Parte 01: Jantar em família
Meu nome é Jennifer Martin e essa é a minha história.
Dizem que os dias mais felizes da vida de uma pessoa são o dia do casamento e o nascimento de seu primeiro filho. Se me tivessem perguntado até então, eu teria afirmado com absoluta certeza de que nada poderia me fazer mais feliz do que como eu estava no dia de verão. Eu estava tão eufórica que saltei bruscamente do carro de minha amiga Rose no mesmo instante em que ele parou. Meus longos cabelos pretos foram movidos por uma brisa leve e os últimos raios do sol atingiram minha pele clara. Saudei minha amiga que estacionava a BMW e corri para minha casa, localizada a dois quarteirões de distância.
Eu não podia acreditar que consegui o papel, não podia acreditar que minha vida estava prestes a mudar para sempre. Em vez de correr direto para casa, fiz vários desvios para treinar um pouco. Eu era a capitã da equipe de futebol feminino na minha escola e não podia me dar ao luxo de estar fora de forma no início do último ano. Um corpo atlético e um rostinho bonito me tornavam definitivamente uma garota atraente, mas nunca me considerei bonita como uma modelo, ao contrário de minha mãe que, mesmo que tivesse quarenta anos de idade, era uma beleza deslumbrante com os lindos cabelos vermelhos que infelizmente eu tinha não herdado, tendo ao em vez, os cabelos pretos comuns do meu pai.
Parei por um momento com lágrimas em meus olhos, pensando em como meu pai ficaria orgulhoso de ouvir que eu tinha conseguido um papel tão importante. O cinema foi sua grande paixão e todos ainda dizem que Robert Martin se tornaria um dos diretores mais importantes da história, se ele tivesse um pouco mais de tempo. Mas um acidente trágico nas montanhas tirou o diretor promissor, tirou meu pai quando eu tinha apenas treze anos. Eu tentei retirar da minha mente esse fatídico dia de cinco anos antes, e eu retomei minha corrida.
Eu vi que eram quase sete e eu corri para minha casa, onde estava esperando por mim um jantar e minha mãe me disse que haveria até a tia Emma, o que é uma coisa rara, já que as duas irmãs não eram muito unidas, provavelmente por causa da grande competição que houve entre elas no passado, uma competição semelhante à que existiu entre mim e minha "amada" prima Kaley, que felizmente não estaria presente no jantar, definitivamente com muita raiva por terminar em segundo lugar e não ter conseguido o papel. Enquanto eu sorria triunfalmente pensando na derrota da minha prima, virei a esquina acabei caindo em um menino de cabelos desgrenhados.
– Tenha cuidado por onde anda – eu gritei para o menino que usava óculos com lentes grossas e aparelho em seus dentes
– Desculpe – ele balbuciou, embora não fosse culpa dele, e ele se curvou para pegar os livros que caíram no chão.
Com um chute, joguei um livro no meio da estrada e quase foi atingido por um carro que passava. Eu retomei minha corrida sem dar uma olhada no nerd miserável.
Quando cheguei em casa, encontrei minha mãe esperando por mim na sala de estar e quando ela me viu entrar, correu para me abraçar e me dar os parabéns. Tomei uma limonada fresca e fui tomar banho para lavar todo o suor e relaxar os músculos. Como qualquer menina, passei tanto tempo no banheiro que quando voltei lá embaixo, o jantar estava pronto e a tia Emma chegou. Minha tia era quase idêntica à minha mãe, e talvez ela estivesse melhor do que sua irmã. Seu longo cabelo vermelho era mais brilhante do que nunca, e seus olhos verdes eram maravilhosos. Mais uma vez, não pude deixar de me arrepender de não ter tomado a herança genética da minha mãe e da minha tia.
– Aqui está a nossa ótima atriz – minha mãe disse à minha tia quando ela me viu.
Minha tia me abraçou calorosamente. Seu cheiro estava embriagante, e eu senti um pouco pena de me separar dela, rompendo o abraço. A tia Emma era muito elegante, e eu não podia deixar de adorar seu vestido branco que caia no alto dos joelhos e suas meias pretas em suas pernas perfeitas. A seus pés, ela estava usando tênis altos e caros de uma famosa marca italiana. Eu estava quase paralisada, olhando seus sapatos por quase um minuto, então minha mãe chama meu nome e me traz de volta à realidade
– Jennifer, sente–se a mesa.
