“ Querido diário digital,
As férias estão para acabar e mudanças serão necessárias. Afinal, 2018 é meu último ano no colégio, é o último ano que estarei perto…dele. Você, mais que ninguém, sabe desse sentimento guardado desde a quinta série. Não dá mais para esconder, ele retorna hoje do passeio pelo Rio de Janeiro com o amigo dele. Se ano passado ele assumiu que gostava de meninos, esse ano é a minha vez de dizer que gosto dele. Ariel & Leandro para sempre. “
Descobertas Adolescentes… 1x01
RESIDÊNCIA FAMÍLIA BRITO – BAIRRO DO RIO VERMELHO
Ariel releu tudo que havia digitado no grupo particular do Whatsapp, cujo nome representava muito sua visão sobre si mesmo: “Eu e minhas doidices”. Ariel não era o que a internet chama de homem padrão, tinha uma barriguinha que insistia em ficar marcada nas camisas que veste, cabelo crespo, e um jeito meio afeminado de andar, que despertava desconfianças sobre sua sexualidade, mas nunca uma certeza.
“ Tudo pronto para hoje?”
Uma notificação de mensagem apareceu na tela – era Ana – sua melhor amiga e confidente. Ao abrir a janela de mensagem, viu uma foto da menina segurando uma garrafa de vodka e uma garrafa de refrigerante de limão, enquanto ainda estava vestida com um pijama.
“Mds, Anne, isso vai mesmo acontecer?”
Enquanto a menina digitava uma resposta, Arial ficou pensando em Leandro. Será que o beijo teria algum gosto? Sim, se tudo desse certo, esse seria o primeiro beijo que Ariel daria na vida. O primero beijo de sentimento verdadeiro pelo menos.
“ Que você vai viver uma cena romântica digna de uma série teen gay? Ahh isso é melhor do que doramas”
Ariel riu, mandou figurinhas fofas e suspirou. Abriu o Instagram e visualizou o stories de Leandro. Com uma foto no Cristo Redentor, o sorriso largo do garoto negro, baixo e meio fortinho se despedia do Rio de Janeiro.
“ Não esquece que hoje tem uma social na casa da Ana” – Respondeu Ariel ao stories.
Em poucos segundos obteve uma resposta.
“Já estou indo pegar o avião para Salvador. Tenho muitas coisas para contar, você não vai acreditar, El. “
Talvez tenha sido isso que fez Ariel se apaixonar por Leandro, o jeito carinhoso que ele o chamava de “El”.
Para o dia seguir perfeito, como tudo planejado, ele precisava se levantar e sair para ajudar Ana a preparar as coisas. Colocou o som no quarto para tocar e começar de fato o dia.
RESIDÊNCIA FAMÍLIA SANTOS – BAIRRO DA FAZENDA GRANDE DO RETIRO.
Luciano estava deitado no chão com o celular na mão e de frente para irmã, Sabrina, que ainda era pequena. Ele sorria e contava de 1 a 10 com ela enquanto em algum lugar no lado de fora, bandidos ou polícia trocavam tiros pelas ruas. O celular tocou, era a mãe: Joana.
Luciano: Já estamos deitados, mainha.
Joana: Os tiros começaram quando cheguei aqui na porta da escola. Todo dia isso agora.
Luciano: Tá ficando mais longe o barulho. Acho que estão indo já. Se cuida, mãe.
Joana: Como você vai pro trabalho? Se a babá não chegar por conta dos tiros, ligue pro seu chefe e diga o motivo.
Luciano: Vou ligar sim, mas vai ser a terceira vez esse mês.
Joana: Nós vamos sair desse inferno, vamos nos mudar para um local longe disso tudo. A diretora vai me colocar como coordenadora e ganharei um pouco mais.
Luciano: Amém. Beijos, mãe.
A ligação terminou e o tiroteio também. Luciano carregou a irmã no colo e preparou um mingau, enquanto comia se arrumava para ir trabalhar como estagiário em uma loja de eletrodomésticos.
Sabrina: A dinda vem?
Luciano: acredito que sim, amor.
Luciano ficou quase 20 minutos esperando no sofá, quando a babá apareceu para assumir o posto. A menina tinha a mesma idade do rapaz que estava prestes a começar no terceiro ano do ensino médio. Enquanto saia, pegou o celular e abriu as mensagens.
