Amigos, leitores!
Realmente o conto ficou um pouco apressado nas partes sete e oito. Não foi só uma observação do Leon. Minha esposa também disse que poderia ser bem melhor. Espero que gostem das mudanças feitas. De qualquer forma, elas não mudam em nada o rumo da história. Só tentei contar de uma forma mais completa e com atenção aos detalhes.
Sendo assim, esse conto terá agora doze partes, não dez como eu anunciei no começo.
Obrigado a todos e boa leitura!
Continuando…
Luiz resolveu voltar ao Brasil a pedido do Júlio. Ele convidou Bia para fazer parte da equipe do novo app. Angel, sofrendo pelo resultado das suas escolhas, teria dias complicados pela frente. Júlio estava frente a frente com Flávio. A hora do acerto de contas havia chegado.
Júlio caminhou até Flávio, puxou uma cadeira e sentou a sua frente. Ele disse:
- A que ponto chegamos. Logo você, que me conhece tão bem, achou que poderia sair bem dessa?
O olhar frio de Flávio e o sorrisinho irônico, deixavam Júlio ainda mais irritado. Flávio não queria demonstrar fraqueza e sabia que o Júlio não era violento. Ele, debochando, disse:
- Eu conheço todos vocês muito bem. Pelo jeito, vocês não me conheciam.
Uma mão rápida zuniu no ar e a bordoada forte atingiu em cheio a lateral da cabeça de Flávio, que balançou na cadeira. O homem do vozeirão rouco disse:
- Você vai responder somente o que o Doutor perguntar e sem gracinha.
Flávio sabia que estava sem saída. Por mais que Júlio não fosse um assassino, os outros três ali, com certeza não teriam nenhum problema em resolver qualquer tipo de situação. Mas Flávio sabia também, que Júlio era o cara mais esperto que ele conhecia.
Júlio percebeu a mudança drástica nas expressões de Flávio. O sorriso de deboche havia sumido e dado lugar a preocupação. Júlio virou para o homem do vozeirão e jogou um verde para testar Flávio. Ele disse:
- Vocês encontraram algum estojo verde, parecido com uma nécessaire pequena?
Flávio se assustou. Júlio sabia que esse estojo era importante para Flávio. Sempre que ele ou Luiz lhe pediam alguma coisa, era nesse estojo que Flávio carregava suas coisas: chaves, documentos, cartões… o homem do vozeirão olhou para os outros dois, e eles fizeram sinal de negativo.
Flávio agora olhava para o Júlio com uma expressão mista de raiva e desespero. Júlio disse para os homens:
- Vão até o carro, ele costuma deixar debaixo do banco. Se estiver lá, tragam para mim.
Júlio agora se virou olhando diretamente para o Flávio. Ele sabia que após mostrar que tinha total conhecimento da sua rotina, o jogo psicológico estava a seu favor. Se fizesse as perguntas certas e da forma correta, Flávio não resistiria a uma tentativa final de salvar o resto da dignidade que ainda possuía. Júlio disse:
- Luiz sempre te defendeu. Por mim, você já estaria fora das nossas vidas há muito tempo, seu parasita. Porque destruir a vida da única pessoa que sempre gostou de você de verdade?
Flávio não tinha mais escolha. Ele sabia que a única forma de proteger a sua vida, seria falar a verdade. Ele resolveu ser honesto:
- Luiz sempre me defendeu? Você tem certeza disso? Vocês me deixaram para trás. Criaram uma empresa e me fizeram de moleque de recados. Nunca me convidaram para participar.
Júlio sempre desconfiou da inveja do Flávio, mas agora, estava tendo a certeza. Ele voltou a falar:
- Nós te demos de tudo: casa, carro, um ótimo salário… coisas que você nem merecia, pois nunca trabalhou por elas. Nós carregamos você nas costas durante a vida inteira. Mesmo com os meus protestos, Luiz nunca deixou que você ficasse desamparado. Você acha que tem direito a alguma coisa?
Flávio não tinha mais nada a perder e muito menos a ganhar, o jeito era colocar tudo para fora. Ele disse:
- Você acha que é fácil passar a vida dependendo dos outros. Sendo sempre o coitadinho que os amigos ricos ajudam. Quando eu estava ao lado de vocês, as pessoas nem me olhavam. Eu passei a vida sendo invisível.
