Eu estava fazendo o churrasco, enquanto as duas, Letícia e Ângela, a alguns metros de distância, confabulavam, não sei se falavam de mim ou da aguardada chegada de Bia. O que elas poderiam querer? Uma coisa estava clara, eu já não tinha mais disposição para uma postura submissa.
Letícia se aproximou de mim, segurou nas minhas mãos, e falou: “Álvaro, a Gê estava me contando do início da relação de vocês e de como você e sua filha já tinham uma relação íntima quando ela foi morar com vocês. Eu queria te dizer que por mim tudo bem. Eu aceito numa boa a relação de vocês”.
Quando a Lê disse isso, eu me desarmei. Resolvi abraçá-la e agradecer, demonstrando que para mim aquela aceitação era muito importante. A presença de outras pessoas fortaleceria a minha relação com Bia. Para mim, naquele momento, a minha filha era a coisa mais importante que existia.
Continuei preparando as carnes, até que a campainha passou a tocar. O meu coração disparou. Letícia atendeu e falou das regras da casa. Para entrar, todos precisavam tirar as roupas. Bia deixou cair o vestido na grama do jardim e já estava pronta, não usava nada por baixo. Ela deu dois beijinhos em Letícia, e foi logo perguntando onde eu estava.
Aproximando-se de mim, ela avistou a Gê ao meu lado, mas não se importou, foi me abraçando e me beijando com força, como se não me visse há uma eternidade. “Que saudades, paizinho, que saudades”.
Bia não largava a minha boca, prolongando ao máximo o nosso beijo, sem que nada mais importasse. Sentindo o calor do corpo da minha filha, o ardor dos seus lábios, o meu membro se enrijeceu, encostando-se na sua pele. O beijo não parava e eu não me atrevia a encerrar aqueles prazeres. Boca com boca, saliva com saliva, língua com língua, desejo com desejo, continuávamos.
Sem parar de me beijar, Bia agora percorria o meu corpo, como se ele fosse a sua morada e eu fazia a mesma coisa. As suas mãos percorriam tudo, braços, peitos, abdômen, o meu membro, as nádegas, o ânus, o membro novamente, até que repousaram no meu rosto, nos meus cabelos, na minha face, num toque macio, amoroso, filial. Bia só desgrudou a boca dos meus lábios para dizer: “Papai, eu te amo”, e depois voltou a me beijar.
Acho que para ela nada mais existia, o churrasco, Gê, Letícia, tudo ficava para trás. Apenas a minha presença, a minha boca, a vontade de me ter, o desejo que nos consumia como se fossemos velas derretendo na chama da paixão. O beijo não cessava, enquanto o corpo da minha filha se aninhava no meu. Eu sentei no banco de concreto ao lado da churrasqueira, e Bia ficou no meu colo, de frente para mim, o meu membro tocando na sua xana, sentindo o ardor da pele molhada, querendo.
Sem falar nada e sem parar de me beijar, Bia foi aumentando ainda mais o contato, até posicionar a bucetinha na entrada do meu membro e fazer-se penetrar. Não falei nada, não queria falar nada, apenas sentia o seu corpo no meu, aninhado no meu, beijando-me. Ela me beijava com o corpo inteiro e não apenas com a boca. Tudo era parte de uma mesma aproximação, de uma mesma intimidade.
Nossos olhos estavam fechados. Eu apenas queria beijá-la e senti-la dentro de mim, como parte de mim. Nada mais existia. Quando o corpo de Bia parecia sair de dentro de mim, ela se aproximava ainda mais, com mais força, num vai e vem constante, saia apenas para sentir com mais força a penetração, o ardor, o pulsar do meu membro dentro dela. Aquilo para mim poderia continuar para sempre. A cada minuto que se passava, mais fundo eu a sentia, mais fundo eu a queria, até que gozei.
Mesmo assim, o pau murcho, o gozo escorrendo pelos nossos corpos, o beijo continuou. A boca de Bia, a presença dela, aquilo era mais intenso que o nosso sexo. Eu não queria que aquilo terminasse e ela também não. Eu não podia sair da sua boca, do seu toque, a sua língua na minha, o sabor da sua saliva, eu queria aquilo. Não sei quanto tempo se passou. Eu apenas queria continuar beijando, sentindo, não pensar em nada, apenas a minha filha, derreter ao lado dela, deixar-me consumir pelos sentimentos.
De repente, sinto uma mão me segurando e levanto-me, sinto que Bia também se levanta. Alguém me empurra, eu seguro no corpo de Bia, ela também está sendo empurrada. A água gelada e o susto me acordam. Eu e Bia fomos jogados na piscina por Ângela e sua amiga. Letícia comentou: “Vocês estão querendo ganhar alguma competição sexual de beijo prolongado? Vocês estavam tão embriagados, que o único jeito foi jogá-los na piscina”. Gê complementou: “A gente chamou por você, Álvaro, mas não adiantou. Se não fosse a Letícia, a carne do churrasco teria queimado”.
Eu agradeci as duas por cuidarem do churrasco, quando, na leveza da piscina, senti o corpo de Bia aninhar-se novamente no meu, deixar-se penetrar pelo meu membro e ela voltou a me beijar. Antes de fechar os olhos novamente, escutei a Letícia comentar com Gê: “Fodeu, amiga, acho que você perdeu o seu namorado para a filha dele”.
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