As consequências de ter uma esposa infiel (parte 13)

Um conto erótico de Lael
Categoria: Heterossexual
Contém 2811 palavras
Data: 02/04/2022 10:44:43
Última revisão: 02/04/2022 10:51:12

Como esperado, Rocha renunciou ao cargo em uma carta, não foi homem sequer de aparecer publicamente. Passado o meu momento de alegria por me ver livre da chantagem do canalha, bateu uma grande tristeza, eu estava há quase cinco meses longe de Rúbia e não tinha uma mínima pista sobre ela. Continuei procurando-a, e ao mesmo tempo, focando nos estudos para o concurso que seria em outubro.

Ainda durante a campanha, Fernanda começou a me atazanar querendo que o valor que eu pagava de pensão fosse consideravelmente aumentado, pois, na cabeça dela, pelo fato de eu estar trabalhando com um político, estaria ganhando muito mais do que meu salário como investigador. Apesar de explicar que não e que o certo era o valor que vinha já descontado em meu holerite, ela começou a me irritar com telefonemas. A maldita não parava de inventar motivos para me perseguir e ameaçava que iria bolar um jeito de impedir que eu visse meu filho.

Uma tarde, já em outubro, num dos fóruns da vida, reencontrei minha ex-professora Elize, que como citei em outro capítulo, também era procuradora da Justiça e com quem tive uma noite muito quente de sexo no ano anterior. Conversamos por um tempo e vendo que eu estava hesitante para um novo convite, ela tomou a iniciativa e perguntou em voz baixa, mas de maneira determinada:

-Da última vez que nos vimos sem ser na universidade, você estava um tanto atrevido, o que houve? O local o intimida ou perdeu a atração pela professora?

Eu estava há seis meses sem transar, de longe o maior tempo desde que perdi a virgindade e não resisti. Marcamos um encontro para dali a dois dias.

Fomos a um motel e Elize pagou o pato pela minha seca. Aquela mulher madura e de personalidade forte, sabia dominar e ser dominada na cama. Fodemos alucinadamente, até mordida e tapa na cara levei. Num determinado momento na posição de papai e mamãe, ela cravou as unhas em minhas costas, jogou as pernas para cima de mim e gritou:

-Como é bom me sentir mulher, caralho! Soca esse pau duro bem fundo e me faz gozar como puta!

Acelerei meus movimentos, meu pau roçava ferozmente em seu clitóris numa vai e vem alucinante, após tanto tempo sem foder uma boceta, eu estava amando aquilo e Elize também, tanto que gozou com gritos ensurdecedores.

Tivemos mais duas trepadas naquele começo de noite e até em sua boca, gozei. No final, estava sentado na beirada da cama e meus problemas voltaram a me perturbar, é como se eu não conseguisse mais ter paz, e a bola da vez era Fernanda com suas ameaças. Elize notou minha cara de preocupação e disse:

-Bateu o arrependimento?

-Não, o que é isso. Foi uma delícia sair com você novamente, mas é que minha cabeça não anda legal.

Elize me surpreendeu e disse para eu desabafar e contar tudo. Acho que estava precisando mesmo, e contei desde a traição de Fernanda até aquele momento, inclusive a punhalada que me deu ao ir à corregedoria. Também expus meu medo de que ela conseguisse algo para me prejudicar.

Minha ex-professora ficou indignada e após pensar um tempo, me disse:

-A tua ex, você disse que é professora, mas pelo jeito não entende nada de leis, direitos ou não teria ido à corregedoria com uma fofoca barata dessas. Acho que posso te ajudar.

Elize então sugeriu um plano que Fernanda poderia não cair, mas se caísse, definitivamente a tiraria do meu pé. Decidi tentar e chamei minha ex para uma conversa em meu apartamento, dizendo que era uma tentativa de paz. Ela veio e comecei a dizer que pelo bem do nosso filho, deveríamos parar de brigar, mas que para isso, era preciso que as chantagens e ameaças parassem.

-Depois que você me fodeu legal com meus pais vem falar em paz?

-Fernanda, você tentou me foder na corregedoria, me traiu e eu mostrei aos seus pais, se formos contar está 2x1 para você. Vamos parar com isso, estou pagando a pensão certinho, deixei vocês dois na casa que paguei, o que mais você quer?

-Eu quero que a gente volte a viver juntos para calar a boca do meu pai! Nunca ouvi tantos desaforos como nos últimos tempos da parte dele. Você e eu juntos novamente, seria um ótimo para esfregar na cara ele.

