TitanKronous: Seja bem vindo e obrigado por acompanhar, gostaria de saber qual o ponto do conto que mais te emocionou.
Geomateus: Os dramas da adolescência se bem que na vida adulta não muda muito.
Luuuh: O Matheus é mesmo um fofo.
A todos que acompanha o conto gostaria de desejar um Feliz natal, como presente para vocês criei um grupo no Telegram ( tem um dos personagens do conto no grupo) gostaria de ouvir as opiniões de vocês por lá também:
https://t.me/+PDXpCqKQ4j82ZTkx
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Me assustei ao ouvir a voz dele:
- Eu: Danilo, Desculpa eu não tinha visto você aí.
Ele riu. – Danilo: Qual o motivo da frustração?
Não sabia como me expressar não sabia como verbalizar tudo aquilo.
-Eu: E só que ahrrrr. E chutei a mala mais uma vez.
Ele só me olhava de forma preocupada.
- Danilo: Você sabe que pode contar comigo né? Quer dizer, ultimamente está tudo complicado pra você. Muitas coisas ao mesmo tempo e talvez você tenha feito alguma coisa que não queria na ultima noite.
Seria comigo se não fosse trágico, o Danilo estava sendo muito atencioso, mas as últimas experiências onde foram atenciosos comigo, não acabaram bem. Entrei em pânico:
-Eu: Olha, se você não falar que me ama ou que tem sentimentos por mim, eu ja fico muito feliz.
Ele caiu na gargalhada e demorou a conseguir se controlar e quando o fez, tinha lágrimas nos olhos de tanto rir. Confesso que fiquei um pouco chateado com ele.
- Danilo: Desculpa Lucas, mas não consegui conter a risada!
- Danilo: Desculpa Lucas, mas não consegui conter a risada sei que você está passando uma barra então para te tranquilizar, infelizmente você não faz meu tipo mais é um ótimo amigo.
Sorri, mais de desespero do que por qualquer outro motivo. – Eu: É so que são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que ta difícil de acompanhar, teve o termino com o Vitor, o Matheus marcando firme e ao mesmo tempo sendo uma ótima rota de fulga e o beijo de ontem pra ferrar de vez com a minha cabeça, três pessoas duas com “eu te amo” e uma “com sentimentos que quer descobrir”, não é justo.
Quando olhei em direção ao Danilo ele me olhava com olhos esbugalhados tentando assimilar tudo o que eu tinha dito para ele, nessa hora me dei conta que havia falado demais e ele provavelmente sacou alguma coisa em relação ao beijo e o pior eu havia dito que eram três pessoas o que excluiria que o beijo era do Matheus, tentei me controlar e tentar contornar a situação.
- Eu: O que foi?
Ele não me respondeu de imediato, ficou me analisando por um momento antes de dizer alguma coisa e por fim soltou o questionamento.
- Danilo: Quem é a terceira pessoa? Quer dizer você falou do Vitor e do Matheus e claramente existe uma terceira pessoa.
- Eu: Melhor você não saber disso, é muito complicado.
- Danilo: Eu entendo mais não seria melhor você desabafa de vez já que começou?
- Eu: Seria mais é um segredo que não é apenas meu e a pessoa pode sofrer demais se isso virar fofoca.
- Danilo: Confia em mim, não vou contar para ninguém.
Não sei se foi por ele ter me ajudado tanto nos últimos dias, ou pelo fato de eu estar emocionalmente cansado e fragilizado ou ainda pelo efeito do álcool da noite passada mais confiar no Danilo parecia ser muito mais fácil do que teria sido em qualquer outro momento e assim desabei, junto com as palavras as lágrimas rolaram e inevitavelmente relembrei da dificuldade que o Vitor tinha em expressar seus sentimentos.
- Eu: Danilo, é o seguinte (suspiro fundo) ontem na boate o Dani me beijou, eu acabei de vir do quarto dele onde conversamos e ele disse que me ama também, e eu estou totalmente perdido.
- Danilo: Bom, agora a cena na boate faz sentido e a briga com a Carla também. E o seguinte Lucas o que o seu coração quer?
- Eu: Olha Danilo eu não sei, sinceramente meu coração está uma bagunça, indiscutivelmente gosto do Vitor, porem o beijo do Dani mexeu comigo e o Matheus vem me ganhando aos poucos eu não sei o que fazer.
- Danilo: O melhor que você pode fazer e se afastar de todos e ir para algum lugar onde você possa colocar sua cabeça e seu coração no lugar e só assim conseguir decidir o que é melhor pra você e espero que tenha ouvido bem, escolher o melhor pra você. Aproveita que amanhã vamos voltar para casa e então você vai ter condições de se isolar.
O Conselho do Danilo era bom eu so não sabia se conseguiria me isolar de todos, mas era um plano o que era melhor do que ficar chutando a mala, ele não esperou minha resposta na realidade ele não precisava de uma.
- Danilo: Agora vamos para praia tentar passar nosso ultimo dia sem drama, ok?
Sorri com a animação atípica dele, normalmente ele não era animado assim.
-Eu: Claro, mas o que aconteceu com você para estar todo animado assim.
Ele sorriu meio sem graça. – Danilo: Eu apenas estou me divertindo com o pessoal, agora vamos que hoje vamos na praia que o pessoa surfa.
-Eu: Ok, me deixa so trocar de roupa.
- Danilo: Porque, você está ótimo com essa aí mesmo.
Sorri. – Mais essa roupa não é minha ne, preciso trocar e colocar uma sunga para entrar na água.
Ele revirou os olhos. – Danilo: tá bom mais anda logo.
