CONFISSÕES QUE ME ALUCINARAM X

Um conto erótico de Gleison
Categoria: Heterossexual
Contém 3756 palavras
Data: 28/12/2021 04:27:02
Última revisão: 28/12/2021 05:49:35

CONFISSÕES QUE ME ALUCINARAM X (MARCAS DA LUXÚRIA)

Esta é a décima parte. Quase fim da primeira temporada desta história. Os novos leitores chegando agora não entenderão tudo o que se passa. Peço que leiam os relatos anteriores, basta clicar sobre o nome do autor.

Capítulo 10 – Testando limites

Depois daquele momento de êxtase incrível, todos pareciam bastante cansados. A respiração ofegante. Olhei a imagem da Lanna estirada sobre a cama, um sorriso de satisfação nos lábios. As pernas ainda entreabertas e dela escorrendo fluidos. Ela havia realizado seu desejo, de voltar a ter uma boa foda com o seu comedor francês, a última dissera, e com a total cumplicidade do seu maridinho corno e complacente. Suleiman também estava com expressão satisfeita, por ter realizado o seu papel tão bem feito, e dado aquela aula de virilidade e competência sexual para o corno do marido que assistia a tudo excitado no Brasil. Vi ele estender a mão e fazer um carinho sobre o seio de Lanna. Ele agia com intimidade, liberado pelo marido e pela esposa que se oferecia a ele para tanto prazer e devassidão. Ela olhou para ele com a mesma expressão satisfeita e disse:

- Merci mon cher. Tu es vraiment sensuelle et excitée. (Obrigada querido. Você é verdadeiramente sensual e tesudo.)

Em seguida a Lanna se virou um pouco, apoiada no cotovelo e me olhou com a mesma expressão de contentamento:

- Obrigada, corninho! Você é maravilhoso. Meu amor. Queria mesmo é você aqui.

Eu os observava, sereno, ainda respirando com dificuldade, mas naquele momento o meu cérebro funcionava acelerado, como se eu tivesse tomado uma dose de anfetamina na veia. Eu nada disse. As leituras que eu fazia tinham uma clareza ofuscante e as deduções que meu cérebro produziam, vertiginosamente, se apresentavam de forma totalmente límpidas.

Minha esposa havia conseguido realizar seu desejo, que era demonstrar sem esconder nada, como ela se portava na cama. Especialmente quando estava fazendo sexo, devasso, libertino, focada no prazer de seus desejos mais intensos. Preferencialmente com um macho que a tratava apenas como fêmea e puta tesuda e nada mais. Isso eu tinha testemunhado. E tinha também realizado o desejo dela, de se exibir para o marido corno, e testar até onde o meu fetiche de ser corno, de ver minha esposa sendo possuída por outro macho, era capaz de me levar a aceitar todas aquelas situações e testemunhar o prazer que ela tinha com ele. Por outro lado, de forma sutil, não assumida, ela tinha mostrado que era por aquele tipo de prazer, e aquele tipo de foda, que ela agia daquela maneira, como se dissesse: “amor, nossa relação é ótima, mas sexo para valer, foda como esta talvez você nunca consiga me dar. ”

Eu olhava para eles ali relaxados na cama e a minha ficha caiu de forma perfeita, deixando muito definidas as posições que cada um de nós ocupava naquele contexto. Eu respirei fundo e disse:

- Caralho! Que furacão! Você é mesmo imbatível, a meretriz perfeita. E ele é um macho à altura dessa fêmea devassa.

Lanna distraída ou embevecida ainda pelo prazer de estar ali diante de nós para mostrar suas habilidades sexuais, não percebeu a ironia contida nas minhas palavras. Ela puxou o amante para mais perto e deu um beijo nele. Suleiman acariciava agora com mais intensidade o corpo e o seio de Lanna. Lanna sentou-se na cama e olhando para a tela do celular buscando meu olhar disse:

- Corninho, nós vamos ali no banheiro um pouquinho, só tomar uma ducha, e voltaremos. Espere um instante que logo terá muito mais.

Eu falei:

- Amor, espere. Para mim foi maravilhoso. Foi ótimo. Mas já está bom. Não preciso ver mais. Depois você me conta. Eu gozei muito, foi incrível, mas estou acabado. Vou dormir tranquilo. Podem se divertir à vontade.

