ACONTECEU NUM RODEIO
Em Minas Gerais e interior paulista é comum a realização de Festas de Peão Boiadeiro, ou Rodeios, onde se realizam competições de montaria, há apresentações de bandas, show de artistas e bailes.
Certa vez decidimos ir em um que estava sendo realizado em uma cidade próxima a nossa. Minha esposa estava especialmente eufórica naquela noite, realmente bem animada e pediu que eu escolhesse qualquer roupa para ela se vestir. Como era inverno e estava consideravelmente frio eu não teria como escolher algo muito curto. Ainda assim, propus que ela usasse uma meia calça de um material mais grosso (e com aberturas estratégicas) que ainda assim deixava suas belas pernas visíveis, um vestido curto de manga longa que a deixa bem sensual e uma bota de salto médio, sem nada mais por baixo.
Quando ela viu minha sugestão, protestou imediatamente: disse que iria congelar. Então, eu disse que aceitaria que ela usasse um sobretudo por cima, desde que fizesse uma maquiagem bem insinuante, marcante.
Ela riu e topou a brincadeira. Entrou para o banho e eu fiquei na sala assistindo TV. Antes dela sair, eu entrei no banho na esperança de brincarmos um pouco. Ela simplesmente, deu uma acariciada em meu pau, duríssimo já, e disse que queria se guardar para mais tarde, saindo do banho.
Eu fiquei meio que atordoado com a negativa, literalmente com o pau na mão. Terminei de me lavar, sai e me vesti, rápido e básico, como sempre: calça jeans, camisa, jaqueta, sapato e voltei para a sala. Ela ainda estava se maquiando.
Depois de uns 45 minutos ela saiu. Estava belíssima: vestia minha sugestão dos pés à cabeça. Aliás, além de uma maquiagem bem marcante, com cores fortes e batom vermelho, havia conseguido tempo para pintar suas unhas igualmente de vermelho. E, para completar, fez um rabo de cavalo que a deixou mais sensual ainda.
Aproximei-me daquele mulherão e ela se rendeu ao que sugeria ser um beijo, mas eu, sem aviso, enfiei uma mão por baixo de seu vestido para me certificar se ela estava usando apenas o figurino indicado. Ela havia colocado uma calcinha rendada preta e transparente, linda por sinal, mas que fiz questão de tirar, pois não fazia parte do combinado.
Ela quis protestar, dizendo que iria congelar a periquita, mas não dei ouvidos. Disse que safada que é safada, ousa, foge dos padrões. Ela me olhou nos olhos e se resignou. Ela estava realmente linda. Aliás, imaginem vocês uma bela morena de pele branca com 65kg distribuídos em quase 1,70m de altura, longas pernas, bundinha redondinha, com seios médios, cabelos médios ondulados, enfim, um corpo muito bem trabalhado por Deus mesmo após as duas gestações que teve.
Saímos então rumo à festa, distante cerca de 50 km de nossa casa. No trajeto, ela disse estar com calor e tirou seu sobretudo. Era uma mentira das mais descaradas! Na verdade, ela queria se exibir para mim, pois cruzou suas pernas deixando seu vestido subir um pouco, exibindo ainda mais suas belas pernas.
- Que é isso, mulher? Guarda essas armas antes que eu bata o carro. - Disse para ela, brincando.
- Por quê? Tá nervosinho, tá? - Ela me respondeu, descruzando as pernas, no que seu vestido subiu um pouco mais, e passando a alisar suavemente sua bucetinha. - Hummm… Estou ficando molhadinha, sabia?
- É? Pena que eu não posso conferir…
Ela, sem nada dizer, introduziu dois dedos bem no fundo de sua bucetinha, retirou-os e os enfiou em minha boca.
- E aí? Acredita em mim agora? - Ela perguntou, com um sorriso sacana no rosto.
- Quer desistir da festa e ir para um motel? - Eu perguntei.
- De forma alguma! Eu me produzi toda e quero dançar a noite inteira. - Disse, enfática. - A gente deixa a trepadinha para o fim da noite…
Continuamos conversando amenidades e pequenas safadezas até chegar à festa. Havia uma fila considerável de carros tentando entrar no estacionamento do evento. Aproveitamos para dar altos e fortes amassos, com direitos a dedadas e todo o mais, ignorando as pessoas que seguiam a pé para a bilheteria.
