A embarcação deixava para trás o trapiche da Orla de Icoaraci e avançava suavemente pelas águas da Baía do Guajará rumo a uma das quarenta e duas ilhas do arquipélago de Belém: Cotijuba.
Apoiada à amurada do barco, Lene recostava seu rosto ao meu, enquanto eu a abraçava por trás e encaixava meu queixo em seu ombro me deixando inebriar pelo perfume suave que emanava de sua pele morna pelo verão amazônico. Nossos lábios se tocavam suavemente e descreviam a felicidade que sentíamos através dos sorrisos que estampavam nossos rostos.
Por boa parte do trajeto permanecemos em silêncio, apenas nos olhando ou trocando carinhos, como se quiséssemos ter a certeza de que não era sonho.
A paraense de pele dourada e lábios carnudos havia tirado meu sossego desde que a vi em um evento pré-formatura de Gestores de RH de uma faculdade, na capital do Pará. Na ocasião, acompanhava um amigo que fazia a cobertura desse evento e depois de alguns sorrisos e olhares trocados no ensaio para a formatura, trocamos telefone e começamos a nos falar.
Uma química maravilhosa bateu, embora a distância entre nossas cidades, cerca de trezentos quilômetros, atrapalhava um pouco os planos de nos encontrarmos novamente. Cada dia que passava, cada mensagem trocada, cada telefonema de boa noite servia para aumentar a vontade de estarmos um nos braços do outro. Parecia uma espera infinita. Dias longos. Noites intermináveis. Uma angústia, uma sede, desejo que devorava o corpo e a alma.
Semanas depois precisei voltar para o estado das araucárias, mas consegui três dias de antecedência via Belém. Como também estava empenhada para nosso reencontro, ou primeiro encontro oficial, Lene fez uma programação onde pudéssemos aproveitar esses poucos dias antes da minha viagem curtindo um final de semana em uma das praias fluviais da Ilha de Cotijuba, sendo minha guia particular.
E ali estávamos, abraçados sob o calor paraense rumo à ilha que seria testemunha de dias e noites tórridas, indiferentes às dezenas de pessoas que nos acompanhavam naquela nau que cortava as águas tranquilas do rio Guarajá.
Pegamos nossas mochilas e desembarcamos tranquilamente, seguindo por uma das ruas principais da ilha, assim que o barco atracou. Lene contava um pouco da história do lugar, ao pararmos frente às ruínas do Educandário Nogueira de Farias, que mais tarde foi utilizado como presídio. Deixamos os fantasmas para trás e em menos de quinze minutos de caminhada chegamos à Praia do Farol, uma das mais movimentadas da ilha.
Escolhemos uma pousada bem próxima à praia, do mesmo proprietário do restaurante onde paramos para tomar algo bem gelado para nos refrescarmos do calor escaldante que fazia. Foi apenas o tempo para um suco e já fomos para o quarto. Lugar simples e bem acolhedor. Deixamos nossas coisas na mesa e cadeiras de palha a um canto do cômodo, abrindo ao máximo a janela para correr o vento. A brisa suave que soprava, fazia os curtos cabelos alourados de Lene movimentarem-se ao redor de seu rosto redondo e de pele dourada, parecendo o próprio sol reluzindo. Seus lábios carnudos desenharam um sorriso sensual ao mesmo tempo em que seus olhos amendoados cintilaram de uma felicidade quase infantil. Eu nem saberia me descrever, pois era quase surreal o que sentia.
Toquei seu rosto docemente antes de beijar aquela boca carnuda e úmida. Delicadamente. Cuidadosamente. Sem pressa. Até que sua língua não se conteve e começou vasculhar a minha boca, à procura da minha. O abraço lânguido tornou-se um aperto desesperado, de ambos, que não queriam se largar, com medo de perderem-se um do outro. Era preciso unir, misturar e tornarmo-nos um só.
Minha camiseta foi arrancada e jogada ao chão, enquanto eu desabotoava a blusa estampada de malha fina, quase transparente e provocante que cobria a parte de cima de seu biquíni. Já estava sem o tênis quando caí na cama sentindo suas mãos passeando em meu peito enquanto me beijava e tirava minha bermuda, junto com a cueca.
