Continuando...
Luiz conheceu a Bia e estava curtindo a vida e aprendendo a ser um amante melhor na ensolarada Cancún. Angel, em recuperação em um hospital psiquiátrico, estava perdendo a vontade de viver. Júlio havia passado a noite em claro, preocupado com o rumo que a vida dos amigos estava tomando.
Júlio, apesar de ter a mesma idade deles, sempre foi o ponto de equilíbrio daquela turma. Desde a época do ensino fundamental, era o protetor do Luiz. Quando o amigo começou a namorar com a Angel na faculdade, ela também ganhou o direito a essa proteção. Flávio sempre foi o mais divertido e agitado. O fato dele ter transado com a Angel, Júlio até poderia perdoar, mas a chantagem estava entalada em sua garganta.
Júlio, diferente dos outros três, nunca foi pobre. Nasceu em uma família de comerciantes e empresários de classe média alta. Sempre soube transitar nesse meio. Quando a inteligência do Luiz encontrou com a habilidade comercial do Júlio, o sucesso foi inevitável. Ele aprendeu desde cedo com o seu pai, a ser um negociador duro. Não havia, na cabeça do Júlio, nenhum cenário em que ele se rendesse às chantagens do Flávio.
Júlio sempre tentou ser um homem justo. As atitudes do Flávio pediam uma resposta enérgica e rápida. Agora que já tinha o seu plano de ação sendo colocado em prática, só lhe restava voltar a atenção para a única pessoa ao seu alcance: Angel.
Júlio levantou da cama e abriu as cortinas do quarto para que o sol da manhã invadisse o ambiente. Caminhou até o banheiro, escovou os dentes e abriu a torneira para que a banheira enchesse. Desceu até a cozinha e preparou um café com leite na sua máquina de cápsulas e subiu as escadas de volta ao banheiro da sua suíte, bebericando o líquido quente.
Entrou na banheira e ficou relaxando por uns trinta minutos.
Júlio olhou as horas e viu que o horário do compromisso marcado com a Tina se aproximava. Saiu da banheira, se enxugou e colocou um terno sóbrio. Em poucos minutos já deixava o edifício indo se encontrar com Tina.
Chegou em frente ao hospital, cerca de vinte e cinco minutos depois. Tina o esperava sentada em um banco na entrada do edifício. Júlio se aproximou e ao vê-lo, Tina sorriu e disse:
- Aí está ele. Como vai amigo?
Júlio retribuiu o sorriso e após quase cinco anos sem ver a Tina, ficou espantado com o quanto ela estava crescida e parecida com a irmã. Tina havia passado de uma adolescente magrela para uma linda e jovem mulher. Pela primeira vez, Júlio a olhava com desejo. Ele disse:
- Olá, garota! Como você cresceu. Está tão bonita quanto a sua irmã.
Tina corou. Júlio a abraçou e foi correspondido por ela. Ela sabia que era um elogio genuíno. Júlio não era homem de fazer elogios vazios. Tina disse:
- Não sei se vamos conseguir ver a Angel ainda. Mas o médico dela está nos esperando. Vamos?
Tina foi andando na frente e Júlio a seguindo. Ela vestia uma saia mais solta e o caimento do tecido, dava um belo destaque em sua bunda, um pouco mais avantajada do que a da irmã. Júlio admirou suas belas pernas e o seu jeito de caminhar.
Entraram na instituição e logo foram encaminhados ao andar de cima. Tiveram que caminhar um pouco até o outro lado do edifício, chegando, enfim, a uma área protegida por grades grossas e um pesado portão eletrônico. Parecia uma penitenciária. Júlio percebeu uma placa de instrução aos funcionários:
"Pacientes suicidas devem ser monitorados vinte e quatro horas por dia. Presencialmente ou por câmeras. Dois minutos podem ser a diferença entre a vida e a morte. Jamais abandone o seu posto sem que alguém o substitua."
Ao lado da placa, uma pequena sala de monitoramento onde dois funcionários atentos vigiam os internos.
Júlio e Tina se identificaram e foram conduzidos à sala do diretor responsável pelo setor. Um homem alto, na casa dos cinquenta anos, com uma barba cheia e os óculos pendurados na ponta do nariz. O médico, simpático, pediu aos dois que sentassem. Ele disse:
- Eu sou o Dr. Jânio. Vocês estão aqui pela Sra. Angelina, sim?. São da família?
Júlio tomou a frente:
- Essa é a Tina, irmã da Angel. E eu sou o Júlio, representante legal da Angel na falta do marido, que está viajando no momento.
