### FUTEBOL
Acordei no sábado com uma batida na porta e me arrastei da cama, descabelado, sem nem ver que estava apenas de samba canção. Por sorte, era apenas Maciel. Já passava das 7 da manhã, e eu tinha aproveitado que não precisava acordar cedo para descansar bem.
Maciel entrou no meu quarto despejando diante de mim dois pares de chuteira.
-Um é 39 e o outro 41. Eu não sabia que número você calçava, então trouxe uma do meu irmão e uma velha minha.
-Ahn... acho que 39 vai servir... - falei, ainda meio zonzo de sono.
Se eu estivesse em um conto erótico, não seria 7 da manhã, mas sim o meio da madrugada, e Maciel estaria entrando no meu quarto pela janela para finalmente transar comigo. Mas não era um conto erótico, e ali estava ele, despejando chuteiras nos pés da minha cama enquanto eu tentava acordar decentemente.
-Olha, eu trouxe meião, porque eu não sabia se você tinha, e tenho essas tornozeleiras, mas a da esquerda tá rachada, então só toma cuidado com ela, tá? Bermuda, se você não tiver, eu te empresto também. - falou Maciel, mas eu respondi que eu achava que tinha. Ele prosseguiu, em outro tom. - E então... Ontem... O Gabriel ficou perguntando alguma coisa sobre a gente estar no meio de uma trilha andando de bicicleta à noite?
-Ah, não... Na verdade eu nem falei com ele. Não jantei ontem, vim direto pro meu quarto, tomei banho e dormi. - Ele assentiu. - Olha, Maciel, eu nem sei se eu quero jogar futebol, eu sou muito ru...
Uma hora depois, eu estava suando debaixo do sol, em um time formado por Maciel, outros 4 rapazes da região, e, para o meu total terror, Gabriel, que não parava de gritar comigo sempre que tinha a oportunidade, e nunca tocava a boca pra mim, mesmo que eu estivesse livre em campo.
-Porra, Gabriel! O Jonatan ali na frente, tava aberto! - uma hora Maciel gritou com ele, que por sua vez, ignorou.
Mas nada foi tão absurdo como o momento no qual, ao final do jogo em que ganhávamos de 3x2, eu com a bola, na lateral, vi Gabriel correr na minha direção para... tomar minha bola? Sem entender, e sem ter tempo para tocar a bola para ele, toquei ela para a frente, e parei, deixando ele ficar com ela. Ele ficou com a bola, mas também não fez corpo leve na disputa comigo, e eu fui parar no chão depois de um encontrão.
O juiz apitou, sem entender nada. Ninguém do nosso time entendeu nada. Ninguém do outro time entendeu nada. O Gabriel tinha acabado de marcar falta em alguém do próprio time? No fim, o jogo só parou para ver se eu estava bem, e eu levantei com calma, e nisso vi Maciel e mais dois do nosso time se aproximarem do Gabriel, xingando ele. Gabriel xingou de volta e depois virou pra mim, gritando:
-Você tá bem, não tá bem? Olha aí. Ele tá bem. Ah, Maciel, vai tomar no seu cu. Vai todo mundo se foder.
E ele saiu do campo, tirando o colete, bravo. Quando passou por mim, ainda bradou:
-Merdinha de jogador de bosta, nem sabe jogar e vem da cidade pra atrapalhar nossa diversão. Vai lá cuidar dos seus experimentos, vai.
E o jogo acabou. Eu saí do campo, também, envergonhado. Deixei meu colete perto do vestiário e comecei a andar na direção da pousada. Ia ser uns quinze minutos a pé. Daria tempo pra esfriar a cabeça. No fim, eu não queria jogar, e fui arrastado, pra então ser humilhado por alguém do próprio time, que desistiu do jogo esfregando na minha cara que eu era um "merdinha". Além de tudo, falou isso na frente de vários outras caras locais, que até então tinham sido simpáticos comigo, em me deixar jogar, em conversar comigo antes do jogo...
"Merdinha".
Fiquei com aquilo na cabeça. E bom, eu era mesmo, um merdinha de jogador. Não sabia jogar futebol. Fui pra me divertir. Nem pra isso, fui por insistência do Maciel. E bom, sou eu, um merdinha, e todo mundo lá jogando viu que eu não sabia jogar, que eu era um merdinha. Todo mundo devia me achar um merdinha. No fim das contas, Gabriel foi o único que teve a coragem de falar. Os outros estavam sendo simpáticos. Que humilhação.
