Naquela noite, Beto não conseguiu pegar no sono. As palavras: “... quero que você seja o primeiro...”, fervilhavam em sai cabeça. Ele tinha que descobrir o que ela fazia toda quarta-feira, onde ia e, o que é pior, com quem estava...
UM ANO ANTES:
Beto e Renata chegaram à tardezinha para fazer o check in na pousada.
O lugar é bonito, bem de frente para a praia, um privilégio para poucos.
Renata era uma figura apática e triste e Beto apresentava olheira, mas sentia que a pior fase da depressão da esposa tinha passado. Já fazia cinco noites que ela não tinha uma crise de choro, momentos estes que eram consolados por seu marido com muita paciência e carinho.
Naquela noite não saíram do quarto e pediram algo para comer. Estavam exaustos e dormiram como pedras.
No dia seguinte, Beto adiou o compromisso com os construtores. Ele queria passar o dia com a esposa para ter certeza de que ela não faria nenhuma besteira. Mas, não conseguiria adiar os compromissos por mais um dia.
Na manhã do segundo dia, Renata o tranquilizou dizendo que estava tudo bem e que ele podia relaxar que ela não ia cometer nenhuma besteira. O marido concordou, mas fez ela prometer que colocaria o maiô e iria à praia pegar um pouco de sol. Disse também pretendia voltar para almoçarem juntos.
Renata viu que Beto tinha razão, o melhor era sair, pegar um pouco a brisa marinha. Ela então, vestiu seu maiô branco cavado, se olhou no espelho e se achou sem graça demais. O que não era verdade. Renata é uma mulher linda, apesar da apatia provocada pela depressão. Seus seios são médios e empinados. Seu corpo é bem delineado; tem coxas roliças e grossas e sua bundinha é, provocativamente, arrebitada, como se fosse sustentada por cabos puxando suas nadegas para cima; tudo isso acoplado em um corpo de 1,78 de altura. Enfim, ela é um mulherão, dessas que fazem um homem se sentir como um garotinho indefeso quando em sua presença.
Lutando contra o desanimo, ela amarra a canga à cintura, prende seu celular no suporte de braço, pega o livro que, há meses planeja ler e sai.
Renata caminhou um pouco pela praia, mas parou um pouco além da pousada. Viu um grupo de rapazes um pouco mais além, jogando bola. Era aquele jogo bobo de que homem gosta. Apenas uma rodinha de quatro ou cinco machos chutando uma bola um para o outro sem nenhum propósito.
Escolheu um lugar um pouco mais distante deles, desamarrou a canga da cintura e a estendeu na areia. Os caras assoviaram e fizeram comentários em voz alta.
—” Idiotas! Será que eles pensam que assoviando e dizendo idiotices alguma mulher vai dar bola pra eles? HOMENS...BAH” — Pensou ela em uma bufada
Ela nem olhou para o lado deles. Passou protetor nas pernas, rosto e decote do maiô e se deitou de bruços.
Abriu o livro e tentou começar a ler, mas não teve animo e o jogou de lado.
De dentro das lentes escuras dos seus óculos de sol, ela deu uma última olhada para as fabricas de testosterona que ainda a olhavam e faziam comentários sobre ela entre sí.
—"Aposto que estão fazendo uma suruba comigo em seus pensamentos... Porcos...” — Pensou ela com uma leve irritação.
O solzinho estava gostoso e quentinho provocando nela uma incrível sensação de alivio da angustia que vinha experimentando. Toda aquela tensão... As tentativas e fracassos de engravidar a abalaram.
Não demorou para o zum, zum, zum, dos caras silenciar.
—Tudo bem, moça? — Ouviu alguém dizer ao seu lado.
Assustada, se virou rapidamente e deu de cara com um rapaz agachado, sentado sobre os calcanhares, há alguns metros a sua frente.
Ela se virou de um pulo sentando-se sobre a canga com os pés no chão e abraçando as pernas dobradas, quase em posição fetal, pousando o queixo sobre os joelhos e ficou alguns momentos em silêncio, processando o que estava acontecendo e pensando no que diria.
Ela observava o sujeito com certa desconfiança. Era um homem negro usando cabelo rastafari. Seus cabelos chegavam à altura dos ombros e se parecia com Bobo Marley, só que mais bonito. Estava usando uma camiseta vermelha de basquete com um touro estampado logo abaixo da inscrição: BULLS. Sua bermuda era colorida e fora de moda há, mais ou menos, trinta anos e seus pés com dedos que exibiam joanetes horríveis, descansavam em uma sandalha havaiana.