Em certa hora, notamos que dois carinhas seguiam ao nosso lado, na mesma velocidade que nós, olhando descaradamente para dentro de nosso carro. Quando ela notou isso, subiu ainda mais seu vestido e sentou em meu colo com sua bucetinha voltada para a janela do passageiro. Um deles tropeçou e quase caiu vendo aquela cena. Rimos da situação.
Cheguei à entrada do estacionamento e ela não quis descer de meu colo. Abri a janela e o atendente só deu um sorriso malicioso ao ver aquela cena.
- Agiliza aí, meu amigo, ou ela vai me comer aqui no carro mesmo… - Eu disse.
Ele riu e após preencher o recibo do carro, se abaixou para me entregá-lo e ver melhor o showzinho de minha esposa:
- Deixa de ser curioso, rapaz. Será que não posso namorar um pouco meu maridinho? - Ela disse, rindo.
- Claro que pode, dona. Só que, com um fogo desse, não sei se seu marido dá conta sozinho do serviço, não… - Respondeu.
Rimos da resposta e segui com o carro para estacioná-lo. Ela voltou para o lugar do passageiro, arrumando o vestido. Estacionado, descemos e ela vestiu novamente o sobretudo para entrarmos no recinto.
- Uai! Pensei que estivesse com calor? - Perguntei.
- Aqui está meio frio. Quem sabe não fica mais quente lá dentro, né?! - Ela me respondeu, insinuante.
Ainda assim, usando o sobretudo, ela deu um jeito de amarrá-lo de forma que, a cada passada, suas pernas apareciam sempre, em todo o seu esplendor. Pedi que ela ficasse na fila da entrada enquanto em comprava os ingressos. De longe, vi que um cara, atrás dela na fila, não tirava os olhos de seu corpo. Em pouco tempo ele já estava de conversinha mole para cima dela que parecia corresponder, pois ria a todo o momento. Num dado momento, vi que ele se aproximou e cochichou alguma coisa em seu ouvido e ela negou uma, depois outra vez olhando-o nos olhos, com um semblante sério.
Temendo que pudesse estar com algum problema, sai da fila dos ingressos e fui até ela. Lá chegando, sem pedir permissão, a segurei pela cintura, puxando-a para mim.
- Ô, folgado, tira a mão da menina. Não tá vendo que ela tá acompanhada. - Disse-me o peão, já partindo para cima de mim, tentando nos separar.
- Não, não, não. - Ela começou a dizer. - Pode parar! Ele é meu marido.
Ele então parou, olhou-a nos olhos e disse:
- Desculpa. É que a gente estava conversando numa boa que até pensei que você estivesse sozinha. - Disse para minha esposa e completou: - Eu pensei que ele fosse um desses folgados que se acham no direito de chegar pegando nas mulheres.
- Tudo bem, cara. - Eu respondi. - Pelo menos você estava “bem intencionado”.
- Mor, ele faz parte da banda que vai tocar após o show… - Disse ela, tentando amenizar o clima que havia pesado um pouco.
- Mas o que você está fazendo aqui então, cara? - Eu disse. - Acho que você tem passagem livre. Pergunta lá para o cara da portaria.
Ele então saiu de trás dela e foi até lá. Eu disse que ainda precisava comprar os ingressos e que tinha vindo por pensar que ela pudesse estar com problemas.
- É mesmo, né?! Olha só o tamanho dele: que problemão… - Ela disse, querendo me provocar.
Rimos e quando estava saindo para voltar na fila dos ingressos, o carinha voltou e perguntou se já havíamos comprado os ingressos. Respondi que estava indo fazer isso. Ele disse que não precisava mais que iria nos passar junto com os demais integrantes da banda.
- Olha, cara, se você conseguir fazer isso, ganha até uma cerveja. - Eu disse.
Ele então nos pediu para acompanhá-lo. Chegando à entrada lateral, nos apresentou como sendo do apoio da banda, e entramos. Lá dentro nos apresentou toda a galera da banda, que só tinha homem, e que literalmente comiam minha esposa com os olhos, de cima a baixo. Parecia uma matilha de lobos observando uma presa prestes a ser abatida.
Eu disse que tinha uma promessa a cumprir e que iria comprar uma cerveja. Minha esposa se dispôs a fazê-lo (deve ter ficado incomodada em ser a única mulher ali). Todos protestaram quando ela disse que iria buscar umas cervejas, dizendo para ela ficar que eles já tinham comprado. Deram-nos umas latas e ficamos papeando enquanto a festa ainda não havia começado pra valer.