“Não esqueça da festa hoje lá em casa”
Era mensagem da Ana, Luciano havia esquecido de fato, embora ficasse receoso em voltar tarde para casa, o garoto já tinha confirmado presença. Então, voltou para casa e colocou umas roupas na mochila
“Depois do trampo vou, tomo banho na sua casa. Fechou?”
O rapaz guardou o celular preso entre a camisa e a cueca e foi pro ponto de ônibus para começar mais um dia de luta.
MARAGOGIPINHO, INTERIOR DA BAHIA
Pietra estava deitada na cama, as lágrimas nos olhos e o rosto inchado mostravam que a menina chorou a noite inteira e não dormiu. 16 horas atrás ela tinha enterrado a mãe que morrerá de infarto. Mas o choro da menina ia além da perda da mãe, mas também do que isso significaria em sua vida dali para frente. Alguém estava batendo na porta do quarto.
Pietra: Já vou, Seu Manuel.
Manuel era o padastro da menina, agora que a mãe tinha partido, ela não tinha para onde ir, só tinha aquela casa para morar. Nunca soube de algum outro parente, somente que a mãe tinha nascido em Salvador e se mudou pro interior quando engravidou dela. Pietra levantou da cama, pegou uma fita adesiva e foi para frente do espelho e tirou a calcinha. Colocou os testículos para cima e prendeu o pênis com fita adesiva. Depois colocou um vestido e soltou os cabelos que estavam batendo no ombro. Suspirou fundo e saiu do quarto. O padastro estava sentado na mesa da cozinha esperando o café da manhã.
Manuel: Rápido, menino.
Pietra: Eu não sou um menino.
Manuel: Enquanto estiver aqui, vai continuar sendo um menino, sendo viado ou não.
Pietra preparou o café com lágrimas, desejando que as aulas voltassem para pelo menos ficar longe de casa um pouco. Serviu o café do padastro e voltou a se trancar no quarto.
RESIDÊNCIA FAMÍLIA COUTINHO – BARRA
Depois de ter ido fazer as compras na Avenida 7 com Ana, a menina e Ariel chegaram até a casa dela de Uber com sacolas para enfeitar a festa e bebidas compradas em lugares suspeitos para menores de 18.
Ariel: Quem tá confirmado para vim mesmo?
Ana: Nós dois, óbvio, Luciano, Sampaio, Ian, Luscas, Milena e Bianca, e claro, o seu Leandro.
Ariel: Sampaio? Seu primo?
Ana: Aquela delícia mesmo, uma pena que seja meu primo.
Ariel: Ana? Como vou me declarar pro Leandro na frente dessa gente toda?
Ana: ai, viado, para né. Ian e Milena são tão gays quanto você, Bianca não sabe o que é, Luscas mete em tudo que é buraco que vê pela frente, sério mesmo, boatos que até pé de bananeira ele já comeu, o Sampaio e o Luciano são os únicos heteros do rolê.
Ariel: Você não presta garota.
Ariel riu enquanto entravam no apartamento de Ana. A menina era rica, o pai tinha uma empresa de automação industrial, a mãe faleceu no parto da garota. Um dia, cansada de tantas mulheres que o pai levava para dentro de casa, Ana pediu um apartamento para ela. E o pai comprou o andar de cima para menina morar. Quem não sentia inveja de Ana, estava mentindo.
Ana: Luciano disse que vem depois do estágio dele, e o Sampaio vai chegar cedo também. Ótimo, bom que ajudam a arrumar tudo também.
Ariel verificou o celular também e descobriu que Leandro já estava no avião. Provavelmente seria o último a chegar pra festa, o que deixou o garoto ainda mais ansioso. Enquanto Ana foi tomar um banho, o garoto foi até a janela e olhou para o Farol da Barra com um sorriso no rosto.
MARAGOGIPINHO, INTERIOR DA BAHIA
Aproveitando que o padastro saiu para trabalhar, Pietra colocou música no celular enquanto estava no quarto em que a mãe dormia, a menina pegava as roupas que eram da mãe e experimentava, ainda tinha o cheiro dela e era reconfortante. Pietra se olhou no espelho enquanto se maquiava.
Pietra: você é uma linda menina, Pietra.
