Passei os dias seguintes muito tenso e reflexivo sobre como tudo ocorrera com tamanha rapidez, desde a simples fantasia de transarmos com outro assistindo ao fato de começarmos a sair com outras pessoas, inclusive sozinhos. Ao contrário do forte ciúme misturado com tesão que sentia de ver Renata com outro, vinha sentindo algo amargo, como se eu fosse uma presa prestes a ser pega, mas que por algum estranho motivo fica imóvel. Como não estava mais saindo com Andreia e nem sempre era possível ter Bia, já que seu marido marcava em cima, entrei em um aplicativo só para pessoas casadas e comecei a procurar uma transa casual. Era um pouco mais difícil escolher, pois nem todas colocam fotos de rosto. Interessei-me por uma que usava um nick de Pri_estrela e começamos a conversar. Quando finalmente pude ver suas fotos, era uma loira, de 30 anos, muito atraente, deixei-a de stand-by, pois minha situação estava confusa e não descartava parar com o mundo liberal.
Após algumas noites sem nos tocar, Renata e eu tivemos uma noite muito quente, ela comprou uma lingerie nova com espartilho e fez um show bem sensual para mim, pois gosto de olhar. Depois de várias provocações, reboladas no meu colo e deixar eu passar a mão em seu corpo maravilhoso, começamos a nos pegar com muita vontade. Minha esposa estava sedenta e caprichou também, parecia querer me agradar e foram quase três horas de muita luxúria com direito a um gozar na boca do outro, fazermos em várias partes da casa e um bom anal no final.
Dois dias depois, Renata me diz um tanto ressabiada que Monteiro a chamou para um novo encontro. Na hora cheguei a pensar “Talvez seja por isso que ela estava tão dedicada há duas noites”, mas depois desencanei, pois sempre fomos quentes na cama e aquilo já estava virando paranoia. Demonstrei minha insatisfação e ela disse:
-Vou sair mais uma vez e se for ruim, o descartarei, é que ainda tenho a curiosidade de como é ficar com um homem mais velho, ele me prometeu que dessa vez irá me compensar, pois admitiu que sem viagra sua performance não foi tão boa. Você pode estar junto se for ficar inseguro, amor.
-Eu não vou e você já sabe disso. Também não vou ficar dizendo para você não ir, só quero ver onde essa história vai parar, mas saiba, toda fantasia tem limites, e você está próxima de cruzar a linha, cuidado porque, às vezes, não dá para voltar atrás.
-Credo, Andersom. Acho melhor voltarmos à monogamia, pois você está insuportável. Isso era para ser legal, excitante, uma fuga da rotina, mas se está assim, paramos.
-Não. Você disse que quer ir mais uma vez e eu estou dizendo tudo bem, apenas com a ressalva de que não puxe demais a corda. Não vai ter briga, saiam aí numa tarde ou noite e nem precisa me contar os detalhes. Vamos ver se você desencana dele depois e podemos nos relacionar com pessoas realmente atraentes.
Apesar do clima estranho que ficou, Renata foi se encontrar com ele e numa sexta-feira bem cedo, pois o sacana a surpreendeu levando-a para o Guarujá de helicóptero. Como eu já sabia que iam se encontrar naquele dia, acabei tentando marcar com a tal Pri-estrela que apesar de estar entusiasmada com nossas conversas, não poderia ir, pois estava muito em cima. Liguei para Bia e por sorte, ela pôde ir comigo para o motel.
No meio do dia, eu ainda não sabia que Renata e Monteiro tinham ido para o Guarujá, para mim o encontro seria na casa dele ou num motel. Até que recebo uma ligação dela, me contando da novidade e dizendo que estava na praia e sem nenhuma preocupação de que eu pudesse ficar bravo, disse:
-Amor, a casa dele aqui é gigantesca, coisa de cinema e viemos de helicóptero, morri de medo no começo, mas gostei.