Tentei levantar, para beijar mais aquela boca gostosa, mas Lene me impediu com certa brutalidade, me colando à cama com uma das mãos enquanto subia pelas minhas coxas com a outra, chegando às bolas e fazendo uma leve massagem. Repentinamente segurou-as firme e lambeu, me arrancando um gemido de prazer ao sentir a língua molhada. Ajoelhada sobre mim, brincava com a língua por toda extensão do meu pau já latejante, enquanto me olhava cheia de lascívia. Tarada. Ainda assim, doce e infante.
Eu estava entregue ao seu prazer e acarinhava seu rosto, afastava seus cabelos enquanto chupava meu pau, me olhando apaixonada. Por vários minutos me chupou e lambeu, arrancando um prazer nunca antes sentido do meu corpo que estremecia no mais puro êxtase, suado e ofegante.
O ventilador de teto era insuficiente para amainar o fogo que Lene me provocava e, mesmo com a janela ainda aberta, o vento mortiço que invadia o quarto não refrescava sequer o calor que saía de sua boca, no seu hálito úmido.
Os seios enormes pressionavam minhas pernas fazendo a excitação só aumentar até que me joguei sobre ela para retribuir um pouco os carinhos que me foram dados. Um sorriso sacana e sexy se fez quando livrei o par de seios do tecido que os cobria. Fechou os olhinhos de terra e arfou seu busto, fazendo com que se inflassem ainda mais. Instintivamente meus lábios se abriram ao máximo para tentar abocanhar todo o peito, mas nem a metade coube na minha boca. Chupei. Apertei. Admirei. Mordi. Lambi e os esfreguei em meu rosto, sentindo aquela carne macia e firme.
Os seios mais lindos que havia visto. Desci beijando sua barriga enquanto ela ria de cócegas e segurava meu rosto. Puxei o short largo e o biquíni se mostrou protegendo sua conchinha já encharcada. Subi tocando e beijando as pernas, roçando minha boca nos pelos fulvos e finos de suas coxas grossas e delgadas. Eram perfeitas. Lindas. De uma pele de pêssego com o sabor agridoce de seu suor. Fiquei decorando e passeando em cada curva, cada contorno daquele corpo entre toques e beijos até chegar à sua virilha com a ponta da minha língua. Suas pernas se abriram e pude sentir sua mão puxando meus cabelos, enquanto afastava seu biquíni de lado e via o mel escorrer da grutinha que transbordava de prazer. Rosada. Lisinha. Brilhante e viscosa. Levemente salgada, porém deliciosa ao toque da minha língua que fazia movimentos circulares em seu clitóris. Às vezes uma chupada. Outras, uma lambida. Alternadamente até que suas pernas me prenderam, fazendo com que eu a sorvesse em goles ávidos de sexo oral.
Um gemido mais alto se pode ouvir enquanto seu corpo estremecia em pequenos espasmos. Em pequenas mortes. Arqueou seu corpo e se soltou suave e relaxada sobre a cama, arfando, com a boca ressequida. Segurou meu rosto e me afastou de sua vulva inchada de tesão, me puxando para si, sem tirar os olhos dos meus e me beijou.
Seguimos fazendo amor, metendo e trepando de todas as formas. As pausas eram para repor as energias e hidratar nossos corpos desejosos um do outro. Era intenso. E cada vez parecia ser a primeira.
Curtimos a praia durante toda a tarde. Ora na areia, ora na água, conversávamos sobre tudo. Ríamos de tudo. Em algumas horas sabíamos muito mais um do outro do que casais que passaram quase toda a vida juntos. A afinidade que tivemos foi algo incrível e assustador. Às vezes ficávamos a nos perguntar em que momento nos perdemos, pois certamente já havíamos nos encontrado antes. Em algum lugar, em algum momento já vivemos juntos.
Apreciamos o pôr do sol ainda na areia quente e jantamos antes de voltarmos para nosso quarto para um banho e descansarmos um pouco. Tiramos um cochilo, mas logo fui acordado com sua mão me acariciando. Sorri, mas não abri os olhos. Percebi que também sorriu e continuou a brincar. Segundos depois sua boca engolia meu pau num movimento delicioso de sobe e desce que não pude me conter por muito tempo.
Tentei tirar seu rosto, mas Leninha se desvencilhou e continuou a chupada. Sugava forte. Intenso. A mãozinha macia ajudava masturbando o cacete rígido como pedra. Intensificou. Abri os olhos e me deparei com um lindo par de olhos me fitando. Pedindo. Quase implorando. E lhe dei.
