Outro dia, fui convidado para um encontro de nudismo indoor. Achei legal, pelo inusitado. Eu não sabia que existiam esses eventos. O convite me foi feito por um amigo virtual, que mora numa cidade próxima, e com quem eu desenvolvi uma amizade interessante, pela profundidade dos nossos papos. Ambos naturistas, mas por morarmos com nossas famílias, que não o são, não podíamos praticar o nudismo dentro de casa.
Assim, o convite foi aceito por mim, principalmente porque veio junto com excelentes recomendações. Seria também a oportunidade de conhecer o Jairo pessoalmente, depois de mais de cinco anos de profícua amizade virtual.
Aconteceria no apartamento de um amigo dele, que morava sozinho e podia vivenciar a felicidade de viver sem roupa enquanto estivesse em casa. Marcamos, eu e o Jairo, de nos encontrar numa lanchonete, na mesma rua do condomínio em que rolaria o encontro. Assim, poderíamos conversar um pouco pessoalmente, nos entrosarmos, ficar mais à vontade um com o outro. Além do mais, seria a primeira vez dele também... Não estávamos nervosos, mas era algo inédito, e sempre tem certa carga de estranhamento...
Dia e hora marcados, cheguei à lanchonete. Jairo já estava. Logo nos reconhecemos, nos sorrimos e nos abraçamos. Simpático, espirituoso e inteligente, assim como virtualmente. De cara, fui com a cara dele; arrisco dizer ser a recíproca verdadeira, pelo clima amistoso que de pronto se estabeleceu entre nós. Tenho cinquenta anos, Jairo cinquenta e quatro. Nossas conversas rondavam por experiências parecidas, contemporâneas.
Dirigimo-nos ao apartamento de nosso anfitrião. Geraldo autorizou nossa subida pelo interfone e nos esperava à porta, já sem roupa. Um pouco mais velho que nós, branca cabeleira meio revolta e uma calvície inicial se mostrava, um rosto cuidadosamente barbeado, rugas de expressão apenas. No mais, um corpo comum a alguém de sua idade. Um coroa enxuto, diria.
Ao entrarmos na sala e enquanto nos desnudávamos, cumprimentamos os demais companheiros que ali já se encontravam. Três senhores, na mesma faixa etária nossa, um mais jovem, pelos seus quarenta anos e a única mulher, Sandra, amiga de todos, com todos dividia sua atenção – acho que o grupo já se reunira mais vezes.
Rolas e bundas de todos os tamanhos e formatos, para todos os gostos. Confesso que estava encontrando alguma dificuldade em disciplinar a minha, que insistia em se levantar. Como percebia algumas também semi despertas – embora a maioria delas estavam adormecidas sobre os respectivos sacos –, achei tudo muito natural e procurei desviar meus pensamentos para assuntos neutros.
As conversas leves, as perguntas de entrosamento, os comentários “quebra-gelo”, tudo isso foi criando um ambiente íntimo; a bebida contribuía com o clima de descontração. Em pouco tempo já conversávamos animadamente. Essa gente naturista é de fato de muito fácil trato.
A conversa, aos poucos, foi se dirigindo para a centralização, e em pouco tempo, ouvíamos todos, atenciosamente, Geraldo falando sobre vários aspectos do nudismo indoor, com eventuais contribuições dos presentes. Falava-se agora da naturalidade com que devem ser tratadas todas as reações do corpo, num ambiente nudista, inclusive eventuais excitações, já que ficar evitando tratar dessas questões é assinar um atestado de conivência com o falso moralismo convencional.
Na verdade, eu já presenciara alguns discretos movimentos penianos de endurecimento. Algumas rolas mostravam-se semitesas, outras acintosamente eretas, algumas até mesmo palpitavam, a cabeça solta no ar. E seus respectivos donos não se mostravam constrangidos nem preocupados em disfarçar. Creio que o teor alcoólico já provocava seus efeitos de desinibição mútua e plena.
Relaxei e liberei também a minha, para crescer o quanto quisesse, sem reprimendas mentais. Até porque eu estava me sentindo bastante envolvido com o clima sensual ali estabelecido, aquela mistura de tesão coletivo com uma aparente indiferença. É como se todos estivessem no maior frisson, no maior tesão (e de fato pareciam estar), mas se portavam com a naturalidade de quem achava aquilo algo comum.
O papo rolando, opiniões sendo dadas, todos prestando atenção, atentos mesmo a quem estava falando, e comecei a perceber discretas mãos, como que despretensiosamente, acariciando picas que estavam ao seu alcance. Como ninguém parecia estranhar nem focar a atenção naqueles gestos, que ora eram intensificados, ora eram diminuídos, algumas vezes as mãos soltavam as rolas, achei por bem não constranger ninguém com olhadas mais fixas.