-Olha isso! Antes você queria voltar para mim porque dizia que me amava e estava arrependida, agora é por um capricho contra o seu pai, quer manter as aparências, você nem me ama mais.

-Pode ser que não ame mais mesmo, depois dessa das fitas, fiquei com ódio, mas se eu não tiver você por perto, vou te infernizar bastante, isso pode estar certo. Sabe o que já pensei em fazer e não descarto a ideia? Tem um taxista do ponto perto da escola, um cara novo, mas barrigudo e suado, o nojento vive mexendo comigo. Quem sabe um dia eu não dê para ele e em troca peça para ele me dar umas porradas bem dadas na cara, me deixar marcada, aí vou para a Delegacia da Mulher mais próxima e conto que foi você. Acho que isso seria motivo para eu poder me mudar com meu filho e a Justiça impedir que você chegue perto da gente, pelo menos por um bom tempo.

-Você é doente.

-Sou e você...

Nesse momento, Elize que estava ouvindo toda a conversa do quarto, apareceu na sala, estendeu a mão à Fernanda e disse:

-Boa tarde! Sou Elize Ferretti procuradora de Justiça do Estado de São Paulo, quero comunicar que ouvi toda a conversa e além de servir como testemunha das perseguições e ameaças que a senhora tem feito ao seu ex-marido, mas mais do que isso, como advogada, irei orientá-lo passo a passo a como requerer a guarda da criança, uma vez que claramente o seu comportamento inapropriado pode também afetar na criação do filho de vocês.

Fernanda levou um baita susto, mas ainda quis bater boca:

-Mais uma armação, Raul? Arrumou uma outra puta para bancar a poderosa e tentar me intimidar.

Elize sacou seus documentos e quase os esfregou na cara de Fernanda. Com voz forte e intimidadora, gritou:

-Estão aqui os meus documentos! Acho melhor a senhora mudar de tom agora ou iremos direto a uma delegacia e depois a um tribunal, onde a processarei pelo que disse. Acho que a senhora ainda não se deu conta da gravidade do que acabou de se meter.

Fernanda ficou pálida ao ver que Elize não estava blefando, minha ex-professora se aproveitou do momento e disse:

-Quer conversar e chegarmos a um acordo aqui ou prefere pagar para ver e correr o risco de perder a guarda do seu filho e ser processada tanto pelo seu ex-companheiro quanto por mim? Como ficamos?

Fernanda não respondeu nada, mas balançou a cabeça afirmativamente.

-Bem, como eu disse, o que ouvi aqui é muito grave, sou procuradora de Justiça e minha palavra é respeitada. Numa briga entre marido e mulher, a Justiça, corretamente, muitas vezes decide a favor da mulher já que essa quase sempre é vítima, mas isso não quer dizer que a senhora ou qualquer outra possam fazer o que quiser, inventar qualquer loucura e um juiz irá acreditar. Agora, tendo eu como testemunha de todas as barbaridades que ouvi aqui, pode ter certeza, que são grandes as chances de você perder o seu filho ou pelo menos de ser processada.

-O que vocês querem? –Perguntou Fernanda.

-Como falei para você, Fernanda, quero paz, vá viver sua vida e me deixe quieto. Você ouviu o que a doutora Elize disse, se eu quiser, posso requerer a guarda do Pedro, mas estou disposto a deixá-lo com você, porque apesar de tudo, não posso te acusar de ser uma mãe ruim, mas se não parar com suas ameaças, provocações e armações, aí eu não terei outra alternativa.

Elize completou:

-Só um detalhe relevante, não pense a senhora que poderá ficar quieta por uns meses até abaixar a poeira e depois recomeçar as perseguições. Independente de ser amanhã, daqui um mês, um ano se o Raul decidir entrar na Justiça, serei testemunha do que ouvi aqui e pode ter certeza, num tribunal, isso pesará muito contra a senhora.

Fernanda chorou irritada, mas por fim, concordou, morrendo de medo de mim agora, disse que pararia de me perturbar. Quando ela se levantou para sair, tive que dar uma última cutucada:

-Sabe, Fernanda, achei que você fosse mais inteligente. Depois de ter caído na minha armação de gravar a sua confissão de que me traiu dez vezes, achei que você não toparia vir ao meu apartamento para conversar com medo de ser gravada, mas não só topou como ainda me contou de antemão o que estava planejando contra mim.

