Continuando:
Eu ouvi claramente a Jen dizer:
- Isso só vai acontecer com a concordância do San. Outra mulher na nossa cama, só sendo dessa forma.
Para tudo! Nossa cama? Foi isso mesmo que eu ouvi? Então ela não quer roubar a minha mulher? Ela só quer participar?
Terminamos aquela noite com as duas muito bêbadas e animadas. As brincadeiras entre elas eram um pouco mais libertinas do que o normal. Lívia não perdia a oportunidade de encostar na bunda da Jen: um tapa, uma roçada… tudo era motivo para isso e era encarado como brincadeira. Jen também se insinuava. Acho que o objetivo principal era despertar em mim, a curiosidade. Jen estava realmente alterada pelo álcool. Às vezes, precisava de apoio para não cair.
Eu estava dividido. Ao mesmo tempo que a brincadeira das duas me despertava um tesão absurdo, afinal eu mal havia completado vinte anos. Isso também me despertava uma preocupação muito grande em perder a minha Jen. Dar corda ou cortar? Eis a questão.
Preferi continuar observando. A verdade, é que eu não tinha a menor noção do que fazer. Chegamos em casa e a Lívia já foi entrando direto, junto com a Jen. E para aumentar o meu espanto, ainda foram direto para o chuveiro. Aquilo não ia prestar.
Jen começou a tirar a roupa e falava palavras desconexas. Lívia aproveitou o momento e começou a se despir também, sem se importar com a minha presença. Eu fiquei parado na porta do banheiro, vendo até onde aquela situação iria chegar. A novidade ali, para mim, era a nudez da Lívia. Agora eu enxergava o porquê dela ser uma profissional do sexo tão bem paga. Lindos seios médios de aréolas pequenas e castanhas bem clarinhas. Barriga definida e coxas grossas. A bunda era menor que a da Jen, mas tão bem formada quanto a dela.
No começo, Lívia estava na dela, era Jen quem começava a exagerar tentando agarrá-la de qualquer forma. Lívia olhava para mim e o respeito por nossa amizade acabava falando mais alto. Por fim, ela deu banho em Jen e a colocou na cama. Jen apagou muito rápido.
Eu estava na cozinha passando um café quando Lívia se aproximou e disse:
- Isso é o álcool falando. Não leve a sério.
Eu estava tenso, mas conhecia o passado da Jen. Eu sabia que aquela não era uma atitude gratuita. Eu respondi:
- Vamos ser honestos, né? Você e a Jen conversam o tempo todo. Ela está com saudade do passado? Acho que já passou a fase mais difícil da vida e ela agora se sente segura para ser ela mesma.
Lívia me olhou curiosa. Me avaliou por um tempo e depois disse:
- Vocês homens… acham que tudo ou é oito ou oitenta. É mais fácil para você duvidar dos sentimentos dela do que tentar entender?
Eu, ainda mais confuso, perguntei:
- Como assim? O álcool tira as inibições. Talvez essa seja a verdadeira Jen. A outra, talvez estava precisando de segurança e sabia que eu era o cara que faria de tudo para protegê-la.
Lívia, primeiro riu do que eu falei. Depois me olhou sério e disse:
- Você já parou para pensar que a Jen é bissexual? Ela tem desejo por mulheres e homens. Só que isso não muda o amor que ela sente por você. Você tem razão em uma coisa: você é sim, o porto seguro dela. É por isso que ela te ama, seu idiota. E isso não tem nada a ver com sexo. Sexo é carnal, química. Amor é sentimento, é querer estar junto e dividir a vida com alguém.
As palavras da Lívia bateram forte em mim. Eu começava a avaliar melhor a situação. Eu perguntei:
- E como eu lido com isso? Com essa dúvida de saber se ela me ama de verdade ou se não é outra coisa?
Lívia decidiu parar de jogar e ser honesta:
- Eu sei que você ouviu nossa conversa no bar. O que você entendeu?
Eu refleti por um momento, buscando na memória a conversa das duas. Por fim, eu disse:
- Que você e a Jen querem ficar juntas, mas só se for com o meu consentimento.
Lívia dessa vez, deu uma sonora risada e me olhando com pena, disse:
- Porra! Mais é burro mesmo. Vai ser lerdo assim, lá no raio que o parta.