Corri para o banheiro com algumas peças de roupa e me troquei o mais rápido que consegui, saímos do quarto sem conversa e nos dirigimos ao saguão do hotel onde encontramos todos mundo em meio a conversas e brincadeiras nos dirigimos para a praia, fiquei aliviado de ninguém puxar assunto comigo além das brincadeiras habituais pois sentia que a qualquer momento poderia desabar, passado alguns minutos de caminhada chegamos á praia e para a nossa surpresa a praia não estava muito cheia devia ter apenas uns 4 surfistas pegando ondas e menos de 10 pessoas espalhadas pela areia, com a desculpa de estar com um pouco de ressaca eu consegui me desvencilhar da maior parte do grupo e fiquei deitado embaixo de um guarda sol, estava com meu óculos escuros observando o movimento enquanto ele se aproximava novamente vagarosamente, “ não é possível” mas era possível sim la estava o Vitor vindo em minha direção sem camisa e de sunga recém saído do mar, ele ficou parado na minha frente.
- Vitor: Posso me sentar com você?
Suspirei. – Eu: Isso depende, promete não surtar e provocar uma briga?
- Vitor: Prometo.
Falou e sorriu de forma inocente, sentou-se em uma toalha ao meu lado e por um momento um silencio constrangedor tomou conta do ambiente, ele estava esperando que eu começasse um dialogo mais eu também não sabia o que dizer.
- Vitor: então, como você esta?
- Eu: Na realidade estou um pouco desconfortável, quer dizer eu não mais como ter uma conversa amigável com você e isso e tantas outras coisas tem me frustrado.
Ele olhou para mim e sorriu. – Vitor: Eu entendo totalmente o que você está sentindo, sabe eu queria muito poder brincar com você, tocar em você e não entenda mal seria como antes de tudo acontecer, conversar com você era tão fácil como respirar e agora eu sinto como que so conseguiria fazer isso se parasse de respirar.
- Eu: Me sinto da mesma forma.
- Vitor: Você acha que um dia isso vai mudar?
- Eu: Espero que sim.
Nos olhamos no mesmo estante e sorrimos ao mesmo tempo.
- Ambos: Sinto sua falta.
Não tive escolha acabei gargalhando e acho que ele teve o mesmo sentimento e sorriu também, por um momento todos os problemas haviam dissipado-se e pude sentir que ele era novamente meu melhor amigo e aquele momento era perfeito o som cristalino da risada dele me aliviou a alma por aquele breve momento mais em questão de segundo o semblante dele ficou novamente fechado e eu não conseguia enter o porque, ele olhava fixamente para o mar, olhei na mesma direção que ele e la estava, saindo do mar com aquele macacão de surfista com a prancha de baixo do braço, os cabelos molhados e um sorriso no rosto essa seria a melhor descrição do Matheus naquele momento, ele não veio ate onde eu estava, não sei se ele percebeu que o Vitor estava la, ou se ele simplesmente não me viu la, ele correu em direção a Valeria, eu não entendi o motivo mais eu não dei importância e nem tive tempo de pensar a respeito.
- Vitor: Ele realmente sabe a hora de aparecer né? Falou de forma irônica.
- Eu: Você prometeu que não iria agir assim.
Ele suspirou fundo por duas vezes. – Vitor:Tem razão eu prometi para você que não teria briga, desculpa mais acho que já não sou mais uma boa companhia, acho que vou tentar surfar também.
Falando isso ele se despediu de mim com um sorriso torto e meio triste no rosto e saiu correndo para uma barraca que alugava pranchas para turistas, sorri com a infantilidade dele e acabei lembrando que era uma das cosias que gostava nele, essa conclusão me fazia sentir feliz, mas também me trazia dor saber que não estávamos juntos estava perdido em meus sentimentos e não percebi sua aproximação.
- Matheus: Sabe, eu diria que você está me seguindo se não conhecesse você.
Me assustei com a sua presença, ele sustentava um sorriso no rosto enquanto falava e se jogou no mesmo lugar que o Vitor estava sentado a minutos atrás, deitou-se sobre a toalha estendida e apoiando a cabeça na sua mochila cruzando os braços atrás da cabeça, suspirou de forma teatral e me olhou.
-Eu: Eu poderia dizer a mesma coisa, você sempre está em lugares estratégicos, como sabia que eu estava aqui?
- Matheus: Eu não sabia, e lembrando que eu cheguei aqui primeiro. Na realidade eu não queria estar muito longe caso você precisasse de mim então resolvi surfar um pouco para relaxar.
- Eu: Entendi, então você estava de prontidão caso eu precisasse de você. Sorri
Ele devolveu o sorriso.
- Matheus: Mais parece que os lobos estão sempre rondando você, preciso ficar o tempo todo do seu lado para evitar isso.
Gargalhei. – Eu: Engraçadinho, eu não sou presa de ninguém muito pelo contrario.
- Matheus: Não se engane você deve ser o pedaço de carne mais disputado dessa praia.
Parei um momento e olhei ao redor, não havia muitas pessoas na praia, sorri antes de responder.
- Eu: Bom, não tem muitas pessoas aqui afinal.
Olhei para ele com uma expressão que deveria ser sexy e meio ofendido ao mesmo tempo.
- Eu: Então eu sou apenas um pedaço de carne pra você?
Ele me olhou sem entender, sentou-se na toalha e ficou me encarando de forma seria.
- Matheus: Não, você não é só um pedaço de carne pra mim, quer dizer não mais, você é mais que isso e pra ser sincero as vezes tenho medo do que você realmente possa significar, mas se for pra comparar com carne você pode ser meu pedaço de picanha favorito.
Sorri sonoramente com o comparativo dele.
- Matheus: Por falar em lobos me lembrei de uma coisa.
Ele pegou a mochila e começou a procurar alguma coisa, pegou alguma coisa que estava enrolada na cor preta.
- Matheus: Lembrei que você tem dificuldade em usar bonés devido a certas pessoas então eu acho que isso seria um contra ponto legal.
Falou isso e jogou para mim, desenrolei e me surpreendi com o que era.
- Eu: Uma touca?
- Matheus: Sim, já que é o boné te lembra dele eu pensei que talvez a touca pudesse fazer você lembrar de mim.
Ele desviou os olhos enquanto falava e eu tenho quase certeza que vi ele corando enquanto falava, me levantei e sentei ao lado dele e beijei sua cabeça.
