Karen - Escrava da Libido - Episódio Final

Um conto erótico de Casal Anônimo
Categoria: Heterossexual
Contém 1388 palavras
Data: 20/01/2022 14:38:29
Última revisão: 20/01/2022 15:08:46

O Negão estava prestes a gozar, mas minha esposa se jogou para a frente, e o caralho dele saiu de dentro do cuzinho dela. Ele urrou:

- URRRGHHHHHHHHHHH! E logo em seguida, britou: “NÃÃOOOOOOO!!!”

Ele ejaculou forte, mas sobre a barriga de Imra. Karen caiu no gramado. Nesse instante, um pé-de-vento súbito, como um redemoinho, apagou a fogueira. Tudo ficou escuro. Estranhamente, nem brasas ficaram. Não dava para ver nada. Era uma escuridão sobrenatural. No céu, um Eclipse total, e na terra, não se via nem as luzes da cidade ao longe. Exceto por uma coisa.

Minha esposa, agora em pé, estava brilhando, era uma luz dourada que envolvia o seu corpo nu. A partir dessa luminosidade, pude ver que Nguvu estava paralisado como uma estátua, e Imra olhava assustada para seu ventre. A porra do Negão estava se movendo, como se fosse uma larva enorme. Devagar, foi tomando a forma de um pequeno duende ou demônio, branco e viscoso, que tentou ir em direção a Karen.

Rapidamente, dei um safanão com toda a força naquela coisa, que resmungou algo e fugiu, desaparecendo na noite escura. Ajudei Imra a se levantar. Ela olhou para mim entre assustada e zangada.

- Vocês estragaram tudo!

Eu respondi:

- Se o que eu vi agora há pouco foi real, vocês estavam tramando algo muito ruim para nós. Se aquele bicho entrasse nela, vocês iriam pagar caro.

Nguvu ainda estava parado, como em transe. Ao redor da fogueira apagada, as pessoas estavam imóveis, não sei se paralisadas pelo medo, ou em algum tipo de torpor. Imra foi em direção a Karen, que apenas olhava para ela, impassível. Quando ela levantou o braço para bater nela, minha esposa apenas disse:

- Caia.

E ela caiu, sem forças. Tentou se levantar, mas não conseguiu.

Em seguida, Karen tocou o rosto do Negão com a mão esquerda, falando algo que não entendi. Ele foi lentamente abrindo os olhos, e despertou com uma expressão assustada.

- Tenho um recado para você – disse ela. Encostando os lábios no ouvido de Nguvu, ela murmurou algo que não consegui ouvir ou entender. Ele arregalou os olhos, e fez uma expressão de pavor.

Depois, veio em minha direção e me abraçou.

- Ah querido, eu estive em um lugar indescritível. Parece que fiquei muito tempo lá, eu vi e ouvi muita coisa. Quase no final, senti que você estava comigo, e fui avisada que tinha que interromper o Ritual.

- Eu também senti que estava em um lugar diferente. E vi o que me parecia uma Deusa.

Ela sorriu para mim, e me beijou.

- Querido, vamos embora daqui. Não temos que fazer filme nenhum. É como se uma névoa estivesse em minha mente todos estes últimos dias, agora estou completamente lúcida. Mais que isso, eu tive algum tipo de iluminação.

Nisso, ouvimos uma voz, de alguém que se aproximava.

- E você teve uma Iluminação, Minha Querida Putinha. Provocada pelas experiências que ativaram a sua Energia Sexual. Agora venha aqui.

- De jeito nenhum.

- Venha, eu sou seu amado Mestre Omar, minha Putinha.

- Seu nome é Meister, e eu não sou sua putinha.

- Hum. Vejo que alguém andou atrapalhando meus planos.

Olhei para ele e falei:

- Pois é, eu descobri as drogas que você estava dando a ela. E eliminei tudo.

- Entendam. Eu estava apenas fazendo com que sua esposa atingisse todo o seu potencial.

- Coisa nenhuma. Você queria era usar a Energia dela para seus propósitos pessoais!

- Pelo jeito, você sabe muito mais do que poderia saber. Quem disse essas coisas a você?

De repente, tive uma ideia. Eu nunca poderia falar sobre a Viajante do Tempo, então olhei bem para Nguvu. Depois, falei.

- Não vou contar nunca.

Meister olhou bem para o negão, desconfiado.

- Não. Meu Servo Fiel jamais faria isso.

- Eu não disse que foi ele.

- Mas olhou para ele de um jeito diferente.

Nguvu ainda estava meio torporoso, com aquela expressão de pavor, que Meister interpretou como sendo por causa dele.

- Meu Servo Fiel, o que você disse a eles?

Ele não respondeu. O que será que minha esposa havia murmurado no ouvido dele?

Karen voltou a falar:

- Nós vamos embora daqui, ainda hoje, Meister. O Ritual foi interrompido, e a criatura que saiu da porra do seu Servo está em algum lugar por aí.

