Iniciação

Um conto erótico de Dan-Dan
Categoria: Heterossexual
Contém 3983 palavras
Data: 11/04/2022 19:44:44
Última revisão: 12/04/2022 15:48:08

Começando quase do princípio.

Eu perdi o receio. Soltei o laço da tanguinha branca e despi, ficando completamente nua.

Na noite em que eu pude espreitar pela janela, e vi que a Sally usava os pelos do púbis bem aparados, deixando apenas um triângulo sobre o início dos grandes lábios, eu havia me depilado, cortando e raspando o excesso e deixara igual a ela.

Quando fiquei completamente nua naquela praia olhei para o Lírio e vi que ele me observava com uma expressão de admiração. Meu coração batia acelerado e eu não sabia mais o que deveria fazer. Estava bastante excitada, meus seios latejavam. Não falamos nada. Ele estendeu a mão e puxando pela minha nos levou para o mar. Avançamos sentindo a água tépida e de densidade diferente da água doce. Fomos caminhando até uma profundidade onde a água ficava na nossa cintura. As ondas suaves chegavam sem força e dava para deixar que passassem para arrebentar perto da areia. Mergulhamos e voltamos a levantar felizes com aquela agradável sensação de liberdade. Repetimos aquele ato de mergulhar e emergir umas quatro vezes até que uma onda um pouco mais forte me empurrou para perto do Lírio. Ele me abraçou e pude sentir seu corpo nu colado no meu. O pênis dele estava prensado entre nossos corpos, encostado no meu umbigo. Eu me deixei ficar nos braços dele e não fiz força para sair. Sentia meu corpo inteiro vibrar de emoção. Quando olhei para ele vi que me fitava com aquelas duas contas azuis bem nos olhos e nossas bocas estavam muito próximas. O beijo foi inevitável. Ambos estávamos esperando aquilo. Nossas línguas se enroscavam e passamos a trocar beijos cada vez mais intensos. Minha cabeça rodopiava como se eu estivesse totalmente zonza ou bêbada. Mas a emoção era muito intensa e deliciosamente arrebatadora.

Não saberia dizer quanto tempo ficamos abraçados ali dentro da água trocando beijos e carícias sem falar uma só palavra. Somente as sensações e emoções importavam. Até que ele me suspendeu em seus braços e me carregou de volta para a areia. Quando chegamos onde estavam as nossas roupas Lírio me colocou de pé, abriu a enorme toalha de banho que trouxera e depois, com um beijo ardente me deitou sobre ela. Eu estava inteiramente tomada pelo desejo, e sentia uma emoção tão grande que não conseguia nem me expressar. Lírio começou a beijar os meus seios e eu achei que ia desmaiar de tanto prazer. Ele foi descendo a boca, beijando meu corpo com calma e suavidade. Eu suspirava satisfeita.

Até que ele tocou suavemente com os lábios na minha xoxota, de leve, e eu quase tive uma convulsão de tanto prazer. O ar fugiu dos meus pulmões num suspiro profundo.

