Carla V

Um conto erótico de Nassau
Categoria: Heterossexual
Contém 3324 palavras
Data: 22/11/2021 00:36:30

O dia do lançamento do livro se aproximava e tudo continuava na mesma. Isso quer dizer que o local e o buffet já eram problemas resolvidos, porém, as recepcionistas ainda era um problema. Era quarta-feira e nenhuma das soluções apresentadas era problema. Foi Fabiano ouviu de seu agente que, se essa situação não se resolvesse até o final daquele dia, eles seriam obrigados a encontrarem pessoas avulsas que tivessem alguma experiência e ele imediatamente se lembrou do que Carla havia dito a respeito da irmã. Comentou então o fato com o Agente que, depois de criticá-lo por não ter dito nada antes, perguntou se havia como entrar em contato com ela. Imediatamente ele ligou para Carla.

Carla, informando que não estava em casa, pediu um tempo dizendo que ligaria para a irmã e retornaria a seguir, o que ela fez antes que tivessem transcorrido quinze minutos. Porém, não eram boas notícias, pois a irmã recusara. Pelo que Carla deixou transparecer, ela ficara melindrada com o desinteresse dele, o que quer dizer que, havia disponibilidade de tempo sim, o que não havia mais era o interesse dela em ajudar. Diante desse fato, ele insistiu e chegou até mesmo a pedir ajuda para a garota, implorando que ela convencesse a irmã. Depois de várias ligações e negociações de valores, a irmã de Carla foi convencida.

Na verdade, o valor combinado era bem abaixo do que seria gasto caso se utilizassem de uma Agência de modelos, pois sem a porcentagem destinada à empresa, impostos e outras taxas, ambas as partes seriam beneficiadas. Ficou combinado então que a irmã de Carla iria encontrar com eles e, segundo ela, talvez já levasse em sua companhia alguns nomes e fotos de garotas para eles selecionarem. Pediram para que ela fosse imediatamente, concordando até em custear o valor que ela gastaria com táxi.

Com tudo acertado, meia hora depois entrava no escritório do agente, onde eles se encontravam, duas mulheres. Uma mais linda que a outra. Fabiano logo identificou qual seria a irmã de Carla. Uma loira alta, depois ele soube que a estatura dela era um metro e oitenta, olhos azuis com a irmã e um corpo de parar o trânsito. A outra, embora não tão linda como a loira, era uma morena de cabelos negros, lisos e compridos, uma pele de um tom bem escuro e os lábios grossos. Com estatura menor, deveria contar com um metro e sessenta ou menos, porém, com o corpo maravilhoso, o que podia ser notado através da calça justa e de uma camiseta também apertada que deixava claro que não usava sutiã. Os olhos eram negros como a noite, porém, o sorriso brilhava e emprestava uma luz que iluminavam sua beleza. As duas eram belas, porém, a irmã de Carla ultrapassava a outra em beleza. E em muito. Porém, o mais estranho para Fabiano foi ele ouvir de seu agente:

– Puta que pariu Fabiano. Você me promete uma modelo sem Agência e me aparece com Clara Ferruto? Isso vai dar problemas cara!

– Quem é Clara Ferruto? Qual o problema?

– Clara Ferruto é uma das modelos mais bem paga no mundo fashion e está bem aqui na minha frente. Se a gente usar os serviços delas, certamente vamos ficar falido no processo que vamos ter no futuro.

– Quanto a isso não tem problemas. Meu contrato venceu e preferi tirar um ano sabático. Então, com relação a isso não haverá problemas.

Nesse momento, examinando bem as duas moças, Fabiano se deu conta que seus rostos eram conhecidíssimos, embora o da loira fosse bem mais badalado, o da morena também era presença constante em anúncios na TV e em outdoors esparramados pela cidade. Ficou exultante em estar presente de tais celebridades, esquecendo-se que, para aquele evento, a celebridade era ele. Enquanto pensava nisso, Clara explicava que, se com relação a ela não haveria problemas, a outra garota, que se chamava Marcela, só poderia participar se o evento fosse discreto, pois ela não poderia aparecer em noticiários veiculados na televisão, revistas ou na internet. Como o agente pretendia explorar o máximo o evento, logo perceberam que a utilização de Marcela não seria possível e, como ficou claro, ela só tinha aceitado acompanhar Clara por amizade, então, sua dispensa ocorreu sem nenhum problema.

