Ainda me impacta só de lembrar, foi há uns cinco anos, quando entrei para a faculdade. Até porque foi com ele: a diferença de idade, o parentesco, a intensidade do ato. Foi sensacional! Tem quem não acredite, mas foi a mais pura verdade, o encontro perfeito, a sintonia ideal, a união de duas almas plenas de amor. Foi meu encontro com o prazer carnal, foi transformador.
Não que eu fosse virgem, mas foi como eu me tornasse a esposa dele naquele dia. Fiz Osvaldo reviver sua noite de núpcias, será? Duvido que ela tenha sido tão intensa como foi o nosso encontro. Ainda me pego sonhando com os seus dedos, os lábios. O olhar de um homem sedento de prazer. Foi gratificante.
Foi na casa de praia em Jangadeiros, nunca mais fui lá, linda: areia fina, branca, os coqueiros majestosos tocados pela brisa, o mar verde azulado, o cheiro de peixe temperado com dendê, o gosto picante do Acarajé. O cenário ideal para um encontro como foi o nosso. Pena que o nosso atrevimento não se consumou na praia, nas areias do Pontal. Seria um sonho, mas, de fato foi no quarto dele. Na casa que alugávamos para as férias da família.
Eu, meu irmão, meus pais, um casal de tios e ele. Éramos sete naquela casa, quase na beirada da praia. Não havia muito espaço para um ato tão insano como aquele, mas sei lá, os astros se uniram a favor do nosso encontro. Tudo convergiu para que o fogo nos consumisse sem deixar marcas.
Mas foi por pouco, mais um pouco e a verdade libidinosa ficaria à vista da família. Por um triz tudo aquilo não se transformou num pesadelo. Só que enquanto durou, foi sublime, intenso, obsceno como devia ser.
Entrei no quarto usando num biquíni mínimo, laranja vivo, as ancas bronzeadas quase totalmente expostas, os peitinhos guardados em triângulos minúsculos. Meus seios transbordavam como eu queria.
Eu estava provocante aquele dia, mas não era para ele que eu vestia o biquíni novo. Na verdade, eu queria causar com os vizinhos da casa ao lado, turistas como nós, os homens jovens cheios de olhos para mim. Sabe como são as garotas aos vinte.
- Amarra pra mim? Por favor.
- Bom dia.
- Bom dia!
Ele se levantou da cama vestido num calção azul e uma regata branca. Caminhou na minha direção, eu de frente para o espelho do armário.
- Pode apertar?
- Pode. Mais, mais. Isso. Bom.
Enquanto eu ajustava os últimos detalhes no biquíni, ele me olhou no reflexo do espelho, foi apenas um instante, começou com um sinal de reprovação, mas o olhar do velho foi se transformando, foi ficando intenso, diferente. Ele me encarou admirado com a visão, nunca pensei nele como um homem, era só mais um parente, mas não foi assim naquele dia. Foi muito mais. Até parecia que não era a mim que ele enxergava. É como se ele visse outra pessoa refletida no espelho e de certa forma era.
- Você lembra outra pessoa. Você é igual a ela.
- Eu sei, disseram que eu sou muito parecida. Não é à toa que temos o mesmo nome.
- O mesmo rosto, o mesmo olhar, os mesmos atributos.
- Acha mesmo? Será mesmo?
Não sei de onde ele puxou uma fatia de manga e mordeu. Fiquei admirando a cena no espelho, ele mais alto, os cabelos quase brancos, ainda assim um corpo bem definido apesar da idade.
- Quer um pedaço?
- Esse que tá na sua mão.
Mordi, mastiguei e comi. Ele ameaçou retirar a mão, eu segurei e lambi. Chupei o suco de manga em seus dedos. Tão gostoso, o sabor, o aroma de manga misturado com os dedos do velho, as unhas bem tratadas. Quando dei por mim, chupava seus dedos de olhos fechados.
Incendiei o homem. Ele atrevido me penetrou a boca com seus dedos, fui salivando e babando. Aquilo ficou mais forte quando ele me segurou o pescoço com a outra mão. Nos encaramos no reflexo, abri boca e os dedos invadiram a minha garganta. Gemi assustada comigo mesma. Era mais que um carinho entre parentes.
- Você não pode sair assim Nádia. Não podem te ver nesse estado. Lembra de como você ficava nesse estado?
Os dedos brilhando no meu rosto.
- Ficava? Como!?
- Você está muito quente. Precisa apagar esse fogo mulher.
- Como você sabe?
- Eu sei Nádia, você sabe que eu te conheço.
- Eu!
Ele me encarava no reflexo, mas não falava comigo. Aquele olhar de macho, aquele olhar de dono. Gostei do que vi nos olhos daquele homem de cabelos brancos. Uma sensação estranha, uma sensação de 'dejá vu'.
Sorri, encantada, curiosa. Insólito, exótico era tudo aquilo. Foi me transformando em outra, fui deixando de ser quem eu era. E eu fui gostando desse estranho jogo.
