Continuando…
Luiz estava extremamente confuso. Após Júlio lhe contar sobre a Angel, ele não conseguia pensar em mais nada. Até a suruba no resort em Cancún ele abandonou. Angel seguia internada, ainda sem saber se recuperaria a vontade de viver. Júlio tinha acertado as contas com Flávio e o que faltava para ele saber agora, só a Angel poderia lhe contar.
Após confrontar Flávio, Júlio arrancou com o carro e deixou que os capangas contratados terminassem o serviço. Estava com nojo de tudo o que ouviu da boca do canalha e principalmente, do vídeo que assistiu. No começo, não imaginava até onde Flávio poderia chegar. Mas após ver o ódio que o ex amigo sentia por ele e Luiz, aceitou o conselho do homem que havia contratado e preferiu resolver de vez a situação.
Júlio rodou com o carro por quase quarenta minutos sem direção e quando se deu conta, estava parado em frente a casa da Angel e do Luiz. Ficou ali parado por alguns minutos pensando em Tina, quando viu a luz da varanda se acender e o portão automático abrir.
Júlio, sem pensar muito, entrou com o carro e estacionou. Tina abriu a porta da frente e veio caminhando em sua direção. Júlio saiu do carro e a encarou. Ela estava ainda mais linda, simples do jeito que estava, do que quando saíram juntos mais cedo. Tina usava um baby doll de cetim fino. A blusinha deixava a barriga de fora e ficava marcando os bicos dos seios. O short minúsculo mostrava com perfeição o desenho da sua bucetinha estufada.
Aos olhos dela, Júlio era lindo. Homem feito, descendente de italianos, ele tinha olhos azuis profundos, daqueles que parecem enxergar a alma da gente. O cabelo fino e ondulado dele, mesmo que penteado com esmero, sempre teimava em se revoltar, emoldurando o rosto másculo de queixo protuberante, um indicador genético de masculinidade acentuada. A barba por fazer, dava o tom cafajeste que a grande maioria das mulheres adoram.
Antes que Tina pudesse falar alguma coisa, Júlio a puxou para um beijo de tirar o fôlego. Os dois foram caminhando em direção a porta sem parar de se beijar. Tropeçaram no degrau de acesso e Júlio a segurou mais forte. Júlio desceu a mão por suas costas, precisava sentir aquela bunda que não saia dos seus pensamentos desde a manhã. Ele apertou com carinho e sentiu Tina gemer. Conseguiram entrar, mas não sem esbarrar antes, em tudo que havia pelo caminho até o sofá.
Enquanto Júlio retirava o blazer, Tina já ia abrindo o botão, descendo o seu zíper e puxando a calça dele para baixo. Júlio tirou a sua gravata e se livrou rápido da camisa social, ficando só de cueca. Puxou Tina novamente e fez com que ela sentasse no sofá. Júlio se ajoelhou e começou a beijar as coxas dela, subindo em direção aquela xoxota molhada que já começava a umedecer o tecido fino do shortinho. Júlio foi puxando o shortinho e a calcinha dela com calma. Tina, em um gesto safado, levou a mão a xoxota, massageou o grelo, passou o dedo por toda a extensão e disse:
- Tá vendo o que fez comigo? Ainda bem que você voltou para terminar o que começamos.
Tina mostrou para ele a mão melada pela sua excitação. Julio pegou a mão dela e levou até a boca, chupando em seguida seu dedo e sentindo seu gostinho. Ele aproximou o rosto da sua virilha e contornou a buceta com a língua até chegar em seu grelinho. Lambeu com suavidade, ouvindo os gemidos manhosos dela e depois desceu a língua entre os lábios da xoxota.
O gostinho daquele mel, deixou Júlio com ainda mais tesão. Ele queria cada vez mais e começou a descer e subir a língua entre os lábios, tocando o clitóris e depois penetrando-a com a língua e ouvindo seus gemidos cada vez mais alto. Tina abria mais as pernas e puxava a cabeça dele contra ela. Os movimentos do quadril que Tina fazia, ajudavam a aumentar seu prazer, enquanto Júlio, praticamente a fodia com a língua num sincronismo maravilhoso!