Júlio não tinha mais nenhuma compaixão por Flávio. Ele queria resolver logo aquela situação e voltar o seu foco para as pessoas que ele amava: Luiz e Angel.
Os dois homens voltaram com o estojo verde nas mãos. Mas o homem do vozeirão, fez sinal a eles para que esperassem. A conversa não podia ser interrompida. Júlio voltou a perguntar:
- Porque a Angel? Se a sua raiva era comigo e com o Luiz, qual o motivo de seduzi-la e quase destruir a vida dela?
Flávio se sentiu mal nesse momento. Júlio percebeu e insistiu:
- Você sabia que ela tentou se matar por causa do que você fez? Você sabia que ela está neste momento lutando pela vida dela?
Flávio não aguentou:
- Angel era para ser minha. Fui eu que a apresentei a vocês. Luiz não teve nenhuma consideração comigo. Ele sabia que eu gostava dela e mesmo assim não se importou comigo.
Aquela era uma informação que pegou Júlio de surpresa. De todos os motivos imagináveis para Flávio agir da forma que agiu, o amor nem passava pela cabeça dele. Mas ele voltou a pressionar:
- Você passou todos esses anos nas sombras esperando o momento certo para agir e quando viu que o casamento dos dois estava em crise e a Angel, indefesa e carente, buscou na sua amizade um pouco de consolo, você foi lá e deu o bote. Estou certo?
Flávio se calou. Júlio tinha acertado em cheio. O homem do vozeirão agora estava curioso também. Ele já ia preparando a mão para dar outro tapa em Flávio, quando Júlio lhe fez sinal para parar. Júlio sabia que Flávio já estava derrotado. A derrota estava estampada no rosto dele. Júlio voltou a perguntar:
- Como você sabia o que Luiz andava fazendo?
Flávio continuou de cabeça baixa, sem responder e Júlio fez sinal para o homem do vozeirão. Um soco forte atingiu novamente Flávio nas costelas. Dessa vez, ele urrou de dor. O homem, com aquele vozeirão rouco, disse:
- Você responde e eu não te bato. Simples assim.
Flávio, estava cansado da dor. Seu corpo não resistiria por muito mais tempo a mão pesada do seu agressor. Ele começou a falar outra vez:
- Eu sabia do rastreador, Luiz me disse na época da instalação. Foi fácil ir até a empresa e acessar o computador do Luiz. Todos me conhecem e sabem que eu tenho acesso livre. Depois, eu fiquei alguns dias vigiando de longe. Foi quando eu vi a Natália chegando e liguei para você.
Júlio virou para os dois homens que esperavam pacientes na porta e estendeu a mão, pedindo o estojo, que lhe foi entregue sem demora.
Júlio olhou novamente para Flávio e disse:
- São os hábitos que traem as pessoas. Sempre os hábitos.
Júlio abriu e começou a vasculhar o estojo: documentos, cartões, chaves, alguns papéis sem importância e bingo! O pequeno cartão de memória para celulares bem no fundo. Ele voltou a falar com Flávio:
- Está aqui?
Flávio apenas balançou a cabeça positivamente. Júlio pegou o cartão de memória e o colocou no seu celular. Abriu o reprodutor de vídeos e lá estavam três arquivos. Flávio reproduziu o primeiro:
"Angel e Flávio conversavam em uma bancada de montagem da ong. Angel dizia:
- Eu já disse que não, Flávio! Eu amo o meu marido. Se você não parar com essa conversa eu vou contar para ele.
O arquivo tinha mais alguns minutos, mas nada relativo aos dois.
Júlio reproduziu o segundo vídeo:
Começava com Flávio posicionando o celular e depois se sentando em uma cadeira. Logo depois, Angel entra chorando. Flávio vai até ela e tenta consolá-la. Mas como estão afastados, o áudio é muito ruim. Depois que Flávio fala alguma coisa, Angel o empurra forte e sai dali correndo. Flávio volta ao celular com cara de ódio e desliga a gravação.
Júlio entendeu. Flávio tentou fazer várias gravações, até conseguir o seu objetivo. Uma coisa era certa na cabeça de Júlio a essa altura: Angel realmente tentou resistir às investidas do Flávio. Ela estava mesmo falando a verdade.
