O pobre cavalo não suportava tanta carga, da cidade para aquele lugar deserto e afastado da civilização.
Ajudei a descarregar. Mamãe havia feito tantas compras. De comidas aos vestidos importados de Paris.
—Não vai ter nem onde usar essas roupas, mulher. A coisa mais difícil da região é ter uma festa pra você usar isso.
Ela deu de ombros, e voltou saltitante para a casa com suas roupas novas. Papai trouxe alguns alimentos e não demorou para limparmos a carroça.
Não havia nenhum traço no comportamento de Tio Vicente que entregasse a afinidade que tivemos mais cedo. O homem mal me olhava nos olhos. Seja pelo real desejo de manter tudo em segredo, ou pela sua rotineira aversão ao carinho.
Todos em casa, meus pais estavam exaustos e agarraram no sono assim que a Lua surgiu. Só fizeram me abraçar e correram para o quarto.
Fiquei folheando um livro na mesa da cozinha. Em cima da pia, uma janela que dava vista para o quintal, Tio Vicente estava lá, amolando uma foice. Suas veias suadas estavam ainda mais saltitantes. Um prato cheio para os meus olhos.
Ele voltou para cozinha banhado de suor. Foi a pia e sacudiu água em seu rosto.
—O que foi, Bento?- Ele sorria no canto da boca, secando o rosto com um pano próximo dali.
—Tava aqui, te admirando…- Levanto até onde ele está e deslizo minha mão em sua barriga. Acariciando aqueles pelinhos com meus dedos.
—Tu não vale nada mesmo…- A mão dele aperta minha bunda, com minha barriga quase tocando a dele.
Viro de costas pra ele, encostando meu bumbum empinado no volume que surge no jeans dele. Parece que vai a qualquer momento pular para fora da sua roupa.
—Quer que eu te coma aqui? Na cozinha?- Fala isso com os lábios se movimentando na pele da minha nuca.
—Me deve uma massagem, esqueceu?
Ando um pouco pra frente, tentando fugir das amarras dele. Mas meu tio continua agarrado na minha cintura. Nos encostamos do lado do armário, no cantinho da cozinha.
A boca dele suga minha nuca, me fazendo fechar os olhos involuntariamente. Suas mãos já puxavam meu short para baixo. A saliva do alto acertou em cheio meu bumbum.
—Vou te dar algo bem melhor… Uma surra…
A porta da cozinha se abre.
—Vicente?
Meu tio e eu subimos a roupa e nos afastamos rapidamente. Papai entra perguntando por água. Vicente aponta para um pequeno reservatório de barro. Papai ri e se chama de desatento, mergulhando o copo dentro do recipiente.
—Tudo bem? - Ele percebe que não estamos agindo naturalmente.
Vicente abre o armário e tira uma latinha com biscoitos.
—Estamos indo para uma barragem aqui perto. É boa de ver a noite. Se quiser ir com a gente…
Olho assustado para ele. Estamos?
—Não. Não. Tô muito cansado da viagem. Divirta-se filho.
Papai volta alegre para seu quarto. Essa foi por pouco. Vicente apoia o pote de bolachas na mesa e esfrega suas mãos no rosto.
—A gente vai mesmo pro açude, a essa hora?
Ele me olha pensativo. Desce a mão até seu pau e ri.
—Tô precisando de um banho…
Não era tão longe, mas deu para suar um pouco. Conversamos pela trilha.
—Tio… Já ficou com outros caras?
—Todo homem já ficou com outro… Só não falam sobre isso, inclusive seu pai. Ele gosta de um dedinho no brioco dele.
Rimos daquilo. Caminho um pouco tombando para os lados, não estou acostumado com aquela disposição.
Mesmo com uma armadura tão rígida, existia alguém com sentimentos ali dentro. Alguém que me instigava muito. Despertava uma curiosidade imensa.
—Se continuar me encarando, vai tropeçar no primeiro toco.
Endireito minha vista e chegamos na beira da barragem. Um lugar muito lindo, e que trazia um certo medo também. A água sem receber luz, escura. Não tinha coragem para entrar de jeito nenhum ali dentro.