- O que é preciso fazer Osvaldo?
A mão do pescoço desceu até segurar meu quadril. A outra me afagou o peito, expôs um seio. Os dedos lubrificaram meu mamilo, fizeram apontar o bico. Uma coisa tão íntima ainda mais entre parentes. Mordi os beiços e segurei o grito. O grito de infâmia, do desprezo se tornou um grunhido, um gemido de prazer.
- Tem alguém em casa?
- Só eu e você.
Ele riu satisfeito no espelho e a mão sardenta afundou entre as minhas coxas, escondeu dentro da calcinha laranja. Explorou os meus segredos. Eu me dobrei contra o seu corpo reativa aos modos intrusos. Foi aí que lhe percebi a masculinidade rija contra minhas nádegas. A virilidade dura e quente, se excitando na minha pele.
- Aaaaannnn... Osvaldoooo!!
O dedo longo abriu a rachinha, perfurou a boquinha. Penetrou meu mundo, acariciando por dentro, fez como só eu sabia. Quem podia imaginar que um homem pudesse saber tanto sobre uma mulher. Foi uma surpresa deliciosa sentir que alguém pudesse me agradar assim, ainda mais um parente, ainda mais ele.
- Morde Nádia, morde bem gostoso. Chupa esse dedo com a sua bocetinha. Come como você sempre comia. Molha.
O pior de tudo, o que me tirava do eixo, era a voz rouca ao pé do ouvido. O sussurro, as mordidas na orelha. O velho sabia como me arrepiar inteira. Aquilo me fissurava, ser a mulher que ele via no espelho.
- Uuuuuunnn... Eu 'gosto' com dois, enfiaaa mais no funnndo!!
- Gulosa, você sempre esfomeada. Não se satisfaz com pouco, não é? Mexe mullher, morde meus dedos mocinha, assim Nádia.
Minha vagina latejava, começou a minar um sumo, um melado doce escorrendo entre os meus lábios, molhando os dedos do velho atrevido que me fazia queimar com os seus toques. Eu movia como numa trepada, a pele suada da bunda contra a vara dura do homem. Seu polegar me pegou de surpresa, jeitoso o sujeito agora brincava com o meu grelo. Um pecado tão gostoso. O homem me alucinava, deixava ansiosa por uma foda fabulosa.
- Aaaiii Osvaldo, não faz assim, eu não suporto!
- Que tal o beijo, aquele você sempre gostava? Aquele que te enlouquecia.
Suspeitei o que ele queria, o olhar intenso do velho que me masturbava deixou claro que a brincadeira podia ficar mais interessante.
- Aquele? Qual?
- Você amava. Esqueceu?
O olhar no espelho já não era o meu, era outra Nádia a falar com a minha voz.
- Eu quero Osvaldo, eu quero tudo, faz como você sempre fazia.
Ele riu e mordeu meu pescoço, beijou o meu ombro. Sumiu. Desceu atrás de mim. Ânsia, medo e vergonha estampados no meu reflexo, mas ele não me deu tempo. Bastou alisar minhas ancas, beijar minhas nádegas, me despir a calcinha laranja, para mudar as feições da jovem refletida na minha frente.
Desfiz o laço do sutiã e me exibi inteira ao reflexo, linda, bela e devassa. Eu ou a outra, pouco importa. Mas pronta para uma foda louca. Apertei meus peitinhos e sorri para mim mesma. Mostrei meus bicos durinhos.
Veio o beijo devasso de um macho. Beijo proibido, pecaminoso de um parente indecente. Eu gemi para a Nádia no espelho, adorando toda a putaria. Abri as pernas como podia e ele enfiou a cara nas minhas carnes. Lambeu as minhas vergonhas, bebeu do meu mel. Senti seu nariz nos meus lábios, o beijo pervertido, beijo desavergonhado a me fazer carícias, a provocar arrepios.
A língua abusada foi lambendo os lábios, até me incendiar o grelo. O velho sabia como levar uma mulher ao cio. Eu tremia pronta para o abate. Fascinada com a ideia de ser invadida por um velho esfomeado. Um tarado a me beber o suco, a me morder os lábios.
Eu gemia por espasmos. Doida e devassa, pelos modos dele. Hipnotizada pelo olhar da mulher no espelho. Eu e ela como uma só pessoa, as duas como a esposa dele. Fiquei na ponta dos pés, dobrei aos poucos, inclinei, apoiada nos joelhos. A língua ferina ficou mais sórdida, as mãos agarradas as minhas ancas, ele subiu trabalhando genitália até encontrar o ânus.
Fechei os olhos imaginando o impensável ato, o coração aos pulos e a língua girando girando, me untando de saliva o furo.
- Aaaannnn Osvaldo, oooooohhhh!!! Que isso!