- Eu: obrigado, foi um gesto muito bonito da sua parte mais não precisava me dar nada para que eu lembre de você.
Ele não respondeu apenas sorriu e me encarou com seus grandes olhos verdes sustei o seu olhar e estava consciente que a minha respiração estava ficando acelerada e que um arrepio percorria o meu corpo também tinha a percepção da proximidade que tínhamos e que seu rosto estava levemente inclinado em minha direção mais o clima foi quebrado por uma voz familiar.
- Valeria: Pessoal desculpa mais preciso ver uma coisa com vocês, como hoje e nossa ultima noite queria saber se vocês gostariam de fazer uma fogueira na praia, uma cosia mais tranquila.
- Eu: Claro que sim, acho uma ótima ideia.
- Matheus: Eu posso participar também?
- Valeria: Você é muito bem vindo.
Ele sorriu para a Valeria e olhou no relógio.
- Matheus: Droga, já esta tarde.
- Eu: Como assim, tem algum compromisso?
Ele pareceu triste ao responder.
- Matheus: Achei que você iria ficar ocupado o dia todo e marquei de almoçar com os meus pais.
- Eu: legal, nos encontramos aqui lá pelas 18 horas.
- Matheus: Você podia ir comigo, o que você acha?
O Mantínheis não pode ter uma oportunidade, foi o pensamento em minha cabeça.
- Eu: Melhor não quase não passei tempo com meus amigos durante a viagem.
Ele me olhou meio decepcionado e sorriu de canto de boca. – Matheus: Ok, nos vemos mais tarde então.
Levantou-se e foi de encontro a rua que passava perto da praia enquanto isso a Valeria só me encarava.
- Eu: O que foi?
Ela sorriu. – Valeria: Parece que alguém está arrebatando corações, não esperava menos de você.
Respondi um pouco mais áspero do que pretendia. - Eu: Não tem graça Valeria, eu não quero ninguém apaixonado por mim. Baixei minha voz ate bem próximo de um sussurro. – Eu: ainda doí muito.
Ela me olhou de forma compreensiva com um sorriso no rosto e apenas me abraçou, foi um abraço reconfortante coloquei minha cabeça no ombro dela e a apertei o mais forte que eu consegui e ela retribuiu o aperto, ficamos assim por algum tempo ate que ela me da um beijo na cabeça me olha com ternura.
- Valeria: Eu sei que tudo agora parece uma droga mais acredite em mim vai passar e tudo vai ser como antes, agora levanta e vamos almoçar porque eu já estou passando mal.
Simplesmente balancei a cabeça afirmativamente tive medo de falar alguma coisa e desabar em lágrimas e ali não era lugar para isso, levantamos e nos juntamos aos demais e seguimos para o restaurante. O almoço correu bem os meninos estavam empolgados falando do surfe e das ondas que eles juram que pegaram ( nenhum deles havia conseguido ficar em pé na prancha). No período da tarde retornamos para a praia o Paulo, Rafael e Vitor retornaram as tentativas de surfar a Valeria e a Carla foram mergulhar e sobro apenas eu e o Dani na areia, ainda não tínhamos conversado após a conversa e admito que estava com medo de me aproximar dele porem não foi preciso ele mesmo resolveu se aproximar de mim e sentar do meu lado.
- Dani: Oi, você está bem?
- Eu: Estou com um pouco de dor de cabeça mais estou bem e você?
- Dani: Estou com alguns dilemas de como devo agir após a nossa conversa.
Olhei para ele assustado.
- Eu: Não entendi Dani, você não deveria agir como meu amigo?
Ele sorriu. – Dani: Sim, mais e difícil agir como seu amigo com o Vitor e o Matheus disputando a sua atenção me sinto como o cavalo que perdeu a largada e ainda não achou o rumo da linha de chegada.
Gargalhei com a analogia do Dani.
- Eu: Então agora eu sou uma pista de corrida? Dani, não é questão de quem faz o que o quem disputa o que, eu não tenho nada com o Matheus por mais que ele tente eu não vou ceder pois não quero brincar com os sentimentos de ninguém eu tenho uma dor enorme pelo termino com o Vitor e nos estamos tentando fazer nossa amizade retornar mesmo tendo sentimentos um pelo outro, então por mais que eles achem que estão ganhando pontos agindo assim, isso não quer dizer nada pra mim pois se eu acalmar meu coração e colocar a cabeça no lugar e a resposta for você, vai ser atrás de você que eu vou, só peço que continue sendo meu amigo pois eu não posso perder você também.
- Dani: Eu entendi e sei que também tenho que fazer minha parte para abrir caminho mais tudo parece muito incerto, não é mesmo?
Contemplei o mar por um momento. – Eu: Realmente está tudo incerto mais logo tudo vai melhor a noite é sempre mais escura antes do amanhecer.
Ele sorriu. – Dani: Derepente você virou um poeta.
Sorri pra ele. – Eu: Longe de mim, mas realmente precisamos ver uma luz no fim do túnel no meio desse mar de incertezas e acho que isso me inspira a encarar a situação.
Ele olhou o horizonte por um momento. – Dani: Preciso achar alguma cosia que me motive.
- Eu: Você já tem o que te motiva, você tem seus amigos, você tem seu irmão e você tem uma boa vida apesar dos pesares.
Agora ele contemplava os próprios pés. – Dani: É, você tem razão talvez se eu olhar para o que eu tenha e não para o que me falta as coisas comecem a fazer sentido.
- Eu: Esse é um pensamento encorajador.
Não tivemos mais tempo as meninas estavam saindo do mar e a Carla veio correndo e jogou-se no pescoço dele a Valeria vinha logo atrás sorrindo e balançando a cabeça em forma negativa.
- Valeria: Acho melhor retornarmos para o hotel já esta tarde.
- Eu: também acho melhor preciso de um remédio para dor de cabeça.
