Simplesmente acontece 7. Lembranças de uma vida a dois.

Um conto erótico de Max
Categoria: Heterossexual
Contém 1763 palavras
Data: 04/01/2022 20:06:43
Última revisão: 05/01/2022 03:00:26

Gostaria de agradecer a todos que vem acompanhando essa história. Espero que tenham se divertido durante as festas e ficado bem próximos aos seus familiares e pessoas queridas.

Vamos lá:

Continuando...

A equipe médica veio e levou Carlos. Sandra acompanhou o marido até o último momento, sendo contida pela enfermeira na última porta de acesso ao centro cirúrgico.

Se encaminhava para a sala de espera e já ouvia a voz do sogro reclamando com todos ali presentes.

- Se acontecer alguma coisa com meu filho, este hospital vai pagar caro.

Sandra caminhou de forma decidida em direção a ele.

- E você, fique sabendo...

- Se o senhor não começar a se comportar de forma racional, eu vou pedir pra segurança retirá-lo daqui.

Sandra o interrompeu, mostrando quem estava no controle. Sabia se impor quando necessário. Todos a olhavam surpresos.

- Agora não é hora de julgamentos e chiliques. A vida do meu marido está em jogo e eu não vou deixar que ninguém, independente de quem seja, piore ainda mais a situação.

Ela terminou de falar e se afastou para um canto sendo acompanhada pelo olhar revoltado de ódio do sogro.

Sabia que tinha extrapolado os limites, mas não queria nem saber. Só pensava agora no melhor para Carlos. Resolveria depois qualquer pendência com os familiares.

Vanda, Lucas e Marisa chegaram alguns minutos depois e assumiram a função de ombro amigo para quem precisasse. Buscavam café, traziam guloseimas e lanchinhos, confortavam os mais aflitos com palavras de esperança...

Sandra calada e preocupada em seu canto sabia que seria um dia longo e angustiante. Começou a se recordar das coisas boas que viveu com o marido e sorriu. Vanda sem entender, perguntou:

- Seu marido sendo operado e você rindo? O que está acontecendo com você?

- Estava aqui me lembrando de como Carlos era um cara muito divertido comigo. Respondeu ela

– Uma vez, eu acordei durante a tarde após um sonho maravilhoso, virei pra ele e disse que no sonho ele tinha me dado um lindo colar de presente e me levado para férias inesquecíveis na Bahia. Perguntei o que ele achava que o sonho significava, dando uma cantada, lógico. Ele disse que iria dar uma saída e depois me diria o significado. Voltou algumas horas depois com o livro "o significado dos sonhos" e me deu. Primeiro fiquei brava, mas depois ri demais. Carlos era assim, sinto falta disso.

Vanda também riu bastante do relato da amiga. Todos tinham alguma coisa boa a falar de Carlos, ele era mesmo um sujeito sem igual.

O tempo demorava a passar. Sandra precisava ficar sozinha. O ambiente estava pesado. Sabia que a cirurgia seria demorada e as notícias do resultado da cirurgia também demorariam a chegar. Passou pela lanchonete do hospital e comprou um café. No corredor, a caminho do pequeno jardim no lado externo do complexo, avistou um jovem casal com roupas de trilha e equipamento de rapel que recebia ajuda de um atendente. O jovem casal a fez lembrar de um ótimo momento da vida de casada ao lado de Carlos:

Pensava no hotel em Ubatuba em que passaram férias de verão quatro anos atrás. Andavam por uma trilha na mata contemplando um lindo nascer do sol. No meio da trilha resolveram pegar um caminho alternativo que terminava em uma pequena e escondida cachoeira, dica de um funcionário do hotel. Carlos adorava essas dicas dos moradores locais. Lugares afastados, com poucos turistas. Com a sua simpatia conseguia com facilidade essas informações naturalmente.

A água corrente fria, refrescava bastante o calor. Carlos e Sandra aproveitavam pra curtir o clima romântico. Se beijavam apaixonados, um local perfeito para uma rapidinha antes de voltarem ao hotel.