Apesar de ele estar agachado, ela calculou que ele tinha a mesma altura dela.
— Cê tá sentindo alguma coisa? Cê tá bem, moça? — Perguntou ele diante do silencia apático de Renata.
— Tô bem...Tô bem sim...—Falou ela em um suspiro profundo e suas palavras não foram mais que um sussurro.
—Eu queria pedir desculpas pelos meus amigos. Eles não queriam ofender. É que eles nunca viram uma mulher tão branca e de cabelos dourados como os seus. Ficaram deslumbrados, só isso. Vão te homenagear mais tarde, mas são gente boa. — Completou ele com um sorriso.
Ela não entendeu o que ele quis dizer com, “ HOMENAGEAR”, mas não ligou importância a isso.
— Sem problemas...Tô acostumada. — Falou ela em um suspiro profundo e gelado.
—Prazer, Celso. — Falou ele estendendo-lhe amigavelmente a mão.
— Prazer, Renata. — Falou ela segurando a mão dele molemente. Ele a apertou com firmeza.
— Você é pescador ou jogador do Chicago Bulls? — Perguntou ela com o que era pra ser uma piadinha, mas soou com muita seriedade.
— Não, não sou nenhum nem outro...— Falou ele com um risinho amarelo. — Não sou daqui. Sou baiano e toco bateria numa banda de reage, a Reage de Jah, conhece?
— Que legal. Conheço sim. — Falou ela sem sequer sorrir.
O clima era pesado para ela naqueles dias e sua aura era amarga.
Nesse momento, ele se levantou e foi na direção dela. Com delicadeza, retirou-lhe os ósculos escuros e fitou-a nos olhos.
—Você é linda, garota. É realmente um crime uma menina como você ficar tão triste assim. — Falou ele em um sorriso terno.
—Se você soubesse pelo que tenho passado, me entenderia.
— Então me conta...
—Contar o que?
— O que você tem passado!
—Mas eu nem te conheço...
— Vou me apresentar de novo: Meu nome é Celso, sou baiano, baterista da Reage de Jah e estou de férias aqui.
—Não acredito. — Falou ela em um suspiro esboçando um leve sorriso.
—Viu, não é tão difícil assim.
— O que??
— Sorrir.
Ela sorriu levemente e baixou a cabeça.
— Vai, me conta o que te deixa triste...Vai te fazer bem.
— É uma longa história.
— Temos a tarde toda e não tenho nada melhor pra fazer.
— Tá bom!! — Falou ela e começou a narrar sua história. Contou tudo sobre os traumas depois dos três abortos. Contou que o marido a trouxe com ele para que ela se animasse.
— Meu Deus. Você passou por muita coisa...Gostaria de poder fazer alguma coisa por você... sei lá...
— Não sinta pena de mim. Sei que vou sair mais forte dessa... O pior já passou, acredite.
— Onde está seu marido? Ele não devia estar aqui com você? — Falou ele olhando dos lados como se procurasse por ele.
— Ele tá trabalhando...não pode ficar, mas marcamos de almoçar juntos
Conversaram muito aquela manhã. Celso é muito simpático e bom de papo. Depois ele a acompanhou até perto da pousada.
— Nos encontramos na praia amanhã? — Perguntou ele quando se despediram.
—Não sei...Talvez. — Respondeu ela.
— Então faz um favor pra mim?
— Fala!
— Vem de biquini amanhã. Você merece usar um biquini...Quer dizer, nós merecemos que você use um biquini.— Falou ele com seu sorriso branco aberto.
— Vou pensar. — Disse ela dando-lhe as costas e caminhando rápido.
Ao chegar ao seu quarto onde ia se arrumar para almoçar com o marido, recebeu uma mensagem dele dizendo que não poderia almoçar com ela naquele dia. Ele ficou um pouco chateada, mas não estava com fome. Dormiu a tarde toda.
Na manhã seguinte, Renata acordou bem cedo. A noite anterior, ela e o marido fizeram amor. Foi uma transinha básica, mas eles sentiram que foi muito importante, pois foi a primeira em meses. Beto ficou muito feliz. Tomaram café juntos e ele foi para a reunião com os construtores esbanjando alegria. Alegria essa que só a mulher amada pode proporcionar a um homem.