Júlio levantou e deu um beijo em sua boca compartilhando o mel da sua xana. Tina se levantou e, em poucos minutos, voltou com um pacote de camisinhas. Destacou uma e deu para Júlio. Ele rapidamente a colocou e começou a forçar o pau na entrada da buceta dela. Logo ele o sentiu deslizando, centímetro a centímetro para dentro dela. Júlio, com a Tina agarrada a ele, se virou no sofá e colocou-a sentada no seu colo, segurou em seu quadril e acompanhou os movimentos enquanto ela cavalgava. Aos poucos, ela ia descendo cada vez mais, gemia no ouvido dele e soltava gritinhos mais altos de prazer quando ele a puxava mais forte para baixo. Aquela bucetinha apertada, aos poucos foi engolindo o pau todo e ele podia sentir o calor dela em sua virilha. Os movimentos ficaram mais intensos e rápidos, bem como a forma que Tina rebolava.
- Não para, vou gozar! - disse Tina entre gemidos.
- Eu também vou! - Júlio respondeu quase em êxtase.
A forma com que Tina se mexia mudou completamente e Júlio sentia que o seu pau estava sendo apertado dentro dela. Tina passou a xingá-lo e a apertar o seu rosto, mordia os seus lábios e com as unhas, arranhava as suas costas. Gradualmente, a velocidade dos quadris aumentava, assim como os gemidos de Tina no ouvido do Júlio. Ela abraçou o pescoço dele apertando mais a cada segundo e então, com um suspiro prolongado, foi diminuindo a intensidade e as sentadas no colo dele, passaram a ser em um ritmo mais lento, porém mais forte, mantendo a pica dele dentro dela por alguns segundos e Júlio voltando a dar outra estocada. Tina deitou a cabeça no ombro dele respirando ofegante até parar completamente os movimentos. Os dois gozaram juntos e extasiados. Júlio estava totalmente envolvido pela ninfeta que viu crescer e Tina, deslumbrada pela diferença de estar com um homem de verdade, não um moleque qualquer da faculdade.
Passaram aquela noite se amando e descobrindo mais um sobre o outro.
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A madrugada seguia linda e estrelada em Cancún e Bia tinha deixado que Luiz ficasse sozinho com seus pensamentos por algumas horas. Já passavam das duas da manhã quando ela resolveu ir à sua procura. Bia se despediu do casal porto riquenho, agradecendo a noite muito agradável.
Bia seguiu pelos longos corredores do hotel decidida a abrir o jogo com Luiz. Conseguia enxergar nele toda a tristeza que a própria vivera há algum tempo atrás. Precisava ser honesta, mas ter cuidado com o modo de contar.
Bia andou por quase meia hora até encontrar Luiz sentado sozinho e de cabeça baixa em uma cadeira na praia. Ela se aproximou pensativa, calculando as palavras que deveriam ser ditas.
- Luiz! Posso me sentar ao seu lado? - Bia sorria para ele.
Luiz foi tirado de seus pensamentos:
- Oi, Bia! Me desculpe pelo que aconteceu. Não sei o que deu em mim.
Bia, cumprindo sua obrigação principal, só queria cuidar dele. Ela disse:
- Você não tem por que se desculpar. Eu forcei um pouco a barra.
Luiz não via dessa forma. Ele tentou se justificar:
- Não, Bia! Eu estava afim também. Mas de repente, comecei a pensar na Angel, em tudo o que ela está passando e fui ficando triste, me sentindo mal…
Bia sentiu que era o momento de abrir o jogo de vez. Além do sexo, tinha muito mais a ensinar a ele. Ela confessou:
- Escuta, Luiz! Nosso encontro aqui não foi uma coincidência. Por favor, não fique bravo comigo! Foi o Júlio que me pediu para ficar de olho em você. Ele estava preocupado que você pudesse fazer alguma bobagem.
Luiz olhou para ela intrigado. Até pensou em xingá-la, mas se lembrou que Júlio era assim mesmo. Idiotice dele pensar que estaria tão longe de casa sem que o amigo deixasse de cuidar dele. Luiz perguntou:
- Quer dizer então, que tudo que a gente viveu essa semana, foi uma mentira?