-Jonatan! Jonatan! - Maciel vinha correndo atrás de mim. Eu virei o rosto pra ele, mas continuei caminhando, devagar, e deixei ele me alcançar. - Porra, cara, vai ter um churrasquinho lá, os caras levaram cerveja. Você não tá a fim?
-Não tô não... Só estraguei a diversão de vocês...
Maciel parou e me agarrou pelo braço.
-Estragou um caralho! Os caras que repararam que você saiu andando e mandaram eu vir te buscar, porque eu tava indo tirar satisfação com o Gabriel. Ele que tá com frescura, ele que tá chatão, e ele foi embora. Na moral, vamo voltar.
Eu suspirei e olhei para os lados. Talvez fosse melhor voltar, e ser educado com a hospitalidade, ao invés de sumir e ter que me desculpar depois.
Por fim, voltei, e todo mundo que estava lá, foi nada além de cordial e simpático comigo. Quando eu pedi desculpas pro resto do meu time, eles deram risada e falaram pra eu ficar tranquilo, e me deram ultimato para voltar no sábado seguinte, senão iam me buscar na marra. O resto da manhã foi divertido ali. O som tocava pagode, chegaram mais algumas pessoas, tinha outros dois time de várzea usando o campinho para jogar, mais cerveja veio, mais carne veio. Todo mundo foi bebendo, fumando, cantando, comendo. O meu espírito não se demorou em se alegrar de novo, e quando me levantei para ir embora, algumas horas depois, tive que me apoiar em alguém depois de cambalear para o lado.
Ouvi risada, e alguém me segurou pelo ombro. Eu não bebi tanto, mas estava um pouco torpe. Maciel e um amigo dele vieram me acompanhando. O amigo dele se despediu quando chegou na sua casa, e prosseguimos os dois. Durante a caminhada, fiquei mais leve, e mais sóbrio, e estava conseguindo andar sozinho.
Chegando na casa de Maciel, ele perguntou se estava bem eu voltar sozinho, e eu disse que sim. Garanti que lavaria a chuteira e devolveria pra ele na segunda-feira. Ele disse que não precisava, e que eu podia ficar para o próximo jogo.
Nos olhamos, e então nos despedimos.
Dei alguns passos e senti sua mão agarrando meu braço. Virei pra ele.
### QUARTO
Sentei na cama de solteiro, e olhei ao meu redor. Muitos adesivos colados na janela de vidro, um guarda roupas descascado, uma cômoda que servia de suporte para uma televisão de 32 polegadas e um playstation 3. Cabos de tomada e uma extensão passando por baixo do tapete. Uma cadeira no canto, entulhada de roupa mal dobrada. Ao lado, uma cortina aberta dava entrada para um lavabo com vaso, pia e um chuveiro, que no momento estava aberto.
Guardei dentro da minha mochila a muda de roupa usada. Minha cueca, bermuda e camisa. Vestia outra muda das mesmas peças, só que limpas. Eu estava limpo, e tinha na pele o cheiro de um sabonete com o qual não estava acostumado. Achei engraçada a situação. Me lavei, me troquei e saí do banheiro, e Maciel foi fazer o mesmo. Nem sequer nos falamos direito. Até então, ele só tinha me chamado para entrar na casa dele, já que ele estava sozinho, e em seguida, por estarmos suados de jogar futebol, eu fui tomar uma ducha, e como se nada mais fosse acontecer, ele esperou para ir tomar a dele. Sem contato visual, sem contato íntimo. Como se fosse um amigo indo dormir na casa do outro.
Maciel saiu do banheiro, sem camisa, vestindo uma bermuda de tactel e com a toalha nos ombros. Ele jogou a toalha em um canto e olhou pra mim, rindo. E então sentou do meu lado, mas ao invés de ficar sentado ereto, como eu, se jogou meio deitado até encostar na parede.
-Foi divertido hoje - falei.
O braço de Maciel se envolveu na minha cintura e me puxou pra perto dele. Eu deitei, e ficamos os dois deitados de forma atravessada na cama. Ele virou o corpo, jogando os pés sobre a cama, e eu fiz o mesmo, terminando deitado em volta dos seus braços. Meu rosto ficou perto do seu peitoral, que tinha o mesmo cheiro de sabonete estranho que eu tinha em mim. A pele dele estava fresca, lisa. Eu acariciei ele, e ele me agarrou imediatamente, me puxando de forma mais brusca pra cima dele.