Mas coube a Elize a pancada final:

-É duplamente triste para mim ver o seu comportamento, primeiro por ser mulher e agir exatamente como muitos homens fazem com suas ex-esposas, perseguindo-as, ameaçando-as, imagino o que a senhora não faria se tivesse o poder da força física, provavelmente, o usaria também, as suas atitudes provam que caráter ou falta dele não tem gênero. Também lamento, pois assim como a senhora, sou professora e posso dizer que nem de longe suas atitudes são dignas de uma.

Fernanda era a imagem clara da derrota, era um time que sonhava em ser campeão e sai de campo com um 10x0 contra.

Desse dia em diante, ela mal teve coragem de me olhar nos olhos. Nossa conversa se resumia a um bom dia, boa tarde quando eu ia pegar o meu filho.

Fiquei muito grato a Elize e ainda tivemos uma última transa naquele mês. Ela seguiu no casamento de aparências com o marido, mas creio que tinha seus casos, pois era muito atraente.

Naquele mês ainda obtive mais uma vitória, prestei o concurso e mesmo não tendo me dedicado tanto devido ao tempo perdido com a campanha patética do Rocha, quando fui conferir o resultado, vi que tinha passado. Eu assumiria uma delegacia em janeiro, após um rápido treinamento que começaria em novembro e iria até perto do Natal.

As ligações que eu atendia e logo caíam, continuaram e começaram a chamar a minha atenção, pois agora eu ouvia até a respiração da pessoa, não era, portanto, um defeito da linha. Só que o que a pessoa não sabia é que sendo da polícia, eu tinha facilidade em rastrear de onde estavam vindo essas ligações e consegui. Descobri que a última era simplesmente de um orelhão próximo ao meu prédio, mas as demais eram de uma cidade chamada São Roque que fica bem perto de São Paulo. Liguei para lá e na hora que atenderam ouvi que era de uma clínica de repouso mental.

Resolvi ir pessoalmente ao local, uma área grande com muito verde e paz. Se eu contasse que era policial e estava atrás de Rúbia ou Silvia que era seu nome verdadeiro, com certeza e com razão, diriam que só com uma autorização judicial, por isso, fiz de conta que era uma visita comum, comprei algumas frutas, bolachas e decidi arriscar. Ao chegar à portaria, disse o nome completo dela e me mandaram esperar. Ali, achei que fosse dar alguma merda. Um tempo depois, apareceu um dos responsáveis pela clínica e disse:

-O senhor veio visitar a Silvia?

-Sim, Fiquei sabendo só agora que minha prima estava aqui e resolvi vir hoje.

-É, mas chegou tarde, faz dez dias que ela saiu.

-Puxa vida! Mas o senhor sabe se ela voltou para a cidade dela ou se foi para São Paulo, queria muito ver como ela está.

-Isso a gente não pode passar, a paciente não permitiu.

Ainda tentei arrancar alguma coisa, mas o cara foi bem seco. Eu tinha voltado a estaca zero, porém uma enfermeira obesa passou perto de mim e me disse baixo:

-Você é o Raul, não é mesmo?

Surpreso, balancei a cabeça afirmativamente.

-Saio às cinco, tem um ponto lá na estrada, à esquerda, me espera lá, que eu sei de informações sobre a Silvia.

Naquele momento, senti uma alegria imensa, estávamos no final de outubro e eu não a via desde abril, mas a o reencontro agora estava próximo.

Pouco depois das 17h, a enfermeira apareceu e começamos a conversar.

-Vou te contar o que sei apesar de ser contra as regras da clínica e contra o que a própria Silvia me pediu. No começo de junho, voluntariamente, ela pediu para ser internada aqui. O psiquiatra detectou que ela tinha uma crise muito forte de ansiedade e um começo de depressão, mas que poderia ser medicada e ir para a casa, porém ela insistiu tanto dizendo que estava pensando em fazer bobagens e que precisava estar sob cuidados de alguém, acabaram deixando-a ficar. Nós ficamos amigas e ela me contou a história de vocês, falava nisso o tempo todo e disse que após a separação ficou em uma pensão, mas começou a se sentir muito mal, sentia palpitações, falta de ar e chorava muito pensando e você, aí descobriu que aqui poderia ter uma vaga para ela. A Silvia ficou aqui até o mês passado, quando se deu alta por conta própria e foi embora.

-Sim, mas ela disse para onde?

-Não. Só me contou que iria tentar te ver uma última vez e depois se mudaria para uma cidade qualquer no interior.

Fiquei arrasado, pois seria quase impossível encontra-la, mas ainda tinha uma última pergunta:

-Eu recebi várias ligações da clínica, só poderia ser ela, você sabe por quê?