Renata estava sentindo um misto de euforia e medo. Queria encontrar Celso novamente, sentia-se ansiosa e isto a amedrontava.
— “ Havia algo aí para se preocupar? O que estava sentindo de verdade por Celso?” — Pensava ela intrigada. Enfim, passar a manhã anterior com ele a fez se sentir bem.
Resolveu dar ouvidos ao conselho dele e vestiu o biquini asa delta vermelho que estava na mala. Ela não o teria trazido, mas o marido insistiu. Ele diz que ela fica bem com ele e diz também que gosta da marquinha que ele deixa. É um biquini cavado e menos recatado que o maiô do dia anterior, desses que ficam entrando no meio da bunda e tem-se que ficar puxando para fora, mas se sentiu bem com ele.
Não amarrou a canga à cintura, ao contrário, levou-a na mão e foi arrastando os olhares dos pescadores enquanto caminhava pela areia.
Ela estava meio apreensiva. Não sabia se o Celso estaria lá esperando por ela. Porém, ela o viu de longe caminhando em sua direção. Ele estava com as mãos para trás como se estivesse escondendo alguma coisa. Então, quando chegou junto dela, ele mostrou o que tinha nas mãos e era uma rosa vermelha e ele a enroscou na parte de cima do biquini, entre seus seios. O coração dela parecia querer sair do peito. Ela sorriu todos os seus dentes para ele sem perceber.
— Nossa! Você fica mais linda ainda sorrindo. Vou fazer você rir muito hoje. — Falou ele. — Tu ficou maravilhosa com esse biquini vermelho.
— Brigada. — Falou ela baixinho, quase um sussurro e sorriu novamente.
— Yés!! — Exclamou ele dando um soquinho no ar como se comemorasse um gol. — Fiz você sorrir duas vezes hoje, o que vier agora é lucro.
Era inegável para Renata o fato de ela estar se sentindo atraída por ele.
Naquela manhã, eles caminharam pela praia e viram restos de fogueira na ponta da praia. Celso explicou que era ali que os namorados se reuniam para ouvir música, beber e namorar sossegado. Disse que, se ela quisesse ele a levaria lá uma noite dessas só pra ver qual é.
— “Safado! “— Pensou ela. — “Ele quer é me comer”
Celso estava tentando de todo jeito ser mais que um amigo para ela. Várias vezes tentou beijá-la durante o dia, mas ela sempre se esquivava.
Seu celular vibrou e ela viu que era o Beto mandando mensagem novamente cancelando o almoço. Ela ficou chateada, mas aceitou o convite de seu amigo para almoçar e foram a um restaurante de comida caseira.
Assim os dias foram passando. Quanto mais conversavam, mais atraídos um pelo outro se sentiam.
No último dia, não deu para Renata ir à praia logo pela manhã. O Beto tirou a manhã de folga e ficaram juntos. Transaram a manhã toda. Beto estranhou a fome de sexo da esposa que o esgotou, mas não reclamou, ao contrário, ficou explodindo de felicidade.
À tarde, Renata foi ao encontro de Celso. Ela agora estava usando um biquini branco lindo de amarrar na lateral que seu paquera lhe deu, mas mentiu para seu marido que fora ela mesma quem tinha comprado. Não podia dizer que o ganhara de um homem que a estava xavecando. Beto não aceitaria isso.
— O Beto sabe que passamos esta semana toda juntos?
—Não. Eu não comentei nada...Só ia complicar as coisas pondo dúvidas onde elas não existem.
— Tá.
Eles caminham pela praia em silêncio por algum tempo.
—Então quer dizer que vocês vão embora amanhã mesmo. — Perguntou ele meio triste quebrando o mutismo entre os dois.
— Sim, logo pela manhã. — Respondeu ela com vozinha apagada.
— Será que não vou ganhar nenhum beijo de lembrança?
Ela apenas o olhou em um silêncio interrogativo.
— Poxa, Renata, você é a mulher mais difícil que eu já conheci. — Falou ele em um choramingo de fazer pena.
— É, acho que um beijinho não faz mal. — Falou ela cedendo às investidas dele.
