O DERRADEIRO ENCONTRO: A VEZ DE LAURA

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2280 palavras
Data: 30/04/2022 00:36:45

As noites em quartos hospitalares podem ser solitárias e vazias de sensações quando não se tem lembranças para aquecer nossos corações e mentes, e neste aspecto o que não faltava para Herculano eram lembranças …, sempre doces lembranças! Naquela noite lembrou-se de Laura que ele conhecera quase por acidente; recém-casado, Herculano logo, descobrira que para sua esposa o trabalho estava acima de tudo, inclusive dele, razão pela qual começou a procurar prazer fora de casa, sempre se aventurando e correndo riscos, mas sempre se dando bem; e foi assim com Laura quando seus olhares se entrecruzaram em uma avenida movimentada da cidade.

Herculano estava de férias e decidira dirigir a esmo sem preocupar-se com mais nada, algo que ele tinha por hábito fazer sempre que podia; naquela manhã de terça-feira ele estava rodando e ao parar em um semáforo notou Laura que caminhava pela calçada com seu olhar atento e espevitado; baixinha e levemente acima do peso, ele não conseguia compreender o que nela lhe chamara a atenção; Laura, na época, devia ter algo em torno de cinquenta e poucos anos, cabelos curtos encaracolados e tingidos de loiro, rosto amendoado e com algumas rugas aqui e ali, lábios finos, peitos médios e uma bundinha proporcional e arrebitada que se destacava na calça de tecido elástico colada ao corpo.

Bastou apenas aquela rápida troca de olhares para que uma chama se acendesse dentro do sujeito que viu-se tomado por um ímpeto de conhecer melhor aquela mulher. Por conta disso ele a acompanhou com o olhar até vê-la entrar em um pequeno supermercado; imediatamente ele contornou o quarteirão e entrou no estacionamento do comércio e tratou de ir logo para dentro da loja; caminhou a esmo pelos corredores procurando por aquela mulher que o deixara excitado sem lograr êxito inicial.

Herculano a descobriu em um corredor próximo do setor de padaria e tratou logo de aproximar-se dela que percebeu a sua chegada. Ele sempre fora um sujeito de poucas palavras, especialmente quando o assunto era sexo, então abordou a mulher logo perguntando seu nome. “Me chamo Laura …, e você?”, ela respondeu com um lindo sorriso; Herculano se apresentou já perguntando se ela aceitaria uma carona.

-Eu não moro muito longe daqui! – respondeu ela com tom suave tentando se esquivar da oferta.

-Tudo bem …, estou de férias e posso esperar – devolveu ele não aceitando a recusa – Assim a gente pode se conhecer melhor.

-Tá bom então! – disse ela dando-se por vencida e aceitando a oferta – Mas ainda tenho que comprar umas coisinhas. Herculano encerrou a conversa dizendo que a esperaria na saída do supermercado.

Em alguns minutos estavam eles dentro do carro de Herculano com Laura indicando o caminho até sua casa. “Olha, pode estacionar aqui, tá bom!”, avisou ela quando chegaram a uma rua larga de paralelepípedos cujo muro do lado oposto indicava uma passagem para outro logradouro. Herculano não ousou perguntar a razão de ficarem ali, mas foi ela própria que se incumbiu de explicar.

-Tá vendo aquela rua lá no final – disse ela indicando a direção com o dedo – Eu moro naquele conjuntinho de sobrados …, minha irmã também mora ali …, sou viúva e não quero ficar falada, por isso pedi pra você estacionar aqui …, mas …, vi que você ficou interessada em mim, não é? O que você quer?

-Te levar pra cama e te foder bem gostoso! – respondeu ele sempre com sua objetividade característica – Achei você um tesão de fêmea!

-Só de olhar assim? Na rua? Desse jeito que estou vestida? – inquiriu ela com tom desconfiado.

-Já te imaginei pelada …, deve ser uma delícia! – respondeu ele com tom taxativo – E acho que também deve ser boa de cama!

Laura não se conteve e caiu numa risada solta logo pedindo desculpas pela reação; Herculano também riu e disse que estava tudo bem. “Tô vendo que você é casado, não é? Então porque tá me procurando?”, perguntou ela sem rodeios apontando para a aliança no dedo do sujeito que encarou-a e depois sorriu antes de dizer alguma coisa.

-Laura …, é bem simples – iniciou ele em tom moderado – Achei você uma tesão de fêmea e quero te levar pra cama! Agora, se você não quiser seja pelo motivo que for eu vou compreender e nunca mais te procuro!

Criou-se então um silêncio dentro do veículo no qual reinavam olhares e expressões intrigantes. “Tá certo, então! …, mas hoje eu não posso …, tenho compromissos …”, respondeu Laura rompendo o emudecimento e também sendo interrompida por Herculano que adiantou-se a ela para emendar a explicação.