Todos riram de mim e o Dani foi chamar o resto do pessoal, chegamos no hotel e combinamos de nos encontrar no saguão dentro de uma hora e meia, cada um foi para o se quarto tomar banho e se preparar para nossa ultima noite na praia cheguei no quarto junto com o Danilo e me joguei na poltrona.
-Eu: Vai la tomar banho primeiro eu vou ficar aguardando.
Ele apenas concordou com a cabeça e foi em direção ao banheiro, fiquei deitado na poltrona olhando pro celular perdido em pensamentos, era engraçado como parecia que o tempo havia passado lentamente, os últimos dias haviam me dado a sensação de que já tinham passado-se meses desde que chegamos ali, mas na realidade eram apenas dias, e dias carregados de acontecimento em sua maioria ruins. Superei fundo e fechei os olhos e sem percebe adormeci deitado na poltrona. Alguém tempo depois fui acordado pelo Danilo já vestido.
- Eu: O que aconteceu?
-Danilo: Você dormiu e eu fiquei com pela de te acordar mais como falta pouco mais de meia hora para sairmos achei melhor te acordar para tomar banho.
Espreguicei e me levantei com um pouco de dor, aquela poltrona não era realmente não era para dormir, afastei esse pensamento da cabeça e peguei minhas coisas para tomar banho, tomei um banho rápido e vesti uma roupa qualquer, descemos e todos já estavam esperando, tomei o cuidado de não andar muito perto do Vitor ou do Dani para evitar criar um climão logo de inicio, caminhamos sem muita pressa e como de costume brincando e fazendo palhaçadas ao longo do trajeto para minha surpresa quando chegamos la o Matheus já estava sentado envolta de uma fogueira (que eu apenas suspeitava que ele tinha pagado para alguém acender), com uma caixa térmica do lado e um violão, todos foram chegando e colocando bebidas dentro da caixa térmica e eu fiquei sem entender.
- Eu: Pera aí, porque ninguém me avisou que podia trazer bebida ou comida. Reclamei de mal humor.
- Valeria: Relaxa, a sua parte da distribuição foi feita por doador anônimo.
- Eu: Corta essa Valeria, que anônimo nada pode dizer quem foi.
Ela sorriu. – Valeria: Vamos lá Lucas, você não vai estar nossa ultima noite, né?
Ela sabia que tinha ganhado, ela havia apelado para o meu sentimento de culpa um golpe baixo mais totalmente dentro do que a Valeria seria capaz para ganhar qualquer discussão, sentei-me ao lado do Danilo e a Valeria sentou-se do meu outro lado e me abraçou meio que forçadamente, não consegui segurar o sorriso por conta dela e ela pareceu satisfeita com isso. O Vitor sentou-se de frente para mim a Carla do lado dele e o Dani do outro lado, o Paulo e o Rafa estavam sentados em uma extremidade e o Matheus na outra extremidade com o Violão.
- Matheus: Então, quem vai tocar a primeira musica?
Todos se entre olharam mais quem respondeu foi o Vitor para a surpresa de todos.
- Vitor: Porque você não toca a primeira, todos aqui conhece o estilo musical um dos outros só você será uma novidade.
Ate o Matheus pareceu assustado com a sugestão mais acabou concordando posicionou o violão e começou a tocar, ele começou a introdução da musica que era familiar ao meu ouvido ele começou a cantar com uma voz um pouco grave:
Faz Assim
Era tão estranho te olhar dentro dos olhos (ele olhou diretamente pra mim sorrindo)
E ver na minha frente tudo o que eu sempre quis
Eu era diferente dos outros caras de 17 anos
Você era uma chance pra eu ser feliz
Eu era simplesmente mais um cara apaixonado
E no seu coração não ia ser ninguém
Mas é exatamente quando a gente está cansado
O coração distrai, então a sorte vem
Faz assim
Te dou meu telefone
Você me diz seu nome
E a gente então se vê
Não faz assim
Não diz que vai ligar e some
Me deixa ser seu homem
E venha ser
Uma mulher pra mim
O pessoal cantou o refrão com ele e como tudo que o Matheus fazia a musica tinha sido propositalmente escolhida para o momento que ele vivia comigo era exatamente o que ele esperava “O coração distrai então a sorte vem”, fiquei com essa frase na cabeça ate que o Daniel pediu para tocar a próxima porem antes de iniciar ele olha pra mim é pergunta.
- Dani: Lucas, você canta?
Olhei para ele assustado. – Eu: Mais qual musica?
Ele sorriu para mim. – Dani: Você vai saber.
Ele começou a introdução da musica e logicamente eu a reconheci de imediato essa musica era especial para nós era a primeira musica que ele havia aprendido a tocar no violão e tinha aprendido ela por minha causa, aquela musica me trazia muitas lembranças felizes com ele e era como ele havia falado eu sabia qual musica perfeitamente como cantar a musica pois já tínhamos deito isso varias vezes antes.
Sem Radar
LS Jack (https://www.youtube.com/watch?v=-1lYVIiHieg)
É só me recompor
Mas eu não sei quem sou
Me falta um pedaço teu
Preciso me achar
Mas em qualquer lugar estou
Rodando sem direção eu vou
Morcego sem radar
Voando a procurar
Quem sabe um indício teu
Queimando toda fé
Seja o que Deus quiser eu sei
Que amargo é o mundo sem você
Olhei pra ele e balancei a cabeça de forma afirmativa, ele sorriu com um brilho nos olhos e tinha certeza que meus olhos também brilhavam uma felicidade inexplicável me preencheu por completo e ali naquele momento ficou claro pra mim e pra ele que existia uma conexão entre nós que ninguém conseguiria superar ou atacar. Cantamos o refrão juntos e cada um com um sorriso no rosto.