Eu, ainda mais confuso, quase explodi:
- Pô! Tá de sacanagem comigo?
Lívia se explicou:
- Seu idiota! Nós queríamos estar junto com você. Nós três. Essa é a fantasia da Jen. E a minha também.
Lívia me olhava com desejo agora. E eu fiquei sem palavras. Ficamos em silêncio por alguns minutos. Mas, eu precisava saber mais. Lívia e eu sempre tivemos muita intimidade um com o outro. Por que essa cantada tão direta agora? Eu perguntei:
- Porque você nunca disse nada? Nos conhecemos há um bom tempo já. De onde saiu esse seu desejo por mim?
Lívia corou, não esperava a pergunta. Mas, respondeu:
- Eu sempre tive essa vontade. Mas, você é o meu único amigo verdadeiro. Não sei se nossa amizade resistiria ao envolvimento. E você, não é um cara para sexo casual. O risco de eu me apaixonar é muito grande.
Eu insisti:
- E porquê agora?
Lívia pensou um pouco e depois disse:
- Agora tem a Jen e suas fantasias. É o melhor de dois mundos. Eu também sou bissexual e ela está com muita vontade de experimentar. Mas, para ela, só existe essa possibilidade com a sua total e irrestrita concordância. Essa atitude dela já responde a sua pergunta: ela te ama.
Eu tinha muito o que pensar. Falei para Lívia deitar na cama da Jen se ela não quisesse ficar sozinha na casa dela. Ela aceitou e foi para o quarto. Eu tomei um banho demorado. Deixando a água morna me relaxar e me ajudar a refletir.
Ao passar pela porta, Lívia já dormia totalmente nua. Admirei por um tempo seu lindo corpo e me senti muito excitado lembrando de nossa conversa e de todas as revelações. Me deitei e ainda demorei um bom tempo para pegar no sono.
Eu ficava olhando para Jen, só de calcinha ao meu lado, e me sentia ainda mais a fim de embarcar naquela aventura das duas. Mas, também me sentia um pouco preocupado com o rumo que as coisas poderiam tomar. Como todo jovem, só de cogitar aquela situação, meu pau já ficava duro. Por outro lado, tinha a criação conservadora, que considerava esse tipo de relação promíscua. Dormi com essa duplicidade de sentimentos me atormentando.
Acordei no dia seguinte e estava sozinho na cama. O cheiro de café fresco me invadia as narinas. Levantei, lavei o rosto, escovei os dentes e fui ao encontro da Jen. Ela estava sorridente, sentada à mesa me esperando. Ela disse:
- Bom dia, amor! Dormiu bem?
Me lembrei que hoje iríamos almoçar na casa da minha mãe. Preferi deixar qualquer conversa séria para depois. Caminhei em sua direção, lhe dei um beijo na testa e respondi:
- Dormi sim. E você? Nada de ressaca? Lívia já foi?
Jen me abraçou forte e disse:
- Levantei mais cedo e tomei um analgésico. Agora a dor de cabeça já passou. Lívia saiu agora há pouco. Até fomos à padaria comprar pão fresquinho. Acabei de passar um café também. Vem sentar comigo.
Tomamos o café e já começamos a nos arrumar para sair. Jen vestiu uma roupa simples: shortinho jeans comportado, blusa de alcinha tampando a barriga e uma sandália mais aberta. Eu, chinelo, bermuda e camiseta. Às onze da manhã, já chegamos na casa da minha mãe.
Eu passei o dia um pouco mais afastado da Jen. Não conseguia parar de pensar na conversa da noite anterior com a Lívia. Eu não sou muito muito bom em disfarçar meus pensamentos. Sou sempre traído por minhas reações. E Jen não é de se afastar. Talvez, ela também já tivesse conversado com a Lívia antes de eu me levantar.
O dia foi muito agradável. Churrasquinho gostoso e bem feito pelo meu cunhado, pavê da mamãe de sobremesa, conversas variadas e cerveja gelada.
Jen não bebeu. Ficava sempre me vigiando com o rabo do olho. Minha mãe, minha irmã e ela já estavam muito amigas. O que era bom. Assim, eu tive bastante tempo sozinho durante o dia para organizar o pensamento e saber como falaria com ela em casa a noite. Meu cunhado nos deixou em casa por volta das dezenove horas.