Bia riu, pegou nas mãos de Luiz, olhou para ele de forma carinhosa e disse:
- Claro que não! Júlio só me pediu para ficar de olho em você. Me aproximar foi uma escolha. Foi uma semana maravilhosa.
Luiz ficou curioso:
- Como Júlio faz essas coisas? Você precisa passar um relatório?
Bia, realmente, gostava muito de estar com Luiz. Após uma risada divertida, ela disse:
- Não, seu bobo! Júlio só quer que você esteja seguro. Eu só falei com ele na noite anterior a sua chegada. Ele me pediu esse favor e eu topei. Quem não gostaria de passar uns dias nesse lugar maravilhoso, ainda mais com tudo pago? Estar com você durante essa semana, foi um bônus.
Luiz também já estava mais alegre. Mas Bia tinha mais coisas a dizer:
- Há uns dois anos e meio atrás, eu passei por uma traição no meu casamento também. Depois de muita conversa, meu ex marido e eu resolvemos sair do Brasil para recomeçar e nos mudamos para Miami. Sabendo dessa mudança, Júlio me ofereceu essa oportunidade de trabalhar com o programa de vocês.
Luiz queria entender melhor. Ele perguntou:
- Então, você já é nossa funcionária?
Bia, paciente, respondeu:
- Não! Júlio me colocou em uma empresa menor que ele tem participação. Eu divulgo o programa de vocês e vários outros também.
Luiz voltou a perguntar:
- Você disse meu ex marido. Quer dizer então que a reconciliação não deu certo. O que aconteceu?
Bia continuou:
- Na verdade, as coisas aqui foram ainda piores. As traições só aumentaram. E eu decidi terminar de vez. Caí no mundo e fui aprender. E hoje estou aqui ao seu lado.
Luiz não estava entendendo as intenções daquela conversa. Ele voltou a perguntar:
- O que você quer dizer? Que quem trai não muda? É isso?
Bia realmente desenvolveu um carinho enorme por Luiz. Ela disse:
- Meu ex marido nunca demonstrou arrependimento. O que parece não faltar para a Angel. A ponto dela ter tomado uma atitude tão extrema.
Luiz começava a entender um pouco melhor. Ele olhou para Bia pensativo e disse:
- Você acha que ela merece uma segunda chance, né? Acha que eu devo perdoá-la.
Bia explicou:
- Não foi isso que eu disse. Você precisa resolver a situação. Encarar os seus problemas, ver o quanto dessa culpa é sua e o quanto é dela. E depois, analisar tudo e ver o que o seu coração quer.
Luiz ouvia com atenção. Bia continuou:
- Você fez uma escolha quando decidiu negligenciar a sua esposa. Assim como ela fez o mesmo, quando se entregou a outro. O caso aqui não é você perdoar a traição e seguir em frente. E sim, saber o que vocês dois estão dispostos a fazer para isso.
Luiz ficou realmente confuso agora. Ele, um pouco exaltado, perguntou:
- Mas, se ela atentou contra a própria vida, é sinal que ela sabe que errou e me quer de volta.
Bia novamente se posicionou:
- Isso pode ter sido causado por várias situações: a traição em si, a culpa, a vergonha… você só vai saber a verdade quando conversar com os médicos dela. Vocês ainda são casados, e é você que deveria estar ao lado dela nesse momento. Não é hora de ser egoísta. Uma vida está em risco.
Luiz ainda estava muito magoado com a traição. Ele sabia que tinha uma grande parcela de culpa em tudo. Mas a confiança perdida, seria muito difícil para ele recuperar. Mesmo que ainda amasse Angel, não conseguiria viver em constante desconfiança. Qualquer saída dela no futuro, por mais banal que fosse, acenderia um alerta em sua cabeça. Ele não conseguiria viver dessa forma.
Luiz e Bia ainda passaram mais algum tempo ali, conversando sobre a viagem do dia seguinte. Luiz reiterou o desejo de contar com Bia na sua equipe e ela confirmou o desejo de acompanhá-lo de volta ao Brasil.