Terceiro e último vídeo:
Flávio novamente posiciona o celular e logo depois Angel entra. Dessa vez, Flávio usa todo o seu charme e cansado das negativas da Angel, a agarra e tenta beijá-la. Angel tenta empurrá-lo e resistir, mas Flávio é mais forte e a mantém presa em seus braços. Angel não deixa que Flávio a beije.
Por vários minutos, Angel o soca, tenta afastá-lo, mas Flávio está possuído e em um movimento rápido, ele rasga a blusa da Angel e começa a beijar os seus seios. Neste momento, é a primeira vez que Júlio percebe que a Angel para de resistir um pouco. E realmente foi o que ela disse: a carência e a falta de atenção, cobrou o seu preço.
Flávio tira o sutiã dela e começa a lamber os seus seios de forma carinhosa dessa vez. Angel já começa a acariciar os cabelos dele. Mesmo assim, ela ainda diz:
- Por favor, Flávio! Para! Não podemos. Eu amo o Luiz.
Mas Flávio não para. Continua sugando seus seios com vontade. Ele tenta beijá-la de novo, mas Angel vira o rosto. Flávio tenta outra vez e ela olha sério para ele e diz:
- Não! Se você não vai parar, você jamais terá isso de mim. Eu já disse que amo o Luiz.
Flávio se enfurece e aumenta a pressão. Angel tenta mais uma vez empurrá-lo e ele a prende forte, com todo o peso do seu corpo e volta a lhe dar prazer. Aos poucos ela vai cedendo outra vez.
Flávio desce beijando o corpo dela e arranca, em um movimento rápido, a sua calça legging. De novo, Angel pede para ele parar, mas Flávio não está nem aí mais. Ele cheira e esfrega o rosto na buceta dela por cima da calcinha. Angel sente o contato e suspira profundamente, quase um gemido. Flávio continua quebrando a resistência dela que em nenhum momento deixa de pedir para ele parar…"
Para Júlio estava de bom tamanho. Já sabia tudo o que precisava saber e já tinha invadido muito a privacidade da amiga. Ele olha para o Flávio e diz:
- Você tinha tudo, mas não era o suficiente, né?
Flávio continua de cabeça baixa sem dizer mais nada.
Júlio levanta e faz sinal para o homem do vozeirão acompanhá-lo. Os dois saem da casa e vão caminhando até o carro do Júlio. O homem diz:
- Doutor, eu sei o que a gente combinou e se for essa a sua vontade, eu farei como o senhor quiser. Mas preciso te dizer que esse tipo de gente não costuma parar. A mentira sobre o vídeo não existir, já prova o meu argumento. Ele iria usar isso depois contra vocês. Se o Senhor não resolver de vez essa situação, ela vai voltar para te assombrar. Quando é passional, as pessoas perdem o juízo.
Júlio abriu a porta do carro e do porta luva, tirou mais um envelope pequeno cheio. Ele entregou ao homem e disse:
- Resolva de uma vez.
O homem sorriu. Júlio entrou no carro e acelerou.
.
Em Cancún, ainda eram vinte e duas horas e trinta minutos e a noite estava linda. Céu claro e lua cheia. Luiz só conseguiu um voo para o dia seguinte ao meio dia. Bia disse:
- Ainda é cedo. Vamos tomar um último drink antes de voltarmos à vida?
Luiz gostou da ideia e Bia e ele desceram animados conversando sobre os desafios do futuro. No bar do resort, já com os drinks em mãos, Luiz começou a contar a ela sobre o seu novo projeto e suas ideias para a empresa. Bia escutava tudo animada e percebia o quanto Luiz era genial.
Em uma mesa próxima a deles, um casal muito atraente não conseguia disfarçar os olhares. Bia percebeu e sabia o que eles queriam. Do nada, ela virou para o Luiz e disse:
- Que tal uma última aventura?
Luiz olhou assustado para ela e Bia explicou:
- O casal ao lado não para de nos olhar. Com certeza gostaram da gente. Lembra o que eu te falei do resort? Liberais e pessoas afim de diversão…
Luiz olhou para o casal e gostou muito do que viu. A mulher, uma loira muito atraente. Belo rosto e seios médios. O resto estava escondido pela mesa. Luiz disse para a Bia:
- Você está falando de troca de casais?