Tratei de cortar o assunto:
-Tá, mas vocês não estão pensando em passar o fim de semana aí, né?
-Claro que não! No final da tarde já estamos de volta. Só liguei para você saber e para dizer que te amo.
-Preciso desligar, estou com um cliente. –Cortei-a
Naquele momento ficou claro para mim que Monteiro queria ostentar sua riqueza para ficar saindo com Renata, mas quando ela voltasse, eu deixaria claro: ou ele ou eu. Poderia soar dramático, mas minha decisão estava tomada.
Ficava chato desmarcar o encontro com Bia, pois minha cabeça estava a mil, talvez fosse bom transar com ela. Mandei-lhe uma mensagem perguntando:
-Você ainda usa aqueles shorts jeans apertados e curtos?
Ela respondeu rindo:
-Uso, mas que fetiche é esse? Kkkkk
-Sempre tive um tesão danado quando via você com um daqueles, pode usar um hoje para mim?
-kkkkkk Não dá para sair de casa assim, mas vou levar um. Só quero ver o que você vai aprontar.
Se Renata estava curtindo um dia no Guarujá, eu também me divertiria, a diferença é que ao contrário dela, teria uma foda quente.
Já no motel, Bia foi atender meu pedido, trocou o vestido que veio por uma blusinha comum e um short jeans branco que deixava uma generosa parte da polpa do bumbum à mostra. Pedi que ela caminhasse enquanto eu deitado acompanhava. Ela se agachou perto da cama algumas vezes, fez outras poses sensuais, rebolou, alisou o próprio bumbum, até que agarrei-a pela cintura e encostei minha cara nele, beijando-o ainda por cima do shorts. Fiquei em pé e comecei a alisá-lo, chegando a apertar o rego com meus dedos. Depois a encoxei bastante e ela rebolou suavemente, subindo e descendo em meu pau coberto apenas pela cueca. Ficamos um bom tempo assim nos esfregando, eu alisando seus seios, beijando seu pescoço e dizendo o quanto, ela era gostosa. Até que arranquei seu shorts com tanta vontade que quase quebrei o botão. Fiz Bia se apoiar com as mãos na cama e me ajoelhei enfiando meu rosto entre suas pernas, para sentir aquele calor. Chupei-a com calma e em seguida a penetrei em pé com fortes estocadas que quase a faziam perder o sentindo. Quanto mais forte, mas ela gostava e logo começou a pedir mete, mete, mete. Fomo para cima da cama e mais uma vez terminamos numa, na verdade, três transas demoradas com direito a muitas posições e eu ter me fartado com seu mel abundante.
Quando me dei conta, a tarde já havia virado noite, e disse a Bia:
-Será que não vai dar problema com seu marido?
-Ele tá numa pescaria no Mato Grosso do Sul, só volta semana que vem.
Decidi então convidar minha ex-tia para jantarmos juntos, já que tirando o café em nosso primeiro reencontro, só íamos para o motel. Ela aceitou e conversamos sobre muitos assuntos, a filha dela talvez voltasse do Canadá dali a alguns meses e retomaria os estudos no Brasil, era estudante de Direito e disse que caso quisesse, poderia arrumar um estágio para ela, pois tinha muitos colegas advogados e sempre estão precisando. Na volta, paramos em um ponto antes dela ir para o seu carro e trocamos uns beijos. Depois fui para casa, duplamente feliz, primeiro pela tarde gostosa e segundo porque a essa hora Renata já estaria lá e veria que eu não também tinha curtido minha noite.
Entretanto, para meu espanto, ela não tinha voltado e já eram 23h. Resolvi ligar na mesma hora e vi que havia chamadas perdidas e um áudio.
-Amor, a gente estava se preparando para voltar, mas o tempo aqui virou e o Monteiro disse que era perigoso voar com chuva forte. Vamos ficar aqui e amanhã cedo eu volto, mesmo se estiver chovendo, arrumo uma carona, pego um ônibus, me desculpa, foi um imprevisto.