Lanna ficou séria. Por instantes só ficou me observando. Eu sorri para dar uma impressão de tranquilidade. E reforcei:

- Não estando aí, chega uma hora que o prazer vira sofrimento. Não quero ficar passando vontade. Fiquem bem. Para mim foi maravilhoso. Um show.

Enfatizei a palavra show. Lanna era muito esperta. Sentiu que havia alguma coisa, mas ainda não tinha percebido o que seria. E eu não iria dar pistas. Me portava como se estivesse muito bem e feliz:

- Amor, obrigado por tudo, foi maravilhosa essa experiência. Adorei. Mas não tenho a capacidade de vocês e estou sozinho. Assim deixo vocês à vontade. Aproveitem.

- Ah, fala sério corninho! Não faça isso! ”

- Relaxa Lanna! Estou numa boa.

Ela sabia que quando eu usava o nome dela estava falando sério.

- Gostei do Suleiman, muito bom no que faz e sempre respeitoso. Deu uma aula de sexo. Ele de fato gosta de você. Não é somente profissional. Ele tem uma amante à altura. Isso é bom.

Lanna me olhava meio admirada, sem entender. Suleiman não entendia mas percebeu que algo acontecia e resolveu se levantar e sair, talvez foi ao banheiro. Lanna mais séria perguntou:

- Amor, jura? Não tem nada de errado? Você está bem?

- Estou ótimo. Errado é eu estar do outro lado do oceano e com uma tela de milhentos pixels na minha frente, só batendo punheta. Fica tranquila. Tudo o que eu poderia querer ver eu já vi. Foi incrível, sensações indescritíveis. Porém, mais do mesmo só vai me deixar na vontade. Aproveita amor. Está liberada. É a minha vontade. Se é a última como você disse, não perca nada.

Lanna passou a mão nos cabelos, eu sabia que era um indicativo de que ficara nervosa. Eu disse:

-Vai lá! Um beijo amor. Amanhã nos falamos.

Ela fez sinal de que me mandava um beijo mas parecia assustada.

Eu não queria parecer chateado e falei:

- Desliga você, não quero desligar na sua cara. Estou bem.

Lanna deu de ombros, esboçou um sorriso, e disse:

- Tá bom. Eu amo você. Um beijo. Desligo.

O sinal de encerramento da chamada escureceu a tela.

Permaneci por longos minutos fitando a tela escura. Parado, lutando para não perder aqueles lampejos de lucidez, de percepção aguda de todos os fatores envolvidos e das sensações experimentadas. Fiz um esforço muito grande para recuperar as mesmas ideias que havia tido pouco antes. Eu, depois de ter gozado, tinha caído numa pausa da libido, o que provocou uma sensação de autocrítica mais elevada, e permitiu ver, ou intuir questões que poderiam estar obscuras.

A impressão de estar fora do normal, de ter agido além dos seus padrões normais, de ter feito coisas das quais poderia me arrepender, provocava uma certa angústia. Tentei entender melhor o que sentia. Era algo que eu já havia experimentado. Uma sensação parecida com aquela da juventude quando numa balada a gente usava alguma droga e depois, passada a viagem, ficava se culpando ou no mínimo se julgando pelo que fez de errado. Então, sem sair do lugar, voltei a lembrar do pensamento que tive no meio da tarde.

Eu tinha duas coisas em mente. Uma, era pedir à Lanna para ter uma “revanche” invertendo as nossas posições. Eu chamaria a Marina para vir à minha casa, e veria se ela estava a fim de algo mais íntimo. Mas não poderia deixar a Lanna saber antes, senão ela iria manipular a amiga. O plano era chamar a Marina, conversar e ver se pintava um clima. Se pintasse eu ligava para a Lanna e perguntava se ela liberava e queria assistir. Seria um teste de como a Lanna se comportava na minha posição de corno. Me vendo fazer sexo com a amiga.

A segunda, era preparar um texto, para enviar para a Lanna, naquela madrugada, para que ela visse quando acordasse, e junto mandaria o link e a senha da nuvem onde eu faria o upload do vídeo que eu gravei fazendo sexo com a Marina na sala de nossa casa. Nem ela nem a Marina tinham conhecimento desse vídeo. Eu mandaria o link para as duas ao mesmo tempo, dizendo que não queria nada escondido entre nós, e por isso resolvi compartilhar o vídeo.