Sem querer eu abri as pernas e deixei que ele me acariciasse na xoxota, beijando meus grandes lábios e enfiando a língua bem de leve. Naquele momento eu já estava com orgasmos seguidos que foram aumentando na medida em que ele lambia e chupava minha bocetinha, o meu clitóris parecendo que ia explodir de tão sensível a cada toque dos lábios dele. E as ondas de prazer vieram fortes. Gozei gemendo alto e exclamando como estava bom aquilo. Disse que ele era uma delícia e que eu não queria mais parar. Lírio continuou me chupando até que estremeci e quase desmaiei de tanto prazer. Fiquei trêmula sobre a toalha por quase um minuto. Então ele ficou de joelhos e eu me inclinei e coloquei aquele pênis delicioso na boca, começando a lamber e chupar com muita vontade. Mas era inexperiente. Lírio me acariciava os cabelos e me pedia calma, dizendo que eu lambesse e chupasse com suavidade. Só de ter a sensação daquele caralho pulsando na minha boca eu já estava novamente a ponto de outro orgasmo. Lírio me incentivava explicando como eu devia fazer, se chupava ou se lambia. Eu sentia que estava preparando aquele falo rijo que iria me penetrar. Só de imaginar a cena dele enfiando a pica dentro da minha xana eu me arrepiava toda de volúpia, lembrando da cena que vira Sally e ele fazendo. Quando dei por mim eu estava pedindo para que ele me possuísse, pois eu me vi desesperada de vontade de sentir ele dentro de mim. Então Lírio se levantou e pegando a bermuda, procurou algo no bolso. Vi quando ele pegou o preservativo e um tubo de uma pomada incolor que soube depois ser um gel lubrificante. Lírio deitou-se de costas sobre a toalha e deixou o pau erguido para que eu ajudasse a vestir o preservativo. Ele perguntou:

— Você quer fazer isso? Está querendo sentir ele dentro de você?

Eu soluçava confirmando o meu desejo e fui colocando a camisinha naquele pau que eu já havia lambido e chupado com uma tara enorme. Quando a camisinha estava toda vestida, Lírio espremeu um pouco do gel lubrificante na mão e esparramou sobre a minha xoxota, enfiando um pouco para dentro da vagina com o dedo. Só com aqueles toques eu quase gozei novamente. Ele me provocava com o dedo e eu soluçava satisfeita, entregue àquele prazer incrível. Lírio me perguntou:

— Quer dar essa bocetinha linda?

— Ah, por favor! – Gemi deliciada.

Então, percebendo que eu estava pronta e muito lubrificada, Lírio me conduziu para montar a cavalo sobre o corpo dele. A seguir ele disse:

— Você vai conduzir do jeito que desejar. Faça com calma para ter muito prazer.

Segurei no pênis duro e empinado e guiei para que se encaixasse na entrada da minha vagina. Eu sentia nossos sexos em brasa. Então, Lírio começou a acariciar meus seios delicadamente e uma onda de volúpia me invadiu ao me lembrar da cena dele com Sally. Comecei a remexer as cadeiras e descer o corpo de leve, sentindo a cabeça firme do cacete querendo me invadir. Lírio falou meio sussurrado:

— Vai, sei que quer muito sentir essa piroca fodendo você. Vai com calma e se deixe levar ao delírio! Pede para fazer isso!

Era a pura verdade. Estava deliciada com aquela situação e exclamei:

— Ah Lírio, que gostoso! Invada, me possua, me faz gozar muito!

Sem o menor receio eu deixei o corpo ir descendo sobre a pica que foi abrindo caminho, no início com alguma dificuldade, mas depois deslizou invasora com um calor incrível. A sensação era deliciosa, a tara era tanta que dissipava qualquer resistência ou possibilidade de dor. A emoção daquele falo duro e quente, pulsante dentro da minha xoxotinha, a primeira vez que sentia aquilo, era alucinante. Estremeci sem controle. Lírio me estimulava:

— Vem, faz igual você viu a Sally fazer. Se entregue ao tesão!

Ao ouvir aquilo eu fiquei mais desesperada. Não sabia como ele sabia que eu havia visto, mas não importava naquele momento. Era exatamente a imagem que eu tinha na memória e me entreguei a ele, pedindo que me possuísse, dizendo que eu era dele e queria gozar com ele.

Desci o corpo sem medo e o pau rijo terminou de me alargar e penetrar até no fundo. Eu quase desmaiei tamanho foi o prazer. Sentia o caralho dentro do meu ventre e parecia que ele tinha vida própria, pulsando contrações firmes. Comecei a me movimentar e o prazer foi ainda mais gostoso. Não era tanto um prazer físico como as chupadas que eu recebera no clitóris, era um prazer completo, pleno, de sentir a carne sexual na plenitude do coito, o corpo fazendo movimentos que provocavam mais sensações deliciosas. Começamos a nos mexer mais intensamente e sentimos nossos orgasmos crescendo. Aos poucos terminamos explodindo em um gozo arrebatador. Nossos corpos sofriam espasmos incontroláveis de prazer e nós nos entregamos completamente durante vários minutos, sem nenhum tipo de consciência que não fosse a busca completa do gozo. Quase uma morte em vida.