Senti, outra vez, o seu volume sob a bermuda se comprimir contra o meu. Usávamos bermudas de tecido leve, e ele ainda por cima, estava sem cueca. Dava para sentir o contorno do seu pênis se erguer, pouco a pouco, e se comprimir contra minha virilha. A minha resposta foi imediata, e comecei a ficar duro ao mesmo tempo.
Comecei a beijar ele, nossas línguas trocaram saliva por algum tempo, nossos corpos se sentiam, ele me abraçava, me apertava, e arrancava minha camiseta. Quando ergui um pouco o tronco para tirá-la por completo, ele me empurrou para baixo, me fez beijar seus mamilos. Agora a força entre suas pernas se comprimia contra o meu umbigo. Ele afagava minha cabeça, brincava fazendo cachos com meus cabelos curtos, e me empurrava, pouco a pouco, quase que desesperado, quase que gritando "Desça! Desça! Eu preciso da sua boca lá embaixo! Por favor!". Eu beijei cada parte do seu tronco, seu tórax, seu abdômen. Passei a língua no seu umbigo e desci, pela trilha de pelos, umedecendo-os, eriçando eles.
Quando me afastei, como uma alavanca, a bermuda azul projetou um mastro sob ela. Algo duro, solto, pronto para ser devorado ali. Algo firme, que clamava por prazer, por satisfação. Eu puxei a bermuda. Seu pênis, grosso, bateu no seu abdômen. O seu saco era gigante, e pendia ali entre as pernas. Olhei nos olhos dele, e ele olhava para mim, com uma expressão que quase implorava "Por favor".
Eu segurei o pênis e levei minha boca até ele. Pela primeira vez na minha vida, um pênis estava dentro da minha boca. Passei a língua pela glande e tentei acomodar o máximo que podia, e então fui me afastando, apenas com os lábios até remover o pênis da boca, agora coberto de saliva, para então colocá-lo de volta, com muito mais gosto, com muito mais calor, e vontade. Maciel se contorceu na cama e soltou um gemido, e eu senti o gosto daquele homem. O gosto salgado, intenso e forte, que aquele membro provocava na minha língua, o cheiro imediato de homem cheio de prazer que ele exalava, quase como um perfume de sedução, uma resposta animalesca do corpo, dizendo que: Sim, sim, é isso que eu preciso. É isso que você precisa continuar fazendo.
Senti seus dedos dos pés se esticarem de prazer, e ele gemia cada vez mais alto, cada vez mais sem medo, se entregando mais. Meu pau gotejava por baixo da minha bermuda. Eu não conseguia sentir nada além de prazer ao ouvir aqueles gemidos, e inevitavelmente, minha cueca se encheu do pré-gozo. Eu colocava seu pênis com ferocidade na minha boca, manejava da melhor forma possível que um iniciante poderia fazer, com minha língua, e estava feliz, por ele estar ali se contorcendo de prazer. Tanto prazer, tanto gemido. Suas mãos estavam agarradas com força em tufos do meu cabelo, e quando levantei os olhos, ele girava a cabeça, de olhos fechados para o alto, se segurando, se contorcendo.
O prazer dele cresceu e eu não sabia mais se ele estava gemendo ou gritando. Ele não conseguia pedir para eu parar, e eu não conseguia parar. Senti as ejetadas dentro da minha própria bermuda. Me gozei como louco, em fazer sexo oral em outro homem, e não demorou muito, ele suspirou, se sentou na cama de repente, e tentou afastar minha cabeça, mas não conseguiu.
-Ah... ah...- suspirava ele, a cada esporro. O seu saco contraia, como se estivesse pegando impulso, e o jato saia pelo pau, indo parar no céu da minha boca. O leite escorria, pelos cantos dos meus lábios, enquanto ele botava tudo pra fora, mas eu tentei segurar o máximo que pude. - ...Ah... Ah... Nossa... ah.... - foram seis, sete ejetadas, de um leite grosso, que agora habitava cada canto da minha boca.
Ele caiu de costas de volta na cama, ofegante, como se tivesse corrido uma maratona, e eu fui até ele. Não precisei tomar iniciativa. Maciel mesmo, me tomou nos braços e começou a me beijar, e eu transferi o seu leite grosso entre nossas bocas, ele bebeu um pouco, eu bebi um pouco. Nos beijamos por minutos e minutos a fio. Rolamos na sua cama estreita, e ele ficou por cima de mim, arrancando minha bermuda e minha cueca, e eu ajudei empurrando elas para longe, com o quadril e as pernas. Nossos dois pênis, melados dos nossos próprios gozos, se beijavam, se entrelaçavam, no mesmo ritmo das nossas línguas.