Eu sabia que era uma bomba, poderia não causar efeito nenhum, cair “em alto mar” como se diz, ou provocar comoções diferentes nas duas. Eu contava com isso. Mesmo que não desse problemas maiores, porque todos os envolvidos já sabiam o que havia acontecido, uma coisa era certa, cada uma das mulheres reagiria de maneira diferente ao ver, e era isso que eu esperava exatamente. A Marina, certamente iria me ligar e eu diria que viesse conversar comigo. Seria a isca para que ela fosse lá sem eu ter que chamar ou seduzir. E para a Lanna, seria um teste de como ela reagia ao ver que eu também poderia buscar algo diferente para minha vida. Naquele ponto eu veria até onde a Lanna de fato estava dando valor ao marido. Depois de definir isso, eu resolvi me mexer. Fui na cozinha, peguei papel toalha e desinfetante e fiz uma limpeza no chão da sala, que eu havia alagado de jatos do meu gozo. Depois fui buscar o notebook e fiquei na copa. Me sentei numa cadeira diante da bancada que separa a copa da cozinha na nossa cozinha americana. Ali eu me sentia confortável. Abri o notebook e fui buscar as pesquisas que eu havia feito sobre as questões da compulsão da Lanna. Eu estava me preparando para dar um choque de realidade nela e precisava de fundamentos.

Abri um documento em branco e nomeei de:

TESTANDO LIMITES.

Querida Lanna. Escrevo este texto para você, equivalente ao que você me mandou no sábado antes de nossa experiência de hoje à noite. Nossa experiência precisa de ter um feedback e serviu ao meu ver para “testar alguns dos nossos limites”.

No seu texto, você compilou uma série de análises e conhecimentos sobre o fetiche do Cuckold. Hoje sei o quanto foi importante ter lido aquilo. E você vai entender melhor isso mais à frente.

Sobre o que assisti e participei, tenho que reforçar: Foi muito estimulante ver você numa performance sexual incrível com um macho profissional do sexo, um belo espécime masculino, viril, bonito, dotado, e com uma pegada de dar inveja. À altura da linda mulher madura, sensual e gostosa que você é. Adorei ver o quando você gosta de fazer sexo com um parceiro à sua altura no ato sexual com todos os desdobramentos. Foi tão bom, que eu não consegui me conter e também tive um orgasmo avassalador. Foi muito mais forte do que assistir a um vídeo erótico ou pornográfico, porque uma das pessoas envolvidas é você, a minha esposa, a quem eu gosto imensamente.

E justamente por isso as emoções ficam ainda mais fortes. Foi bom? Foi. Muito bom, e eu pude de fato verificar o efeito que o meu fetiche tem sobre mim, na hora de sair da fantasia para a prática real. Me excitou muito. Mas também tem outra coisa importante. Descobri que é danoso assistir sem poder participar.

Eu não sou um Cuckold que goste de me sentir de fora. Não sou propriamente um voyeur passivo. Talvez, se eu estivesse presente, não me sentisse mal, pois estaria próximo, sentindo cheiros, vendo detalhes. Na tela era como se fosse uma certa tortura. Na hora eu estava excitado, mas depois descobri uma grande frustração. Não achei muita graça. Me angustiou. Por isso liberei vocês e preferi não continuar. Não fiquei triste por você ter feito, pelo contrário, gostei. Mas não achei que foi tão bom para mim como para você.

Aqui eu tenho outra coisa a lhe dizer: Você disse, repetiu, declarou e assumiu que teve muitas noites de sexo com o Suleiman. E mesmo a gente sabendo que foi para suprir uma necessidade sua, com o tempo deu para perceber que vocês dois estabeleceram uma sintonia, um entendimento, uma parceria no sexo, e isso ficou patente no que eu assisti. Isso não é crime, é natural e foi ótimo para você que isso houvesse acontecido. Mas ficou claro, que quando você disse que era a “última vez” a “saideira”, havia nesse encontro um sabor de “saudade” antecipada entre vocês. Vocês não são apaixonados pelo coração, mas são perfeitamente integrados no sexo, ambos encontraram o par ideal, e isso causa uma certa sensação de “perda” quando você decide encerrar os encontros. Eu senti que você decidiu encerrar principalmente porque deseja criar um fator de distanciamento desse parceiro sexual que tanto a satisfaz. Você diz que é somente sexo. Mas você sabe que sentirá muita falta. E notar isso, não me fez bem, nem me fez melhor, apenas me fez entender melhor a você e sua forma de ser e o que ele representou para você nesse período. Tudo bem, digo isso sem drama ou sentimento de mágoa. Apenas constatei e compreendi a verdade. E ver as coisas com clareza é libertador.