Depois eu acho que desmaiei e tombei sobre o corpo dele. Creio que ficamos muito tempo abraçados curtindo aquela sensação maravilhosa. Somente quando senti o pênis diminuir de tamanho dentro do meu corpo que Lírio retirou e despiu a camisinha cheia de esperma. Ele me levantou com facilidade e carregada voltamos ao mar para tomar outro banho. Nós nos abraçávamos felizes e nos beijávamos sem trocar nenhuma palavra.

Estava selado ali um pacto de paixão que dispensava as palavras. Eu estava tão feliz que não queria falar nada para não quebrar o encanto daquelas sensações. Finalmente eu pertencia a um homem por entrega total e voluntária. Depois de nadar por uns dez minutos, felizes e satisfeitos, recuperamos nosso vigor físico, e voltamos para a praia. Vestimos nossas roupas sem falar nada do que havíamos feito. Lírio encheu um saco plástico com água, jogou a toalha nas costas e voltamos até onde estava o carro. Lá eu me sentei no banco com as pernas de fora e Lírio me ajudou a lavar os pés para retirar a areia que se grudara. Depois ele fez o mesmo nos pés dele. Estávamos novamente vestidos e prontos para retomar a viagem, mas já éramos amantes e uma paixão incrível estava nascendo.

Enquanto Lírio conduzia retomando a viagem, minha mente em completo êxtase da paixão, viajou na memória revendo um pouco da minha história e trajetória até ali.

Eu sempre cantei, desde que me lembro ainda menina no bairro de uma cidade nordestina, sempre gostei de cantar e dançar, e vivia ligada no rádio e nas cantoras daquela época. Elza Soares era minha preferida. Mal sabia eu naquela época que um dia teria a chance de conhecê-la. Minha família toda era muito musical. Eu durante minha fase de ensino básico, ia à escola bem cedo, e cuidava de meus irmãos menores para que minha mãe pudesse trabalhar fora. Morávamos na periferia, e andávamos uns seis quilômetros para chegar na escola municipal. Eu, a mais velha, ia e voltava com eles da escola. Depois eu ficava em casa, cozinhava, lavava roupa, dava de comer aos irmãos, fazia as tarefas escolares, e todo o tempo ouvindo rádio. Herdei meu lado musical de meu pai que também fora músico. Eu gostava de cantar e sempre era chamada para me apresentar nas festas da igreja. E foi graças a isso que ganhei meu primeiro violão num concurso da escola. Aos poucos, sozinha, aprendi a tocar e então tirava quase todas as músicas que ouvia no rádio e gostava. Também adorava batucar, pois o ritmo me deixava elétrica. Música sempre fez parte da minha vida e foi naturalmente, seguindo meu instinto musical que consegui iniciar a minha carreira profissional.

Aos onze anos eu já era chamada para me apresentar nas festinhas do bairro e da igreja. Aos quinze ganhei dois concursos na minha cidade e com dezessete anos já fazia teatro estudantil e adorava me apresentar cantando e dançando. Como éramos bastante pobres, ganhar um dinheirinho em algumas apresentações representava muito. Não tinha namorados, porque nossa vida não me permitia sair daquela rotina rígida. Naquela época eu não fazia ideia de que já tinha um corpo atraente, com uma boa musculatura desenvolvida pela dança, pelas atividades físicas e por uma genética que me ajudou a ter um físico bem feito.

Eu não me achava bonita de rosto, mas também não era feia, era uma mocinha atraente e alegre como toda adolescente que transborda vida.