Tio Vicente começou a se despir. Desabotoou a calça, passou ela pelas pernas. O Short frouxo por baixo também saiu junto. Que homem atraente. Ficava ainda mais gostoso com a claridade da Lua por cima da pele dele.
Uma coçadinha nas bolas e me convidou para entrar na água com ele. Não queria ir, mas ele começou a me puxar pelo braço.
—Tá louco?! Olha essa água, fora que deve tá gelada.
A mão dele pressionou minhas bochechas.
—Deixa de frescura. Bora pra água. Ou eu te levo a força.
Fiquei imóvel, não iria de jeito nenhum.
Teimoso, seu braço desceu, o corpo inclinou e Tio Vicente me pegou em seus braços. Eu ainda estava vestido, sem acreditar no que estava acontecendo. Ele correu para dentro da água comigo em seus braços. Gritei de desespero até que mergulhamos em cheio.
Engoli meio litro de água. Foi excitante. Aquilo era incrível. Estávamos rindo com a situação boba que se formou.
Num espasmo de alegria, Vicente pôs as duas mãos no meu rosto e me arrancou um beijo de língua feroz. Arrancando suspiros gelados de dentro de mim.
Tirei minha roupa dentro da água, ele as enrolou e jogou-as para caírem na areia da margem.
—Vem cá, Bento…
Nosso beijo foi se formando entre as águas. O escuro nem me incomodava mais. Tio Vicente me fazia mergulhar de olhos fechados naquela história proibida.
Beijando aquela boca carnuda, nossas rolas se esfregavam na correnteza fraca. Elas se batiam, se beijavam uma na outra, e as vezes eram punhetadas na mão dele.
Virei de costas pra ele que me abraçou aos beijos. A rola dele começou a querer entrar em mim. Ela parecia ter vida própria, desejando meu cuzinho como nunca.
—Bento… Vai doer, essa foda vai doer em você…
A água deixaria tudo ainda mais apertado. Eu seria forte, devia ser corajoso e aguentaria tudo.
Virei meu rosto, com meus lábios encostando nos dele.
—Pode meter, Tio. Pode enfiar tudinho…
Ele abraçou minha barriga pelas costas.
—Vou meter bem devagar… Confia em mim…
Fechei os olhos e me entreguei confiante aquele homem.
Seu pau achou o caminho certo e começou a penetrar.
Devagar…
Começou a doer. Parecia me rasgar, partir-me ao meio. Mas eu não queria que parasse. Estava sedento pra ter meu Tio todinho dentro de mim.
—Devagar… Não para…
A boca dele chupava meu pescoço com muita vontade. Nossas costas coladinhas, e uma rola que dilacerava meu cuzinho a cada centímetro ultrapassado.
Entrou e eu não segurei o gemido alto. Os gritos de prazer foram acompanhados com minha voz falha pedindo mais e mais.
Tio Vicente enlouquecia de desejo. Seu vai e vem ficou mais intenso e acelerado.
A água da barragem formava ondinhas com nossos corpos se encaixando.
Sob a luz da Lua e das estrelas, aqueles dois corpos se preenchiam numa paixão sem fim, numa chama que custava a apagar.
Meu cuzinho não aguentava mais, eu sairia dali todo assado, mas quem disse que eu queria sair dali?
As metidas daquela rola enorme quase me derrubavam dentro da água. Fechei ainda mais as pernas, e ele pareceu enlouquecer. Começou a gritar, as canelas já tremendo, parou numa última estocada no meu bumbum.
Fiquei de frente pra ele, ainda na água. Nos beijamos, e toda vez que a língua dele visitava minha boca, parecia ser tão apaixonante quanto na vez anterior. Meu Tio já não desejava mais ninguém além de mim.
Aos poucos, minha bunda liberava seu gozo, se misturando com a água.
—Bento… Durma comigo, no meu quarto…
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Obrigado por lerem até aqui. ♥ Se algo no texto lhe incomodou, peço desculpas e peço que se atentem ao contexto histórico e a personalidade deles.