A língua pontuda pressionou a entrada, veio a primeira cusparada, um jato forte no orifício. Me pegou de surpresa. Depois a dedada, a me excitar o ducto. O velho obsceno me furou com a ponta do dedo, invadiu o orifício e me conheceu por dentro. Tão forte, tão estranho, tão novo.
Eu gemia adorando. A outra Nádia ria orgulhosa, altiva e vibrante. O reflexo de alguém que se deliciava com a cena.
- Agora fode a xaninha, come ela querido.
A voz sarcástica, o olhar arrogante de uma mulher lasciva, não era eu quem falava. O era Nádia, a esposa do velho no reflexo. Ele parou e eu senti seu cuspi, senti a pressão e ele me rompeu de novo, eram dois dedos a furar meu cuzinho. Um segredo tão gostoso de me saber possuída pelo idoso. O alargamento das minhas entranhas, a abertura de um mistério, novo, diferente. Os dedos juntos, entrando e saindo. Furando e abrindo me ensinando a ser mais pervertida. Uma foda nova.
- Hoje não Osvaldo, para. Come logo a menina. Prova a bucetinha, vê se é igual a minha.
Rimos as duas, mordendo os nossos beiços. Cúmplices do desejo proibido de ser finalmente fodidas pelo homem agachado entre as minhas pernas. Osvaldo me tomou pelos quadris. Mostrou quem mandava. Esmerilhou a vara nas minhas nádegas, mostrou seu querer ao me molhar as ancas no seu prazer, pontudo, quente.
Nossos olhares se prenderam no espelho. Duas mulheres sedentas de sexo. Um piscar dos olhos e a vara quente do homem me abriu os lábios, me abriu a mente, me consumiu com fome, com força.
- AAAaaaahhhh!! Aaaaa!! Uuuummmm!
Vieram as trombadas fortes, ele me segurando o quadril e o ombro.
- Relaxa garota, relaxa. É isso que você precisa. Do jeito que você sempre gostou.
- Morde a pica Nádia, baba, deixa a vara do sujeito melada.
Nadia falava pela minha boca, incendiava a nossa foda louca. A tensão foi se tornando tesão. As estocadas foram entrando fundas, duras, quentes. O calor me queimando por dentro e ele a me furar com o mastro maciço. Fiz como a outra pediu, molhei a vara do velho para facilitar as pontadas. Meu avô me comeu fundo, me comeu toda.
- Ai, aiiii, aiiiiii!!
- Que boceta estupenda, que vagina maravilhosa Nádia!
A voz rasgada de um tarado. O charme de um macho apaixonado. Fui me entregando a putaria. Fui me erguendo lenta, as pernas amplas e minhas mãos buscaram os seios, estiquei os bicos. Dei um grito agudo acompanhado do primeiro orgasmo, lindo, intenso e quente a me fazer vibrar o corpo todo. Sem medo, vergonha ou culpa. Agarrei o pescoço do homem e o veio beijo descarado. De lado, arreganhado.
As línguas se lambendo e bebendo, as bocas grudadas como podiam. O segundo orgasmo foi com ele me chupando a língua e me espremendo os seios. Gozei sofrida, como uma submissa aos seus devaneios. O suor escorrendo e eu não querendo me desgrudar desse homem incrível.
Eu sabia que ele viria, era uma questão de tempo. Osvaldo gemeu na minha boca, gemeu sofrido, e o gozo denso encheu meu útero, me lambuzando por dentro. É lindo quando um homem goza beijando você, ainda mais um como meu avô. Um verdadeiro macho a te inundar com a sua semente.
Foi incrível... Incrível! Vocês não sabem como foi especial. Pena que não durou muito, não pode mais, foi um triz...
- Papai, papai, o senhor está aí?
As batidas na porta do quarto.
- Estou trocando de roupa, um minuto.
- Sabe da Nádia?
- Não vi minha filha.
- Onde foi parar essa menina, sumiu!?
- Quem sabe tenha saído com os amigos?
- Será que ela saiu com os meninos aqui do lado? Anda muito atrevida essa garota. Tá precisando de um couro.
Eu tive que segurar o riso, tampei a boca com a mão, até ouvir ela sair fechando a porta da sala.
- Eu não sabia que você era assim tão descarado, Osvaldo?
- E não sou, mas as circunstâncias...
- Safado.
Nos admirei no reflexo do espelho, ele ainda dentro de mim e uma gota branca a escorrer pelo mastro.
- Será que é doce?
Colhi a nata com a ponta do dedo. Provei mostrando pra ele.
- Não é melhor do que o sabor de você.
- Não! Porque?
- Você é doce como manga. Doce como Nádia.
- Mas eu sou Nádia.
Os olhos dele piscaram, foi então que ele percebeu quem eu era. O que tínhamos feito. Ele ficou sem jeito e eu sai envergonhada. Nunca mais falamos sobre o que aconteceu. Mas até hoje eu me toco sonhando com ele.