Depois que fiz dezessete anos, um parente próximo de minha mãe, primo dela, que possuía uma banda e tocava em festas em outras cidades pediu para que minha mãe me deixasse viajar com eles. Sempre quando ele passava por nossa cidade, nos visitava. Chamava-se Lírio e eu percebia que ele e minha mãe tinham uma forte ligação afetiva porque ela sempre ficava muito contente com sua presença. Quando ele chegava, eu notava que ela se cuidava mais e se enfeitava. Sorria e se mostrava menos brava com os filhos. E naquela altura eu só queria saber de cantar. Implorei para que minha mãe concordasse. Era o período das férias escolares. Eu terminara o segundo grau. Sempre fui boa aluna e tinha esperança de conseguir uma vaga na universidade. Se eu fosse com a banda, teria uma chance de me apresentar para outros públicos. Naquela altura eu já sabia que desejava ser cantora. Eu era moleca, tinha uma formação sem preconceitos, mas também era bem inocente. No começo minha mãe resistiu. Temia que eu me desviasse dos estudos. Mas, o Tio Lírio falou:

— Marinete, você sabe que a Danny tem uma voz rara, e já canta com desenvoltura. Essa turnê pode dar a ela a oportunidade de se encontrar com o seu talento e vocação.

Eu ouvi aquelas palavras, sem saber se era para convencer minha mãe, ou se era mesmo o que ele achava. De qualquer modo fiquei muito contente. Por fim, minha mãe confiou nesse primo e deixou que eu fosse cantar na banda dele durante as férias de final de ano. Desde que ele se responsabilizasse e cuidasse de mim. Era um período com muitos bailes e festas de formatura e a banda viajava bastante passando no máximo dois dias em cada cidade. A gente viajava de ônibus, ou melhor, a banda seguia no próprio ônibus da empresa do Lírio e ele, que era o baterista, viajava no próprio carro seguindo o ônibus, ou indo mais à frente para preparar a chegada na nova cidade, confirmar o hotel e receber adiantado o sinal do pagamento.

Eu fui com ele. No primeiro dia a gente ensaiou quase todo o dia e no segundo a gente viajou. Eu passei a viajar com ele no carro e seguíamos cantando e trocando idéias sobre o repertório. Ele, embora ainda jovem já era homem feito, e parecia sempre bem-humorado. Nos quatro primeiros dias viajávamos de dia e chegávamos quase de noite nas cidades. Na primeira noite num hotel onde toda a banda se hospedava a gente descansava e no dia seguinte ensaiava durante a tarde, preparava tudo para tocar à noite. Lírio alugava um quarto para ele e outro para mim. No dia seguinte da apresentação viajávamos novamente.

Aos poucos já estávamos bem familiarizados e conversávamos com muita amizade. Durante a viagem fazia muito calor e naquele tempo poucos carros tinham ar condicionado. Era começo dos anos 90. Viajar no sertão do Nordeste era enfrentar sol o dia todo. Na segunda cidade eu já estava sabendo o calor que fazia durante a viagem. Tratei de vestir um vestido branco bem leve, de tecido fino, tipo uma bata indiana de algodão, para não sofrer na viagem. Seguíamos com os vidros abertos para o vento poder circular dentro do carro. Era uma perua Ford Belina muito confortável. De vez em quando o vento levantava meu vestido e eu tinha que segurar e abaixar. Lírio olhava sem parecer preocupado e no início eu não percebi que ele me observava com desejo. Lírio também viajava de bermuda e camiseta. Mas o calor era muito forte. Até que numa das viagens passamos por uma região de serra onde cruzamos um riacho de águas límpidas e Lírio resolveu parar para a gente se refrescar. Ele desceu com o carro por uma trilha perto da ponte e parou uns duzentos metros mais a frente perto de um lugar onde havia uma pequena cascatinha de aproximadamente um metro e meio de altura. Logo a seguir o rio formava um remanso. Estacionou onde não ficávamos visíveis da estrada. Era um lugar delicioso e dava para ver pelo modo como estava trilhado, que era frequentado por pessoas que vinham ali tomar banho. Ele desceu e perguntou se eu queria tomar um banho. Na hora eu fiquei com muita vontade e disse:

— Mas minha roupa está na mala lá no bagageiro. Tenho que trocar.