-Como ela não era uma paciente, paciente mesmo, a Silvia ajudava em algumas coisas na parte da administração, acho até que fazia bem a ela e aí, quando ficava sozinha em uma sala, te ligava, mas era bem mais que uma ou duas vezes, é que quase nunca você estava na sua casa.

-Estava envolvido na merda de campanha política do Rocha, rodando pelo estado.

-Bem, sinto não poder te ajudar, isso é tudo que eu sei

-Mais uma coisa, como ela estava quando saiu daqui?

-Não vou dizer que estava ótima, ainda demonstrava uma grande tristeza, mas já estava bem melhor do que quando entrou e também prometeu continuar com os medicamentos e estava disposta a trabalhar, mas olha, foram meses pesados de sofrimento para ela.

Voltei para São Paulo devastado, queria ter a chance de dizer a Rúbia que mais ninguém iria nos separar, pedi-la em casamento como prova de que não mais a deixaria para trás, constituir uma família juntos, mas isso agora era um sonho distante. Talvez fosse melhor me conformar que a vida tinha me dado uma baita rasteira e seguir em frente, arrumar uma nova pessoa.

Os telefonemas tinham parado. As eleições chegaram e Resende, que substituiu Rocha, acabou perdendo. Alguns dias após o resultado oficial, decidi que era hora de me vingar de Rocha. Fiz várias cópias da fita de sua transa com a travesti e com a garota de programa e fui a alguns jornais e canais de TV.

Para meu desapontamento, alguns disseram que não tinham a intenção de publicar, pois estava mais para fofoca e outros ficaram de analisar.

Passei o resto do dia ligando para jornalistas que ficaram com o material, nos da TV, nenhum quis veicular mesmo editando as partes obscenas. Estava desanimado, até que o jornalista da Folha me ligou e disse.

-Cara, vai ser capa do Notícias Populares amanhã. Te prepara porque frisaram várias imagens, fotografarão e vai sair na matéria. Nós tivemos que entrar em contato com o Rocha, porque uma regra básica do jornalismo é ouvir a outra parte, mas ele nem nos deixou terminar de falar, bradou que tudo não passava de uma farsa e até tentou ligar para a chefia nos ameaçando de fechar o jornal se o nome dele for minimamente citado, foi isso que irritou mais ainda a direção porque ele acha que ainda estamos nos tempos da ditadura e que pode censurar.

-Maravilha, mas tem como eu ir à gráfica pegar o jornal assim que sair?

-Sim, procura o Alves e diz que eu mandei,

Os jornais começavam a ser distribuídos no meio da madrugada nas bancas, mas eu queria que Rocha recebesse o mais cedo possível, sem ter tempo de ser avisado por alguém que lesse antes. Peguei alguns exemplares e fui para porta da casa dele e às 4h30 da manhã

Em poucos minutos Rocha se veria na capa do Notícias Populares, com cara de cansado sem camisa, ostentando sua barriga e com a seguinte manchete “Secretário Rocha é filmado em festinha com travesti e prostituta”. E na legenda da foto colocaram. “Apesar de se dizer conservador, Rocha estava bem liberal na filmagem”.

A casa iria cair para Rocha e eu queria ser o portador da notícia.

Amanhã postarei a última parte.

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Foto de perfil de Lael Lael Contos: 250Seguidores: 750Seguindo: 11Mensagem Devido a correria, não tenho conseguido escrever na mesma frequência. Peço desculpas aos que acompanham meus contos.

Comentários

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Esperando o final, e se continuar do mesmo jeito, será um final feliz. Tô gostando muito da história. Nota 11

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Fernanda teve o que merece... Pessoa sem caráter e não amadureceu nada... Nova Renata do Lael ela.

Tomara que ele consiga encontrar rubia

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Parabéns Lael uma história linda nota mil, já esperando a última parte e próximo conto parceiro kkkkkkk nota mil.

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Valeu pela força, Almafer. Abraço

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Muito grato com seus elogios.

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nossa que bom que ele esta conseguindo se livrar das ameaças e chantagens, muito legal mesmo...tomara que consiga se reencontrar logo com a Rubia.... top demais nota 1000

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Obrigado, talvez o final não agrade a todos, vamos ver

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Ptz Lael, agora só falta a Rubia!!!!!!! 3 estrelas!!!!!!

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Essa história está cada vez melhor!!! Simplesmente perfeita!! Top D+ amigo!!

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Aguardando. Não tem outro jeito. Amanhã a gente se encontra no apartamento da Sílvia... Nota 1000, como sempre.

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