Isto dito, vou enumerar aqui alguns pontos que desejo que reflita sobre eles.

Você realizou seu desejo, de voltar a ter uma boa foda com o seu comedor francês, e com a total cumplicidade do seu maridinho corno e complacente. E com a minha presença virtual como testemunha. Eu pude ver a competência sexual do Suleiman. Com aquela aula de virilidade para o corno do marido que assistia a tudo excitado no Brasil. Ficou claro para mim que eu talvez nunca chegue perto de uma performance como a dele, pelo menos com você, pois existem sentimentos profundos envolvidos e isso embaralha um pouco. Como disse, nós dois fazemos amor, e com ele você faz sexo, e muito bom. Eu desejo então, ter a chance de experimentar algo semelhante, mas ao contrário, eu faço sexo com alguém, e você assiste. Se pretendemos ter uma relação de casal liberal, devemos ter esse teste para nossos limites. Quero que me diga se concorda com isso. Para eu marcar o dia e saber com quem eu pretendo fazer.

Fiz também uma compilação de um texto da Internet sobre a questão da pessoa que tem compulsão sexual. Achei muito esclarecedor e interessante. Talvez nos ajude a situar onde podermos ajudar você e superar certos problemas que a empurram para isso. Mas lamentavelmente, não me recordo de qual fonte extraí. Só salvei os textos.

Compulsão sexual

Ao contrário do que muita gente imagina, gostar de fazer sexo não tem relação direta com a compulsão sexual, ou seja, ter uma vida sexual ativa e intensa não é sinal de que a pessoa é compulsiva. Quem tem compulsão sexual não consegue resistir aos pensamentos e desejos exagerados sobre o sexo. Trata-se de um transtorno psiquiátrico caracterizado por atos impulsivos e obsessivos envolvendo a prática sexual, com o agravante de que o compulsivo precisa saciar sua vontade imediatamente, não importando onde, como e com quem.

Na compulsão sexual, a pessoa tem comportamentos e fantasias sexuais em excesso, como masturbação frequente, uso de pornografia, parceiros múltiplos e ocasionais, sexo desprotegido sem se preocupar com as consequências.

Confira a seguir quais são as causas e tratamentos possíveis para esse tipo de compulsão.

# Causas da compulsão sexual

Muitas vezes, o transtorno de compulsão sexual está ligado à ansiedade, mas também pode ser associado ao alcoolismo, dependência química, histórico familiar de compulsão, experiência de abuso sexual na infância, além de problemas pessoais e familiares. Esses fatores geram desajustes psicológicos, alteram alguns neurotransmissores cerebrais e podem ter influência no desenvolvimento de quadros de compulsão sexual. Vale destacar que a maior parte (95%) dos casos de compulsão por sexo acontece com homens.

# Tratamentos para compulsão sexual

O tratamento mais indicado para esse tipo de compulsão é a psicoterapia, processo terapêutico que visa identificar os gatilhos de ansiedade e controlar o comportamento impulsivo ou compulsivo. Através da terapia, é possível tratar as causas psicológicas da compulsão por sexo, o que requer intervenção profissional, uma vez que dificilmente a pessoa com compulsão consegue se livrar dos problemas sozinha. Eventualmente, podem ser administrados antidepressivos e neurolépticos para inibir o apetite sexual. Tudo deve ser orientado pelo psiquiatra, já que a automedicação não é recomendada em nenhuma situação. O profissional responsável pelo tratamento deve, preferencialmente, ser especializado em transtornos de ordem sexual. A proibição da masturbação, abstenção de pornografia e jejum de sexo não bloqueiam o comportamento compulsivo.