Lírio sorriu e falou sem demonstrar nenhum tipo de maldade:

— Não precisa trocar de roupa. Aqui não tem ninguém. Vou nadar de cueca mesmo. Você pode ficar de calcinha. Ninguém vai ver.

Ele despiu a camiseta como se fosse muito natural. Eu fiquei alguns segundos olhando e pensando se teria algum problema. Foi quando Lírio comentou:

— Eu já vi você sem roupa umas cem vezes, desde que era pequenina. Na sua casa quando era menina você tomava banho no quintal com a mangueira, lembra? Pode tirar o vestido e tomar banho que eu já estou acostumado.

Ele estava de costas para mim, despiu a bermuda e somente de cueca branca foi caminhando até entrar na água. Agia com naturalidade. Fique olhando o que ele ia fazer. Ele entrou na água até na altura da cintura. Depois se virou jogando água para cima com as mãos:

— Está uma delícia! Anda logo! Temos que retomar o caminho.

Resolvi me decidir e retirei o vestido. Estava apenas de calcinha de malha fina. Meus seios eram médios e firmes e eu quase nunca usava sutiã. No momento estava tão interessada no mergulho naquela água que me parecia deliciosa que nem me preocupava mais com nada. Eu não havia sido criada com pudor exagerado, minha educação em casa tinha sido bem liberal e eu nunca fora muito tímida devido aos ensaios de teatro. Também me sentia feliz de poder agir com liberdade junto de Lírio. Fui decidida para a água e entrei sentindo o frescor subindo pelo corpo. Minha pele se arrepiou toda, meus mamilos se endureceram e meus seios ficaram mais rígidos. Afundei na água observando o olhar satisfeito do meu chefe e mestre. Lírio não falou nada e esperou que eu me refrescasse imersa dentro da água. Eu concordei com ele:

— Nossa, está mesmo uma delícia. Que banho gostoso!

Ele permaneceu em silencio rindo do meu jeito alegre e notei que seu olhar estava mais atento em meus movimentos, embora não fosse muito diferente de como me olhava sempre.

Lírio tinha um sorriso bonito, verdadeiro, e era bom de ver. Voltei a mergulhar umas duas vezes enquanto Lírio também se refestelava na água. Ficamos uns cinco minutos ali curtindo o prazer daquele banho. De repente, Lírio lembrou que tínhamos que seguir viagem. Começamos a sair da água. Ele me deu a mão e me ajudou a caminhar pelas pedras da margem. Então, olhei para Lírio e vi que ele me observava muito atento e sério. Sem pensar perguntei:

— O que foi? O que está olhando?

— A menina cresceu. Você ficou uma mulher muito bonita. Tem a alegria de menina, mas já tem corpo de mulher. E que lindo corpo.

A calcinha de algodão fino que eu vestia estava colada no meu corpo e parecia bem transparente. Meus seios estavam empinados com os mamilos muito salientes. Meu primeiro gesto foi tentar me cobrir com as mãos, mas ele disse:

— Não tenha vergonha. Você tem que confiar na sua beleza. Não se importe com o que eu disse, pois é apenas a verdade. Assuma sua nudez e verá que nada mais a deixa envergonhada.

Foi então que reparei que ele estava sério e um enorme volume do pênis duro esticava a cueca molhada. Eu não sabia o que devia fazer. Lírio ao meu lado falou:

— Entenda uma coisa. Você sem roupa ou com roupa é a mesma pessoa. Não tenha nunca vergonha de ser você mesma. Relaxe. Isso é natural. Dispa a calcinha. Eu vou pegar uma toalha para você se enxugar.

