Parte 02: Uma semana com a tia Emma
Naquela manhã eu estava deitada na minha cama, havia passado horas revirando a internet atrás de respostas.
Pelo que descobri, existia algo chamado “podolatria”, ou seja, um fetiche por pés. Eu caí de paraquedas em paginas e mais paginas, repletas de fotos, vídeos e histórias de pessoas fazendo massagem, cheirando, beijando.. lambendo pés. Esse último, particulamente me excitou ao me imaginar lambendo os pés da minha tia Emma. Se o cheiro deles já era tão gostoso, como seria o sabor?
Eu fui tirada do meu transe quando minha mãe entrou no meu quarto sem ao menos bater:
Jennifer - ela disse colocando seus brincos de pérolas - eu vou sair e ficarei fora da cidade por uma semana
- Uma semana ? - Eu gritei - e por que você não me disse antes?
- Mark acabou de me informar que a filmagem da propaganda que mencionei antes, foi antecipada, então eu vou ao Colorado - disse minha mãe, olhando no espelho e ajustando seus cabelos, nem me olhando no rosto. Então, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela acrescentou - Mary estará de volta em três dias, então você terá que se virar um tempo com a comida. Não exagere na pizza, acho que você engordou um pouco nos últimos tempos.
Eu não podia acreditar no que ela estava dizendo, eu juro que, se eu tivesse algo pesado ao meu lado, eu teria jogado em cima dela.
- Sua tia falou comigo duas horas atrás, ela me disse para avisar está sozinha porque sua filha foi até a casa de um amigo por cerca de dez dias e, se você quiser, pode ficar com ela. Claro, suponho que você não queira ir, então tente não fazer muito caos em casa, não quero voltar e descobrir que você organizou uma festa em segredo. Não que haja essa possibilidade, já que você não tem quase nenhum amigo - minha mãe disse friamente e eu segurei para conter minhas lágrimas, cada vez mais magoada com suas palavras. Então, tendo coragem, quase gritei:
- Eu irei para minha tia
- O que? - Minha mãe perguntou surpresa, não esperava aquela resposta
- Eu irei para minha tia - eu repeti, sabendo bem como minha mãe não suportava sua irmã e como não podia suportar a idéia de que sua filha tinha um relacionamento íntimo com ela.
- Que seja. Eu tenho que ir - e sem olhar para mim, bateu a porta e saiu.
Minha mãe sempre foi uma mulher muito ocupada, e isso é algo que sempre entendi, não é fácil viver com uma mãe tão pouco presente, mas nunca a culpei por isso, nunca pedi que ela fosse a melhor mãe no mundo, mas acho que é realmente um absurdo que uma mãe diga a sua filha as coisas dessa maneira, tão friamente.
Peguei meu telefone e procurei o número da tia Emma na lista
-Tia Emma, é a Jennifer
- Oh, estou feliz que me ligou Jennifer
-tia posso ficar com você por alguns dias? Minha mãe disse que...
- É claro, é claro . Estou sozinha e sempre aprecio um pouco de companhia - Me interrompeu
- Bem ... então eu vou pela tarde, ok? Você quer que eu pegue algo no supermercado?
- Não, não se preocupe, não preciso de nada. Eu vou preparar imediatamente o quarto de hóspedes para voc ...
A conversa durou mais um minuto e quando desliguei, comecei a arrumar minha mala.
Quando peguei meus sapatos, não pude deixar de pensar que estaria sozinha com a tia Emma por uma semana inteira e, vivendo no mesmo teto que ela, teria muitas oportunidades para poder ver seus lindos pés e quem sabe fazê-la outra massagem. Minha boca estava babando enquanto eu saía de casa somente com os pés de minha tia na mente.
A casa da minha tia era no outro lado da cidade, como se ela quisesse ficar o mais longe possível da minha mãe. Minha amiga Rose me levou até lá, fiquei muito agradecida pela ajuda.
Eu fui até o portão e toquei o interfone. Quando o portão se abriu automaticamente, arrastei minha mala pela entrada e vi que tia Emma estava me esperando na porta da frente. Ela me abraçou calorosamente como se estivesse muito feliz por me ver e não pude deixar de sentir o seu perfume como na noite anterior.