Você me entorpeceu
E desapareceu
Vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
Meu sol escureceu
Vou ficando sem ar
Esperando você voltar
É só me recompor
Mas eu não sei quem sou
Me falta um pedaço teu
Queimando toda fé
Seja o que Deus quiser eu sei
Que amargo é o mundo sem você
Você me entorpeceu
E desapareceu
Vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
Meu sol escureceu
Vou ficando sem ar
Esperando você
Escrevendo minha própria Lei
Desesperadamente eu sei
Tentando aliviar
Tentando não chorar
Por mais que eu tente esquecer
Memórias vem me enlouquecer
Minha sentença é você
Você me entorpeceu
E desapareceu
Vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
Meu sol escureceu
Vou ficando sem ar
Esperando você voltar, voltar
A musica finalizou conosco cantando a ultima frase o pessoal aplaudiu e o Matheus me olho de forma indecifrável, não me importei muito mais uma vez a Valeria quebrou o clima.
- Valeria: Ah, passa esse violão aqui vou mostrar pra vocês como faz.
Nos ainda nos olhávamos discretamente quando a Valeria pegou o violão da mão do Dani e logicamente ela cantaria uma balada romântica dos anos 80.
Heaven
Canção de Bryan Adams
Olhei pra ela com uma indignação, ela sabia que eu e o Vitor ouvíamos essa musica no pátio bem antes de começarmos a namorar ela fazia parte tanto das musicas do meu celular quanto na dele, ela apenas riu para mim e balançou a cabeça, podia sentir os olhos dele em mim quase queimavão de tao intenso que era tentei resistir a tentação de encarar ele nos olhos mais quando ela cantou o refrão não resisti, enquanto ela cantava nossos olhos se cruzarão e eu não consegui desviar como se estivesse presos por um feitiço que me obrigava a olha-lo e enquanto isso minha mente ia traduzindo cada frase do refrão e aquilo tornava ainda mais intenso aquele momento pois aquela tradução trazia lembrança de quando vivíamos em nosso paraíso particular.
Baby you're all that I want
(Querido você é tudo que eu quero)
When you're lyin' here in my arms
(E quando você está deitada em meus braços)
I'm findin' it hard to believe
(Quase não consigo acreditar)
We're in heaven
(Que estamos no paraíso)
And love is all that I need
(E amor é tudo o que eu preciso)
And I found it there in your heart
(E encontrei em seu coração)
Isn't too hard to see
(Não é tão difícil de ver)
We're in heaven
(Que estamos no paraíso)
Quando a Valeria terminou a musica eu consegui desviar o olhar dele mais antes disso tenho quase certeza que ele enxugando uma lágrima solitária em seu rosto meu coração apertou com a situação e apertou ainda mais quando desviei do olhar dele cai no olhar do Dani que possuía um aspecto triste eu sorri para ele que levantou e foi de encontro a caixa térmica pegou alguma coisa e foi em direção ao mar, todos nos entreolhamos e ninguém além de mim entendeu o motivo, me levantei e fui atrás dele, me aproximei e ele estava olhando para o horizonte.
- Eu: Você está bem?
-Dani: Sim, só queria olhar as estrelas.
- Eu: Dani, guarda essa desculpa para os outros.
- Dani: Ok, a musica mexeu comigo e eu precisei me distanciar um pouco, a forma que você e o Vitor se olharam também não ajudou.
- Eu: É complicado, aquela musica faz parte das que ouvíamos juntos.
- Dani: Acho que todos os casais tem as suas musicas né?
- Eu: acho que sim.
Ele respirou fundo e sorriu. – Dani: Acho que vou voltar agora.
Eu: Ok, vou ficar mais um pouco.
Ele sorriu mais uma vez pra mim e voltou para a fogueira junto dos nossos amigos e pelo que parecia agora o Paulo estava com o violão tocando alguma coisa que daquela distancia eu não conseguia ouvir, fiquei ali admirando meus amigos a distancia e como eles eram perfeitos cada um tinha alguma coisa de especial que eu admirava tanto, a Carla com a forma feliz de encarar a vida, a Valeria com toda a sua sagacidade, o Paulo com sua lealdade, o Danilo com sua paciência, o Dani com seu coração puro, o Vitor com a sua inocência e o Matheus com sua obstinação, me virei para admitir o mar com um sentimento de paz no coração, ouvi passos se aproximando porem não me virei fosse quem fosse tinha certeza que era um dos meus amigos.
- Matheus: Lucas, ta tudo bem?
Olhei para ele que estava com uma lata de coca estendida para mim.
Sorri; - Eu: Esta sim, e que esta uma noite tão bonita que resolvi apreciar um pouco a vista.
- Matheus: Realmente a noite esta bonita mais o que está acontecendo com o seu amigo Daniel?
- Eu: Então, você tem que saber que eu e ele somos amigos a muito tempo e existe segredos e confidencias entre nós que os demais não sabem.
Ele me analisou por um momento. – Matheus: Eu devo estar louco, por um momento eu imaginei que teria alguma coisa entre vocês.
-Eu: E apenas impressão sua. Menti
- Matheus: Tudo bem mais não foi esse o motivo que me trouxe aqui, na realidade fiquei sabendo que você vai embarcar amanha as 14 horas e queria saber se você não almoçaria comigo amanha e depois eu deixaria você no aeroporto, sabe uma forma de despedida.
A tristeza estava estampada em seu olhar e de alguma forma aquilo doeu no meu coração que eu não conseguiria negar, estendi minha mão e toquei de forma gentil o seu rosto.
- Eu: Porque tanta tristeza Matheus?
Ele desviou os olhos de mim para olhar o horizonte antes de responder. – Matheus: Você está indo embora como eu deveria ficar?
Sorri de forma fraternal. – Eu: Isso não precisa ser necessariamente um adeus, pode ser um ate logo, não vamos fazer disso uma situação pior do que é. E sim você pode me levar ao aeroporto e sim podemos almoçar amanha junto se isso vai fazer você mais feliz.
Ele sorriu mais ainda sustentava um ar de tristeza em sua voz. – Matheus: Você fala sério quando diz que não precisa ser um adeus?
- Eu: Sim, você hoje é um amigo querido pra mim.