Depois de algum tempo ouvimos o locutor anunciar o início do rodeio. Então, nos despedimos de todos e, apesar dos protestos, fomos para as arquibancadas assistir um pouco das montarias. Antes de nos sentarmos, resolvi assuntar com ela:
- Fala, vai. Conta o que aquele peão estava falando para você na fila lá fora antes de eu chegar?
- Ah, nada não... - Ela disse, tentando despistar.
- Nada não!? É!? Porque eu te vi dando risada da conversa… - Insisti.
- Não é que eu achei a cantada dele bem original. - Ela respondeu: - Eu estava bem tranquila lá na fila quando ele chegou e esbarrou em mim. Eu me virei e ele me cumprimentou com um sorriso, que eu correspondi, mas só por educação.
- Não foi só isso…
- Não, não foi. Aí ele puxou conversa comigo, dizendo que eu estava na fila errada que a Rainha do Rodeio podia entrar direto sem esperar na fila. Aí eu não aguentei, olhei bem para ele e comecei a rir. Ele até ficou meio sem graça na hora... Então, eu agradeci o elogio, mas disse que já não era mais uma menina e tinha passado dessa fase.
E continuou:
- Ele então disse ter certeza que não haveria mulher para me superar na festa, que eu seria o centro das atenções e que ele ficaria muito feliz se pudesse estar do meu lado.
- Tá, e daí?
- Daí nada, acabou.
- Acabou nada, porque teve uma hora que eu o vi cochichando algo no seu ouvido e eu vi você fazendo um não bem grande, tanto que saí da bilheteria para ficar do seu lado…
- Ah é, foi. Mas não foi nada importante, deixa pra lá.
- Porque você não quer me contar?
- Porque não quero estragar nossa noite.
- E porque estragaria? Você não fez nada de errado.
Ela me olhou nos olhos por um segundo e disse:
- Então… Depois que ele me disse que ficaria muito feliz se pudesse estar do meu lado, eu só dei um sorrisinho e me virei para frente, pensando que ele entenderia como um não. Mas ele não só entendeu errado como encostou o pau, que parecia estar duro, em minha bunda e cochichou em meu ouvido que, se eu preferisse, ele poderia ficar atrás ou mesmo dentro de mim…
Eu só escutava, atento. Meu pau já estava duro nessa hora. Ela continuou:
- Eu então me virei e disse para ele parar. Ele me disse que não conseguia e pediu para eu olhar para baixo para ver o estado em que eu o havia deixado. Ele estava com o pau bem duro e parecia ser um baita pauzão. - Ela dizia, me olhando, me analisando. - Então, ele pôs a mão na minha cintura e disse que queria um beijo, quando eu neguei novamente e com mais ênfase. Logo depois você chegou.
- Danado, hein!?
- Pois é…
- E se eu não tivesse chegado naquela hora, o que você iria fazer?
Como ela notou que o papo tinha me deixado excitado, era visível, ela resolveu me atiçar:
- Ah, sei lá. Talvez eu tivesse dado um beijo gostoso nele até você voltar…
- Mas aí quando eu chegasse, as pessoas da fila iriam pensar que eu seria o corno da estória!
- É. Iriam mesmo, não iriam? - Disse, rindo. - E não é exatamente isso que você quer que eu faça com você: que te transforme num corninho, bem mansinho, enquanto eu trepo com outro na sua frente?
Eu então a abracei bem forte, dando-lhe um beijo. Também dei um jeito de enfiar minha mão por dentro de seu sobretudo, alcançando sua bucetinha que estava bem meladinha.
- Pelo jeito você gostou da brincadeirinha, não é?! Está toda molhadinha… - Eu disse, alisando-a. - Será que hoje vai rolar?
- Quem sabe?! - Ela respondeu, enigmática.
- Minha cerveja está acabando… Você não quer ir ao camarim buscar mais uma?
- É?! Você tem certeza que quer que eu vá num camarim com aquele monte de homens que estavam me comendo com os olhos? E se eles me comerem de verdade?
- É mesmo, né?! Já imaginou que suruba!... - Eu disse, rindo.
Nisso ela me soltou, se virou e foi se dirigindo rumo a uma cachaçaria. Rebolava de leve, dando pequenos saltinhos e cantarolava: “Posso, não! Quero, não! Meu papai não deixa, não! Quero, não!” Nessa parte, ela se virou para mim, me encarou nos olhos e disse, cantarolando: “Agora, não!” e saiu, rindo.
- Você tem certeza de que não quer continuar na cervejinha? - Eu perguntei.