Liguei e quando ela atendeu, explodi:
-Se amanhã , antes do almoço, você não estiver aqui nem precisa voltar mais!
-Calma, Andersom, expliquei que estava caindo o mundo aqui, não tinha como voltar de helicóptero.
-Foda-se! Por que não se encontraram aqui mesmo? Isso tá virando coisa de casal em começo de namoro, indo viajar e o caralho a quatro, mas vai acabar, ah se vai. Não quero mais saber de Monteiro isso, Monteiro aquilo.
-Você está exagerando, para de drama, foi um imprevisto. Im-pre-vis-to!
-Drama? Acha que é cena? Só fala que duvida que eu coloco suas coisas para fora agora, porque essa porra de apartamento já era meu antes de você vir para cá, então se vamos terminar, busque teu canto e teus direitos.
Renata começou a chorar e disse para Monteiro que deveria estar ao lado.
-Ele está transtornado, sabia que iria brigar.
Desliguei e pouco depois, veio uma ligação de Monteiro. Claro que não atendi, a última coisa que queria ouvir agora era a conversa de embromador dele.
No outro dia, acordei com o barulho de Renata abrindo a porta, mas não me levantei, queria tentar dormir um pouco mais, porém só consegui ficar deitado pensando como as coisas se deterioraram em pouco tempo, desde a chegada do maldito Monteiro. Se fosse um super comedor, um cara lindo, a justificativa seria essa, mas Renata ter as atitudes que vinha tendo, me deixavam mais preocupado, pois ela sempre fora uma grande companheira, mas agora parecia que estava encantada era pela grana do velho, sim, a única justificativa que eu poderia encontrar era essa. Seu poder de ter tudo e ser bem relacionado, estava seduzindo-a muito mais que uma boa trepada. Se fosse isso, era mais um motivo para eu me separar, porque ficar com uma pessoa com uma índole dessas, menos mal que não tínhamos filhos, porém eu era doido por Renata e certamente sofreria com a separação.
Finalmente cheguei à sala e encontrei-a sentada, me esperando e com olhar apreensivo. Sem rodeios, eu disse:
-Não quero ouvir desculpas ou qualquer detalhe de como foi o dia de ontem. O que quero dizer é que seu namorico com um homem mais velho que o seu pai só voltará a ter um novo encontro quando você deixar esse apartamento de vez, se for para continuarmos juntos, a gente pode voltar à monogamia, fazemos até terapia para sanarmos eventuais feridas, ou podemos continuar nesse mundo liberal, mas respeitando limites, se um disser que não gostou do parceiro ou parceira ,o outro respeita.
-Quanto ao Monteiro, tudo bem, se você quer assim, mas estou em choque com a facilidade com que você fala em nos separarmos, querendo me enxotar daqui feito cão sem dono, são quatro anos juntos e por causa de um imprevisto no tempo, me humilha assim. Eu achei que aquela merda que deu com o Fernando poderia terminar nosso relacionamento, você ficou bravo, porém foi compreensivo, me perdoou, entramos nesse mundo liberal e você curtiu bastante, não ficou inseguro e olha que o Sergio é ótimo de cama, o cara da praia também e o próprio Fernando, agora, não sei, essa fissura no Monteiro, você criou um inimigo extremamente poderoso na sua cabeça e está atropelando as coisas.
-Não vou mais falar desse cara, minha decisão é essa e o fato de eu ter te perdoado pelo deslize com o Fernando não significa que depois de lá, você poderá errar feio e não terá consequências. Não quero mais que você saia com esse coroa e se sair, não terá volta.
Ficamos uns dias estremecidos. Bia estava com a semana livre, pois o marido estava viajando, mas como não acertei com Renata se continuaríamos ou não casados, não marquei nada. No fundo, eu queria voltar as boas com minha esposa, éramos jovens, poderíamos esquecer isso, mas por uns dias, a coisa ficou bem estranha.