Celso então, acariciou seu rosto com as mãos e os lábios se encontraram em um beijo molhado e quente. Suas línguas se esbarravam e, quanto mais se esbarravam, mais queriam se esbarrar. As mãos dela se encontraram atrás da nuca dele em carícias enquanto as dele escorregaram pelas costas dela apertando sua bunda com força, comprimindo o corpo dela contra o dele e Renata pode sentir toda a potência daquela ereção. Ela estava super molhada. Seus beijos estalavam aumentando o tesão.
—Preciso ir agora, Celso. — Falou ela ainda agarrada a ele.
—Se der, de uma passadinha lá na ponta da praia hoje à noite.
— Pra fazer o que?
— Pra gente ter um lance, um lance só nosso. O que acontecer aqui fica aqui, prometo.
—Eu sô casada, cara.
—E daí, não quero estragar seu casamento, só quero ter algo mais profundo pra lembrar de nós.
—Eu não vou trair meu marido.
—Sexo não é traição, sexo é necessidade de duas pessoas que se atraem. — Falou ele ainda abraçado a ela olhando-a nos olhos.
— É fácil pra você falar. O Beto jamais aceitaria isso
—Ele não precisa saber. Como eu disse, vai ser um lance só nosso, vai ficar aqui, nesta praia.
— Mesmo assim, não dá. O Beto quer me levar pra jantar e tem planos pra depois.
— Tá...— Falou ele vencido. — Esse Beto é um sortudo.
— Eu tenho seu telefone. Se algum dia cê for pra São Paulo, quem sabe...a gente se encontra.
— Tá, mas eu não desisti ainda. À noite eu vou tá lá na ponta da praia, na fogueira te esperando.
Ela concordou sem lhe dar muita esperança...Trocaram mais um beijo de língua antes que ela partisse correndo para a pensão, como uma criança fugindo de uma tempestade.
À noite, Renata se produziu toda. Colocou um vestidinho cor de vinho e a calcinha que o Beto mais gosta. Porém, seu marido foi acometido de uma crise horrível de enxaqueca. Ele tomou uma dose dobrada do seu remédio e, praticamente, desmaiou na cama.
Renata nem se deitou, não ia conseguir dormir. Seu corpo queimava.
Ela sai na varanda da pousada e sente uma lufada de ar fresco a refrigerar lhe o rosto branco
Seus lábios estão vermelhos e reluzentes por causa do batom que pretendia gastar em beijos ardentes com o amado em uma noite mágica de amor e erotismo. Ela sente como se tivesse uma fornalha acesa entre as pernas. Ela queria muito transar com Beto naquela noite e não podia evitar a frustração de não o fazer.
Naquele momento, uma forte angustia aperta-lhe o peito e um nó se faz em sua garganta, como se um laço fosse apertando cada vez mais seu pescoço. A vontade de chorar é grande e ela sente que precisa sair dali. Deixou então os sapatos de salto num canto da varanda, atravessou a rua e foi caminhando pelas areias da praia mesmo sabendo que era perigoso andar sozinha àquela hora da noite
A brisa marinha invade seus pulmões proporcionando-lhe certo alívio.
Não tinha a mínima noção de que horas eram e, de repente se tocou que deixara tudo no quarto, até o celular.
Enfim, estava apenas com a roupa do corpo. Seu vestido levantava ao sabor do vento que, por vezes, o levantava e, por incrível que pareça, teve a enorme sensação de liberdade. Naquela hora se sentiu livre e capaz de qualquer coisa que quisesse fazer.
Viu ao longe o clarão da fogueira na ponta da praia e se lembrou de Celso e de toda a sensualidade misteriosa que o envolvia e a fascinava.
Molhou a calcinha ao pensar nele, sempre molhava, mas naquela noite molhou mais e seus seios ficaram pontiagudos e durinhos e sentiu medo.
Com certeza todo o pessoal do Celso estaria lá bebendo e tocando violão. Porém, quando foi chegando mais perto, percebeu que tudo estava mais silencioso do que de costume. Ao chegar mais perto, viu que tinha o vulto de apenas uma pessoa sentada junto ao fogo. Sentiu medo e parou de caminhar. Seu coração pareceu querer sair pela boca. Até que a tal pessoa, ao vê-la, se levantou e chamou seu nome. Era Celso. Renata respirou aliviada.
Ela se aproximou. Ele tinha se sentado novamente e estava embrulhado em uma manta. Quando ela chegou mais perto, ele abriu o cobertor com o braço esquerdo oferecendo-lhe um lugar junto a ele dentro da manta.