Quando segui minha tia pela casa, meus olhos foram para seus pés, ela usava uma sapatilha preta que lhe deixava andar pela casa com o mesmo conforto de um par de chinelos. Eu estava tão distraída observando seus pés que não percebi quando de repente ela parou, trombei com força contra suas costas e perdi o equilíbrio, caindo no chão.
Mentalmente, agradeci o caro tapete persa que amorteceu a queda:
- Jen você precisa ser mais cuidado, eu também poderia ter caído.
- Desculpe - eu disse, me levando com dificuldade
- O que a distraiu tanto? - me perguntou olhando em meus olhos
Muito envergonhada de continuar encarando seus lindos olhos verdes, olhei para baixo e vi o tapete persa. Achei uma resposta convincente.
- Eu estava olhando o seu tapete, é muito bonito. É novo? - Perguntei
- Eu o tenho há anos, mas eu entendo que se esqueceu, faz muito tempo desde que você veio aqui
Por sorte, a tia Emma voltou a caminhar em direção à grande sala de jantar.
A relação entre minha mãe e a tia Emma era desagradável e, na verdade, nos últimos cinco anos, embora vivessem na mesma cidade, elas se encontraram apenas algumas vezes.
No entanto, foi uma pena que eu era forçada a ver minha Kaley quase todos os dias na escola, durante as aulas e durante o treino. Olhei mais uma vez os pés de minha tia, tive dificuldade de me segurar e não pedir imediatamente a permissão para lhe dar outra massagem nos pés.
O jantar estava delicioso e não pude deixar de pensar na porcaria que minha mãe cozinhava. A tia Emma me disse que tinha aprendido a cozinhar tão bem graças a uma longa estadia que tinha feito há quinze anos na Itália, pouco depois de se divorciar do marido, quando Kaley tinha apenas três anos.
Após o jantar, fomos para a sala de estar, assistir a um filme. Escolhemos por Pulp Fiction. Em um momento do filme, me encontrei em um dilema, dividida entre olhar os pés de Uma Thurman, filmados com uma precisão maníaca pelo Tarantino, ou os da minha tia. No final, escolhi os de Uma, e então voltei a observar os da minha tia pelo resto do filme.
Se a tia Emma tivesse desviado o olhar da TV, olhando meu rosto por 1 segundo se quer, provavelmente teria me visto balanças a cabeça ligeiramente para cima e para baixo. Eu estava hipnotizada pelo balanças das sapatilhas nos seus pés, ela estava prestes a cair e eu lutava cada vez mais para resistir ao impulso de me atirar no chão diantes daqueles pés, que estavam com meias de nylon.
Quando a sapatilha finalmente caiu no chão, eu estava babando de boca aberta, e uma pequena risada me forçou a olhar para cima. Tia Emma estava me olhando atentamente com um sorriso largo no rosto, mas então voltou a focar no filme e continuar a beber seu vinho. Olhei para a garrafa quase vazia e me perguntei quanto tempo ela poderia beber sem dormir, a resposta chegou cinco minutos depois.
O filme estava quase terminando e eu pude ver a cabeça da minha tia cair ligeiramente, com os olhos fechados. Meu coração começou a acelerar, mas, apesar da excitação que sentia naquele momento, consegui manter a calma e agir com cautela. Arrumei cuidadosamente a cabeça da tia para deixá-la mais confortável na almofada do sofá.
Com esses poucos movimentos, fiquei segura de que ela estava dormindo profundamente e depois de observar seu rosto angelical, me ajoelhei no chão quase tremendo de emoção.
Primeiro peguei a sapatilha que havia caído no chão e comecei a cheirar intensamente, alguns momentos depois, deixei o sapato e fui ao meu maior desejo. Quando eu enfiei meu rosto no pé da minha tia, estava em êxtase, e quando comecei a sentir o cheiro de seu pé como um cão farejador, um grande sorriso apareceu em meu rosto, porém, eu não sabia que se, naquele momento eu tivesse olhado para tia Emma, encontraria um sorriso tão grande quanto o meu.
Continua...
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