Em jatos fortes o gozo inundou sua boca, que se manteve aberta enquanto a mão continuava o trabalho tirando cada gotinha da porra quente que ainda saía.
Deitou-se em meu peito e continuou o carinho enquanto eu afagava seus cabelos. Ainda estava melado. Ainda estava firme. Não como uma pedra, mas duro o suficiente para lhe desejar boa noite. Uma ótima noite.
Beijei suas costas e a coloquei de bruços, para que ficasse bem relaxada. Afastei mais o fino lençol desarrumado aos nossos pés e me posicionei sobre ela. Primeiro uma massagem pelos ombros e costas, alternando com beijos e passadas de língua fazendo sua pele se arrepiar. Depois no bumbum. A mesma atenção – até um pouco mais eu diria – em suas nádegas redondas e grandes. Pelas coxas o mesmo roteiro de massagem e beijos com lambidinhas. A cada apertão em sua bunda, sua frutinha se mostrava fechadinha, mas já com um visco escorrendo em um fino fio. Continuei os movimentos com os polegares mais próximos ao seu períneo, massageando simultaneamente sua bunda e sua xoxotinha. Meu pau pulsava mais firme. Minha boca salivava. Sua rachinha melava. Cada vez mais. Lambi. Continuei massageando, sentado sobre suas coxas. Melou mais. Pulsou mais. Lambi mais. Involuntariamente minha língua subiu – melada – pelo buraquinho róseo que também pulsava. Lambi. Devagar. De baixo para cima. Iniciando na bucetinha e passando – propositalmente – pele rabinho que piscava ainda mais.
Continuei massageando e olhando aquela bunda maravilhosa enquanto meu cacete já duro demais roçava suas coxas. Soltou um gemido. Entendi como um pedido. Quis brincar. Encostei o pau – ainda massageando – na frutinha molhada que se abriu e o recebeu pela metade. Tirei e repeti o movimento. Entrou mais. Outro gemido mais alto e seu corpo se arqueou. Estava toda empinada e minha massagem a abria ainda mais. Meu pau a invadia ainda mais. Ainda molhado, seu rabinho piscava a cada aperto. Afastei mais para olhar. Admirar. Escapei de dentro dela e outro gemido se fez ouvir. Estava muito molhada. Tentei entrar outra vez, mas escorregou e foi roçar a entradinha de outro buraquinho. Rocei por várias vezes em sua bundinha, que já estava bem molhada, pelo visco da sua buceta e pelo visco que saía do meu cacete. Com uma das mãos o segurou enquanto ainda brincava de esfregar em seu rabinho. Continuei o movimento e ela ajudava para que ele não escapasse o tempo todo. Encaixou e o empurrei devagar. Entrou. A cabecinha. Tirei. Coloquei novamente e ela firmou. Empurrei mais um pouco e pude sentir as pregas rosadas se abrindo.
— Ai, amô... — disse baixinho.
— Quer que eu pare?
— Não. Quero você...
Empurrei mais e entrou. Ela o soltou e relaxou enquanto os movimentos começaram. Intensificaram. Aos poucos, seu cuzinho engoliu todo o meu pau. Deitado sobre ela, encaixado perfeitamente naquela bunda deliciosa, não demorou para que minha pica jorrasse porra naquele rabinho entre gemidos – meus e dela – para depois amolecer devagar e molhado de gozo. Ainda fiquei por alguns minutos dentro daquela quentura gostosa, recebendo apertões suaves enquanto seu buraquinho retraía novamente até expulsar por completo meu pau e se fechar. Piscando.
— Que gostoso... — saiu de nossas bocas.
Tudo nela era perfeito. Todas as formas de fazer amor e me dar prazer. A noite estava estrelada e uma imensa lua prateada e redonda era vista de nossa janela, por entre o balançar da fina cortina.
Outro banho frio e decidimos dar uma volta pela praia antes de dormir. Atravessamos a estreita rua de areia e já estávamos dentro do pequeno restaurante do nosso anfitrião. Como já estava guardando as mesas, pelo pouco movimento àquela hora, pedimos coco gelado e fomos tomar em um dos quiosques na areia, em frente ao restaurante.