Ela viu que ele estava com sua tradicional bermuda, mas sem camisa e hesitou um pouco.
—Vem que tá frio. — Falou ele
Ela sabia o que aquele convite significava, mas sorriu e foi para junto dele.
Renata percebeu que embaixo deles ,estava outro cobertor estendido que os protegia da areia.
E estavam ali, Renata e Celso, dentro do mesmo cobertor sentindo o calor de seus corpos.
—Cadê todo mundo?—Perguntou ela
—Os que estavam sozinhos foram embora e, os casais, estão aí pelos cantos escuros transando. Se você apurar bem os ouvidos vai ouvir os gemidos deles...
—Pelo jeito, você foi o único que ficou. — Falou ela em um meio sorriso.
Ele sorriu de volta admirando o rosto dela e disse:
—Alguma coisa me dizia que você viria. — Falou ele tirando um baseado de trás da orelha.
Ela apenas sorriu.
— Parece que o jantar com o maridão naufragou...— Completou ele colocando o beque na boca e acendendo-o com um isqueiro..
—É, ele teve uma crise de enxaqueca. Voltamos pra pousada e ele apagou. — Falou ela enquanto ele puxava e prendia e depois soltava.
— Daí, você tentou reprimir os anseios do seu corpo, mas não conseguiu, né??!!
— Bobo!! — Falou ela em um risinho maroto.
Ele então estendeu-lhe o baseado e ela o segurou com expressão interrogativa. Nunca tinha fumado aquilo. Ele entendeu e disse sereno:
— Puxa, segura a fumaça o máximo que você conseguir e solta.
Ela fez como ele ensinou. A primeira vez ela afogou e tossiu. Riram. Na segunda conseguiu.
—Então...estamos aqui...nós dois... SOZINHOS!!! — Falou ele
— Olha, Celso...Independente do que aconteça entre nós dois...bem...Não vou deixar meu marido...Eu amo o Beto mais do que tudo....
— Não me importo de ser sua segunda opção...Ou terceira...Ou quarta...Ou quinta... Desde que eu seja uma opção pra você. Te quero muito, muito mesmo. — Falou ele em um suspiro profundo.
Então, sem pedir licença, se apropriou da boca dela, chupando seus lábios e enroscando sua língua na língua dela.
Os beijos estalavam quebrando o silêncio da noite em meio ao crepitar da fogueira apagando.
Ela estava sentada de lado com as pernas dobradas. A mão dele foi alisando aquela coxa branca. Nesse momento, ele pegou a mão dela e a pousou sobre seu membro duro. Sem que ela percebesse, ele tinha abaixado a bermuda . A mão dela então envolveu aquele negócio duro como o vidro de uma garrafa de Bourbon e ela se surpreendeu com a grossura.
Renata então, seguindo seus instintos de fêmea, foi massageando-o em uma lenta e gostosa punheta.
—Aiiii, que delicia...— Gemeu ele com voz melada e sussurrada.
—Assim, ai que gostoso...Te quero tanto...Tanto...—Continuou ele revirando os olhos.
Então, ela o fez se deitar. Puxou o cobertor e vislumbrou o vulto daquele pau enorme em sua mão. Depois, ela debruçou-se sobre ele e foi passando a língua por toda a extensão da cabeça. Era enorme, saliente e quase não cabia na boca. Ela lambeu e sugou todo aquele gigante. Negro.
—É tão grande...!! — 1celso apenas gemia em delírio.
Renata encavalou-se nele e tirou o vestido pela cabeça libertando seus seios e debruçando-se sobre seu amante esfregando as tetas no rosto dele, enquanto curtia aquele mastro duro como pedra encaixado entre suas nadegas se esfregando sobre a calcinha num vai e vem enlouquecedor. Sua bucetinha estava pegando fogo, praticamente clamando para ser penetrada. Até que ela não resistiu mais. Seu instinto de fêmea selvagem falou mais alto. Então ela puxou a calcinha de lado e, com a mão por entre as coxas, direcionou aquele na entradinha de suas carnes úmidas e foi sentando devagar.
As mãos dele apertavam sua bunda parecendo querer abri-la ao meio. De repente, o pau envergou e escapou da entradinha indo se encaixar entre as nadegas. Renata se debruçou sobre o macho e riram.
—É muito grande...— Falou ela.