O médico foi direto ao ponto:
- Eu não sabia da viagem, mas o afastamento é a causa principal do surto da Sra. Angelina.
Júlio queria saber mais:
- Tem alguma coisa concreta que o Senhor possa nos dizer?
O médico buscou no arquivo a ficha da Angel, leu os pontos principais e depois falou:
- A Sra. Angelina tomou essa atitude desesperada motivada pela culpa. O remorso pela traição, misturado ao fato de que poderia ter passado uma doença para o marido, a deixaram em estado psicótico. No caso dela, mais especificamente, ela desistiu. E se não fosse pela chegada da senhorita Tina, talvez o final pudesse ter sido outro.
Júlio, após ouvir com atenção o médico, disse:
- O Senhor Acha que ela vai melhorar?
O médico foi honesto:
- No momento, ela está resistindo ao tratamento. Ela diz que não tem motivos para viver. Mas, ela tem um carinho enorme pelo senhor. Poderíamos tentar usá-lo para ajudar. É possível conseguir contato com o marido dela? Nós vamos precisar dele para um tratamento efetivo.
Júlio pensou por alguns instantes, pediu licença ao médico e a Tina, caminhou até uma parte isolada do corredor e sentou em um banco. Tirou o celular do bolso interno do blazer, buscou o contato do Luiz e iniciou a chamada…
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Em Cancún, o dia amanheceu lindo. Bia acordou e olhou para Luiz que dormia ao seu lado. Correu no banheiro, escovou os dentes, lavou o rosto e ajeitou os cabelos. Ao voltar para a cama, notou a ereção matinal dele. Ela não resistiu, começou a punhetá-lo e a dar lambidinhas na cabeça do pau dele. Luiz sentiu e ajeitou o corpo instintivamente. Bia começou um boquete guloso, enfiando a rola quase inteira na boca, mamando e punhetando com vontade. Luiz despertou, mas não reagiu. A sensação era maravilhosa e estava virando rotina entre os dois. Bia acordava sempre mais cedo e o despertava com uma mamada magistral. Luiz se sentia no paraíso. Minutos depois, Luiz gozava satisfeito em sua boca e Bia não tinha frescura, engolia tudo.
Depois do boquete, Bia subia beijando o corpo de Luiz até encontrar a sua boca. No começo, ele ainda tinha um pouco de nojo de beijar uma boca gozada. Mas Bia foi quebrando sua resistência e o ensinando que no sexo não podia haver frescuras. Luiz foi um aluno dedicado durante aquela semana.
Luiz a empurrou na cama e se posicionou por cima dela. Foi ele que desceu beijando Bia inteira dessa vez. Depois da semana de treinamento intensivo, Luiz já chupava uma buceta com muito mais habilidade. Luiz alternava linguadas rápidas no grelo de Bia com carícias leves. Bia gemia baixinho pedindo mais:
- Isso… seu gostoso… você ficou muito bom nisso… aaahhhh… continua assim…
Quando Luiz sentia o mel dela encharcando a sua boca, ele começava a meter a língua mais fundo na xoxota dela. Sugando tudo o que podia e melando com gosto o seu rosto. Bia rebolava esfregando a buceta na cara dele. Ele continuava a chupar desde o seu cuzinho até o grelo e Bia cada vez gemia mais, até se contorcer e tremer inteira em gozo.
Mas Bia, quando gozava, ficava ainda mais tarada. Partia para cima do Luiz, colocava rápido a camisinha nele e sentava sem perder tempo na rola. Bia e Luiz sempre transavam muito durante a manhã. Só depois de gozar duas ou três vezes, Bia se sentia satisfeita. Luiz nunca imaginaria conhecer uma mulher tão insaciável e safada.
A semana com Bia, mostrava a Luiz o quanto ele era o culpado por tudo o que aconteceu no seu casamento. Começava a entender melhor toda a frustração da Angel. Após o sexo maravilhoso com a Bia, enquanto ela tomava banho, Luiz sempre começava a pensar na Angel e no quanto as coisas poderiam ter sido diferentes se ele fosse um amante mais completo para ela.
Bia sempre reparou na mudança do Luiz e no quanto ele ficava pensativo após as transas. Dessa vez, a curiosidade venceu e ela perguntou:
- Você deixou alguém no Brasil, né?
Luiz, distraído, não ouviu:
- Há? O que você disse?