Bia riu da ingenuidade dele mais uma vez e disse:
- Achei que eu tinha te ensinado bastante coisa durante a semana. Pelo jeito, as aulas ainda não acabaram. Bia chamou o barman e pediu que ele levasse drinks de cortesia em nome deles para o casal. Ela disse para o Luiz:
- Finge que somos namorados, tá? Entra na onda.
Luiz estava muito ansioso, mas disposto a entrar na onda. Minutos depois, o casal recebia os drinks e faziam sinal para Luiz e Bia se sentarem com eles e os dois foram ao encontro do casal.
Os dois sentaram e o casal, muito simpático, começou a fazer as perguntas de praxe para quebrar o gelo: de onde vocês são? Estão de férias? Estão gostando do resort?
Após as devidas apresentações, a atração entre os quatro era visível. Mas Luiz, de repente, se pegou pensando em Angel. Enquanto os três conversavam animados, ele estava imaginando o quanto ela gostaria de estar ali com ele. Angel sempre pediu que os dois viajassem mais, conhecessem o mundo… Luiz acabava de se dar conta de que Cancún, não era um sonho dele e sim dela. Bia o chamou:
- Terra para Luiz. Tudo bem?
Luiz, tirado de seus pensamentos, sorriu para ela. Bia tinha noção do que se passava na cabeça dele e não tentou forçar a barra. Ela disse:
- Isso aqui é só brincadeira. Se você não quiser, paramos por aqui.
Luiz não queria estragar o clima. Apesar de tudo, o casal era muito agradável e divertido. A música ambiente e calma do local, foi trocada por uma salsa. Javier e Selma, o casal de Porto Rico que acabaram de conhecer, se animaram. Javier puxou Bia para dançar e Selma fez o mesmo com Luiz.
Bia e Javier eram muito bons juntos, rodavam e bailavam como se fossem parceiros de dança há anos. Mas Luiz era um fracasso, o que no fundo divertia Selma. Ela tentava lhe ensinar alguns passos e Luiz estava realmente se divertindo. Novamente, seus pensamentos eram da Angel e o quanto ela gostaria de estar ali aprendendo a dançar salsa.
Luiz percebeu que Bia e Javier o encaravam, pareciam pedir sua aprovação para alguma coisa. Luiz achou que Bia estava entrando demais na personagem, mas preferiu não acabar com a brincadeira. Ele só fez um sinal positivo com a cabeça. Javier não perdeu tempo e beijou Bia. "Essa sabe mesmo aproveitar a vida." Luiz pensou e no fundo ficou alegre por tê-la conhecido.
Luiz percebeu também, que Selma esperava alguma atitude dele. "Quer saber? Foda-se! Quem tá na chuva é para se molhar." Ele pensou e também puxou Selma para um beijo quente. Ficaram ali dançando mais alguns minutos. Dançando, no caso, Bia e Javier. Luiz parecia mais um daqueles bonecos de ar de posto de gasolina. O que divertia muito Selma, sua paciente e sorridente instrutora de dança.
Voltaram à mesa já de pares trocados. Bia e Javier não se desgrudaram mais. Luiz, apesar de corresponder às investidas da Selma, não conseguia tirar a Angel e todo o sofrimento que ela estava passando da cabeça.
Tomaram mais alguns drinks e Javier sugeriu que todos fossem para a suíte do casal. Bia, esperta, preferia a do Luiz, a mais cara do local. Todos concordaram e subiram animados. Luiz por fora demonstrava estar no clima, mas por dentro a inquietação tomava conta dele.
Javier e Selma ficaram deslumbrados com o tamanho do espaço. Selma rodou o enorme quarto de ponta a ponta e se jogou nos braços de Luiz. Bia colocou a confortável e espaçosa banheira de hidromassagem para encher. Os quatro caberiam tranquilamente.
Luiz disse que precisava ir ao banheiro e pegou o celular disfarçadamente sem que os três vissem. Entrou, trancou a porta, sentou no vaso, buscou o contato do Júlio e chamou.
