Olá… meu nome é Cesar(fictício) e todos os nomes desse conto também serão, por motivos óbvios para preservar os envolvidos. Esse conto é 100% real e por ser meu primeiro conto, peço que de antemão me desculpem erros que possam vir a seguir.
O ano era 2018, eu me encontrava em uma situação muito delicada, desemprego, falta de grana, contas atrasadas e aluguel pra pagar. Moro sozinho na zona norte de São Paulo e pra ajudar tinha terminado um relacionamento tóxico recentemente. Resumindo… eu estava na minha pior fase.
Falando de mim um pouco, tenho 33 anos, 1.89 de altura e 95kg. Sou preto de pele clara, cabelo raspado na zero, um pouco de barriga devido ao sedentarismo e a vida bohemia que eu amo e não largo mão.
Não me acho bonito, também não me acho feio, me acho normal, porém não tenho dificuldade alguma em me relacionar com mulheres, inclusive as mulheres mais lindas e gostosas que possa imaginar, me garanto no diálogo e inteligência. Tudo é uma questão de oportunidade…
Enfim, vamos ao conto….
Era outono de 2018, eu desempregado vivia de bicos e freela para pagar minhas contas e sobreviver, fazia qualquer coisa que aparecia até que uma vez uma amiga Claudia, me chamou para um freela em uma agência de publicidade em Pinheiros, zona oeste de SP.
O Job era na ALESP, trabalho simples basicamente era ajudar ela a organizar pessoas, distribuir camisas e fazer pagamentos para acompanharem uma PL que estava rolando na época. Resumindo um “cliente” pagava pessoas para colocarem camisas e acompanharem as sessões 2 vezes por semana e fingirem que eram contra a tal PL.
Ouvir deputados à tarde toda não era a coisa mais agradável do mundo, porém perto de trabalho pesado que eu me submetia era bem tranquilo pra mim.
Passaram alguns meses, eu nunca tinha ido à agência presencialmente, apenas ouvia Claudia falar no telefone com a tal dona da agência, pelo que observava era uma mulher grosseira que sempre gritava ao telefone, sentia pena da Claudia porém nunca opinei sobre, até porque não me interessava.
O tempo foi passando e a PL estava mais perto de ser aprovada, outro funcionário da agência que nos acompanhava era o Carlos, um cara de 53 anos gay muito divertido e gente boa. Eu o acompanhava nos gabinetes dos deputados, aonde o mesmo tentava convencer os deputados sobre a PL, conforme as tentativas para derrubar a PL estavam difíceis, o volume de trabalho aumentou, tínhamos que chamar mais pessoas para fazer volume nas sessões e consequentemente mais e mais trabalho.
Certo dia Claudia me ligou e informou que a dona da agência queria me conhecer e falar sobre o planejamento desse job e etc. Marcamos o dia da reunião e fui para a agência no horário marcado.
Fazia um frio agradável em São Paulo, típico de outono cheguei no prédio me identifiquei na portaria e subi de elevador, cheguei no andar e já pude ouvir uma voz feminina alta, em um tom grosseiro e deduzi que seria a tal dona que sempre gritava com a Claudia.
Bati na porta e entrei, na sala estava somente 3 mulheres que trabalhavam na agência, Carlos e a tal dona, Ayllan uma mulher longe de ser bonita, 1.70
no máximo, cabelo ruivo natural um pouco descuidado e 45 anos. Carlos nos apresentou e como já imaginava ela era a antipatia em pessoa, eu sou um cara muito sério e não esboço reação alguma, sou apenas educado e a cumprimento com um aperto de mão.
Ayllan tinha os olhos castanhos claros, algumas rugas que já denunciavam sua idade e um perfume adocicado com um leve cheiro de cigarro. Confesso que apesar do nosso primeiro encontro não ter sido dos melhores, aquela mulher era misteriosa e me despertou uma curiosidade que não sei explicar.
A reunião aconteceu normalmente, Ayllan falava alto, gesticulava e a grosseria era seu ponto forte, eu apenas ouvia e prestava atenção. Chegamos ao final da reunião me despedi de todos e para o meu azar Ayllan desceu de elevador comigo. O tempo até o elevador chegar parecia uma eternidade, não tinha assunto para puxar e ela no celular a todo momento, entramos no elevador para a minha surpresa Ayllan falou…
- Você está disponível semana que vem para um job?
Respondi de imediato…
-Claro! Só pedir para a Claudia ou o Carlos me passar as infos que estou disponível.
-Não! Esse job eles não podem sonhar, e já te deixando bem claro, sou eu que decido as coisas nessa porra entendeu?! (Falou em um tom de raiva)
Minha vontade era cuspir na cara dela e mandar tomar no cu, porém me contive e apenas respondi.
-Ok, então pega meu telefone.
-Eu já tenho seu telefone, hoje a noite falo com você.
O elevador chegou no térreo me despedi e ela foi para o subsolo, eu estava nervoso com a grosseria daquela mulher, porém por se tratar da minha situação mantive a calma, sai do prédio e acendi um cigarro, quando olhei para o lado Ayllan estava saindo com sua Mitsubishi Outlander, imaginava que a vadia era rica, porém nem tanto, o carro não tinha nem placa. Ela não me viu, seguiu seu caminho e eu fui para o ponto de ônibus a caminho de casa.
Sei que o conto está enorme e sem nenhuma novidade até então, porém garanto que irá valer a pena, estou aberto a críticas e a segunda parte irei publicar muito em breve…. Até já