Meister ficou furioso.

- O que? Ele não ejaculou dentro de você? COMO???

Ela fez como havia feito com o Negão, chegou perto do ouvido dele e murmurou algo como um mantra, ou coisa parecida. Meister arregalou os olhos.

- Pelos Mestres do Caos! No que você se tornou?

- Ainda sou eu mesma, só que agora eu sei se algumas coisas.

Ele ainda tentou se impor uma última vez.

- Minha Putinha, lembre-se que sou seu Amado Mestre! Ajoelhe-se e beije meus pés!

- Foda-se. Dizendo isso, ela esticou o braço esquerdo e apontou com o dedo anelar para ele, emitindo um som que parecia uma vogal prolongada.

- ( infelizmente, não posso descrever porque pode ser perigoso)

Meister caiu de joelhos, os braços cruzados na barriga, como se tivesse uma cólica súbita.

- E agora, querida? Vamos deixá-los todos aqui, desse jeito?

- Eu podia ter acabado com todos eles.

- Mas não fez, apesar do que fizeram a você. Espero que eles não tentem nos procurar e perseguir depois.

- Não vão. Não depois do que eu disse a eles.

- Nem vou perguntar, acho que você deve querer guardar isso em segredo.

- Como você fez com a Viajante do Tempo?

- Ixi, você descobriu. Mas foi para proteger você. Ela falou que você era importante.

- Não eu...nossa tetraneta. Eu gostaria de tê-la visto, essa Morgana.

- Acho que você viu uma Deusa, que é muito mais importante. Morgana disse que poderia ser qualquer coisa, menos Deusa, mas que houve um tempo...ela interrompeu o que estava dizendo, mas eu deduzi que ela poderia se tornar uma entidade superior. Ou ser considerada uma Deusa, já que poderia viajar no Tempo à vontade.

- Bom, vamos embora. Acho que não vão tentar nos impedir.

Saímos caminhando até o nosso chalé. Pegamos nossas coisas e fomos em direção ao nosso carro. Karen preferiu continuar nua. Ela mantinha aquela luminosidade dourada, que lhe dava um aspecto levemente sobrenatural.

- Será que isso vai continuar?

- Acho que só aparece quando a Energia Sexual está mais intensa. Se não ficarmos trepando em público, não vai fazer diferença. Ela riu.

Enquanto dirigia em direção à nossa casa, perguntei a ela:

- O que será aquele lugar que vimos? Aquela lua enorme, a névoa rosada...

- Eu vi, ao longe, um tipo de Portal. Acho que já havia visto antes, em um Museu.

- Portal? Como o do Museu Pergamon, em Berlim? Estivemos lá uma vez.

- Isso! O Portal de Ishtar!

- Será que foi Ela quem você viu e ouviu?

- Seria maravilhoso se fosse Ela.

Finalmente, chegamos em casa. Na semana seguinte, eu iria pedir ao nosso advogado que cortasse qualquer vínculo com Omar/Meister. Nunca perguntei a minha esposa o que ela havia dito a ele e a Nguvu, ela procurou não falar mais nada a respeito. E também não a vi mais fazer nada de sobrenatural, como havia acontecido naquela noite.

No entanto, ela passou a demonstrar mais interesse em assuntos esotéricos, começou a colocar cristais e algumas imagens de Deusas antigas na sala e em outras partes da casa. Ela reservou alguns minutos do dia para meditar, e volta e meia eu percebia aquela luminosidade, principalmente à noite e logo após o sexo.

Algum tempo depois, lemos uma notícia na Internet, dizendo que havia uma criatura rondando aquela região próxima à Pousada, uma espécie de “Chupa-Cabras”, um vulto esbranquiçado que se alimentava de pequenos animais, e tinha aparência assustadora. A notícia acrescentava que o local já era considerado misterioso anteriormente, principalmente por causa de um Mosteiro antigo, que diziam ser assombrado e palco de Rituais de Ordens e Sociedades Secretas.

- Será que Meister e Nguvu pertencem a uma dessas Sociedades Secretas?

- Não sei, amor. Mas se pertencerem, devem fazer Rituais sexuais, orgias e surubas aos montes.

- E o tal bicho saiu de um desses rituais.

- Surgiu da porra do Negão, disse Karen.

- Querida, agora vem cá. Vamos trepar bem gostoso, temos que pensar na nossa tetraneta, que vai ser importante em algum momento da História.

Ela tirou a roupa e me abraçou.

FIM

A Seguir: “Os Arquivos Ocultos – As Aventuras dos Detetives Eróticos – Detetive Guará e Agente Diana Dínia”

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 19 estrelas.
Incentive P.G.Wolff a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Exelente. São tantos enredos paralelos e interligados ao mesmo tempo,que torna esta saga, que iniciou com a Regina e o número um, imprevisível. Parabéns.

1 0