Eu fiquei parada sobre uma das pedras lisas da margem enquanto ele ia até ao carro e pegava uma toalha de rosto que estava numa sacola de mão atrás do banco. Eu me sentia ligeiramente trêmula de nervoso com a situação. Ele me estendeu a toalha e em seguida despiu a cueca. Vi o enorme pênis meio ereto e fiquei parada observando. Lírio sorriu simpático e disse:

— Não está acostumada a ver um homem nu e excitado? Pois saiba que é assim que a gente fica quando vemos uma mulher bonita como você. Agora pode se enxugar.

Eu procurei me cobrir com a toalha, mas era pequena. Não conseguia parar de olhar para Lírio nu ali na minha frente. O pau dele estava bem duro e já empinado.

— Vamos moça, retire essa calcinha molhada e se enxugue. Agora já nos conhecemos pelados e não precisamos ficar com vergonha. Somos o que somos.

Eu obedeci e retirei a calcinha procurando me enxugar e ao mesmo tempo me cobrir com a toalha, mas vi que era impossível. Sentia uma certa eletricidade no corpo. Lírio demonstrava muita naturalidade, procurava escorrer a água do próprio corpo com as mãos. Era um corpo bonito, claro, esguio, com a musculatura bem distribuída. Não era musculoso, mas era forte e bem proporcionado. A prática de tocar bateria por horas, lhe dera uma certa musculatura natural muito bem desenvolvida, sem excessos. Um homem maduro e bem elegante. O pau duro permanecia empinado entre as pernas e eu procurava evitar olhar para ele.

Ouvi Lírio falar:

— Você se enxuga e depois me empresta a toalha. Estou esperando. Não ligue para o fato de eu ficar excitado. É natural acontecer no homem, e você é uma mulher bonita que provoca isso. É normal. Relaxe.

Tratei de me enxugar enquanto ele me observava. Ele agia com tanta naturalidade que me dava segurança. Aos poucos a minha timidez foi se dissipando e passei a me sentir mais calma. Ele tinha razão quando disse que eu devia assumir o que eu era.

Mas em vez de perder a excitação eu fui ficando mais consciente da minha sensualidade e de que provocara uma excitação nele. E aquilo me deixava quente por dentro. Finalmente terminei de secar meu corpo e passei a toalha para ele. Ele se enxugou agindo com tranquilidade e eu fique ali parada observando. Não conseguia parar de olhar para ele. Era uma atração muito forte. Lírio foi até ao carro e pegando meu vestido que estava sobre o banco trouxe para me entregar. Em seguida ele também vestiu a bermuda enquanto eu colocava o vestido sobre o corpo. Ato contínuo, ele enrolou a cueca e a minha calcinha na toalha e colocou dentro do carro.

Naqueles dois minutos não falamos nada. Calçamos nossas sandálias de borracha e entramos no carro. Ele manobrou e conduziu o veículo de volta à estrada como se nada tivesse acontecido entre nós, mas o silêncio demonstrava que ambos estavam ainda processando o que havíamos sentido. Era uma cumplicidade. Lírio quebrou o silêncio dizendo com ar alegre:

— Agora já não precisamos mais ter cerimônia. Já temos intimidade e podemos ser mais descontraídos.

Eu me limitei a dizer um sim meio frágil, porque ainda estava sob a emoção de ter vivenciado uma experiência bem diferente e muito excitante. Lírio conduzia o carro entoando uma canção:

“Quando estiver só pode chamar que eu vou”

“Ah! Com você eu vou”

“Por qualquer estrada”

“Nada de chorar eu choro por você”

“Pra ficar com você topo qualquer parada”

“Sou poeira que o vento não levou”

“Sou caminho que só o amor pisou”

“Estou nesta caminhada”

“Sou alguém que você olha e não vê”

“Mas eu sigo você como anjo de guarda”