Eu fui tomar banho primeiro e em poucos minutos, Jen entrava e começava a se despir. Ela entrou no box junto comigo e começou a me beijar com desejo e eu não resisti. Mas, minha cabeça ainda estava confusa. Mesmo querendo muito estar com ela, precisávamos conversar. Eu precisava muito saber tudo o que me angustiava da boca dela. Eu disse:
- Você já deve saber que eu e a Lívia conversamos ontem a noite. E eu preciso saber de você o que tudo isso significa.
Jen me olhou com ternura, me deu mais beijo muito gostoso e falou:
- Eu prometi que sempre seria honesta e leal a você. Isso nunca vai mudar. Vamos acabar o banho e nos sentamos para conversar. Eu prometo que vou contar tudo o que você quiser saber.
Essa atitude da Jen me deixou muito feliz e para recompensá-la, caí de boca nela. Chupei demais sua bocetinha por longos minutos. Jen gemia gostoso esfregando sua xoxota na minha cara. Ela gozou, como sempre, agarrando e puxando meus cabelos com força. E longo em seguida me mamou de forma esplêndida. Sua língua percorria toda a extensão do meu pau. Ela me punhetava enquanto chupava minhas bolas. Depois enfiava o cacete quase que inteiro na boca e tirava dando beijos estalados na cabeça da rola. Voltava a fazer o vai e vem com o pau na boca, em uma sucção muito gostosa. Gozei em minutos, com ela não desperdiçando nem uma gota do meu esperma. Jen gostava muito de mamar minha rola.
Nós nos enxugamos e nos vestimos. Nem pensamos em comida, pois estávamos satisfeitos do churrasco durante o dia. Jen preparou um suco, desses em pó mesmo, e se sentou ao meu lado no sofá. Ela começou:
- Hoje de manhã, enquanto fomos à padaria, Lívia me contou da conversa de vocês e das suas dúvidas. Eu gostaria de saber o motivo de você colocar o meu amor por você, em desconfiança.
Eu tinha ensaiado tanto essa conversa durante o dia. Mas, nos meus pensamentos, era eu que perguntava. Pensei um pouco e respondi:
- Não é desconfiança. É preocupação. Eu pensei muito na gente e achei que eu era o suficiente para você. Agora, já não sei mais.
Jen me encarou e sorridente, disse:
- Eu não pedi para me apaixonar, mas você me conquistou. Desde o primeiro momento em que nos conhecemos, foi sendo especial. Aos poucos você foi me ganhando. Meu desejo por mulheres é anterior a você. Na verdade, tu que é o inesperado na minha vida. Antes, eu nunca imaginei estar com um homem. Ainda mais, ser tão apaixonada por ele, como eu sou por você.
Eu me senti muito envaidecido pelas palavras da Jen. Mas, elas eram um claro indício de que se eu não aceitasse o seu outro lado, talvez, nossa história fosse apenas um capítulo breve. Ela continuou:
- Eu poderia me calar e deixar a vida seguir. Mas, quando eu disse que seria sempre honesta, foi em relação a tudo: do bom e do ruim. Eu não quero começar uma história com o homem que eu amo, tendo que ser incompleta. Cabe a você decidir se me quer assim ou não.
Eu não entendi direito. Tive que perguntar:
- Essa é uma condição que você está colocando para a gente continuar junto?
Jen, pacientemente, me explicou:
- Pelo contrário. Essa é uma condição que você está colocando. Se você me pedir para escolher nesse momento entre você e os meus desejos, eu com certeza, escolherei você. Mas a que preço para o nosso futuro? Em quanto tempo a rotina vai virar ressentimento?
Jen foi malandra. Jogou para mim a decisão do nosso futuro. Na minha cabeça, era uma verdadeira cilada. Mas, ela não tinha a intenção de me pressionar. Tudo isso era para me mostrar as possibilidades e as oportunidades que eu não estava considerando. Ela ainda disse:
- Talvez, tu esteja pensando que eu queira me divertir com outras mulheres, sem precisar lhe dar satisfação. É aí que você se engana, pois eu quero viver tudo isso ao seu lado, com sua parceria e a sua cumplicidade. Só tem sentido para mim, estando com você.
Jen me olhava com ternura. Eu não resisti a beijei. Eu começava a entender melhor os seus desejos e a confiar no seu amor por mim.
Continua…