Janeiro foi o mês mais apaixonante da minha vida. Eu e Lúcia engatamos em um relacionamento carnal intenso após. Após aquela noite, não passou um dia sequer que não transássemos. E como era bom fazer sexo com ela. Uma experiência que eu nunca havia vivido, e agora eu me perguntava como nunca havia experimentado. Nós éramos selvagens quando tínhamos que ser e apaixonados quando tínhamos que ser. Era muito mais do que simples gozo e tesão, era uma ligação profunda que eu sentia por ela que me fazia querer mais e mais.
Lúcia era totalmente passiva, mas gostava de ser chupada. Gemia alto quando eu a chupava. Eu, com o tempo, fui me sentindo mais confortável quanto a isso. Até que passei a gostar também. Era algo diferente, mas tão bom quanto. Ver ela se derretendo aos encantos da minha boca não tinha preço algum. Em qualquer posição a gente transava, em pé ou sentado, explorando ao máximo os nossos corpos. Com o passar dos dias, também passamos a experimentar outros lugares.
Começou com um dia em que fomos até o telhado novamente observar as estrelas. O clima entre a gente esquentou, Lúcia começou a me beijar e acariciar o meu pênis por cima da minha bermuda. Até que com toda a delicadeza do mundo ela a abriu. Bem sutilmente ela se encaminhou, tirando o meu membro de dentro da cueca, olhando-me com um olhar de safadeza que sabia bem o que estava fazendo. Eu não impedi. Por mais que fosse possível as pessoas nos verem na rua, ou até das janelas das casas em volta, o desejo falava mais alto, gritava em minha mente me cegando a qualquer racionalidade.
Lúcia começou a me chupar bem devagar, até que estivesse certeza de que ele estivesse completamente rígido, para então aumentar a velocidade. Ela massageava minhas bolas, lambendo da base até a glande para então depois enfiar ele por completo garganta adentro. Era delicioso, a ponto de eu não me controlar por muito tempo para então gozar em sua boca. Naquele dia, olhando para o céu, eu vi estrelas se acenderem na minha mente, apenas com o delicioso carinho de Lúcia.
A segunda vez que exploramos a nossa sexualidade fora das quatro paredes dos nossos quartos foi nas cachoeiras do Portal do Sana. Visitada por muitos turistas, as cachoeiras costumam ficar bastante movimentadas durante o dia. Porém, após as 5 da tarde, quando o horário de visitação termina, elas ficam completamente desertas. Lúcia um dia me levou até lá, entramos escondidos pela mata até chegarmos na cachoeira mais linda do local: A Cachoeira das Andorinhas. Ela fica localizada bem próximo da cabeceira do Sana, possuindo uma queda d'água que dá até um poço com águas tranquilas, onde as andorinhas costumam fazer os seus ninhos no verão. Foram apenas elas que foram as testemunhas do que aconteceu naquela noite. Entramos nas águas completamente nus, primeiro como uma mera brincadeira, mas que logo se transformou em algo mais. Ali, sobre a luz do luar e das estrelas, Lúcia parecia mais bela do que nunca. Começamos a nos beijar à margem do poço, deitados em uma das pedras em volta, completamente ao natural. Imaginei estar no paraíso e Lúcia era definitivamente a minha Eva.
Fui beijando todo o seu corpo até chegar em sua virilha. Ali, lhe chupei com todo o carinho que lhe dava sempre. Quando seu pênis ficou completamente ereto, pedi para que deixasse o meu também, e ela o fez, chupando com o mesmo tesão que eu lhe chupava. Assim que estávamos completamente excitados, coloquei o meu pênis em sua bunda e nos beijamos apaixonadamente, até eu começar com o vai e vem de meus quadris com força. O beijo logo se transformou em um gemido sincronizado, que ecoava pelas pedras da cachoeira. Por um segundo pensei que confusão a gente estaria se metendo se nos pegassem ali, mas não me importei.
