Era um domingo muito quente. Eu e a Gi estávamos atiradas na sala de casa com o ar-condicionado no 17ºC. Podíamos até descer e dar uma volta na praia, mas sabia que a cidade estava cheia de turistas e a praia fica inviável nesses períodos de alta temporada.
Decidimos apenas ficar por ali mesmo. No sofá. Com os pés esticados nos “puffs” na nossa frente. Eu pelada. Ela só de calcinha...
- Mãe... Sobre semana passada... – Ela estava falando sobre o que tinha acontecido na semana anterior, quando fomos para Rio Largo (leia o conto anterior: “Eu, minha filha e o cara do UOL”) – Não falamos sobre isso né? Eu queria saber como você se sentiu com aquilo?
- Aí Gi... Eu adorei estar com você! Como já te disse, adoro te ver transando! Você é minha princesa, e quando te vejo fazendo sexo, percebo o quanto você cresceu, a mulher que que você está se transformando... E claro, fico muito excitada né! Hahaha.
- Sim, sim... Eu sei... E você não planeja me tocar? Tipo... Vamos ficar nessa de “cada uma por si”?
- Gi... Já estamos correndo muito risco só pelo fato de estarmos dividindo a cama... Imagina se... – Ela não me deixou completar e emendou:
- Eu tive muita vontade de te chupar aquele dia...
Eu gelei. Ela tinha uma cara de safada. Aquele sorriso escondido no canto da boca enquanto falava. E seguiu:
-... Teve uma hora que ele estava te comendo no mamãe-papai e eu deitei na tua barriga, lembra? Ele tirava o pau de você e colocava na minha boca... Eu sentia o teu gosto no pau dele e por muito pouco eu não te chupei.
- Gi, a gente tem que evitar, eu sei que na hora a gente fica cega pelo tesão, mas temos que pensar em longo prazo. Isso não vai terminar bem.
- É eu sei...
Ela disse tirando a calcinha. Abriu as pernas e ensaiou uma siririca, tipo, passou os dedos na buceta lisinha e com a outra mão apertou um dos seios. Ela começou a levantar do sofá e contiuou:
- Bom, vou tomar um banho. Muito calor!
Eu fiquei no sofá. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Eu tentei pensar como era possível aquilo estar acontecendo. Era o calor? Era os hormônios de uma menina de 18 anos? Era o tédio do domingo? Ela estava me testando?
Bom, eu decidi não pagar pra ver.
Vale lembrar que quem despertou meu lado bissexual foi ela. Se você perdeu essa parte da minha vida, leia os contos “Gi despertou meu lado Bi.”, parte 1 e parte 2. Mas transar com ela era algo que estava fora de cogitação. Talvez ficaria com a Talita a “amiga colorida” da Gi.
Eu simplesmente tive que ignorar aquilo que aconteceu. Na minha cabeça não havia espaço para isso.
Ela saiu do banho. Me olhou no fundo dos olhos como se nada tivesse acontecido e exclamou:
- Vamos ver qual de nós vai ser a primeira.
Eu fiz que não entendi. Baixei meu rosto como se não tivesse entendido, obviamente ela estava me desafiando, “quem vai ser a primeira a tomar a iniciativa”, isso que ela quis dizer. E completou:
- Topa um suco de laranja mãe?