Pietra tinha traços finos para alguém que nasceu com pênis, mas o fato de não ter seios mostrava para todos que a vissem com o que ela havia nascido. Quando ficava sozinha em casa, era o momento que ela se sentia livre. Passou horas ali experimentando as roupas que não se deu conta que já eram 16:30 da tarde. Manuel tinha voltado para casa na companhia de 3 homens. Dentro do quarto, Pietra os reconheceu como colegas do padastro que vendia frutas e verduras com ele na cidade vizinha. Em pânico, a menina começou a guardar as roupas no guarda-roupa, mas era tarde.
Manuel: Puta que pariu, já está roubando sua mãe? O corpo dela nem apodreceu ainda.
Pietra: Assim como você já trouxe esse bando de bêbado para comemorar?
Manuel deu um tapa no rosto da garota que ficou vermelha e a arrastou pelo cabelo até a sala.
Manuel: Olhem, pessoal. Esse daí acha que é mulher.
Manuel e os caras que estavam sentados no sofá com cervejas na mão começaram a rir. O mais alto deles, conhecido como Zé Gozão levantou.
Zé: Que porra é essa, Manuel? Então é verdade que se enteado fica se vestindo de mulher em casa?
Manuel: A mãe acobertava uma porra dessa, rapaz, dizia que é tra alguma coisa. Tipo aquele viado que passa na TV o tempo todo.
Zé: Você gosta de Pabllo Vittar, boneca?
Zé falava enquanto rodava pelo corpo da menina que estava tremendo de medo e raiva.
Manuel: Vai lá pro seu quarto, desgraça. Se não é homem, não vai ficar aquí no meio dos machos não.
Pietra saiu correndo em meio as gargalhadas, entrou no quarto e trancou a porta. Ligaram a caixa de som na sala, enquanto a menina deitou na cama.
RESIDÊNCIA FAMÍLIA COUTINHO – BARRA
Luciano, que tinha chegado há algumas horas, Ariel e Ana se jogaram no sofá depois que arrumaram a decoração da festa na sala do apartamento. Bolas coloridas e asas de anjos enfeitavam as paredes da sala.
Luciano: Quer trazer a mesa da cozinha cá para sala não?
Ana: Você acha que seria melhor?
Luciano: melhor do que a galera ficar indo pegar a bebida lá dentro o tempo todo. Bota aquele seu balde de gelo aquí fora e pronto.
Ariel: Então espere o Sampaio chegar, aguento carregar aquela mesa de mármore não.
Disse Ariel pegando o celular e lendo a mensagem de Leandro confirmando que já estava em Salvador
“Vou só descansar e parto para aí umas 21h. Tranquilo?”
“ Eu e a Ana terminamos agora de decorar as coisas. O Luciano tá aquí já e o primo da Ana também vem”
Assim que Ariel terminou de digitar, Ana abriu a porta do apartamento para o primo. Sampaio era alto, deveria ter uns 1,80m. Já estava prestes a fazer 18 anos. Estava com uma mochila e suado da academia.
Ana: Virou rato de academia agora?
Sampaio: A cremosa gosta assim.
Ana revirou os olhos e apresentou Luciano para o primo, já que Ariel já conhecia.
Sampaio: Você estuda no IFBA também?
Luciano: Sim, mas não sou da mesma turma da Ana. Pobre não frenquenta os cursos mais renomados do IFBA.
Os dois se olharam nos olhos enquanto estendia a mão, principalmente Sampaio. Depois que acenou também pro Ariel, o garoto se sentou na cadeira.
Sampaio: Chamei a mina que tô ficando para vim também, tá de boa?
Ana: Se já chamou, vou fazer o quê?
Sampaio: Pegar uma toalha para eu tomar um banho.
Ana: Vou buscar, aproveita e antes de tomar banho, pega a mesa da cozinha com o Luciano e bota na parede esquerda ali.
Ariel: Ana, me empresta seu carregador do celular?
Ana: Tá no quarto, vem.
Ariel e Ana foram pro quarto, enquanto Luciano e Sampaio foram na cozinha buscar a mesa.
Ao entrar no quarto de Ana, Ariel se jogou na cama e se bateu com o livro que ele emprestou para garota.