- O problema é que os banheiros daqui são químicos e eles costumam ficar nojentos. Então, prefiro beber umas “canelinhas”, porque esquentam mais, e não fazem volume. Talvez nem precise ir ao banheiro...
Pedi uma cerveja, uma canelinha e três garrafinhas de canelinha para mais tarde. A canelinha ela virou ali mesmo, soltando um sonoro “porra” no final, se abanando. Dei uma das garrafinhas para ela e voltamos a circular pelo recinto. Ela me convidou para sentarmos um pouco nas arquibancadas. Dizia querer descansar os pés para o show e baile de madrugada.
Sentamos e começamos a assistir as montarias. Conversávamos amenidades, divertíamo-nos. Eu bebia devagar e tranquilamente. Ela já havia acabado com a primeira garrafinha e me pediu outra.
- Vai com calma, hein!? Não precisa beber correndo, para encher a cara. - Eu disse.
- Que nada. Estou me sentindo muito bem hoje. Acho até que essa canelinha está batizada, não quer subir.
- O problema é se ela subir de uma vez… - Eu complementei.
- Não tem problema. Tenho meu maridinho que está bebendo pouquinho e pode tomar conta de mim se eu perder a linha.
- E se eu quiser te tirar da linha?
- Nem vem. Você me disse que quer que eu aproveite e se eu estiver bêbada não vou aproveitar nada…
Minha cerveja nessa altura já havia acabado e eu havia comprado uma água de um ambulante, na esperança de fazê-la beber um pouco. Ela havia terminado a segunda garrafinha e já me pedia a terceira.
- Você não quer tomar um pouco de água? - Eu perguntei.
- Quero, não. Água enferruja… - Ela ria, enquanto enfiava a mão por dentro de minha jaqueta para pegar a última garrafinha. - Dá logo! Quero ficar facinha para você abusar de mim mais tarde…
- Vou é arrumar outro para abusar de você mais tarde?
- Com o fogo que estou hoje, você vai ter que arrumar mais uns dois, ou três, quem sabe…
Ouvimos então o locutor informar que as montarias haviam acabado e que eles iriam abrir os portões para o palco. Decidimos então descer para tentar um bom lugar. Só aí ela se deu conta do quanto havia bebido, porque deu uma balançada, quase caindo:
- Ui! Acho que subiu tudo de uma vez mesmo! - Ela falou.
Dei minha mão para ela. Ela se equilibrou e descemos. Quando estávamos indo para o meio da arena ela disse que precisaria usar o banheiro, mas que tinha nojo.
- Mas o que você quer que eu faça? Não tem outro lugar. - Eu disse.
- Até tem. Será que eles me deixam entrar nos camarins novamente? Eu poderia usar o banheiro de lá. Acredito que não deva estar tão sujo como os daqui…
Dei de ombros e fomos em direção aos camarins.
- Você lembra o nome daquele cara? - Eu perguntei.
- Não. Ele não se apresentou a você?
- Não. Como é que você quer chamar alguém lá de dentro sem saber o nome dele, criaturinha?
- Ah, sei lá. Vamos que eu dou um jeito.
Chegando lá, o segurança impediu a entrada, óbvio. Ela explicou como ele era, altura, como estava vestido, cor do chapéu, mas nada adiantou. Então, ela olhou para mim e, com uma expressão de derrota, já vinha descendo, quando, cabisbaixa, olhou sua própria mão e viu um número de celular escrito.
- Me empresta seu celular? - Ela me pediu.
Eu entreguei o aparelho. Ela teclou um número e começou a falar com alguém do outro lado, quase implorando:
- Alô? Oi, lembra-se da “Rainha da Festa”? Então, sou eu. Preciso de um favor urgente. Queria usar o banheiro do camarim, mas o segurança não quer me deixar entrar…
Falaram mais alguma coisa. Ela aflita, me olhava, inconformada também. No final, ela concordou e desligou.
Quis saber o que aconteceu, mas antes que pudesse falar alguma coisa, o cara apareceu na porta e falou para o segurança permitir nossa entrada. Ele nos conduziu até onde estava o restante da banda, pedindo para alguém me servir outra lata de cerveja enquanto ele mostrava para ela o caminho do banheiro e se foram para os fundos do camarim.
Serviram-me outra lata e ficamos papeando, conversando amenidades. O papo era tipicamente masculino: mulheres, futebol e bebida. Depois de uns quinze minutos, me lembrei de minha esposa e vi o tempo que ela estava demorando a voltar. Curiosamente, o carinha também havia sumido.