Ele sorriu de forma mais convincente. – Matheus: Bom, acho que isso me basta por agora e realmente Goiânia não é longe de Brasília e tenho alguns parentes na sua cidade.
Gargalhei. – Eu: È impressionante a rapidez como você planeja as coisas.
- Matheus: Você não faz ideia.
- Eu: Vamos voltar para junto dos outros?
- Matheus: É melhor você retornar sozinho, não quero ninguém tendo um ataque de ciúmes hoje.
Ele tinha razão, sem dizer nada deixei ele ali olhando para as estrelas e voltei para junto dos meus outros amigos, sentei me ao lado da Valeria que agora estava novamente com o violão tocando outra musica qualquer, passado alguns minutos o Vitor levanta e começa a sair da roda todos nos entreolhamos.
- Carla: onde você vai?
Ele respondeu meio impaciente. - Vitor: Preciso achar um lugar pra chamar de banheiro se é que você me entende.
Todos riram mais eu ainda estava preocupado porem acho que deixei transparecer essa preocupação pois ele acabou completando olhando diretamente pra mim. – Vitor: Eu fiz uma promessa hoje mais cedo de que iria me comportar e é exatamente o que vou fazer podem ficar tranquilos.
Fiquei mais tranquilo após ele relembrar da promessa que avia feito pela manha, instintivamente sabia que ele manteria aquela promessa a qualquer custo, fiquei olhando para ele enquanto ele se distanciava do grupo.
Vitor
Continuei caminhando consciente de que alguns deles ainda me observavam, sabia que provavelmente os olhos dele estavam me acompanhando é isso me deixava de certa forma feliz, tomei uma direção diferente da que queria pois no fundo eu não precisava “achar um banheiro” eu precisava achar “ele”, precisava falar francamente com ele antes que a viagem acabasse, dei a volta em algumas pedras onde tinha certeza que eles já não tinham uma visão de mim e caminhei em direção a ele, enquanto me aproximava ele tomou conhecimento de minha presença, mais não me evitou tudo indicava que ele também achava que nossa conversa era necessária ou ao menos estava curioso para saber o que eu tinha para dizer.
- Eu: Oi, como você esta?
Ele me olhou meio desconfiado.
-Matheus: Olha, eu não sei o que você pretende mais eu não to afim de brigar outra vez, isso não faria bem pra ele.
Sentei na areia e fiquei olhando para ele sem dizer absolutamente nada, ele suspirou e sentou-se ao meu lado, olhei para o mar tentando organizar os meus pensamentos para saber como dizer o que tinha pra dizer.
- Vitor: Sabe, em outras circunstâncias eu acho que poderíamos ser bons amigos.
- Matheus: Sabe, não precisava ser em outras circunstâncias eu não sinto raiva de você e a propositor você tem um bom gancho, ninguém nunca tinha deslocado minha mandíbula com apenas um soco.
Sorri de forma envergonhada. – Eu: quanto a isso eu preciso me desculpar, normalmente não sou assim é só que era muita informação para processar.
- Matheus: Não se desculpe, eu no seu lugar teria feito a mesma coisa ele é muito especial para deixar ir sem lutar.
- Eu: Sim, ele realmente é especial tem um coração único e apesar do comportamento ser meio fechado é muito carinhoso e protetor, quem quer que ele escolha vai ser uma pessoa de sorte.
- Matheus: Concordo com você mais qual o motivo da nossa conversa?
- Eu: Queria te falar que caso a escolha dele seja ficar com você eu não vou me opor, ao que parece você é uma pessoa boa e se for o caso vai fazer muito bem pra ele, só quero pedir que se isso acontecer você me prometa que vai cuidar muito bem dele e não vai fazê-lo sofrer como eu fiz.
Ele me olhou como se me avaliasse o que eu pretendia com aquilo e por fim sorriu o que me pareceu ser um sorriso sincero.
- Matheus: Tá ai, por essa eu não esperava você acabou de me surpreender com tudo isso, quer dizer eu não imaginava que você fosse capaz de uma atitude tão generosa assim Vitor a impressão que eu tinha de você era um garoto mimado que so pensava em você, mas eu começo a ver o que o Lucas tanto ama em você.
Confesso que não gostei de ser chamado de mimado e egoísta mais se parar pra pensar realmente minhas atitudes dos últimos dias foram assim mesmo, abaixei minha cabeça com essa conclusão, passado algum tempo senti a mão dele repousar sobre o meu ombro.
- Matheus: Você não tem do que sentir vergonha, acho que você esta confuso mais tudo e valido na luta pelo amor, eu te garanto que eu teria feito pior, teria saído daquela boate arrastando ele a força ou no mínimo ele me deixaria no hospital o que também teria servido ao propósito pois caso ele tivesse me nocauteado ele teria passado a noite comigo no hospital para garantir que eu estaria bem, o que quero dizer é você tem que decidir o que quer e não ter medo de lutar por isso, pois ele ainda te ama.
Não aguentei ouvir aquelas palavras, uma lágrima rolou pelos meus olhos solitária.
- Eu: Obrigado por compreender.
- Matheus: Vitor, eu prometo que quando tudo isso acabar e que você e ele descobrirem o que quer todos seremos amigos pois essa conversa com você agora me mostrou que você é um cara legal.
- Eu: Sinto o mesmo em relação a você.
Ambos sorrimos.
- Eu: É melhor eu voltar todos ficaram desconfiados da minha saída e se demorar mais vão começar a me procurar com medo de que nos estejamos brigando.
Ele sorriu. – Matheus: Beleza, vou te dar 5 minutos de vantagem antes de voltar.
Levantei do chão e retornei para junto dos meus amigos.