-Eu também não posso! Pode ser amanhã, pela manhã? – intercedeu ele já formulando um convite – Entre oito e meia e nove horas …, pode ser?

Laura aquiesceu com o convite aproximando seu rosto de Herculano para que trocassem beijos na face; entretanto, o sujeito foi um pouco mais abusado, segurando-a pela nuca de colando seus lábios aos dela encerrando um beijo longo e profundo que deixou Laura ofegante e também sorridente. Enquanto observava ela se afastar Herculano pensava em uma superstição que tinha desde a adolescência. “Se ela olhar pra trás, é porque tá muito a fim!”, pensou ele concentrando toda a sua atenção no gestual de Laura que após atravessar o descampado que dava para a outra rua parou por um minuto e voltou seu olhar na direção do carro de Herculano que sorriu satisfeito.

Naquela noite ele cumpriu tabela fornicando com Célia no habitual “papai e mamãe”, fazendo-a gozar umas três vezes antes de despejar sua carga dentro dela, dando-lhe as costas logo em seguida e fingindo que pegava no sono, embora não fosse capaz disso já que tinha Laura ocupando sua mente. Pela manhã acordou um pouco atrasado e assim que deixou sua esposa no trabalho voou para o encontro com Laura. Estando próximo do local onde a deixara, Herculano olhou para o relógio e viu que estava dez minutos atrasado. “Acho que dancei! Acho que ela não me esperou!”, pensou ele com certa frustração.

Todavia, qual foi a sua surpresa ao constatar que Laura estava a sua espera; ela trajava um vestido com estampas floridas sobre um fundo branco, um pouco acima dos joelhos e com alças largas na parte superior, enaltecendo o busto de tamanho médio para grande; tinha cuidado dos cabelos e pintado as unhas dos pés e das mãos; abriu um enorme sorriso ao ver o carro estacionando. No momento em que ela entrou, Herculano puxou-a para si e eles se beijaram. Mesmo tomada pela surpresa do gesto, Laura não resistiu entregando-se ao beijo com a voracidade de alguém que há muito tempo não sabia o que era beijar um homem. “Para onde a gente vai?” perguntou ela quando se desvencilharam exibindo uma expressão de certa ansiedade.

-Me diz você! – respondeu Herculano com tom pausado – Não conheço nada por aqui! …, e então? O que você sugere?

-Bom tem um motel aqui perto – sugeriu Laura com tom hesitante – Eu não conheço! Uma amiga costuma ir lá e disse que é bonzinho …

-Me mostra o caminho, gata – interrompeu Herculano já dando a partida no carro e percebendo a expressão de regozijo no rosto de Laura pelo tratamento dispensado a ela.

Era um motelzinho meia-boca, incrustado no meio de galpões de transportadoras, mas que parecia discreto e bem cuidado; a recepcionista deu um sorrisinho maroto ao entregar as chaves talvez porque achasse curioso um casal no motel àquela hora do dia. Herculano mal teve tempo para fechar a porta da suíte, pois Laura atirou-se em seus braços suplicando por mais beijos; a mulher estava tomada por uma ansiedade sem limites e quanto mais beijava mais queria; e logo sem aviso, pôs-se de joelhos na frente do sujeito ajudando-o a abrir a calça até que ela pudesse ter o membro rijo dele em suas mãos.

Laura massageou, masturbou, lambeu e beijou a glande ante de tê-lo inteiro dentro de sua boca gulosa, mamando como uma esfomeada e fazendo o parceiro gemer de tesão. A viúva estava mesmo com desejo de macho represado já que não parava de mamar e lamber o membro apertando suavemente as bolas e acariciando as nádegas do parceiro que via-se impossibilitado de esboçar qualquer reação submetido à vontade de fêmea que despudorava-se de sua secura.

Algum tempo depois, Herculano foi capaz de retomar o controle da situação e tratou de despir a parceira, apreciando a visão de sua nudez: a pele branca e ainda com algum tônus contornava um par de mamas um pouco flácidas de aureolas róseas largas tendo em seu centro mamilos levemente achatados, mas já bem intumescidos; a barriguinha mantinha uma certa sustentação embora não permitisse a visão da púbis. Foram para a cama onde Herculano saboreou as tetas suculentas chupando os mamilos com veemência, chegando mesmo a mordiscá-los de leve arrancando suspiros e gemidinhos da parceira.

Desceu a boca em direção ao baixo ventre que se encontrava coberto por uma fina camada de pelos ralos e sedosos e fez a fêmea abrir as pernas para que pudesse desfrutar da gruta que descobriu quente e úmida; já nas primeiras lambidas Herculano conseguiu provocar orgasmos em Laura que gemia e soltava gritinhos histéricos acariciando os cabelos do macho e suplicando para que ele não parasse. Entretanto, essa não era a intenção dele que logo subiu sobre ela movimentando-se até conseguir lograr êxito em meter sua vara bem fundo na vagina dela, dando início a uma sequência de golpes pélvicos quase furiosos, provocando outra sucessão de orgasmos que levavam Laura à beira da loucura.