Perguntei onde ficava o banheiro e quando fiz menção de ir, disseram para eu ficar na boa que eles já deveriam estar voltando. Antes que pudesse dizer alguma coisa, vi que eles já estavam se aproximando. Ela já não seguia muito uma linha reta: a bebida havia feito seu papel.
- Pronta? Podemos ir? - Eu perguntei.
Ela só balançou a cabeça positivamente e agradeceu o favor ao carinha da banda que a havia socorrido, que depois me disse se chamar Cadú. Saímos e fomos para o meio da arena que já estava quase que totalmente lotada. Mas ela estava um pouco quieta:
- O que foi? Não está passando bem? - Eu perguntei.
- Não. Está tudo bem. - Disse, meio desanimada.
Conseguimos um bom lugar, até que bem próximo ao palco, mas ela continuava calada:
- Qual é? Não prometemos que não haveria mistério entre a gente? - Eu insisti.
- Deixa pra lá…
- Deixo, não. Pode ir falando.
- Naquela hora, no celular, quando eu estava falando com ele e pedi para usar o banheiro, ele disse que autorizaria se eu desse um beijo nele.
Enquanto falava, ela se virou para mim e me abraçou. Encostou sua boca em minha orelha e continuou:
- Então… Eu dei.
- Ele te obrigou a fazer isso? - Eu perguntei.
- Não, não obrigou. Mas ficou uma situação meio esquisita… Eu não queria fazer nada nas suas costas. Fica até parecendo que eu te traí.
- Se é só por isso, você pode ficar tranquila. Está tudo bem. - Eu a tranquilizei.
Ela continuou, sempre com sua boca bem próxima de meu ouvido, não sei se para não me encarar, ou para outras pessoas não ouvirem.
- Então, mas não foi só isso... Depois que terminei de usar o banheiro e saí, ele me pegou nos seus braços e me beijou, e claro que enfiou sua mão em minha bunda. Só que, quando ele sentiu que eu estava sem calcinha, ele ficou transtornado, dizendo que queria me comer ali mesmo. Dar uma rapidinha.
- Você deu pra ele? - Perguntei.
- Não. Eu disse que não dava tempo, que tinha o risco de alguém chegar, até mesmo você, que eu não podia demorar. Enfim, inventei mil desculpas. Mas ele não se deu por vencido: tirou rapidamente o pau para fora da calça e me fez segurá-lo. Então, disse que se eu não queria dar para ele, pelo menos poderia bater uma punhetinha enquanto nos beijávamos.
- E?
- E ficamos assim um tempo, até que ele me pediu para fazer um boquetinho para ele gozar mais rápido. - Ela confessava, constrangida, como se estivesse com um padre. - Como queria sair logo dali, acabei aceitando e me ajoelhei em sua frente. Ali fiquei chupando e lambendo seu pau, enquanto o punhetava, até que ele gozou e eu bebi tudinho, gota por gota. Depois nos arrumamos, ele me deu uma bala e fui te encontrar…
Realmente ela estava chupando uma bala e eu fiquei cabreiro. Tentei me soltar dela para olhá-la nos olhos e ela me segurava firme. Não sabia se por medo de minha reação, ou por qual motivo.
- Você me perdoa? - Ela perguntou, por fim.
Eu fiquei meio atordoado com sua confissão. Sempre tive vontade de vê-la com outro, mas, de repente, me vi tomado por um misto de tesão e ciúmes, amor e ódio. Depois de um breve momento ruminando aquela estória, respondi:
- Não sei se estou bravo por você ter ficado com alguém ou se por ter ficado com alguém sem que eu estivesse junto para assistir. Você sabe que sempre tive a fantasia de assisti-la com outro e você fica com outro sem me proporcionar isso?!
- Você me perdoa? - Ela insistiu na pergunta, praticamente ronronando em minha orelha.
- Eu te amo, você sabe disso. Não tenho o que perdoar. Você já estava liberada para procurar outro há tempos. Só fico chateado de não ter assistido.
- Mesmo?
- Claro, oras.
Então, ela se afastou um pouco, me olhou fundo nos olhos, com sorriso estampado no rosto e disse:
- É brincadeira, seu bobo! - Começou a gargalhar.
- Brincadeira!? O quê?
- Não teve nada de boquete, não. Só falei para ver sua reação se viesse a acontecer mesmo.
- Sacanagem sua, hein!? - Eu disse, encarando-a enquanto ela ria. - Mas porque você disse que não teve boquete? Então rolou beijo.