Júlio estranhou, ao ver na tela do navegador do carro, o nome de Luiz na chamada. No Brasil, já passava de uma da manhã. Ele atendeu:
- Luiz? Aconteceu alguma coisa? Achei que só nos falaríamos amanhã quando você chegasse. Não vai me dizer que desistiu de retornar, né?
Luiz, falando baixo para os convidados não ouvirem, disse:
- Desculpe ligar a essa hora, amigo! Não! Não é nada disso. Amanhã estou de volta, sim. Mas preciso saber da Angel, não consigo esperar até amanhã. Como ela está?
Júlio contou para o amigo tudo o que sabia até o momento, acalmando Luiz. Que ainda fez um pedido:
- Você consegue um lugar para a Bia ficar? Ela está fora do Brasil há alguns anos.
Júlio estranhou:
- Quem é Bia?
Luiz explicou:
- A moça que eu contratei para a nossa equipe. Ela faz a divulgação do nosso software no exterior. Eu quero ela envolvida diretamente na equipe de vendas. Ela conhece todos os nossos clientes aqui fora.
Júlio não acreditava na coincidência. Foi o Júlio que contratou a Beatriz para a divulgação. Ele sempre a achou linda, mas como ela era casada com um conhecido, ele nunca demonstrou abertamente seu interesse por ela. Júlio disse:
- Cê tá de sacanagem!
Luiz não entendeu:
- Sacanagem porque?
Júlio, aos riso, explicou:
- Fui eu que a contratei. Ela era esposa de um amigo e ele me pediu ajuda. Que mundo pequeno.
Luiz disse:
- Ela se separou há dois anos e quer recomeçar a vida. Você cuida disso então?
Júlio ficou muito satisfeito com a conversa, disse para Luiz ficar tranquilo, ele iria ajudar Bia na sua volta ao Brasil. Mas antes de desligar, Júlio tinha um último pedido a fazer. Ele disse:
- Vou te buscar no aeroporto amanhã. Antes de qualquer coisa, precisamos ter uma séria conversa sobre a Angel e sobre o Flávio também.
Os dois desligaram e Luiz, mesmo preocupado, sabia que o que Júlio tivesse a dizer, seria para o bem dele.
Luiz ainda ficou um tempo alí no banheiro pensando na vida. Bia batia na porta:
- Luiz, está tudo bem?
Luiz abriu a porta e ela entrou falando:
- Não precisa fazer nada que você não queira. Mas você precisa se resolver: ou vamos em frente ou dispensamos o casal. A Selma está louca por você.
Luiz olhou para os lindos olhinhos da Bia e disse:
- Porque você não disse que conhecia o Júlio?
Bia se dava conta agora da mancada e foi honesta:
- Eu estava me divertindo tanto com você, que não queria ficar falando sobre trabalho. Júlio é um amor. Foi ele que me descolou essa oportunidade de trabalho, a pedido do meu ex marido.
Luiz entendeu e ficou feliz por tudo o que ela disse ter sido exatamente igual as palavras do Júlio. De repente, teve uma ideia: Júlio e Bia seriam um casal perfeito. Riu sozinho e guardou aquilo para ele. Bia o olhou curioso e disse:
- O que foi?
Luiz respondeu:
- Nada não! Só uma coisa que me veio à cabeça. Chega de baixo astral, vamos nos divertir.
Bia e Luiz saíram alegres do banheiro. Ela por poder cair na farra de vez e ele, por saber que apesar de tudo, o sempre leal Júlio, estava cuidando da Angel. Ele sentiu um calor forte lhe invadir o peito. Mas esse não era um sentimento de dor ou desespero, de que algo ruim ia acontecer. E sim, um sentimento de esperança, de que tudo ia dar certo. Se entregou aquela euforia inesperada e resolveu se divertir também. No dia seguinte, tudo ia começar a mudar outra vez, era melhor aproveitar os últimos momentos longe de tudo.
Bia, sabendo que era a sua última oportunidade, beijou Luiz e foi guiando os passos dele em direção a cama. Parou e o empurrou forte. Luiz se jogou em um mergulho de costas, sendo amparado pelo macio colchão. Bia subiu na cama e voltou a beijá-lo. Luiz sentiu uma mão acariciando a sua rola. Parou o beijo com Bia e olhou. Selma abriu o zíper e desabotoou a sua bermuda. Javier assistia a tudo bem próximo aos três e Bia fez sinal para ele.