Por fim, quando terminamos de nos beijar, Maciel se afastou um pouco e falou, quase como um respiro.
-Eu consigo mais uma. Você?
Assenti com a cabeça e ele sorriu.
### MAIS UMA
Deitado ao meu lado, Maciel me beijava e me acariciava, apertava meus mamilos e brincava com os dedos no meu peitoral com uma das mãos. Com a outra, ele introduzia e tirava um dedo do meu ânus. Eu ficava rígido quando ele fazia isso, e ele suspirava no meu ouvido para eu relaxar, para eu ficar mais tranquilo. Eu então respirava fundo, e de olhos fechados, tentava ficar relaxado. Então vinha um segundo dedo, e por fim, três dedos entravam e saiam. A frequência com a qual eu ficava tenso tinha diminuído, conforme eu me acostumava em ser introduzido.
Enquanto isso, eu recebia seus beijos no rosto, no pescoço, no tórax. Deixava recaído em minha mão, e massageava, o seu pênis grosso e flácido. Meus dedos encontravam o seu saco, depois voltavam para o pênis, que preenchia toda minha palma. Ao passo em que eu me acostumava com a penetração dos seus dedos, comecei a masturbar Maciel, e seu membro voltou a ficar rígido, pouco a pouco, até ficar meia bomba, assim como o meu.
Maciel se levantou e pegou, na cômoda, preservativo e lubrificante. Ao voltar, virou meu corpo, me deixando de bruços em sua cama. Ele se ajoelhou na cama, e puxou meu quadril para sobre suas pernas dobradas, e eu fiquei com a minha bunda um pouco erguida, próxima ao ventre dele. Virei o rosto e observei, seu pênis já em riste, apontado para o teto, um mastro da virilidade. Ele colocou a camisinha e passou o lubrificante em toda a extensão do seu pau. Mais um pouco de lubrificante nas pontas do dedos, e estes vieram para a porta do meu ânus. Senti o gel frio sendo espalhado por aqueles dedos firmes, decididos, mas ainda assim tranquilizantes. Respirei fundo, senti meu quadril sendo ajeitado e fechei os olhos. Teria que aguentar. Queria aquele homem, todo dentro de mim, sem frescura, sem choro. Queria seu pau me preenchendo. Queria ele me dominando, ali, e faria tudo para dar a ele o máximo de prazer possível.
Senti, pouco a pouco ser penetrado, agora não mais por dedos finos mas sim pelo seu pênis. "Respire. Respire...". Era minha primeira vez, e tinha decidido ser logo com alguém com uma rola grossa como aquela. Mas eu aguentaria. E fui aguentando. Abri minhas pernas um pouco mais enquanto aquele homem abria caminho, com tranquilidade, dentro do meu ânus. Me preenchia. Senti pontos serem comprimidos dentro de mim, e não sabia dizer se era dor, ou apenas algo que me apertava, de dentro para fora, mas era um sentimento estranho. Meu pênis, que balançava flácido entre minhas pernas, começou a dar sinais de vida. Ele se mexia, sem ficar duro de fato, eu recebia o prazer, mas não se traduzia em uma ereção. Era aquele aperto. Eu não sabia como reagir, não sabia como deixar aquele fluxo de sensação percorrer meu corpo. Precisava escapar de um jeito. Abri a boca, e involuntariamente, um gemido rouco, prolongado, escapou. Era isso. Eu precisava gemer, para deixar aquele aperto no meu estômago escapar. Para aproveitar o prazer de estar preenchido, de estar com uma rola maestral, de um homem, um macho, dentro de mim.
Uma rola que parecia o tempo todo encontrar mais um pouco de espaço, crescia, sem fim, ia adentrando, adentrando, e de repente, eu não conseguia imaginar o quão eu estava penetrado. Parecia muito, muito mais do que eu imaginava. Mas lá eu estava, preenchido, quando ele parou. Eu não conseguia acreditar quando ele falou.
-Eu coloquei tudo. Tá tudo bem?