Um mês se passou e as coisas voltaram relativamente ao normal, estávamos transando bem, mas ainda em dúvida sobre seguir ou não na vida liberal. Uma noite, Renata disse:
-Sabe aquela conversa de eu me parecer com a filha do Monteiro?
-O que tem?
-Eu vi uma foto dela na casa dele no Guarujá. Também achei que somos parecidas e perguntei a ele que pegou a foto e disse que fora o fato de ambas serem lindas, ele não achava nada parecido.
-Claro que se ele tiver alguma tara na filha, não iria concordar.
-Mas o pior não foi isso, melhor não contar...
-Agora que começou termine.
-Ele estava mais disposto dessa vez em termos de sexo, mas me pediu algo meio nojento.
-O quê?
-Fio terra.
-Como é que é?
-Você sabe, enfiar o dedo no cu dele.
-Claro que sei o que é, mas não acredito que você aceitou isso.
-Fiquei com nojo depois e devo ter jogado uns 500 produtos de limpeza no dedo, até cândida.
Sei que muitos homens curtem um fio terra e isso não significa que são gays, eu não curto, mas o que me chocou foi Renata ter feito isso. Peguei mais raiva daquele ser asqueroso.
Durante esse um mês após a ida deles para o Guarujá. Desconfiei que eles estivessem conversando pelo celular, às vezes, pegava Renata pensativa, com olhar perdido e até tensa. Eu nunca fucei em seu celular, pois não achava certo, porém tinha receio que Monteiro seguisse seduzindo-a com suas artimanhas, entretanto, resisti ao desejo de olhar e procurei ficar apenas atento.
Pouco mais de uma semana, estou assistindo a um jogo e Renata no quarto fixada no Whats. No intervalo do jogo, peguei meu celular e vi duas imagens enviadas por Monteiro, uma era um meme ridículo de uma onça bêbedo água em um rio e olhando feio para quem tirou a foto e a outra era um gif do Coringa gargalhando. Antes que eu pudesse perguntar que merda era aquela, Monteiro postou abaixo, “Ops. Contato errado. Estava mandando uma brincadeira para um amigo sobre o jogo e acabei me equivocando, é a idade rs”. Não dei muita atenção na hora e segui vendo outras mensagens.
No dia seguinte, estou saindo para almoçar e ao passar pela sala de espera, vejo Monteiro chegando. Fingindo naturalidade, caminhou até a minha direção sorrindo e me estendeu a mão. Não podia fazer uma cena ali, na frente de minha secretária e ela descobrir sobre minha vida privada, então chamei-o à minha sala.
-Olha, Monteiro, não estou com tempo, você deve estar tentando falar com a Renata e já sabe, que nós decidimos dar um tempo nessa vida liberal e além disso, não gostei nada do que aconteceu de vocês viajarem sem me avisar.
Mantendo um ar irritantemente calmo, Monteiro se sentou e disse:
-De fato, tentei conversar com ela várias vezes. Lamento por você ter ficado chateado com a nossa viagem, achei que poderia ser algo mais flexível, esse lance meu com a Renata, sem, óbvio, atrapalhar o casamento de vocês, mas achei que seria bacana poder leva-la para um passeio, coisas de dois dias e nesse tempo, claro, você também sair com uma das belas mulheres que certamente sai, pena que tenha durado pouco, mulher como ela é raro de se encontrar.
-Sim, durou pouco, mas tenho certeza que você arrumará outra distração agradável rapidamente.
Mudando repentinamente de assunto e com um ar misterioso, Monteiro me perguntou:
-Você gosta de ver um filminho de sacanagem? Sabe aqueles...Pornô?
-Quando era mais novo vi vários, mas agora raramente, por quê?