O problema agora é que o número de modelos estava incompleto. O agente planejara quatro, porém, Clara logo demonstrou sua experiência e, depois de alguns questionamentos, informou que três seria um número razoável, desde que houvesse uma a mais que agiria apenas para coordenar o serviço das demais ou intervir se houvesse necessidade. Dizendo isso, ela disse que já havia consultado uma colega que estava começando, porém, ela não era famosa. Como se utilizar de modelos famosas não estava nos planos do agente, ele concordou, desde que a aparência da moça fosse aprovada.

Naquela época, ainda não havia as redes sociais que existem hoje. O máximo que se poderia contar para um envio de imagens ou documentos eram os e-mails. Mas havia também o Orkut e Clara, solicitando permissão do agente, acessou o seu Orkut, entrou na página da garota e ali foi possível eles constatarem que se tratava de uma linda morena. Bastaram alguns telefonemas e ela foi contratada. Seu nome era Soraia.

Clara tentou alguns telefonemas para conhecidas delas, porém, ou já tinham compromissos ou apresentavam o mesmo problema que Marcela. Fabiano já estava angustiado quando ela apresentou uma nova sugestão:

– Bom gente. Já que está difícil e o serviço não é tão difícil assim, quem sabe não possamos pedir para minha irmã.

Fabiano gelou. Incluir Carla naquele serviço, considerando que a irmã dela estaria presente, poderia ser um problema. Vai que, de repente, o fato de ambos estarem próximos pudesse deixar transparecer algo que revelasse a Clara a situação que ele e Carla estavam vivendo. Enquanto ele pensava nisso, ouviu seu agente perguntar:

– E sua irmã é bonita assim como você?

– Penso que é. Talvez até mais bonita. Pergunte para o Fabiano, ele a conhece. – Respondeu Clara.

– Como assim, o Fabiano conhece? – Estranhou o agente.

– Como assim não vem o caso. O que conta é que ele conhece. E como conhece! – O tom de voz e a expressão divertida de Clara não deixava nenhuma dúvida. Ela sabia o que estava rolando entre Fabiano e sua irmã.

– Tudo bem. Conheço sim. E ela é muito bonita e também bastante comunicativa. Acho que daria certo. – Disse Fabiano ligando o ‘foda-se’, já que, ao que tudo indicava, não era segredo para Clara o que se passava.

Com três modelos contratadas, restava agora uma que servisse de apoio para elas. Depois de Clara dar vários detalhes do perfil que essa pessoa poderia ter e o primeiro deles é que não precisava ser jovem, que, aliás, alguém mais maduro poderia ser o ideal, inclusive, salientou ela, não havia necessidade de ser mulher, pois um homem com experiência em relações públicas poderia muito bem atender aos quesitos e, ao ouvir o termo ‘Relações Públicas’, Fabiano lembrou-se de Elisângela que exercia exatamente essa função em uma grande empresa e poderia verificar com ela se era possível ela faltar um dia no serviço. Combinaram então que seria importante ter a palavra final de Clara e, sendo assim, resolveram que ambos poderiam ir falar com ela.

Clara e Fabiano seguiram então para o prédio onde ele morava no carro dele e, no caminho, ela manteve o assunto focado apenas no evento de sexta-feira ou na profissão de escritor dele, demonstrando que havia lido um de seus livros, pois chegou a dar sua opinião sobre a obra. Porém, quando chegaram no hall de entrada do apartamento, ele tocou a campainha do apartamento de Elisângela, o que fez com que Clara comentasse:

– Se você está chamando nesse, então você mora naquele, não é?

– Sim. Esse aí é o meu apartamento.

– Hum! Sei! Então é aí o abatedouro?

– Que abatedouro? Do que você está falando? – Falou Fabiano se mostrando indignado, muito embora soubesse exatamente a que Clara se referia e ela não se fez de rogada.

– Tome muito cuidado moço. Machuque minha irmãzinha que você vai se ver comigo. – Disse Clara em tom de voz que deixava claro que ela estava falando sério.