—Devagar, gata, o segredo é ir bem devagar no começo pra bucetinha ir laceando. — Falou ele e se beijaram novamente.
Ela queria muito dar pra ele, ansiava por isso. Renata tava louca pra sentir aquele macho duro apertado entre suas carnes. Então, o reconduziu à grutinha e o segurou com a mão enquanto forçava, até que a cabeçorra rompeu a entradinha com um leva solavanco. Ela então permaneceu assim, imóvel por algum tempo. Só com a cabeça lá dentro, contraindo os músculos da xoxota, apertando-o e levando seu macho à loucura.
—Aiii, assim, gata, como cê é apertada!!!
Ela foi sentando devagar, engolindo cada centímetro daquele pau gostoso que foi se afundando nela até só as bolas estarem de fora. Então, começou a subir e descer em movimentos lentos e compassados e se sentindo completamente preenchida. Ela rebolava e gemia espetada naquela vara. Ela podia sentir que era observada por de trás da escuridão da noite e isto a excitava cada vez mais.
Renata estava quase gozando e viu que ele também já estava quase lá. Ela queria que gozassem juntos, então, acelerou a cavalgada num sobe e desce e esfrega alucinante. A bucetinha já laceada, não impunha mais a resistência de antes., ao contrário, parecia querer devorá-lo cada vez mais. Até que se debruçou sobre ele e disse:
—Mete, meu macho, mete forte, mete...
Ele obedeceu e socou com vontade ejaculando como um cavalo dentro dela, em jatos quentes e fortes inundando-a enquanto ela desabava sobre ele em um orgasmo delirante.
Depois, caiu de lado e ficou imóvel sentindo a porra escorrer abundante de sua xoxota.
—Posso te ligar quando for pra São Paulo pra gente... — Disse ele quando se despediram já perto da pousada.
—Melhor não. Disse ela sem querer ser indelicada, mas sendo.
Ele baixou a cabeça. Ela o acariciou.
—Então a gente para por aqui...??!!
—É melhor assim.
Trocaram um último beijo e ela entrou na pousada sem olhar para trás.
Renata entrou no quarto sem fazer barulho sentindo a porra de seu amante escorrendo pelas coxas. E decidiu tomar um banho.
Ela estava chateada pelo que acontecera. Não queria trair o marido, mas não estava arrependida pelo que aconteceu, ao contrário, estava feliz e satisfeita. Seus planos agora eram ser a melhor esposa que Beto poderia querer...
DIAS ATUAIS:
Assim que amanheceu o dia, Beto desceu. Sua esposa recém deflorada do cuzinho, ainda dormiria por muito tempo.
Ele foi até a garagem e deu uma olhada no carro da esposa. Ele estava sujo de lama.
—” Mas, onde será que ela foi? Que eu saiba não choveu em São Paulo ontem...” — Pensou ele intrigado.
Com a lanterna do celular acesa, vasculhou dentro do carro. O tapete do lado do motorista estava sujo de lama. Olhou na sacolinha de lixo pendurada na alavanca do câmbio e encontrou, além de uma lata de água tônica vazia, alguns recibos de pedágio muito amassados.
—” Mas, por que ela passou na cabine do pedágio se temos via rápida? “ — Aquilo só podia significar uma coisa: Ela não queria que o marido descobrisse, pela fatura da via rápida, onde ela ia toda quarta feira, por isso pagava na cabine. Mas Beto estava decidido a descobrir o que ela estava escondendo. Imediatamente, foi para o escritório, ao lado da cozinha, e ligou o computador. Pelo site da meteorologia, descobriu que na noite passada choveu forte na região de Atibaia e Bragança Paulista. Conferiu no mapa e viu que a estrada de Atibaia começava logo depois do último pedágio que ela pagou.
— “Mas que diabo ela vai fazer lá pros lados de Atibaia toda quarta-feira?” — Pensou ele intrigado.
Então, voltou ao carro dela e decidiu dar mais uma vasculhada e encontrou, no porta luvas, dentro do manual do carro, um endereço.
“Estrada velha de Atibaia KM 35, vaga 21”
O que isso significaria...??
Quem gostou comente por favor.
Quem quiser ler meus contos mais antigos, inclusive a história de Pedro e Juliana de uma passadinha em meu blog: claudinha8contoseroticos.blogspot.com.
Baijão a todos.
claudinha8.barreto@gmail.com.