Reconheci a canção e eu logo estava feliz cantando junto com ele:

“Se precisar de alguém”

“Pode chamar que eu vou”

“Ah! Com você eu vou”

“Por qualquer estrada”

“Nada de temer, eu vou te defender”

“Sou tudo por você, pra ficar do teu lado”

“Sou poeira que o vento não levou”

“Sou caminho que só o amor pisou”

“Estou nesta caminhada”

“Sou alguém que você olha e não vê”

“Mas eu sigo você como anjo de guarda”

Não posso nem expressar com palavras como eu me sentia encantada. Feliz. Cantamos várias canções do nosso repertório. Somente meia hora depois é que ele falou:

— Essa turnê vai ensinar muita coisa a você. Pode confiar em mim. Você vai aprender a ser artista e muitas outras coisas que serão importantes na sua vida.

Eu já estava descontraída e concordei com ele, confessando que me sentia muito animada.

O vento entrava pela janela aberta e de vez em quando suspendia meu vestido, revelando minha nudez, mas eu já não precisava mais me preocupar e seguia a viagem cantando animada.

Continua.

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Comentários

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Simone de Beauvoir, fico muito satisfeita com a sua avaliação e aprovação. Estou ainda me ajustando nessa prática. Muito obrigada. Assim você me encoraja a escrever.

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Tia Berta, nem imagina como eu fico feliz com a sua aprovação. Uma das grandes contistas no site. Gratidão. Muitos beijos.

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Delicinha XXX, que bom que minha história trouxe à tona essa sua lembrança. Você vai contar essa aventura aqui no site? Seria bom. Obrigada.

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Obrigada Herege II, espero que seja um elogio né? rs rs rs

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Superomão, fico contente de ter conseguido provocar isso. Uma das coisas que me preocupava é que nenhuma descrição textual conseguia expressar completamente a emoção que foi vivenciada. Mas agora fiquei pelo menos mais tranquila. Obrigada.

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Obrigada Simone de Beauvoir, fico muito agradecida com as suas palavras. Cantar para mim sempre foi mais fácil do que escrever. Sexo é a força que nos movimenta a todos, e está na base de todas as nossas buscas. Acho que sabe muito melhor disso do que eu. Grata.

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Oi JosephineBaker. Nossa que honra, para uma cantora e atriz receber esse elogio e logo de quem! Agradecida. Vou tentar não desapontar. Mas fiquei com um medinho. rs rs rs

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Muito legal esse começo das descobertas.

Gostei muito! Me lembrou de como eu conheci o meu max. Também foi por causa da música. No meu caso, o samba.

3 estrelas mais que merecidas.

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JQ_AlHarbi - fico agradecida demais. Eu também tenho um pezinho no samba, não vou negar. Aos poucos tentarei contar um bocadinho de tudo. Obrigadinha.

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Lucas Melo, é um prazer ter um cantor de Goiânia na minha lista de leitores. Sabe como é a vida de quem andou na estrada não é? Espero poder contar. Obrigadinha.

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Dan Dan, li o primeiro conto e gostei. resolvi ver o segundo e gostei mais ainda. Escrita impecável, narrativa envolvente, transmite bem as emoções dos personagens. E parece que sua história vai ser ótima. Parabéns. 3 estrelas.

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Leon, fico muito agradecida com suas palavras. Não sou escritora. Escrevo para contar essa história. Por favor, não espere tanto. Obrigada.

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Cara Dan-Dan, apenas uma coisa: você tem o dom.

O melhor a fazer é exercitar, mas sem pressa. Tudo no seu tempo.

Bem vinda e um abraço.

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Old Ted. Agradeço muito suas palavras. Sim, espero corresponder. Demorei para ter novamente a coragem de revisitar essas histórias. Obrigada.

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Oi, SpeedRacer, fico feliz que gostou. Não sou escritora não. Estou apenas tentando contar minhas histórias. Obrigada.

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