Só respirei e assenti, de olhos fechados. Minha boca entreaberta soltava uma respiração intensa, que por vezes sibilava um gemido. Então Maciel começou a mexer o quadril. Aquele monstro entrava e saia de mim, com calma. Imediatamente comecei a piscar meu ânus e ele parou, foi mais devagar. A respiração agora era um gemido. Maciel foi acertando o ritmo, primeiro calculado. Vai, vem, vai vem, vai vem. Cada vez que vinha, era aquele aperto, que eu só conseguia deixar escapar pela minha boca na forma de um gemido. Meu pênis agora pulava, balançando, um pouco duro, cheio de tesão, mas um tesão que não corria totalmente através dele, se dividia, entre ele, e entre o resto do meu corpo. Ele gotejava na cama, traduzindo a pressão de um macho que me inundava com seu mastro.
Os movimentos de Maciel ficaram mais fluidos, menos calculados. No início, ele ia para tentar entender meu ritmo, e agora ele abraçou o ritmo dele com o meu. Naquele momento, percebi que ele havia passado do momento em que tentava acertar a penetração, para o momento em que ele me comia, com intensidade, com tesão, com prazer. Seu tronco se estirou para trás e o quadril foi pra frente. Ele rebolava, pra frente e pra trás, usando as mãos apenas para guiar meu quadril. Agora nem mesmo ele tinha controle da situação, e ele começou a gemer, incontrolado.
-Ah, caralho! Ah! Porra! Ahh! Porra, isso melhor que uma buceta. Meu Deus, caralho, Jonatan, caralho!
Os barulhos se misturavam. Seus gemidos grossos, entrecortados em palavras, os meus próprios gemidos, a cama rangendo e balançando, arrancando lascas de tinta da parede, o som da sua virilha se chocando com a minha bunda, quase como um tapa atrás do outro. Pá, pá, pá, pá, pá. Eu já estava totalmente desmontado. Eu não tinha forças para resistir, para me controlar. Meu corpo estava caído, apenas se deliciando com aquele pênis que ia e vinha com uma força descomunal, me excitando com os gemidos daquele macho que me dominava com o balançar do seu quadril. O meu pênis gozou, esporrando o lençol abaixo, sem estar duro, e isso foi magnífico. Senti que podia gozar mais e mais, até a eternidade. E a segunda jatada, de fato, veio algum tempo depois. Algo me dizia que uma terceira estava lá dentro. Parte do gozo certamente atingiu a perna de Maciel, que percebeu que eu estava gozando.
-Isso, caralho, delícia. Goza... Goza...
Ele debruçou o corpo mais sobre mim, e aumentou a velocidade. Estava feroz, e gemia com força, como um leão. Puxou o pênis para fora, quase todo, e então estocou com força dentro. Deu um grito "aaaahhhh!". Eu senti seu pênis pulsar dentro de mim, enquanto o gozo o percorria. Pulsou, uma, duas, três, quatro vezes. Cada vez acompanhado de um gemido rouco. O meu próprio pênis não aguentou e pulou duas vezes, dando duas esguichadas. Meu Deus, eu nunca tinha gozado tanto em um espaço tão curto de tempo. E não conseguia lutar contra, estava apenas ali, desmontado.
Maciel terminou de ejacular e olhou pra mim. Havia um brilho de gratidão em seus olhos, e eu o observava, semi erguido, atrás de mim, com admiração, com tesão. Ele puxou o pênis para fora de mim e se levantou. Vi a camisinha pender, frouxa, muito abaixo, quase totalmente desenrolada, segurando um tanque enorme de esperma branco e grosso. Maciel retirou ela, deu um nó e jogou em algum canto, antes de deitar ao meu lado. Passou o braço sob a minha cabeça e ficou ali, fazendo cafuné em mim. O cheiro de sexo, cheiro de homens, cheiro de esperma, de suor, de tesão, impregnava o quarto. Eu tinha acabado de perder minha virgindade com um homem que na última semana, tinha sido tudo que podia ser de positivo para mim, com plena admiração pela sua alegria, simpatia e charme.
Ficamos em silêncio, aproveitando aquele momento em que nossos corpos se estiravam, nus, um ao lado do outro, sem mais qualquer energia sobrando, mas com um sentimento infindo de satisfação. Nossos pelos das pernas eriçados, um contra o outro, nossos pênis caídos nas nossas virilhas, ainda dando pequenos suspiros para ejetar as últimas gotas de sêmen. Nossas peles, suadas, que se colavam uma na outra, e a tranquilidade... Além da tranquilidade, a felicidade.