-Deixe-me contar um segredinho meu. Sempre foi fissurado por filmes de sacanagem, mas não desses profissionais, tudo armado, gosto dos amadores, antes era difícil de encontra-los, mas hoje numa simples busca na internet, a gente tem um mundo deles. Adoro, adoro, adoro. Mas não curto só ver, já participei de vários (rindo). Lá nos começo dos anos 80, quando poucas pessoas tinham uma câmera, eram grandonas, eu já filmava minhas estripulias, desde transas com uma mulher só até verdadeiras orgias, a maioria sabia e não se importava, afinal de contas, naquela época a gente não tinha medo de um vídeo vazar, não havia internet, outras, eu filmava escondidas, deixava a câmera escondida. Acho que entre os anos 80 e 90 fiz uns 200 filminhos desses, tudo em VHS, umas fitonas grandes. Depois passei para mídias de DVD, pois essas fitas acabam estragando. Finalmente, depois dos anos 2000 com a facilidade para filmar até de um celular, continuei com minha coleçãozinha sabe? Só que peguei tudo, desde as primeiras até as últimas e guardei em um cofre e de vez em quando pego uma aleatória para recordar. Se esses filmes caem na internet, daria um rolo danado, para você ter ideia tem até atriz de novela em alguns.
Eu não estava gostando do rumo daquele conversa e tratei de tentar encurtá-la
-Ok, mas por que está me contando isso?
-Nada! Só para lamentar que hoje não tenhamos mais a liberdade para fazer nossos filminhos e depois curti-los, aliás não temos nem liberdade para uma transa, pois podemos estar aqui e sendo filmados e isso depois ser usado contra nós, ou então alguém está num carro com outra pessoa se beijando, saindo ou entrando de um motel e alguém vai e faz fotos. O ponto que eu queria chegar era esse, a tecnologia que tanto nos ajuda, ao mesmo tempo, nos atrapalha, nos derruba!!! (ele subiu a entonação no final).
Fiquei preocupado com que ouvi, parecia ser uma indireta, talvez ele tivesse filmado Renata no Guarujá ou mesmo em sua casa, ou estivesse me dando um recado velado de que tinha provas minhas com Bia e talvez tinha descoberto que fomos parentes. Também poderia ser só paranoia minha, de toda forma, tratei de demonstrar que não tinha nenhum receio desse tipo de coisa.
-Realmente, o vazamento de fotos e vídeos têm feito estragos em muitas vidas, mas isso já é tipificado como crime e passível de punição na Justiça e mesmo que a pessoa seja poderosa, alguém que é exposto pode não gostar e resolver arrebentar a cara do canalha de tal forma que nem o melhor cirurgião plástico conseguirá consertar.
Se ele sabia mandar recados velados, eu também sabia.
Monteiro gargalhou e disse:
-Tem razão, em alguns casos, quando a diplomacia não funciona, o jeito é apelar para a força bruta.
-Olha, Monteiro, peço desculpas, mas já estava de saída, tem uma pessoa me esperando para almoçar, negócios. Como já disse, Renata e eu não vamos mais participar do mundo liberal.
-Entendo e peço desculpas por tomar o seu tempo, meu amigo. Espero que não fique chateado, pois já notei que é avesso a surpresas, mas hoje, decidi mandar uma lembrança para Renata como um presente de despedida, pois estou indo fazer uma agradável viagem para a Europa. Se um dia mudarem de ideia e quiserem me dar o prazer novamente, adorarei.
O safado apertou minha mão com um sorriso sádico, senti que havia algo ali, mas tinha um almoço de negócios e já estava atrasado.
À noite, ao chegar ao meu apartamento, vejo que todas as luzes estão apagadas, talvez Renata não estivesse, mas ela sempre avisa por mensagem onde estava. Acendi as luzes e ao chegar à cozinha, vejo um envelope e dentro uma carta. O conteúdo daquele carta mudaria tudo em minha vida.