Sandra esfregava aquela bunda perfeita no pau de Carlos, que também muito excitado a puxava contra si. O toque da água gelada em seu corpo quente a excitava. Carlos começou a deslizar as mãos pelo corpo da esposa. Acariciou os seios, apertou os biquinhos, Sandra gemeu como uma gata no cio. Ele foi descendo a mão lentamente pela barriga dela e de forma delicada abriu suas pernas e começou a dedilhar com carinho o grelo com a ponta dos dedos gelados. Sandra, não conseguindo se controlar, emitia gemidos manhosos. Carlos adorava os gemidos dela. Aquela loucura estava deliciosa, uma sensação indescritível. Só parou após Sandra gozar deixando o corpo quase desfalecer sobre o seu.

O orgasmo só serviu para deixá-la ainda mais excitada. Sem perder tempo, Carlos abaixou a sunga e já foi encaixando o mastro ereto na entrada da boceta dela. A sensação de fazer algo contra a lei e até mesmo o sentimento de perigo de que alguém podia chegar a qualquer momento só aumentava ainda mais a vontade dos dois.

A penetração foi um pouco mais complicada que o normal, a água fria corrente prejudicava a lubrificação. Mesmo assim os dois estavam excitados demais. Carlos aumentou um pouco mais a força de empurrar e por fim o esforço foi recompensado.

A sensação do mastro duro dentro dela era muito prazerosa. Ela rebolava no ritmo das estocadas dele. Sandra estava tão envolvida pelo ambiente criado que gozou pela segunda vez gemendo ainda mais alto, sendo acompanhada alguns minutos depois pela ejaculação farta de Carlos dentro dela.

- Sandra?

Com um sobressalto ouviu alguém lhe chamando sendo tirada de suas lembranças.

Deu de cara com Gustavo. Ele agora estava sério, sem nenhum sinal daquele riso cínico do dia anterior.

- Fiquei sabendo sobre seu marido. Vim ver se posso ajudar. E Afinal de contas, mesmo sem o conhecer pessoalmente ainda, também somos sócios. Tudo bem com você? Precisa de alguma coisa? O que posso fazer?

Sandra voltou à realidade rapidamente e disse o que a preocupava:

- Acho que vou precisar me afastar um tempo da empresa pra cuidar da recuperação do meu marido. Tudo bem pra você?

- Claro! Faça o que tiver que fazer.

Sandra explicou o que pensara:

- Vou pedir pra Marisa assumir meu lugar por enquanto.

Gustavo respondeu de pronto:

- Marisa e eu nos damos muito bem e qualquer coisa ainda tem o Lucas pra ajudar.

Sandra aproveitou:

- Gostaria de me desculpar de novo sobre ontem. Quero que saiba que amo meu marido e precisamos por um ponto final nesse assunto. Se ele souber o que aconteceu nesse momento tão delicado, não quero nem pensar nas consequências para sua saúde.

Gustavo a ouvia sem dizer nada. Sandra concluiu:

- Isso não pode mais se repetir. Pelo bem da nossa sociedade e do meu casamento.

Lucas, que entrava no jardim à procura de Sandra, ouviu só a última parte da conversa. E mesmo sem entender direito o que foi falado, já começou a criar teorias conspiratórias em sua cabeça.

- Que filha da puta! Aproveitou a situação e a doença do marido pra ficar de sacanagem com outro - Pensava ele condenando a amiga.

Deu meia volta e saiu dali sem ser notado.

Gustavo mesmo contrariado, disfarçou e achou melhor concordar com o pedido de Sandra. A hora não era propícia. A situação no dia anterior tinha lhe roubado o sono durante a noite. Queria falar com Sandra, ser honesto. Mas, com a situação de Carlos, só o faria ser visto como um cafajeste.

Lucas estava sério do outro lado da sala de espera. Afastado de todos, pensando no que tinha ouvido e o que aquilo significava.

- Que bicho te mordeu? Perguntou Marisa trazendo-o de volta a realidade.

- Uma coisa que eu ouvi e não estou acreditando. Mas, isso não é assunto pra ser tratado aqui. Alguma notícia de Carlos?

Lucas queria mudar o rumo da conversa.

- Ainda não. Acho que vai demorar.

Marisa notou que Lucas fugiu do assunto.

Mesmo disfarçando sua preocupação com o que tinha ouvido, Lucas tentou afastar os pensamentos ruins. A fala de Sandra ficou gravada em sua mente. Mas não era hora e nem lugar pra esse tipo de conversa. Com a vida de Carlos em risco tinha que se concentrar em ajudar.