Portanto, não tratam o comportamento compulsivo. Como a compulsão é originada por ansiedade, essas restrições podem tornar a pessoa ainda mais ansiosa, aumentando significativamente as chances de ela desenvolver outras formas de compulsão. Pois a tendência é que ela sinta a necessidade de canalizar a energia e os desejos para os alimentos, jogos ou compras, por exemplo.

# O que acontece se a compulsão sexual não for tratada?

Como o sexo está ligado ao prazer, nem sempre os compulsivos sexuais buscam tratamento. Em geral, quando jovens, a percepção que têm sobre de si é de serem hipersexualizados ou gostar muito de sexo. Eles não notam que os hábitos relacionados ao sexo ganharam um caráter patológico e, por isso, não se preocupam. Isso é preocupante, afinal, a compulsão sexual pode produzir impactos muito negativos se não for adequadamente tratada. Entre os prejuízos estão a perda de vida social, relacionamentos superficiais, riscos para a saúde, além de problemas familiares, profissionais, financeiros e legais. Apetite sexual excessivo, hipertextualidade, desejo sexual hiperativo (DSH), ou ninfomania (em mulheres) e satiríase (em homens) é um transtorno sexual caracterizado por um nível elevado de desejo e atividade sexual a ponto de causar prejuízos na vida do indivíduo. Trata-se de um tipo de vício com sintomas compulsivos, obsessivos e impulsivos, e seu tratamento é similar ao de outros tipos de dependências. A prevalência está em torno de 5%, sendo mais comum em homens, porém a dificuldade dos participantes em assumirem o problema por questões morais e sociais indicam que a frequência deve ser maior. A hipersexualidade pode ser uma condição primária ou o sintoma de outra doença ou condição médica, por exemplo, o transtorno bipolar. A hipertextualidade também pode se apresentar como um efeito colateral de medicamentos.

Os clínicos ainda não chegaram a um consenso sobre a melhor maneira de descrever a hipertextualidade como uma condição primária, ou para determinar a adequação de descrever tais comportamentos e impulsos como uma patologia separada. Vários autores não reconhecem tal patologia e, em vez disso, afirmam que a condição reflete apenas uma antipatia cultural pelo comportamento sexual excepcional.

# Características

Só é classificado como transtorno psicológico quando o comportamento e desejo sexual elevados prejudicam significativamente suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Alguns autores classificam a ninfomania e a satiríase como um tipo de compulsão. Mas atualmente é melhor classificada como um vício, pois os transtornos obsessivos-compulsivos (TOC) estão relacionados a atividades desagradáveis a que o indivíduo não consegue resistir e parar de pensar. Já o vício está associado a uma atividade prazerosa e dificuldade em conter impulsos. É possível também que compulsão sexual e vício sexual sejam tratados como transtornos distintos de acordo com seus sintomas. Popularmente, acredita-se que a pessoa com hipersexualidade deseja ter atos sexuais com diversos parceiros e obtém grande prazer em todos eles, mas não necessariamente é o que ocorre. Uma pessoa considerada ninfomaníaca pode não conseguir satisfazer seus desejos sexuais e, por isso, sentir a necessidade de ter vários atos sexuais seguidos, na tentativa de alcançar um orgasmo. O ato sexual pode ser seguido por culpa e arrependimento, o que não impede novos impulsos para outro ato, assim como nas compulsões alimentares. Pesquisas brasileiras indicaram que a média de orgasmos é de 3 por semana entre os homens. Com base nesse dado estimou-se que mais de 7 orgasmos por semana ou mais de 15-25 horas vendo pornografia podem ser um sintoma de hipersexualidade.

Os próprios portadores geralmente relatam sentirem preocupados e desconfortáveis com o excesso de desejo sexual e que seu tempo poderia ser melhor gasto em outras atividades mais satisfatórias e produtivas.

# Tipos - Segundo Colemanexistem cinco tipos de Transtorno Sexual Hiperativo:

Sexo compulsivo e múltiplos parceiros;

Fixação compulsiva na obtenção de um parceiro inatingível;

Masturbação compulsiva, mesmo sem vontade ou com dor;

Compulsão por múltiplos relacionamentos afetivos ou;

Sexo compulsivo com um único parceiro.