Meia hora depois percebemos as luzes do estabelecimento se apagando e quase ninguém era visto por perto. Uma família havia saído de outro quiosque próximo assim que chegamos. Pouco mais à frente, um casal na areia. Ainda permanecemos por ali conversando e apreciando a linda noite, antes que Lene se levantasse me puxando pelas mãos.
— Vem, meu nêgo, vamos dar uma volta.
Seguimos de mãos dadas pela areia, deixando para trás as luzes da nossa pequena pousada e o casal que ainda namorava à margem do rio. Alguns minutos e tudo o que ouvíamos era um cão a ladrar distante e a marola das águas próximas a nós. Pouco adiante podíamos avistar dois pontos na areia, duas silhuetas que se abraçavam sob a luz do luar. Paramos próximos a uns arbustos cravados na praia, na parte mais alta da extensão arenosa que contornava a ilha e deitamos.
A areia ainda estava morna e a pele de Lene fervia. Seu olhar hipnotizava e seu hálito quente me inebriava, nas pausas entre um beijo e outro. Estava divina com um vestido estampado e longo, com um decote generoso que valorizavam seus seios grandes e redondos. Soltei três dos botões e acariciei aqueles volumes quentes enquanto lhe roubava o ar num beijo intenso. Ela roubava meu juízo enquanto me prendia em seus braços. Minhas mãos percorriam suas pernas, se detendo um pouco mais nas coxas – sob o vestido – enquanto minha boca mordiscava os biquinhos arrepiados.
Deslizei pela sua estampa e rocei os lábios nos seus grandes lábios, por sobre a malha do biquíni que ainda resguardava – tal qual ostra – a desejosa pérola. Rósea e perfumada. Apetecida do néctar que brotava da fonte do mais intenso prazer. Chupei. Suguei. Gozou, aos olhos da lua.
Mas não estava saciada. Ainda tinha sede. Molhei seus lábios com os meus, quentes e salgados do seu sexo enquanto me encaixava em seu corpo acolhedor.
O vestido longo servia como esteira, a proteger da areia, enquanto suas mãos ávidas desciam minha bermuda sem nenhuma dificuldade até livrar o que ela mais desejava. O suor escorria de nossos corpos e se misturavam, suavizando o atrito da pele e assim senti a cabecinha do meu pau queimar ao abrir suavemente a entradinha da sua xoxota.
Prendemos a respiração e, por uma fração de segundos, ficamos congelados. Soltei o peso do corpo e me encaixei devagar entre suas pernas, sentindo o pau desaparecer na quentura da sua carne escorregadia e viscosa. Sussurros. Gemidos. Sons incompreensíveis enquanto afundava mais o cacete naquela buceta molhada. Ela se abriu mais. Ainda estava sedenta. Molhava minha rola com seu gozo, com sua porra de fêmea enquanto o vai e vem começava. Uma socada. Duas. Três. Fortes. Firmes. Pausadas. Muitas “pausadas” na buceta que escorria de prazer. Que molhava a pica até as bolas. Que molhava, lambuzava o buraquinho mais abaixo que se contraía e relaxava a cada fincada que a rachinha levava. Intenso. Rápido. Freneticamente enquanto segurava – quase – violentamente seus cabelos e metia em sua buceta encharcada. Encharcado também estava o tecido do biquíni azul que mesmo afastado de ladinho, pingava ensopado pelo gozo e suor de ambos. Mais espasmos, gemidos, um corpo suado e dourado se contorcendo gozando enquanto sentia seus dentes cravarem em meu ombro, a fim de conter o grito. Contive meu grito. Apenas gemi. Gemi mais alto. Mais rápido. Cada vez mais alto e rápido até me descolar de seu corpo, ajoelhado à sua frente e banhando seu biquíni – azul molhado – de gozo morno e cremoso. Molhei sua barriga. Suas coxas. Parte de seu vestido estampado e toda sua pele macia molhada de suor. Sua buceta macia molhada de suor e gozo. Gozo e suor de ambos. Quentes. Salgados. Viscosos. Éramos um.
Deitei novamente sobre ela e fui recebido com um abraço quente e suave. Suado e lânguido. Com um cheiro gostoso. Um gosto salgado. E assim ficamos. Ficamos assim, como um só. Misturados. Enfim, saciados. Dois amantes prateados – abraçados – a dormir na praia da ilha do amor.