Não tenho rola monumental nem bunda redondinha; tenho barriga e quilinhos a mais; não sou novinho nem bonito. Resta-me apostar no que ainda tenho de atraente: belas pernas, bem torneadas, coxas apetitosas. Enfio um shortinho que realça meus raros atributos e vou caminhando pelo parque, como diz a canção.
Após algumas voltas (5 ou 6 quilômetros, dependendo da minha disposição), paro num pequeno conjunto de equipamentos, barras e plataformas para alongamento, e passo a me esticar, sentindo o bem bom dos músculos se distenderem...
Assim é diariamente, quase madrugada: surpreendo o sol chegando, todos os dias. Por recomendação médica, não por prazer, que, na verdade, detesto exercícios físicos.
Hoje foi novamente assim. Quando eu me preparava para iniciar o alongamento, colocando meu pé sobre uma plataforma de ferro e retorcendo o corpo, um jovem senhor, de seus trinta e poucos anos, também caminhante, aproximava-se.
Usava um daqueles calções de lycra, que grudam no corpo e desenham a rola com nitidez – e que eu só não uso porque não tenho pica para exibir assim. A dele vinha posta de lado, e eu fiz de tudo para não olhar além da conta.
Mas ele resolveu parar e também se alongar. Ele não foi tão discreto quanto acho que fui, e cravou os olhos em minhas coxas e por sob o que a perna do meu short permitia ver. Senti-me arrepiar e tripliquei o tempo que normalmente gasto nesse exercício; repeti várias vezes, então.
Sob o pretexto de exercitar a barriga – coisa que nunca fiz –, deitei-me em decúbito dorsal na plataforma de cimento e recolhi as pernas, mostrando o mais que podia minhas intimidades. Ele parou o olhar sobre meu pacote, pela brecha do short e notei sua rola se mexendo em sua lycra. Mas, claro, que cada um muito na sua, “concentrado” em seus próprios movimentos de alongamento.
Quando não fazia mais sentido repetir os movimentos, deixei a plataforma e me dirigi à barra de ferro, para esticar os braços; ele estava nas barras paralelas, ao lado, e contorcia sensualmente o corpo; fixou o olhar em minhas axilas lisinhas – o tesão estava explícito em seu rosto e na sua pica também, que se erguia já a meio-mastro.
O garotão concluiu os exercícios e dirigiu-se até a plataforma onde eu estivera até então. Para tanto, deslocou-se por trás de mim. Eu, escroto e ávido de desejo, fingi desequilíbrio no exato momento em que ele passava; instintivamente, segurou meu tronco, e sua rola – agora completamente dura – roçou na minha bunda.
O deserto daquela hora no parque, o clima ainda meio madrugada, o esfuziante contato de peles provocou tudo: ele colou seu corpo no meu, por trás; eu sentia-lhe a dureza pressionando minhas nádegas e me remexia, pendurado na barra de ferro, meu corpo roçando acintosamente no dele.
Tendo somente o gorjear dos pássaros como trilha, suas mãos subiram pela frente, sob minha blusa e alcançaram meus mamilos durinhos. Sua carícia incendiou-me. Sua respiração em minha nuca arrepiava-me. Quando sua boca passou a mordiscar minha orelha, sua língua a roçar meu pescoço, meus braços fraquejaram e me entreguei.
De olhos fechados, agarrei-me ao ferro da barra, para não cair, e senti ele enfiando a mão por dentro do meu shortinho, apalpando minha bunda, explorando meu buraquinho; depois, descendo minha roupa um pouquinho, expondo meu cu ao frio ar da manhã, aprumou a cabeça de sua rola e começou a pressionar.
Empinei o rabo o quanto me permitia a posição e o fui recebendo em mim. Cada centímetro daquele mastro enfiando-se eram metros de prazer e satisfação que invadiam meu corpo.
A dureza do meu pau, que já começava a babar de tesão, multiplicou meu desejo e passei a rebolar naquela pica como a mais vadia das quengas. Eu gemia e ele empurrava seu caralho, ao som melodioso de elogios entrecortados também de gemidos.
Suas mãos acariciavam minhas axilas e mamilos. Eu me punhetava febrilmente. Até que lhe senti o membro inchar e explodir em mim (ele urrando!), enquanto eu gozava esplendidamente (também aos urros).
Respirações ofegantes, seu corpo encostado ao meu e me imprensando contra a barra de ferro a que eu ainda me mantinha agarrado, parecia um inusitado quadro desenhado por algum pintor em êxtase.
Com o sol, entretanto, começaram a chegar os caminhantes, e lá longe despontava o primeiro; ele descolou de mim, nós nos recompomos, e ele prosseguiu em sua caminhada, organizando o pau gozado na lycra colada, sem sequer me dirigir o olhar, enquanto eu tentava me recuperar do tremor que sacudia meu corpo, principalmente minhas pernas...