O abuso de pornografia virtual, sexo por telefone e formas anônimas de sexo também podem ser usados para classificar subtipos de hipersexualidade. O abuso de objetos sexuais, a ponto de causar lesões repetidas vezes, também pode ser classificado como uma adicção sexual.

# Diagnóstico

Existem diversas propostas médicas para diagnosticar a hipersexualidade, dentre elas uma das mais aceitas pelos psiquiatras é: A existência de fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos ou comportamentos sexuais que persistam durante um período de pelo menos seis meses e se encaixem na definição de parafilias. As fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais causam desconforto ou comprometimento clinicamente significativo na área social, ocupacional ou outras áreas importantes. Os sintomas não encontram causa em outros transtornos, como por exemplo, no episódio maníaco.

Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (abuso de droga ou medicamento) ou à afecção clínica geral.

# Tratamento

Terapia cognitivo-comportamental ensina o paciente a controlar seus impulsos e a manter relacionamentos sexualmente saudáveis e satisfatórios não necessariamente diminuindo a frequência sexual (por exemplo pode focalizar em ensinar a pessoa a restringir seu número de parceiros sexuais, melhorar a qualidade do ato e sempre usar preservativos). Pode também ser voltada para o desenvolvimento de habilidades para lidar melhor com a ansiedade, desconforto e carência afetiva ou de assertividade (saber dizer "não" gentilmente).

Antidepressivos que regulam a serotonina (ISRS) podem ajudar a diminuir a libido, a ansiedade, os pensamentos obsessivos e aumentar o autocontrole e bom humor. Psicoterapia de casal e psicoterapia de grupo especialmente voltada para adicção sexual também tem demonstrado bons resultados.

Finalizando: Vou lhe enviar o link de um vídeo que está numa nuvem e que mandarei a senha. Como não desejo que haja nenhuma coisa oculta entre nós, faço questão que assista. E repito. Espero você voltar em breve para a gente resolver definitivamente, o que faremos da nossa vida. Um grande beijo.

Salvei esse documento.

Depois preparei o e-mail para envio. Como era de noite, a Lanna receberia o texto e o vídeo mais cedo do que a Marina, e certamente ligaria para ela. Eu mandaria para a Marina o vídeo e o link numa mensagem em separado logo a seguir. Quando terminei de preparar isso já era meia-noite, e eu podia enviar pois sabia que a Lanna dentro de algumas horas tentaria falar comigo quando ela acordasse e eu não pretendia atender. Estava armada a bronca. Era só aguardar.

Continua.

leomed60@zipmail.com.br

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Comentários

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O cara ta meio aflito. Quer se vingar da mulher com o video e gostou de ver a esposa com o Suleiman..

Texto muito bom! ⭐⭐⭐

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Leon, psicólogos como eu e você fazem o mundo girar. Perfeita sua análise comportamental e sua paciência é de santo. Que Deus nos ajude. Abraço!

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O drama desta história é que o processo de descobertas, de revelações e as consequências de cada atitude e momento vão criando novos quadros da realidade e os personagens não são estáticos e também sofrem mudanças. Aprendizado constante.

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As pessoas realmente liberais não estão aqui neste conto. Estão se descobrindo. A história é exatamente o processo e seus impactos na vida deles.

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Isso aqui está parecendo um bom seriado da Netflix. Agente fica querendo assistir um episódio atrás do outro!!! TOP!!! Parabéns!!

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Véi , não tenho o que falar deste episódio....simplesmente fantástico, claro e objetivo !! 👏👏👏👏 todas as estrelas pra ti véi!!

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Amigo tu só me surpreende mesmo nota mil pela aula parabéns

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Bom dia Leon. Excelente o jeito que vc conduz o conto, deixando sempre uma expectativa do que vai acontecer. Vc disse que a primeira temporada termina aqui. Ficaram muitas pontas soltas... espero que não demore para escrever a próxima. Como sempre, 3 estrelas.

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Não Alexandre33. Eu disse "Quase fim da primeira temporada desta história" . A temporada está quase acabando. Ainda falta um pouquinho. Durante o tempo que fiquei sem continuar a história recebi alguns novos detalhes que eu não tinha e isso aumentou um pouco o desfecho.

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Desculpe, vi agora que vc escreveu "quase". Kkkkk. Não teria muito sentido terminar neste momento... pensei que o próxima temporada seria a volta para o Brasil.

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