klaus acima de sua cabeça e o beijo de língua.

Fomos direto para o chuveiro. Exploro cada parte erógena do corpo do velhote. Ele geme de prazer como se fosse uma putinha no cio. O coloco contra a parede e desço até a sua bunda. Uso as mãos para separar as poupas de sua bunda. Começo a linguar o cú de Klaus, que geme de prazer ao levar as linguadas.

— Continua. Continua. — pedia a minha putinha.

— Calma, bebê. Estou só começando. Estou apenas começando. — digo, passando a língua de maneira lenta em Klaus.

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