Fabiano ficou pensando o que responder, mas foi salvo por Elisângela que, nessa hora atendia a porta trajando um roupão e com os cabelos molhados, indicando que tivera seu banho interrompido.

– Não se pode nem tomar banho sem que você venha me encher o saco? – perguntou ela de forma provocante, porém, ao perceber que Fabiano estava acompanhado, mudou o tom de voz dizendo: Ops! Desculpa aí hem. Foi maus. – E depois, olhando bem para Clara, viu a semelhança entre ela e a irmã e fechou com chave de ouro no que se refere a constranger aos outros: O que aconteceu com a Carla? Você por acaso obrigou ela a comer fermento para ela crescer tanto assim?

Fabiano sabia que, responder a qualquer uma das perguntas de Elisângela era dar combustível para uma conversa que ele não queria ter. Assim, apenas apresentou Clara e perguntou se podiam entrar, pois queriam falar com ela. Elisângela concordou e admitiu ambos em sua sala, fazendo com que os dois sentassem no sofá e ocupou uma poltrona em frente deles e aguardou enquanto, primeiro Fabiano e depois Clara, expusessem o problema que tinham com relação ao evento, perguntando no final se ela estava interessada.

Para surpresa de Fabiano, ela concordou sem hesitar, dizendo que tinha algumas horas em haver e que poderia sim faltar meio expediente naquele dia, o que fez com que discutissem algumas acomodações em virtude dela não dispor do dia todo. Com tudo acertado, inclusive, com Elisângela se recusando a cobrar por seu serviço sob a alegação que estava fazendo isso por um amigo. Com tudo acertado, Fabiano foi levar Clara na casa dela e, a primeira coisa que ela perguntou quando entrou no carro foi sobre Elisângela:

– Minha irmã sabe que você está comendo sua vizinha? – falou sem nenhum aviso prévio para entrar no assunto.

– Bom. Deve saber, pois a primeira coisa que ela perguntou quando ficamos os três juntos foi exatamente isso.

– E ela aceitou numa boa?

– Até agora ela não deu nenhuma demonstração de estar incomodada com isso. Acho que o meu relacionamento com sua irmã é o mesmo que com a Eli. Apenas sexo.

– Verdade isso? Apenas sexo? Pois preste muita atenção. Cuide bem de minha irmã. Você a magoa e vou a forra. – Depois, percebendo que Fabiano não ia fazer nenhum comentário a respeito, continuou: – Desculpe-me por falar assim, mas eu protejo minha irmã, apesar de ser dois anos mais nova. E ela me protege também.

– Ótimo isso. Eu apoio a união entre familiares. Mas o problema aqui é: Você protege sua irmã de mim, porém, que é que vai me proteger dela?

A gargalhada cristalina que Clara deu encheu o carro como se centenas de sinos de natal vibrassem dentro dele. Depois de muito rir, ela concluiu o assunto dizendo:

– Virgem santa. Já está assim então?

Aquela reação deixou bem claro para Fabiano que, entre aquelas duas irmãs, não havia segredos.

A partir desse dia, tudo correu às mil maravilhas. O evento aconteceu da forma esperada e foi um sucesso. As recepcionistas deram uma demonstração de eficiência com a beleza e cortesia das três modelos encantando aos presentes enquanto Elisângela, sem aparecer muito, estava sempre presente aparando as arestas e resolvendo qualquer problema de última hora. O que ficou marcado é que, entre as quatros mulheres encarregadas dessa parte, existia não só um entrosamento causado por uma afinidade instantânea entre todas, como a compreensão entre elas dava o indício de que surgia ali uma grande amizade. Para Fabiano não houve o menor problema, pois a única atividade destinada a ele era autografar os livros, responder às perguntas dos representantes da imprensa e ser gentil com todos, o que não era difícil, pois se sentia muito grato com a presença de todos ali.

A crítica também foi muito favorável e no dia seguinte seu agente e ele se deleitaram com os elogios e até com alguns comentários que profetizavam uma grande vendagem para o livro. Entretanto, ficou ainda melhor quando, reunidos em um restaurante para comemorar o sucesso do evento, surgiu uma novidade que prometia ser uma grande aventura para ele.