- O beijo rolou. Quando estava no celular ele realmente disse que me ajudaria, mas que iria cobrar um beijo. Como eu estava apertadíssima acabei cedendo.
- Rolou só beijo?
- Então… Enquanto a gente estava se beijando, rolou uns amassos fortes, mas ficamos só nisso. Ele até quis tirar o pau para fora da calça para dar umas esfregadas, mas não deixei. Eu sem calcinha, roçando no pau dele, vai que um dos dois perde o controle ou ele encontra o caminho, né?!
- Safada! Deixou o cara em ponto de bala e negou fogo, né?!
- Sabe que se você estivesse junto e estivéssemos todos em outro lugar, mais reservado, talvez até rolasse algo. Ele parece ser legal. Sabe, tipo um safado na medida certa!?
- Ahamm! Sei… - Eu respondia, simulando algum ciúme.
- Sabe o que mais: ele parecia ter um pauzão, bem grande e grosso.
- Deu para ver tudo isso só nos amassos?
- Lógico, né! Enquanto a gente se apertava, eu aproveitava para apertá-lo, mas só sobre a calça. Não deixei mesmo ele tirar para não correr nenhum risco…
Enquanto conversávamos a arena enchia mais e mais. Em pouco tempo estava tomada por um mar de cabeças. Um verdadeiro roça-roça desmedido. Logo, o locutor anunciou o início do show e lá ficamos curtindo. Ela se virou de costas para mim: dançava, pulava, se esfregava em meu pau que continuava duro. Ficamos assim até o final da apresentação.
- Você quer ficar no baile, ou prefere ir embora, para um lugar mais tranquilo? - Perguntei, enquanto a arena esvaziava.
- Ah, já que estamos aqui, vamos aproveitar um pouco o baile. Mas antes quero mais canelinha.
- Você não acha que já bebeu demais?
- Para de ser chato! Você é quem vai dirigir. Deixa eu beber para ficar bem facinha e depois você pode se aproveitar de mim da forma que quiser. - Respondeu, rindo.
- Então, tá. Só não reclama se eu abusar de você, sozinho ou acompanhado...
Ela se aproximou mais ainda de mim e, desafiadora, disparou:
- Então pode arrumar uma galera, porque estou com um fogo hoje que você nem imagina. - Dizia, me encarando. - E não estou falando de fogo da bebida...
Acabamos rindo. Ela mesma não acabou se levando a sério. Fomos até a cachaçaria, onde comprei mais três garrafinhas de canelinha e uma de água. Quando o rapaz as colocou sobre o balcão, ela já pegou uma de canelinha abriu e começou a beber. Depois colocou as outras duas no bolso de seu sobretudo:
- Vamos? - Ela me perguntou.
O rapaz do balcão olhava surpreso. Acho que ele não devia estar acostumado a ver uma mulher mandando na situação.
- Qual o problema? - Ela perguntou, olhando para o rapaz. - Aqui quem manda sou eu. Né, não, corninho, digo, amorzinho!?
Não sei se foi intencional da parte dela, ou só um descuido, mas havia me “humilhado” em público.
- Esta é por conta da casa - Disse o rapaz pondo outra garrafinha no balcão, emendando: - Eu saio as 4:00. Se quiser mais, passa por aqui.
Nós nos olhamos e ela saiu rindo rumo ao recinto do baile. Eu, meio sem jeito, só agradeci o rapaz.
- Foi sério isso que ela falou? - Perguntou o rapaz, sem acreditar no que ouvira.
- Se ela falou, está falado. - Respondi ainda meio sem jeito.
Olhei para ela e ela tinha parado a poucos metros. Estava fazendo sinal com a mão, me chamando. Despedi-me novamente do rapaz e a segui, deixando-o de boca aberta.
- Precisava ter falado daquele jeito? - Perguntei.
- Não é isso que você quer?
- Sim, mas não precisa escancarar para todo mundo ouvir. Não viu a cara dele?
- Tô nem aí! Quero me divertir. E não adianta fazer essa carinha de bravo, pois tenho certeza que você gostou. - Ela respondeu, se aproximando e me abraçando, colando sua boca em minha orelha - Ou não gostou, corninho?
Agora, como eu poderia não gostar. Só de falar dessa forma ela me deixava com o pau duro de novo. Tanto eu como ela sabíamos disso. Ela inclusive após falar isso, deu uma bela apertada em meu pau, o que, por si só, confirmava. Então, ela me olhou nos olhos e sorriu um de seus mais belos sorrisos:
- Vamos dançar! - Ela não pediu, nem perguntou, mandou.