“Descobertas Adolescentes” do autor Ricardo Matarazzo era uma febre entre os jovens em Salvador.
Ariel: Tá demorando tanto de ler esse livro que até esqueci que te emprestei.
Ana: Ah, dê um desconto. Já é o volume 5 que tô lendo. E a propósito, agora que estou acabando. Tem muitos casais tóxicos nessa saga, meu pai aamado.
Ariel: Lá vem a problematizadora
Ana: Fala sério? O Miguel trai o Grabiel com o namorado do melhor amigo dele e o cara perdoa. Que dependência emocional é essa? Sem contar que o tal do Pedro estupra o Fernando e ninguém entrega ele para polícia?
Ariel: Diz o autor que foi tudo real.
Ana: Mais problemático ainda.
Ariel: Mas ei, o Sampaio tá mais gato cada ano que passa.
Ana: E mais hetero top também.
Enquanto isso, Luciano e Sampaio terminavam de colocar a mesa na sala. Por ser muito pesada, se jogaram exausto no sofá.
Sampaio: porra, pivete. Pesadona hein?
Luciano: Se você faz academia e diz isso, imagina eu?
Sampaio: Forte assim e não faz academia? Ollha esse seu braço, man.
Luciano: Carrego peso no trampo.
Sampaio: boto fé
Os dois ficaram em silêncio até o retorno de Ana com a toalha, mas Luciano podia jurar que volta e meia Sampaio passava o olho nele e estranhamente ele também olhava.
MARAGOGIPINHO, INTERIOR DA BAHIA
Manuel e os rapazes estavam bebendo mais e mais. O padastro de Pietra tirou a camisa e colocou as chaves que estavam no bolso em cima da mesinha da sala.
Manuel: Tô com uma fome da porra, tem umas carnes na geladeira, vou botar para assar para gente cair matando.
Zé: Acho uma boa, tem carvão aí?
Manuel: Tem, vamos lá pro quintal.
Os caras seguiram Manuel para o fundo da casa e o ajudaram com a churrasqueira, em poucos minutos e mais umas latas de cerveja, a carne estava assando.
Pietra sentiu o cheiro, fazendo sua barriga roncar. Silenciosamente saiu do quarto e foi até o banheiro, onde a mãe guardava dinheiro em um pote de creme vazio. Quando se virou para sair, Zé estava parado na porta a observando, cambaleando de um lado pro outro.
Zé: oxe, coisa mais bizarra um homem vestido assim de mulher.
Pietra: Deixa eu passar, por favor.
Pietra falava olhando para os pés, mas conseguiu perceber o homem a sua frente coçar o pau.
Zé: Tô olhando aqui para suas pernas e não tô vendo volume de rola. Tu arrancou?
Pietra: Me deixe sair.
Zé entrou e fechou a porta do banheiro. Pietra deu um passo para longe dele.
RESIDÊNCIA FAMÍLIA COUTINHO – BARRA
Pouco depois de Sampaio, mais alguns dos convidados também havia chegado para festas, cada um levando uma bebida. Luscas, estava sentado ao lado de Ariel, era o garoto mais magro do grupo, o cabelo encaracolado até o pescoço estava coberto por uma touca, mesmo com o calor de Salvador. Bianca que estava com um garrafa de Ice na mão, estava vestida com um short curto e uma camisa folgada que mais parecia um vestido. Foi Bianca que abriu a porta quando Ian chegou.
Ian: Agora essa casa de enterro melhora, a mamacita aqui chegou. E a Milena mandou avisar que não vem.
Trazendo a caixa de som, Ian colocou Tombei para tocar. Altamente apaixonado por Karol Conká, Ian entrou dançando para os meninos
Bianca: Pelo menos veio comportada hoje, viada.
Disse Bianca com ironia. Ian era afeminado e não tinha intenção e nunca teve de esconder, mesmo diante de olhares como o olhar que Sampaio o fuzilava.
Ian: bb, eu sou bicha preta e gorda. Comportada ou não serei julgada igual.
Sampaio olhou para Luciano e se levantou para pegar mais bebida enquanto conversavam, nesse meio tempo, a menina que ele estava ficando havia chegado.
Sampaio: Pessoal, essa é a Lorena.