Javier era o mais velho ali, apesar de ainda jovem nos seus aproximadamente quarenta anos.
Era um latino alto de braços fortes e peitoral bem definido. O cabelo liso era amarrado em um pequeno coque samurai na parte de trás da cabeça. O charme dele vinha do belo sorriso cativante e da postura decidida. Bia adorava aquele conjunto. "Homens que sabem se impor e tomam posse do que querem, são os melhores." Pensou ela.
Javier não perdeu tempo e enquanto Bia voltava a beijar Luiz, ele levantou a sua saia e enfiou a cara no meio das suas nádegas. Um arrepio forte tomou conta de todo o corpo dela e ela gemeu baixinho na boca do Luiz, procurou o ouvido dele e disse baixinho:
- Última aula: assista e aprenda com o Javier. - e pegando Luiz de surpresa e sem dar tempo dele reagir, ela completou: - Angel vai amar ainda mais esse novo Luiz que eu estou entregando à ela.
As palavras da Bia fizeram o tesão de Luiz subir a níveis inimagináveis. Luiz começou a sentir a chupada calma e gostosa que Selma lhe proporcionava, lembrava muito o jeito carinhoso com que Angel gostava de chupar o seu pau. Luiz fechou os olhos e se entregou. A saudade que sentia da Angel fez sua mente imaginar que era ela que estava ali agora no meio das suas pernas, lhe dando tanto prazer.
Javier já tinha virado a Bia de frente para ele e sua língua trabalhava incessantemente, arrancando gemidos desesperados dela:
- Isso… língua gostosa do caralho… me chupa… gostoso… aaaahhhh….
Selma também não ficava atrás na mamada. Luiz continuava de olhos fechados e curtindo a chupada da Angel, quer dizer, da Selma…
- Ai, caralho… porto riquenho, desgracado… vai me matar com essa língua…. Vou gozar, seu puto…. Isso, assim mesmo, vou gozar…aaaahhhh… cacete…. Tô gozando, seu gostoso.. aaaahhhhh. Aaaaiiinnnnm…
Bia começou a gozar entregue a língua do Javier e Luiz também sentia que Angel, Selma, porra! Também não demoraria a fazê-lo gozar. Selma aumentou a sucção na cabeça da rola e pouco tempo depois, Luiz inundou a boca dela com jatos fortes e potentes. Era tanta porra, que grande parte escorria pelo queixo da Selma, melando os lindos seios de aréolas pequenas e bem escuras.
Bia e Luiz, ofegantes, trocaram mais um beijo safado. Javier e Selma queriam ação.
Selma voltou a acariciar o pau de Luiz que logo dava sinal de vida outra vez. Ela aproveitou para limpar os seios que ainda estavam lambuzados pelo esperma do Luiz. Javier começou a beijar novamente a Bia, esfregando na buceta dela, sua ereção plena.
Selma se levantou e buscou dois preservativos. Um ela entregou ao marido e com o outro, encapou o pau de Luiz. Selma estava com muita vontade de sentar e cavalgar a rola do jovem rapaz. Ela ainda punhetou um pouco mais o pau de Luiz para deixá-lo em ponto de bala. Javier também já tinha colocado a camisinha e continuava se esfregando na xoxota da Bia, que voltava a gemer gostoso.
Por mais que o ambiente criado estivesse maravilhoso, Luiz não conseguia tirar a Angel da cabeça. Do nada, um sentimento de traição começou a invadir o seu peito. Lembrou da Natália, olhou para Bia alí ao seu lado e olhou também para aquela linda mulher que estava começando a se posicionar para sentar na sua rola. Começou a imaginar como se sentiu ao encontrar Angel e Flávio na sua cama. E pensou também, no quanto tudo aquilo ali não era o que ele queria de verdade.
Luiz afastou Selma e se levantou. Bia, vendo a surpresa no olhar do casal, segurou os dois pela mão, impedindo que eles falassem com Luiz. Ela sabia o conflito que se instalava na cabeça dele.
Luiz se vestiu e saiu do quarto. Bia deixou que ele saísse.
Continua…