Lúcia se virou, ficou de quatro na pedra e pediu para que eu a comesse por trás. Segurei em sua cintura e comecei a comê-la do jeito que ela me pedia. Entre alguns tapas e gemidos eu me debruçava sobre as suas costas, apertava os seus peitos e beijava o seu pescoço, fazendo ela se arrepiar toda. Lúcia não se segurou muito, e logo então gozou um jato espesso direto na pedra embaixo da gente. Fiquei surpreso, disse que ela era louca de deixar aquilo acontecer, e entre risadas ela disse que não se importava, só queria saber de gozar naquele momento.
Por fim, ela se ajoelhou enquanto eu fiquei em pé, e me chupou até que eu gozasse em sua boca. Soltei então 3 jatos bem longos em sua boca, e ela não deixou escapar uma gota sequer. Quando terminou, abriu a boca para me mostrar ela cheia de meu esperma, enquanto brincava com ele com a língua. Depois que ela engoliu tudo, ela se levantou e me beijou. Era um pouco estranho, mas eu não me importei. Aquele momento foi também quando dissemos aquela frase mágica um para o outro. Após me beijar, Lúcia se virou até mim e disse:
Eu te amo.
Eu também te amo. - Respondi de volta.
Depois, catamos as nossas roupas e voltamos para casa sem ser descobertos.
Apesar de sermos bastante ativos sexualmente e termos começados a explorar mais as nossas fantasias, como o sexo público. O local que mais fazíamos amor era justamente o quarto de Lúcia. Havia algo especial lá para nós, como se fosse o nosso ninho do amor, e gostávamos de ficar lá para poder nos aproveitar depois de uma transa bem dada. Normalmente eu encostava as minhas costas na cabeceira e acendia um cigarro, enquanto Lúcia deitava sua cabeça sobre o meu peito, com o seu corpo colado ao meu e nossas pernas entrelaçadas. Às vezes ela dividia o cigarro comigo, às vezes não.
Uma noite, após mais uma de nossas transas, comecei a pensar sobre todo esse tempo que passamos juntos. E lembrei do real motivo de eu ter voltado para Sana, que era a sensação nostálgica que eu sentia ao lembrar dessa cidade, e do tempo que eu passei com o meu pai.
Foi então que na manhã seguinte, decidi pegar o meu carro. Convidei Lúcia para ir comigo. Ela perguntou para onde e eu disse que seria uma surpresa. Um pouco relutante ela aceitou. Nós fomos em silêncio durante toda a viagem. Chegar ao bairro não demorou muito tempo, mas encontrar a rua demorou mais. Era perto da praia, dava para ver o mar a cerca de 300 metros de onde nós paramos, em frente a uma casa antiga, de portão alto e muros corais, do jeito que eu me lembrava. Suas janelas estavam pregadas com madeira e seu portão trancado com um cadeado grande.
Que lugar é esse? - Perguntou Lúcia, enquanto eu me aproximava do portão.
Essa é a antiga casa do meu pai.
Ela está assim há muito tempo?
Sim, há mais de 20 anos desde que ele morreu.
Mas por quê?
Depois que ele morreu, minha família entrou em uma briga judicial. Minha mãe e os irmãos do meu pai. Minha mãe alega que ela faz parte da herança deixada pelo meu pai. Já meus tios afirmam que o meu pai deixou a casa para sua mãe em um testamento que eles tentam provar na justiça ser oficial. Essa briga se desenrola há 20 anos. Fez minha família se separar, minha mãe não fala mais com meus tios exceto em eventuais audiências.
E você? Quem você acha que deveria ter a casa?
Eu não me importo, eu só queria poder entrar nela de novo.
Bem, você pode. É só querer.
Lúcia pegou as chaves do carro da minha mão e o manobrou. Estacionou bem rente ao muro. Depois, saiu do carro e subiu no capô e então no teto.
O que você tá fazendo? Sai daí!
Gritei para ela, mas ela não me ouviu. Logo ela subiu em cima do muro e se sentou lá olhando para mim.
Vem logo, a gente só vai dar uma olhada.