A tia Emma sentou–se ao meu lado e vi ela cruzando as pernas com elegância e não pude deixar de espreitar de novo.
– Jennifer, conte–nos o que os da produção disseram para você, porque eles escolheram você – disse minha mãe que, aparentemente, queria raiva na minha tia, fazendo–me dizer por que eles me escolheram para esse papel importante e não sua filha.
– Eles não falaram muito, ou talvez eu estivesse muito animada e não entendi muito. O fato é que eu consegui o papel e estou muito feliz com isso – eu disse, tentando não olhar para o rosto da minha tia.
– Ela é como a mãe. Ainda me lembro quando recebi meu primeiro papel. Foi no filme "Um escândalo no Casino", você se lembra disso, Emma? – disse minha mãe que, na ocasião, tinha conseguido o papel em vez de sua irmã.
– Lembro–me bem – disse a tia Emma com um sorriso largo no rosto que a fez parecer ainda mais bonita – eu também lembro que foi um dos maiores fracassos de Donald Stein, ele não dirigiu muitos filmes depois daquele fracasso.
– Bem, você nem sempre acerta – respondeu minha mãe, que sofreu o golpe de sua irmã.
Para evitar que as duas irmãs continuassem a jogar indiretas, ou começassem a discutir seriamente, tentei pensar em algo interessante para dizer que poderia distraí–las.
– Você tem sapatos realmente bonitos, tia – eu disse sem pensar, mas ainda alcançando meu objetivo e distraindo as duas mulheres.
– Fico feliz que você goste, comprei na semana passada. Devo confessar que passei uma pequena fortuna neles, mas parece que valeu a pena, dado que eles atraem tantos olhares aos meus pés.
Não sei por que, mas suas palavras me fizeram corar intensamente e comecei a comer a sopa nociva que minha mãe preparara. Geralmente ela não cozinha, mas Mary, nossa empregada, estava fora da cidade por alguns dias.
No meio do jantar, o telefone tocou e com espanto ouvi minha mãe dizer:
– Com licença, mas tenho um compromisso com o meu agente.
– Mas mãe, você disse que pelo menos por uma vez estaríamos juntas sem distrações – protestei vigorosamente.
– Desculpe Jen, mas tenho que ir, talvez eu possa fazer um anúncio que possa nos render muito dinheiro – e antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ela me deu um beijo na testa, cumprimentou friamente a tia Emma e saiu.
Eu não podia acreditar que ela tinha ido assim, que ela me deixara sozinha naquela noite especial. Aparentemente, mesmo conseguir um papel em um filme famoso não mudou nada em nosso relacionamento. Minha mãe era muito doce em palavras, mas em atos estava muito fria comigo e eu estava realmente farta de suas atitudes, eu estava cansada de sempre ficar sozinha, eu estava farta de pedir conselhos à minha empregada, conselho que uma mãe deveria dar a sua filha.
– Por que ela é sempre assim? – perguntei com lágrimas nos meus olhos
– Não se preocupe, está tudo bem, não é sua culpa – disse tia Emma me abraçando.
Mais uma vez eu não pude deixar de me perder em seu cheiro. Eu me senti tão bem em seus braços, não conseguia me lembrar de ter sido abraçado assim por minha mãe.
– Obrigado tia – eu murmurei
– De nada, querida. Agora eu sugiro que você jogue fora essas coisas e coma o bolo que eu trouxe. Sabemos bem que cozinhar não é para Christine – minha tia disse rindo.
Sua risada definitivamente melhorou meu humor e alegremente joguei a comida que minha mãe preparara no lixo. O bolo estava delicioso e, enquanto comemos, a tia Emma me contou histórias engraçadas sobre minha mãe me fazendo rir muito. Em um ponto, o prato caiu de minhas mãos e o doce sujou os elegantes sapatos da tia.