Herculano dedicou-se a foder Laura com todo o ímpeto de macho excitado; a cumplicidade entre eles era tal que parecia conhecerem-se há muito tempo; beijos voluptuosos e mamadas vorazes nas tetas somavam-se aos movimentos corporais que levavam Laura a um alucinante êxtase que fluía em gozos intermitentes e profusos deixando-a exasperada com os poros se abrindo em um suor que chegava a molhar os lençóis; e o mesmo acontecia com Herculano que não dava sinais de esmorecimento, intensificando seus movimentos num ritmo delirante. E ante tanto esforço mútuo, o clímax do macho sobreveio sem aviso; apenas uma forte contração muscular acompanhada de um espasmo quase doloroso, pôs fim a tudo com Herculano grunhindo ao ejacular caudalosamente dentro de Laura, que reagia como uma gata contorcendo-se debaixo do corpo suado do macho.

Enquanto Herculano ainda despejava sua carga de sêmen no interior da fêmea, esta apertava a cintura dele como se quisesse manter o membro aprisionado em sua vagina para sempre; e Laura somente libertou Herculano de seu jugo quando este arremeteu veementemente uma última vez, enfiando o membro ainda meio rijo o mais fundo que conseguiu. Pouco depois o casal jazia sobre a cama, ambos estavam suados, ofegantes e exauridos olhando para o teto coberto por um espelho e sorrindo felizes.

Decorrido algum tempo eles decidiram tomar uma ducha e sob a água morna do chuveiro, Laura, mais uma vez pôs-se de joelhos tomando o membro ainda murcho em sua boca sugando-o com a mesma voracidade de antes; e no instante em que o mastro reergueu-se das cinzas, eles se secaram de qualquer jeito correndo para a cama onde ela fez questão de cavalgar o macho; ela subia e descia sobre o membro com Herculano tendo as sua tetas nas mãos beliscando os mamilos e arrancando mais gemidos e gritinhos histéricos a cada novo orgasmo que eclodia na fêmea.

Logo após o macho atingir seu clímax, ela se deitou ao seu lado e agradeceu pela oportunidade que Herculano lhe proporcionara. “Mesmo que a gente não se veja nunca mais, vou sempre lembrar desse dia!”, comentou ela em tom feliz e exultante. Laura confidenciou que após o falecimento do marido jamais procurara outro homem, pois ele era um homem insaciável; tinha a profissão de caminhoneiro e sempre que retornava de uma viagem fazia questão de levar a esposa para a cama onde trepavam até que não restasse uma gota de energia em seus corpos.

Com receio de possíveis doenças e pessoas oportunistas, Laura nunca tivera coragem de lançar-se em uma aventura sexual, permanecendo incólume até aquele dia. “Não sei explicar, mas quando te vi senti confiança e decidi me arriscar!”, confessou ela quando Herculano perguntou porque ela flertara com ele no supermercado. Essa era a sina do sujeito: sempre envolvia-se em relações que ele considerava passageiras, mas que não eram percebidas dessa forma pela outra parte.

E foi assim que o relacionamento passageiro com Laura ganhou contornos de um envolvimento mais íntimo e constante; ela não lhe exigia nada, sempre afirmando que sabia que por ser um homem casado não tinha liberdade para encontrá-la sempre que quisesse, mas apenas quando pudesse. Talvez isso fosse a razão que prendia um ao outro; os encontros tornaram-se mais tórridos e íntimos, sempre recheados de várias trepadas como se não houvesse amanhã. Laura revelava um lado insaciável dedicando-se incansavelmente e provocar uma nova ereção no parceiro para que pudessem retomar uma nova cópula tempestuosa.

Com a mesma impetuosidade desde a primeira vez, Laura não se contentava apenas com uma trepada! Precisavam ser várias no mesmo dia, como se ela temesse que não haveria um novo encontro com Herculano; de seu lado, Herculano procurava dar conta do recado, mesmo que isso redundasse em uma inexplicável abstinência conjugal que não era alvo de cobranças por parte de Célia que prosseguia enfurnada em seu trabalho e no afã de amealhar mais recursos.

Infelizmente, assim como surgiu, o encontro de Laura e Herculano feneceu sem maiores explicações; depois de um afastamento causado por uma viagem de trabalho do sujeito, ao retornar encontrou uma mulher diferente, mais parecendo uma Madalena arrependida que voltara-se para uma seita evangélica dizendo que precisava purgar seus pecados carnais para encontrar uma paz que somente ela conseguia enxergar. Herculano não insistiu, apenas lamentou e afastou-se de vez.

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