Estavam ali desde as 9 horas da manhã e já se aproximava das 18 horas. Finalmente, o neurocirurgião chefe aparecia cansado entre as portas duplas que se abriam para a sala de espera.

Sandra se levantou apressada tomando a frente de todos.

- Tenho boas notícias. Tecnicamente, a cirurgia ocorreu de forma bem tranquila e conseguimos cauterizar todos os focos de hemorragia. Mas, o sucesso vai depender das próximas horas. Se Carlos irá acordar, e se acordar, se será sem sequelas. As próximas 8 horas serão fundamentais. Peço que se mantenham positivos e aguardem com calma.

Depois de mais alguns esclarecimentos, o médico saiu deixando todos apreensivos. Sandra se sentiu esperançosa. Alguma coisa dentro dela lhe dizia que Carlos ia ficar bem. Ainda tinham muito a viver.

- Porquê você não vai em casa tomar um banho? Eu fico aqui de vigília por você. Depois trocamos. O que acha? Disse a sogra confortando-a.

- Não. Só saio daqui quando Carlos acordar. Respondeu ela.

Sr. Ahmed se sensibilizou com o gesto da esposa e já mais calmo resolveu que era hora de parar com a birra. Sua família precisava de união, sua esposa de um marido forte para se apoiar e sua nora de positividade.

- Vêm, minha filha! Vamos tomar um café. Estamos precisando. Disse ele dando o braço a Sandra.

Vendo que era um movimento genuíno de paz, Sandra aceitou e foi com ele em direção a lanchonete do hospital. O velho se desculpou, Sandra também pediu perdão por ultrapassar os limites e os dois combinaram que Carlos era a prioridade e nada deveria mais atrapalhar a harmonia necessária à recuperação dele.

As horas passavam de forma lenta, a angústia crescia, o nervosismo ia ficando latente no ar.

- Senhora Sandra? A enfermeira chamou às duas da manhã.

O coração de Sandra disparou.

- Meu Deus! Por favor, que sejam boas notícias. Cuida do meu amor, senhor. Pensava ela indo de encontro à enfermeira.

- Senhora Sandra, seu marido acordou. Pode entrar para vê-lo. Por aqui, me acompanhe. Disse a enfermeira com um leve sorriso de compaixão lhe escapando entre os lábios.

Sandra olhou extasiada para os sogros, que correram para lhe abraçar. Lucas, que havia passado o dia de cara fechada, pela primeira vez sorria. Vanda e Marisa também se abraçavam, assim como a irmã e o irmão de Carlos.

A enfermeira tranquilizava os pais de Carlos:

- O médico só autorizou a entrada de uma pessoa por vez. Peço que tenham paciência.

Sandra a seguia de espírito renovado. Nunca na vida havia sentindo tanto alívio como agora. Com Carlos recuperado, tinha a certeza que iriam seguir em frente e deixar aqueles quase dois anos de sofrimento para trás. Era a hora do recomeço.

Continua...

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Comentários

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Max Al-Harbi! Parabéns pelo texto, e tenho certeza que foi elaborado com muita dedicação, e amor!

Ja li outras obras suas e adorei! ⭐⭐⭐💯

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Boa parte! Gostei muito. Tem de tudo. Trama, perfil, reviravolta, lembrança, erotismo, e ações importantes para a próxima parte.

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E deixo aqui o meu muito obrigado por toda ajuda. Notou a edição? Abraço. Preparando uma consulta aqui para amanhã.

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Notei. Parabéns. Pessoas erram e acertam o tempo todo. Personagens muito reais. Dá consistência na história.

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Ódio desse povo que escuta as coisas pela metade e não pergunta pra pessoa e daí falando o que não deve. Coitada da Sandra se "livrou" do Gustavo, pra entrar o Lucas

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Coitada da Sandra, né? É marido doente, sócio golpista, gente sem noção que ouve o que não devia... 😂😂😂

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Saudades do conto amigo aguardo a próxima parte nota mil parabéns.

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Não tenho assinatura Premium. Se quiser falar diretamente comigo, use o email max.alharbi07@gmail.com. Abraço.

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Quando vai sair a continuação amigão seus contos são ótimos parabéns

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