– Me desculpe, desculpe – eu disse espantada, e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, eu me joguei no chão e comecei a limpar os sapatos com uma toalha limpa, tendo o cuidado de não fazer força demais para não arruinar mais os sapatos dela. A tia Emma não disse nada o tempo todo e apenas olhou para mim enquanto eu limpei, de joelhos, com fervor os sapatos, continuando a pedir perdão. Quando os sapatos estavam totalmente limpos, olhei para cima e vi que a tia Emma estava sorrindo e naquele momento eu estava muito feliz por ela estar satisfeita com meu trabalho. Eu estava quase paralisada de joelhos por mais de um minuto olhando aqueles maravilhosos olhos verdes, então de repente a tia Emma disse:
– Enquanto você está aí, você poderia me fazer um favor, querida? Estes sapatos são lindos, mas não são muito confortáveis. Você gostaria de me dar uma massagem? Meus pés estão muito doloridos.
"Minha tia quer que eu lhe dê uma massagem nos pés?" Eu pensei, um pouco aturdida, senti como se tivesse bebido demais.
– Mas talvez eu esteja pedindo um pouco demais. Eu entendo que você não queira tocar meus pés – disse tia Emma olhando meus olhos.
– Não tia, será um prazer para mim massagear seus pés – fiquei atordoada quando ouvi essas palavras sair da minha boca.
Ao ouvir minha resposta, a tia Emma acariciou minha cabeça suavemente e naquele momento eu senti como um gato ronronando, depois de ter olhado de novo para ela nos olhos, comecei a remover suavemente seus sapatos. Meu coração estava batendo selvagemente e não conseguia entender o que estava acontecendo comigo, porque estava tão excitada naquele momento. Quando tirei o primeiro sapato, pude facilmente sentir o cheiro do pé da tia Emma e fiquei assustada. Não era o que eu esperava, na verdade eu não podia, de fato, chamar isso de um cheiro ruim, parecia um perfume ainda mais cheiroso do que minha tia estava usando naquela noite e não pude deixar de respirar fundo, imediatamente envergonhada pelo que eu acabava de fazer, mas, felizmente, a tia Emma parecia não ter notado.
O pé de meia estava quente e, com as mãos, senti que estava molhado. Com meus polegares, fiz uma pressão suave sobre a sola macia e o calcanhar. Um pequeno gemido me fez perceber que a tia Emma estava gostando do meu trabalho e eu estava orgulhosa de mim mesmo. Concentrei–me cada vez mais e os gemidos da tia Emma se tornaram mais freqüentes. Depois de cerca de dez minutos, eu também removi o outro sapato e comecei a massagear o pé direito como eu tinha feito com o esquerdo. Quando percebi que a tia Emma estava gostando da massagem com os olhos fechados, arrisquei e aproximei meu rosto para que meu nariz estivesse embaixo dos seus dedos dos pés e cheirei novamente. Eu não sei por que esse cheiro estranho fez um efeito tão especial em mim. Só quando senti os dedos da tia Emma enrolar e tocar por um momento meu nariz, afastei o do meu rosto, com medo de ser descoberta. A tia Emma, no entanto, ainda estava com os olhos fechados e não deu sinais de ter notado nada estranho, estranho como sua própria sobrinha que estava cheirando seus pés. Continuei a massagear os pés da minha tia por mais vinte minutos, resistindo a esse estranho impulso de cheirar eles, não quis atentar muito o destino.
– Foi ótimo, você é muito boa – disse a tia Emma enquanto guardava os sapatos
– Oh, obrigado – eu gaguejei embaraçado
– Seria bom ter uma massagem assim todas as noites, é tão relaxante. – Se você sentir às vezes, pode fazê–la novamente, se não é um problema para você tocar de novo meus pés, é claro
– Sim – eu disse – quero dizer, não, não é um problema tocar seus pés – eu continuei a gaguejar, então, antes que eu pudesse parar, eu ouvi sair da minha boca:
– são tão macios...
Tenho certeza de ficar vermelha como um tomate, minha tia olhou para mim por um momento e sorriu
– Você é tão legal Jennifer. Bem, desde que você gosta tanto, aguardo com expectativa a recepção de outra massagem – ela deu um tapinha na minha cabeça e levantou-se.
Ainda de joelhos, assisti a minha linda tia sair, meu olhar voltou para seus pés e não pude deixar de pensar:
"Eu também estou ansiosa por isso novamente, tia"
Continua....
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