Então, sem muita escolha, subi em cima do carro e pulei o muro junto com ela. O gramado do quintal estava bem alto, toda a região da varanda acumulava uma camada bem grossa de poeira. Encontramos então a porta dos fundos, que parecia mais fácil de arrombar. Com a ajuda e um pedaço de ferro que encontramos entre o lixo que se acumulava, arrancamos uma das madeiras que trancava a porta e a arrombamos. O cheio era úmido e velho. Uma mistura de ácaro e fungo penetrou as nossas narinas. Fez Lúcia tampar o nariz e eu espirrar três vezes seguidas. Porém, a casa parecia igual a como eu me lembrava. Alguns feixes de luz entravam entre as paredes da janela, iluminando a poeira que ali se acumulava. A cozinha, o banheiro, tudo parecia do jeito que havíamos deixado.
Eu costumava jogar bola nessa sala. Quando a construímos ficamos anos com pouquíssimos móveis na casa, e na sala não havia nenhum. Então eu e meu pai jogávamos bola aqui.
Você parece sentir saudades daqui.
É, bastante. Mais do que eu gostaria.
Então, finalmente chegamos nos quartos. Quando cheguei ao quarto dos meus pais, meus olhos marejaram.
O que foi? - Perguntou Lúcia.
É que… - Me controlei para não chorar. - Foi aqui que eu encontrei o meu pai. No dia que ele morreu.
Como foi?
Eu acordei de manhã, íamos para a praia nesse dia, eu estava muito animado. Eu cheguei no quarto e pulei em cima dele para acordá-lo, para a gente poder ir logo pro mar. Mas ele… - As lágrimas começaram a cair do meu rosto. - …, mas ele não acordou. Os médicos disseram que ele teve um aneurisma durante a noite, e morreu dormindo.
Então, me desabei em lágrimas. Lúcia imediatamente veio me abraçar. Ela não disse nada, pois não havia nada a ser dito. Apenas o seu calor era o suficiente para me sentir acolhido. Chorei copiosamente em seu ombro, envolvendo meus braços nela. Ela acariciava de leve a minha cabeça, beijando a minha testa. Pensei que ela sabia a dor que eu sentia por também ter perdido sua mãe, por isso sua empatia se mostrou tão verdadeira comigo naquele momento.
Me desculpa. Eu molhei toda a sua blusa com o meu choro. - Respondi entre prantos, enxugando minhas lágrimas.
Tá tudo bem. Eu não gosto tanto dela assim. - Disse Lúcia, me consolando.
Os olhos de Lúcia brilharam de lágrimas também. Nos entreolhamos e então demos um beijo. Um beijo que significava mais do que dois lábios se tocando. Na volta para casa, ficamos a sós novamente em meu quarto, mas não fizemos sexo, tampouco transamos ou muito menos fodemos. O que fizemos naquele fim de tarde foi amor, em seu estado mais puto.
Nossos lábios pareciam não desgrudar nem por um segundo. Fomos tirando a roupa bem lentamente, alternando entre longos beijos a cada peça de roupa que se tirava. Quando ficamos totalmente nus, deitei-me por cima do corpo de Lúcia. Beijei o pescoço dela enquanto os nossos pênis se esfregavam um no outro. Lúcia pegou ambos com uma das mãos e masturbou os dois juntos. Foi uma sensação indescritível ter o meu sexo tocado daquela forma junto ao dela.
Durante o ato, mantivemos sempre o contato visual, exceto em certos momentos em que a excitação era demais para Lúcia se controlar, revirando olhos de tesão enquanto eu movimentava os meus quadris. Ela me beijou, me mordeu, me arranhou, me possui como eu também a possui. E então gozamos pela primeira vez juntos, em sincronia, como parecíamos estar por completo naquela noite. Depois do prazer, dissemos que nos amávamos novamente e dormimos abraçados completamente apaixonados. Antes de dormir, comecei a imaginar como seria a nossa vida de volta ao Rio. Minha casa estava precisando mesmo de um toque mais feminino, Lúcia poderia trazer mais cor e vida a ela e eu chegaria em casa do trabalho louco para vê-la. Faria questão de trabalhar menos para poder passar mais tempo com ela. Assim que eu chegasse em casa nos beijaríamos apaixonadamente e então faríamos amor por toda a casa. Dormi com um sorriso no rosto pensando em todos esses belos cenários. Uma pena que eles jamais viriam a ocorrer.
(Continua)