Tudo começou quando o agente de Fabiano, eufórico com o sucesso, disse que lhe daria como recompensa pelo lançamento do livro a chave do apartamento que tinha no litoral paulista, incitando-o a tirar um descanso de uma semana.

– Bem que seria uma boa, pois preciso mesmo espairecer. Mas eu não vou aguentar ficar uma semana na praia sem companhia. – Disse Fabiano olhando para Carla.

– Não precisa ser sem companhia Fabiano, – Disse Clara, ao mesmo tempo em que cutucava sua irmã com o cotovelo.

– Para com isso, – disse baixinho Carla, já deixando transparecer sua timidez, com o rosto em brasa, – o papai não nunca deixaria eu ir com o Fabiano.

– Isso você deixa por minha conta. – Respondeu Clara, com a voz contida, mas não tão baixa para que Fabiano não ouvisse.

O agente, percebendo isso, entendeu que estava tudo acertado e, pedindo licença, saiu em direção ao estacionamento, de onde retornou com um jogo de chaves. Em seguida, escreveu um endereço no guardanapo e entregou ao Fabiano que, um pouco descrente, aceitou a oferta e colocou tudo em seu bolso.

Depois da comemoração todos se despediram e coube a Fabiano levar Carla e a irmã, além de Elisângela para casa. Já passava da meia noite, com todos eufóricos pelo sucesso regado com bebida alcoólica e, no final, a decepção de Fabiano ao perceber que Carla também descia do carro quando ele foi deixar a irmã, porém, logo se deu conta que, apesar de terem transado quase todos os dias, a garota jamais aceitara passar a noite toda com ele. Elisângela, que ainda permanecia no carro com ele, notou a reação dele e o consolou dizendo:

– Não liga não. Ela não foi dormir com você, mas vocês vão ter toda essa semana na praia.

– Sei não. Você viu que o pai da Carla não vai deixa-la ir.

– Pois eu aposto com você que ela vai. Tenho certeza que a Clara vai dar um jeito. – Depois, sem aviso, mudou de assunto: – Interessante essas duas. A Clara é a mais nova, mas parece ser ela quem dá as cartas. Aí você observa o tamanho das duas e fica se questionando se tamanho não é mesmo documento. No caso dessas duas, parece ser.

– Verdade. Eu também achei estranho. Talvez seja por já ter uma carreira de sucesso que Clara seja mais desinibida. Desinibida e mandona, – completou depois de um breve intervalo.

– Talvez não. Essas coisas podem ser diferentes do que aparenta. De repente a Clara aparece na liderança por conveniência de Carla que, entre as duas, é muito mais inteligente.

– Ah! Para vai. Não dá nem para comparar. O desembaraço de uma com a timidez da outra.

– Vai nessa babaca. Vem falar comigo em timidez? Vá fazer uma visitinha nas escolas e faculdades que você vai escrever um livro sobre a timidez dos nerds.

Fabiano manteve-se calado, demonstrado que, para certas verdades, não existem argumentos. Perdeu-se em seus pensamentos avaliando o quanto era bom ou ruim o fato dele estar envolvidos com mulheres muito inteligentes. Elisângela e Carla eram, se bem que Carla, na hora do sexo, perdia toda sua capacidade de raciocinar diante da sede e da intensidade do desejo que sentia, enquanto Elisângela, que também era um vulcão na cama, era mais comedida e, muitas vezes, demonstrava estar no comando da relação.

– E você. Por que não vamos para a praia nós dois? Seria ótimo. – Perguntou Fabiano quando já entravam no estacionamento do prédio em que moravam.

– Seria ótimo, mas não vai dar. Tenho que trabalhar, esqueceu?

– É verdade. Mas seria muito bom.

– Só se for pra você, Eu ia detestar ficar segurando vela durante uma semana. Se bem que...

O último comentário de Elisângela acendeu uma luzinha no cérebro de Fabiano. O que ela quer dizer com isso. Então fez a pergunta em voz alta quando estavam no elevador.

– Nada não. Esquece. Você é muito curioso, sabia? – Disse a mulher fugindo do assunto e conseguindo, pois Fabiano a conhecia bem para saber que nada conseguiria se insistisse.