Lucas
Passado um tempo relativamente longo o Vitor retornou fiquei um pouco curioso pela demora mais achei melhor não perguntar, logo após foi a vez de Matheus retornar com um intervalo relativamente curto em relação ao Vitor, mas como nenhum deles estava sangrando não havia motivo para preocupação minha. As horas foram passando e todos riamos e brincávamos la pela 11 da noite o Rafa e o Paulo foram andar pela praia, olhei para o Rafa com uma cara de quem duvidava que isso seria só uma caminhada e ele me retribuiu o olhar com sorriso radiante, ficamos ali por mais 1 hora após a saída dos meninos o que agora era óbvio que eles não retornariam mais.
- Eu: Pessoal, estou cansado o que vocês acham de retornarmos ao hotel?
- Danilo: Concordo.
- Valeria: Concordo também.
- Vitor: Se todos concorram eu também.
- Carla: Eu e o Dani vamos dar uma volta pela praia antes de votarmos.
Daniel fez uma cara meio que desespero mais não tinha como negar isso para a Carla, confesso que dentro de mim cresceu um pequeno sentimento de ciúmes e por mais que eu tentava afogar aquele sentimento mais ele continuava a crescer, “que droga é isso agora?” “o que o beijo do Daniel despertou em mim”, precisava sair daquele lugar, precisava me afastar do Dani para matar aquele sentimento.
-Eu: Então vamos embora, estou com dor de cabeça.
-Matheus: Vamos, eu vou levar vocês ate a porta do hotel.
- Eu: Ótimo, então vamos logo.
Matheus me olho meio intrigado, não era comum minha impaciência dessa forma, porem não me questionou levantamos todos e nos dirigimos para o seu carro, fui na frente junto com ele atrás estavam Valeria, Vitor e Danilo, chegamos ao hotel em poucos minutos o pessoal saiu do carro e assim que eu fui sai do carro ele me segurou pelo braço
- Matheus: Amanha as 09 horas eu venho buscar você, espero que você esteja melhor.
- Eu: Como assim melhor?
- Matheus: Olha, eu não sou burro sei bem que tem alguma coisa te incomodando e você não precisa me contar o que é so não me trate assim.
Dei um beijo em sua testa. – Eu: Tudo bem, me desculpe.
Ele sorriu e soltou meu braço.
- Eu: Então ate amanha.
Sorri é sai do carro, pude sentir seu olhos me seguirem ate a entrada do hotel virei-me e acenei pra ele e entrei, assim que passei pela porta corri para o elevador e depois para o quarto, quando entrei o Danilo estava tomando banho, me joguei-me na cama e fechei meus olhos, queria muito adormecer mais isso não aconteceu fiquei revirando na cama ate o Danilo sair do banheiro fiquei imóvel pois não queria conversar, ele me olhou por um momento e deitou-se em sua cama, passados alguns minutos ele adormeceu e eu fiquei pensando em algum momento também adormeci.
Estava de volta a praia e ainda era noite, não consegui entender como cheguei ali mais isso não parecia importar alguma coisa em mim me forçava a caminhar mais não para qualquer lugar estava me deslocando minhas pernas me obrigavam a caminhar ate as altas pedras da praia a principio não me opus a caminhada mais quanto mais eu me deslocava mais meu coração se apertava quando me aproximei podia ouvir baixos gemidos familiares de uma mulher e outro de um homem já sabia o que isso significava, alguém estava transando atrás das pedras tentei deter minhas pernas mais algo em mim não me permitia eu estava em desespero pois em meu interior eu já sabia que estava ali atrás das pedras, lutei contra mim mesmo mais foi inútil minhas pernas já começavam a fazer o contorno das pedras e eu já conseguia ver as pernas dele, fechei os olhos pois não queria ver aquela cena minhas pernas andaram por mais alguns metros por vontade própria e pararam minhas mãos que tamparam meus olhos também destamparam eles e meus braços repousaram nas laterais do meu corpo, entrei em pânico naquele momento desesperado para não abrir os meus olhos lutava com minhas pálpebras para não ver a cena que eu sabia que encontraria a imagem já estava tomando forma em minha mente e o gemido dos dois não ajudavam em nada, lentamente eu comecei a perder a batalha pelas minhas palpebas e o única pensamento que eu tinha era “Deus, por favor não” eu cai de joelhos na areia assim que perdi a batalha com minhas pálpebras tentei gritar ao ver a cena mais apesar de minha boca abrir o som não saia, tentei desviar meu rosto mais meu corpo não me obedecia parecia que eu estava em segundo plano como apenas um espectador e bem ali na minha frente estava acontecendo talvez uma das poucas coisas que eu não queria ver na vida, podia ver os pés dele, as pernas brancas e com pelos conseguia ver o saco dele em destaque toda vez que a bunda dela encostava nele e também consegui ver as mãos fortes dele segurando com força a cintura dela, era muito ruim presenciar o Dani e a Carla naquele momento, o ciúme me rasgava por dentro e meus olhos enchiam-se de lágrimas e então quando eu achei que não poderia piorar consegui ouvir passos eu queria me virar para ver quem é mais meu corpo ainda não me obedecia, mas não precisei esperar muito logo uma figura estava do meu lado e começou a falar com aquela voz de deboche e eu podia apostar que estava com aquele sorriso cínico no rosto.
- Ricardo: Olha só, você achou que teria todos e vai acabar com nenhum, quem é o infeliz agora?
Meu corpo começou a queimar com a raiva que eu sentia, aquele calor começou a irradiar por todo o meu corpo eu podia sentir me queimando por dentro a raiva era tanta que mal percebi que conseguia me mexer novamente assim que me dei conta dos meus movimentos pulei encimado Ricardo e no lugar do costumeiro olhar de ódio ele ainda sustentava aquela risada de deboche.
- Ricardo: Acha que me bater vai mudar alguma coisa? Vai em frente se vai fazer você se sentir melhor mais não vai mudar o fato de que você está sozinho.
Irritante ele tinha razão mais isso não importava, meus olhos estavam cheio de lágrimas mais isso também não importava a única coisa que importava era que eu estava no controle do meu corpo e podia socar aquele idiota e eu o fiz soquei mais quanto mais eu socava mais ele ria e quanto mais ele ria mais força eu colocava nos socos, meu braço já estava dolorido tamanha a força que eu colocava nos socos o rosto dele estava todo ensanguentado mais ele ainda sorria, entre os sorrisos e o sangue que escorria de sua boca ele ainda conseguia falar.