Não demorou muito para que a menina que parecia ter saído da revista de modelo se enturmasse com todos ali presente. Sentada no colo de Sampaio, que estava ao lado de Luciano, Lorena encarava Ian com ar de reprovação.
Ana por sua vez, sabia mais do que os outros que aquela noite foi criada não só para a festa de despedida das férias, mas para Ariel finalmente expor o que sente por Leandro. E percebendo o nervoso que Ariel estava, o chamou para o quarto.
Ana: Amigo, calma, você está ficando muito nervoso. Olha como você está tremendo, oxente, por que isso?
Ariel: Como se fosse fácil chegar no cara que você é apaixonado por anos e dizer isso a ele né?
Ana: Justo. Mas você vai encontrar coragem para isso, ou pelo menos bebe para ter.
Ariel: Você acha que ele gosta de mim? Digo, da mesma forma que eu gosto dele?
Ana: Vocês se conhecem há mais tempo do que conheço vocês, mas pelo menos um carinho entre vocês eu sei que existe.
“El, eu e o Afonso estamos no uber já”. Apareceu a notificação no celular. Ariel respirou fundo.
Ariel: Ele está vindo, e o Afonso também. Vai ser agora ou nunca.
MARAGOGIPINHO, INTERIOR DA BAHIA
A mão de Zé e o o bafo da bebida estavam no rosto de Pietra. A menina franzina estava com medo e nervosa, o homem que cambaleava estava arranco o vestido dela.
Zé: Anda, mostra como você esconde a rola.
Ao terminar de falar, o homem terminou de arrancar o vestido revelando como Pietra encontrara o modo de esconder o que mais doía em seu corpo.
Zé: Que porra é essa, cara.
O homem ria enquanto olhava, Pietra cada vez mais nervosa, aflita.
Zé: Vou te mostrar como uma rola deve ficar.
Abrindo as calças e botando o pau para fora. O homem começou a urinar no chão, os respingos caindo nas pernas de Pietra.
Zé: É assim que um homem deve ficar com a rola entre as pernas entendeu?
Pietra chorava e Zé Gozão começou a sentir uma malícia por dentro do seu corpo.
Zé: O que mais gosta de fazer que nem mulher?
Em um movimento rápido ele puxou a mão de Pietra em seu membro meia bomba, e sem saber como, a menina encontrou forças para empurrar o bêbado ao chão, mas de olhos fechados, a menina não viu a cabeça de seu algoz bater na pia. Somente ao ouvir o ronco que ele emanava, a menina abriu os olhos e o viu sangrando. Pietra estava atordoada e sem saber o que fazer. Trancou o banheiro e ficou olhando a vida esvair daquele homem enquanto se encolhia no chão.
RESIDÊNCIA FAMÍLIA COUTINHO – BARRA
Ana e Ariel voltaram para sala e encontraram a galera reunida em círculo brincando de alguma coisa que envolvia bebida.
Ana: Só não quero nenhum de vocês bêbados e vomitando dentro da minha casa.
Luciano que já estava se preocupando com a hora e como voltaria tarde para casa, estava quase deitando de tonto.
Luciano: Não respondo mais pelos meus atos hoje.
Sampaio: Eu também não, men.
Sampaio falou dando um tapa nas coxas de Luciano. Ian olhou e deu uma leve risada e sussurou indo encher o copo.
Ian: depois eu que sou a bicha
O interfone do AP tocou anunciando a chegada de Leandro. Ana olhou para Ariel que suspirou fundo.
Ariel: Deixa que eu abro a porta.
Cada passo que Arial dava parecia que ele tinha desaprendido a andar. Ele sabia que pelo corredor depois do elevador, Leandro estava caminhando em direção dele. Quando abriu a porta, no entanto, viu o que não queria ver. Leandro estava vindo em direção a ele sorrindo e de mãos dadas com Afonso.
Leandro: El, que saudadees, amigo.
Leandro abraçou um Ariel atodordoado e apresentou Afonso, não mais como um amigo que Ariel sabia que ele tinha.
Leandro: Eu e Afonso estamos namorando, El.
Continua…
Fala pessoal!
Capítulo postado como prometido. Espero que tenham gostado e que estejam aqui próximo domingo para o segundo capítulo de Descobertas Adolescentes – Geração 2. Comentem o que acharam e o que esperam pela frente. Bjs bjs