Até que senti a mão do meu vizinho tocando minha rola, acariciando delicadamente, enquanto prestava atenção ao que dizia um companheiro posto em sua frente. Em seguida, ele começou a falar, expondo seu modo de pensar, enquanto a mão me punhetava com firmeza, como que dona de vontade própria.
Enfiei meu próprio braço por baixo do dele e alcancei sua rola. Dura, um tanto grossa, mas não grande, e suculenta. Passei a massagear, mas a posição não permitia movimentos mais firmes; ele, então, na maior e enquanto falava, abriu suas pernas e escancarou sua região pélvica, se oferecendo para mim.
Um dos presentes já se colocara deitado e sugava avidamente a rola do companheiro, que se contorcia discretamente; a mulher beijava na boca seu companheiro da esquerda, que lhe acariciava um dos seios, enquanto o da direita fazia escorrer uma babinha transparente, ao friccionar sua buceta, aberta à assistência.
O assunto, pela própria impossibilidade de ser diferente, foi morrendo, as falas foram sendo substituídas por discretos gemidos e as bocas se ocupando de outras bocas, rolas e cus. Assim recebi a deliciosa boca do senhor que me acariciava se aproximando da minha e nos beijamos com furor, enquanto nos esfregávamos acintosamente.
Num rápido jogo de corpo, ele sentou-se sobre meu colo, minha rola roçando seu buraquinho e sua pica imprensada entre nossos abdomens. Ele arqueou um pouco, possibilitando que minha rola se posicionasse na entrada de seu cu, e foi descendo devagar; eu fui sentindo meu pau penetrando aquele cu rugoso, abrindo caminho entre as pregas, que se ofereciam a sua passagem.
Ao completar a entrada, ele passou a quicar sobre minha pica, enquanto nossos peitos se esfregavam, sua boca roçava em meu pescoço, fazendo arrepiar os pelos de minha coxa. Todo mundo fodia alguém e/ou era fodido por alguém, chupava alguém e/ou era chupado. A mulher estava estendida no tapete, sendo enrabada e penetrada na buceta, numa plena DP, enquanto chupava com avidez uma terceira pica.
Jairo estava atracado com Geraldo, fodendo-o com vigor, enquanto fazia um boquete perfeito em outro companheiro, que se contorcia nos preliminares do gozo. E, de fato, foi o primeiro a espirrar seu leite sobre o rosto do meu amigo, o que deve ter provocado uma reação em cadeia, porque gemidos se alteavam e se transformavam em urros, enquanto picas cuspiam sêmen para todos os lados. Eu mesmo sentia o leite quente ejetado pela pica do senhor que eu fodia, e cuja rola se espremia contra minha barriga. Explodi meu prazer dentro dele, num orgasmo de proporções poucas vezes experimentadas por mim.
O relaxamento coletivo que foi se fazendo sentir fazia com que os corpos caíssem moles por cima dos outros, em carícias variadas e complementares, sorrisos de satisfação nos lábios. Aos poucos os corpos foram se largando, um foi ao banheiro, outro se serviu de mais uma generosa dose de whisky, outro foi para a varanda apreciar a paisagem... Havia quem fechava os olhos e cochilava (eu próprio acho que dormi um pouquinho)...
E assim a tarde foi passando, entre doses, conversas, uma ou outra chupada, uma ou outra foda... Acho que fui enrabado por pelo menos três picas diferentes, penetrei outros tantos cus e chupei várias rolas. Experimentei até mesmo o gosto da buceta da madura senhora.
Quando a saciedade foi se estabelecendo e se expressando nos rostos e atitudes, aos poucos o encontro foi chegando ao seu término. O primeiro que se retirou, abraçando e beijando na boca cada um, abriu o festival de despedidas. Enquanto nos vestíamos, exaltávamos a primorosa recepção, elogiávamos nosso anfitrião e já nos prometíamos o próximo encontro para breve.
Eu e Jairo fomos os últimos a sair. Abraçamos fortemente o Geraldo, individualmente e depois em grupo, beijamo-nos e nos prometemos também um reencontro o mais breve possível.
Enquanto descíamos no elevador, vermelhos e afogueados, trocávamos impressões rápidas sobre aquela tarde de múltiplas emoções, prometendo-nos incisivamente novos encontros, para experimentarmos as mais diversas sensações, sem qualquer resquício de puritanismo ou reservas, afinal quem passa do bojador dos cinquent’anos não está mais para complicar a vida, mas torna-la cada vez mais leve, fácil e prazerosa.