Quando saíram do elevador, Fabiano abraçou Elisângela a puxando para si e deu um beijo prolongado em sua boca, sendo esse beijo bem recebido por ela que enlaçou o seu pescoço enquanto colava seu corpo ao dele. Porém, quando ele a conduziu em direção ao seu apartamento, ela se desvencilhou avisando:

– Não Fabiano. Não devemos.

– Por quê? Ficou parecendo que você também quer.

– Sim, eu quero e não, não posso. E antes que você me pergunte o motivo, eu te explico que é sim por causa da Carla. Você ainda não percebeu que esse caso entre vocês dois vai muito mais além que o sexo alucinante que vocês estão tendo e eu não vou ser uma pedra no caminho de vocês.

– Quer dizer que a gente não vai ter mais nada? – Repetiu o argumento o Fabiano ao ver que ela não deixou bem claro essa parte.

– Vai depender de muitas coisas. E já vou avisando. A principal é que vai depender da Carla. Para acontecer alguma coisa entre nós ela vai ter que partic... hã... quero dizer, ela vai ter que concordar.

Fabiano não deixou de perceber o fora de Elisângela, além do constrangimento dela, chegando a mudar sua frase. Porém, discreto como era, evitou qualquer comentário e eles se deram boa noite, dessa vez apenas com um selinho.

Com a adrenalina ainda circulando em seu sangue somado à frustração de ter ido para a cama sozinho, Fabiano não conseguia dormir, assim, estava bem desperto quando seu celular tocou por volta das duas horas da madrugada. Era Carla que foi dizendo:

– Acordado ainda?

– Estou. Não consigo dormir. Estou com saudades de você,

– Mentiroso. Você acabou de me ver.

– Sim, Mas não vi da forma como eu gostaria.

– Seu tarado. – Em seguida uma risada e depois: – Bom você estar acordado. É que meus pais estavam esperando por nós e comentamos sobre a praia. Se você ainda quiser, ele deixou que eu fosse contigo.

Fabiano teve vontade de cantar uma ária tal sua felicidade. Porém, logo a seguir veio o sempre presente ‘mas’ que acompanha as boas notícias.

– Mas... Tem só um probleminha. – Disse Carla hesitante.

– Tudo bem. Que tipo de problema.

– Ele só deixa se a Clara for junto.

– Estava bom demais para ser verdade!

– Você não gostou dela. Achou ela feia, chata, ou o que? – Perguntou Carla sem demonstrar estar chateada.

– Nenhuma dessas coisas. Só que ia adorar ficar uma semana inteirinha com você só pra mim.

– Seu bobo. Ela não vai atrapalhar nada. Isso eu te prometo. E ainda tem uma vantagem, pois se você acha que ela é bonita e diz que eu também sou bonita, então vai ter duas mulheres bonitas para desfilar contigo na praia. – A risada que lembrava sinos de Carla se ouviu depois dela ter dito isso.

– Se é você que está falando, tudo bem. Só não acredito muito nisso. Mas tudo bem. – Respondeu Fabiano sem esconder seu desinteresse.

– Isso quer dizer que você concorda dela ir junto? – Perguntou Carla e, antes que ele respondesse, a ouviu gritar dando vivas e depois desligar o telefone sem se despedir.

Menos de trinta segundos e o telefone toca de novo.

– Ai, desculpe amor. Foi sem querer. Mas quando nós vamos?

– Bom. A chave está aqui. Eu não tenho nada que fazer. Então, assim que todos estiverem prontos nós descemos o morro. – Explicou Fabiano usando a expressão morro para se referir a descida da Serra do Mar para chegar ao litoral paulista.

– Tudo bem então. Eu te ligo amanhã logo cedo. Tchau amoreco. Um beijo na ponta do seu pau gostoso.

E novamente, sem esperar por resposta, desligou novamente deixando Fabiano, com um sorriso torto, a contemplar o telefone.

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Comentários

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Muito boa história! praticamente no meio da trama e se deparando com coisas novas com Fabiano Carla e sua irmã!

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A história tá meio embaraçada,hehehehehe,mas essas conversas todas Serão importantes pros próximos capítulos. Aguardemos.

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Com certeza isso vai pegar fogo amigão, você tem previsão quando continua o conto de e 2013. Tou curioso amigo kkkkkk

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