Bia refez a pergunta, mas agora de forma mais direta:
- Quem é a mulher que rouba os seus pensamentos após as nossas transas?
Luiz sentia muita confiança em Bia. Ele não sabia explicar o porquê, mas sentiu a necessidade de desabafar. Após a traição, Luiz se jogou no mundo e não conversou com ninguém sobre o que aconteceu. Bia nua, olhava para ele esperando uma resposta.
Luiz colocou tudo para fora. Contou sobre a traição, sobre a justificativa da Angel, sobre Natália, sobre o quanto ele se sentia culpado pela situação que estava vivendo, contou do divórcio que ele não sabia como estava…
Bia ouviu tudo com atenção. Passou uma semana maravilhosa, Luiz foi uma ótima diversão. Ela se solidarizou com ele. Sabia que ele ainda amava a esposa, mas era orgulhoso demais. Pessoas iguais ao Luiz, preferem passar a vida sofrendo do que confiar outra vez.
Luiz foi tomar banho e enquanto ele estava no banheiro, seu celular tocou. Bia pegou e o levou até Luiz. Ela disse:
- Seu sócio está te ligando.
Luiz pediu:
- Atende e coloca no viva voz para mim.
Bia fez o que ele pediu. Colocou o celular na pia do banheiro próximo ao box e saiu. Luiz disse:
- Fala, Julião! Quais são as novidades?
Mesmo não sendo a sua intenção, o volume estava alto e Bia não podia deixar de ouvir o que era conversado.
Júlio disse:
- Está na hora de você voltar para casa.
Luiz estranhou:
- Aconteceu alguma coisa?
Júlio pensou um pouco antes de falar. Mas, não havia jeito fácil de amenizar o que queria dizer. Ele disse:
- Angel tentou se matar. Você precisa voltar.
Luiz sentiu uma dor no peito maior do que a da traição. Mesmo bravo com Angel, ele ainda se preocupava com ela. Júlio continuou:
- Ninguém está pedindo para vocês reatarem o casamento. Só que ela precisa de todos nós agora. Chega de fugir. Cresça e encare os seus problemas.
Júlio desligou. Bia se sentiu muito triste também com a notícia. Sabia que Luiz estava sofrendo. Ela entrou no chuveiro e o abraçou. Ficaram ali, Luiz chorando calado e Bia abraçada a ele.
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De volta ao Brasil, Flávio conversava com uma mulher em um bar na região central da cidade. Alguns metros atrás dele, a figura corpulenta e mal encarada, contratada por Júlio, vigiava seus passos sentada disfarçadamente em uma mesa mais ao fundo. Após meia hora de conversa, Flávio e ela saíram do bar em direção ao carro dele. O sujeito pegou o celular e fez uma chamada:
- Eles estão indo para o carro. Quando tiver a localização de onde ele está se escondendo, me avisa e a gente faz uma visita.
Flávio e a moça saíram dali direto para um motel. Seu perseguidor não o perdeu de vista em nenhum momento. Continuava do lado de fora aguardando pacientemente.
Quatro horas depois, Flávio estava rodando de novo, e o carro preto simples atrás deles, mas de uma distância segura. Flávio se dirigiu até a zona norte da cidade, deixou a moça no que parecia ser a casa dela e arrancou com o carro. Depois de quarenta minutos, Flávio estacionava em uma casinha simples na periferia do município. Um lugar pobre e de criminalidade alta. Saiu tranquilo do carro, abriu a porta da casa e entrou. O perseguidor pegou o celular:
- Estou te passando o endereço por mensagem. Aguardo aqui?
Do outro lado da linha, o vozeirão rouco disse:
- Sim! Já estamos a caminho. - E desligou.
A casinha de dois cômodos, apesar de muito simples e mal acabada por fora, era bastante confortável por dentro: Uma cama de casal com um colchão de ótima qualidade, TV de cinquenta polegadas, geladeira grande e bem abastecida…
Flávio estava calmo enquanto esperava uma lasanha ficar pronta no microondas. Ele abriu uma cerveja, se sentou no sofá e começou a assistir a um programa de esportes, enquanto pensava se Júlio já estaria com o seu dinheiro no dia seguinte.
Flávio tinha acabado de comer quando levou um susto imenso ao ver sua porta sendo arrombada aos chutes e três sujeitos muito mal encarados entrando com as armas apontadas para ele. Só ouviu o maior dizendo com seu vozeirão rouco:
- Perdeu! Caiu a casa. Fica de boa. Se reagir, nós vamos sentar o dedo.
Continua…