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No Sudeste brasileiro, o dia amanheceu chuvoso no sexto dia de internação da Angel. Os remédios pesados que estava tomando, faziam sua cabeça demorar a funcionar. Mesmo com os olhos abertos, os pensamentos eram confusos e ilusórios. Ela parecia estar em um transe sinistro do qual não conseguia acordar. Ouviu a porta do seu quarto ser aberta e a enfermeira simpática desejar-lhe um bom dia.
Como fazia toda a manhã, a enfermeira trouxe o seu desjejum. Hoje eram torradas com geleia de framboesa e suco de laranja. Angel pediu:
- Eu gostaria de falar com o Dr. Jânio.
A enfermeira sorriu. Após cinco dias de resistência ao tratamento, esse era um bom sinal. Angel não era burra, sabia que só tinha uma opção: fazer o que lhe era pedido. Ali, não iriam deixar que ela se entregasse novamente aos pensamentos suicidas ou que tivesse qualquer oportunidade para atentar contra a sua vida novamente. Talvez, se cooperasse, poderia sair dali mais rápido e acabar com toda a dor e a vergonha que sentia e que também tinha feito sua família, seus amigos e principalmente, o seu marido passar.
Luiz habitava constantemente os seus pensamentos e da forma que ele agiu ao descobrir a traição, Angel imaginava que nunca mais teria a chance de se aproximar dele. Conhecia o jeito desconfiado dele se auto proteger: distância.
- Enquanto você toma o café, vou levar o seu pedido ao doutor, ok? - A enfermeira simpática e bondosa, ajeitava os cabelos da Angel enquanto falava.
Angel conseguiu comer uma torrada e beber metade do suco. Por dentro, ainda sentia os efeitos da lavagem estomacal que salvou a sua vida. Estranhou não ver o copinho com os seus comprimidos. Pouco tempo depois, a enfermeira voltou, trazendo junto consigo o Dr. Jânio. Ele disse:
- Bom dia, Sra. Angelina. Estou muito feliz pela senhora ter resolvido conversar comigo.
Angel tentou sorrir, mas não encontrava motivos. O médico deu a sua primeira cartada:
- Ontem estiveram aqui a senhorita Tina e o senhor Júlio.
O médico parou de falar e avaliou as expressões da Angel. Percebeu que ela se interessou. Era hora de trazer ela de volta à vida outra vez. Ele continuou:
- Inclusive, o Sr. Júlio entrou em contato com o seu marido e ele também está preocupado com a senhora.
O rosto maltratado da Angel se iluminou. O médico via nascer um sorriso tímido em seus lábios. Ele voltou a falar:
- Agora vai depender exclusivamente de você. O quanto você está disposta a se esforçar para revê-los?
Angel encontrou forças e se levantou da cama. Ao tomar conhecimento da preocupação de Luiz, uma energia nova e potente invadia seu corpo, a alegria de viver parecia querer se instalar outra vez em seu coração. Ela disse:
- O que eu preciso fazer?
Doutor Jânio, satisfeito por ver sua tática dar resultado, instruiu:
- Primeiro, você precisa tomar um banho e colocar uma roupa limpa. Depois a gente vai começar a cuidar de você. A enfermeira Carmem vai cuidar de você agora e depois te levar ao meu encontro.
Angel não queria perder tempo, pegou no braço da enfermeira, que lhe era oferecido com um sorriso e a acompanhou até o vestiário feminino. Debaixo do potente chuveiro, a água quente relaxava o seu corpo e alivia os seus pensamentos macabros. Saber que Luiz estava preocupado, já era uma pequena vitória. Angel, com o ânimo renovado, mas ainda lutando contra os instintos de auto destruição que teimavam em não abandoná-la, se lavou, trocou de roupa e voltou a acompanhar a enfermeira em direção ao consultório do Dr. Jânio.
- Sente-se! Vamos começar. - Disse o médico.
O Dr. Jânio tinha conseguido o seu primeiro objetivo: fazer Angel aceitar o tratamento. Mas a cura, essa demandava tempo e disciplina. Pelo menos, ele já tinha a certeza de contar com a cumplicidade da irmã e do melhor amigo de sua paciente. Os pais da Angel também estavam a caminho. Se o marido também se dispusesse a ajudar, o processo de cura tinha uma chance considerável de sucesso.
Continua…