- Ricardo: Viu, você ainda não se sente melhor e sabe porque ainda não se sente melhor?
- Eu: Não eu não sei.
- Ricardo: É porque eu não precisei fazer nada para ferrar com você, você fez tudo sozinho.
Ele tinha razão dessa vez ele não teve culpa, sai de cima dele ofegante bem a tempo de me virar e ver ambos chegando no êxtase de prazer, os dedos dos pés do Dani se contorcendo de prazer, seu corpo estava banhado de suor e as mãos dele seguravam firma os seios da Carla e ambos gozaram junto e por fim minha voz saiu e um sonoro NÃOOOOOOOOOO.
Acordei com o o coração acelerado e todo suado, olhei para o celular e ainda eram 4 da manha olhei para o lado e o Danilo ainda dormia, “por Deus o que está acontecendo comigo?” eu não sabia essa resposta, suspirei fundo eu estava totalmente desperto e resolvi guardar minhas coisas para poupar tempo amanha, separei a roupa que ia usar para ir embora e guardei todo o resto deixei a touca do Matheus junto da roupa pretendia fazer esse mimo para ele, após arrumar toda a minha bagunça ainda era 06 da manha e eu ainda não estava com sono resolvi tomar um banho e esperar deitado só de cueca na minha cama, fiquei ali deitado contemplando o teto e rolando de um lado para o outro ate as 07:30 horário no qual o Danilo acordou.
- Danilo: Bom dia, você não dormiu não?
- Eu: Dormi sim, só acordei muito cedo. Acho melhor você arrumar suas coisas antes do café da manha para evitar correria.
- Danilo: Bem pensado.
Observei o Danilo arrumando a sua bagagem por mais ou menos 1 horas, vesti minha roupa e coloquei a touca que tinha ganhado do Matheus e desci para o café da manha e de longe vi todos os meus amigos reunidos peguei alguma coisa para e me juntei a eles.
-Eu: Bom dia, como vocês estão?
- Carla: Muito bem, e qual a da toca?
- Eu: Ah, foi um presente e sei la, acho que deu vontade de usar.
- Vitor: Ah, eu acho que você fica melhor de boné.
- Dani: Realmente a toca é meio estranha.
-Eu: Nada haver a toca também e legal.
A conversa continuou normalmente com algumas brincadeiras ate meu telefone tocar, era o Matheus me despedi de todos e sai do hotel com minha mala e la estava ele de camisa cavada e cala e óculos escuro sorrindo pra mim, entrei no carro sorri para ele.
- Eu: Bom dia, tudo bem?
- Matheus: Estou melhor agora vendo você usando a touca.
Sorri. – Eu: Era essa a reação que eu esperava.
- Matheus: então está pronto para o seu ultimo dia em Pernambuco?
Falou isso dando saindo com o carro do estacionamento.
- Eu: Vai saber, não tenho ideia do que você planejou.
- Matheus: Ah, pensei em fazermos uma coisa mais cultural.
- Eu: Humm, interessante o que seria?
- Matheus: Pensei em irmos no museu do cais do sertão, claro se você não quiser podemos fazer outra coisa.
- Eu: Não, vamos no museu quero ver como fica essa sua pegada cultural.
- Matheus: Eeeee, ta por fora eu não sou só um rostinho bonito.
Gargalhei. - Eu: Tem que parar de acreditar na sua mãe.
Ele me olhou fixamente nos olhos e usou um tom suave e grave na sua voz colocou um sorriso safado no rosto. – Matheus: Tem certeza que eu não sou bonito?
-Eu: Melhor olhar para a estrada Romeu.
Ele fez uma cara diabolicamente malvada. – Matheus: Coloco os olhos na estrada se você admitir que sou bonito.
Ele acelerou o carro ainda me encarando, o pânico tomou conta do meu rosto e ele parecia satisfeito.
-Eu: Ok, você é diabolicamente lindo e manipulador.
Ele sorriu e olhou para a estrada. -Matheus: Viu com o incentivo certo você acaba admitindo.
-Eu: Você esta me fazendo de refém.
Ele ficou sério. – Matheus: Desculpa, era só uma brincadeira.
- Eu: Relaxa eu sei.
Continuamos o trajeto que durou mais ou menos 45 minutos ate chegarmos no museu, que por sinal era um lugar lindo cheio de objetos e historias em relação ao sertão o Matheus me contou varias historias em relação aos itens em exposição e realmente fiquei feliz por ver que ele era ligado em cultura, saímos do museu por volta das 13 horas e almoçamos em um restaurante simples perto do aeroporto por volta das 14 horas ele estacionou na porta do aeroporto e me olhou com uma cara triste.
- Eu: Porque essa cara triste.
Ele corou antes de responder. – Matheus: Não sei se vamos nos ver outra vez.
- Eu: olha isso não precisa ser o fim da nossa amizade eu gosto de você e nos podemos conversar pelo MSN, mensagens e ligações e Brasília não e tão longe.
-Matheus: Mesmo assim eu precisava de alguma coisa para lembrar de você.
- Eu: Tipo?
Ele corou novamente. – Matheus: Sei lá, talvez um beijo.
Ele estava desconcertado e extremamente vermelho e aquilo me divertia, inclinei para o lado dele, segurei seu pescoço com uma das mãos e o beijei a principio ele ficou surpreso mais logo começou a retribuir o beijo e ficar mais animadinho, suspendi o beijo antes que ele se animasse demais.
Sorri para ele. -Eu: Ate mais Matheus.
Ele sorriu pra mim. – Matheus: Ate mais, acho que vamos nos ver antes do que você imagina.
- Eu: Fico feliz em ouvir isso.
Sai do carro e tirei minha mala do porta mala abracei ele e entrei pelo portão de embarque.