Veio a formatura de João e Carol... O vestido de Carol veio de Paris, pago por mim. Ela me pediu este mimo e foi uma forma de eu agradecer a ela por tudo o que ela fazia por João... Mais do que amante dele ela era amiga, confidente, e sei que ela sempre falava para o João vir e fazer as pazes comigo... João ganhou de presente de Carol um terno de grife... Ele sempre era acostumado com a coisa básica popular, eu queria o meu homem bem vestido nesse momento único da vida dele... foi pago justamente por mim também...
Eu por dentro me consumia de ódio e raiva por não ser o par da valsa de João, mas engolia o orgulho, fui eu mesma que escolhera essa vida... Tinha certeza de que se eu decidisse continuar medicina e abandonado a personagem eu teria conseguido voltar com ele...
Mas é uma incógnita né? Eu tinha vontades, eu queria este papel... Ele devia ter tesão na Carol também, porque segundo a Andressa ele a comeu com muita vontade... Na ocasião Andressa me relatou a carência dele também... Ou seja, eu estava sendo negligente como namorada... Se é que algum dia eu deixei de ser... Fui uma péssima namorada desde o início...
João sempre quis falar, mas eu nunca deixei...
Sejamos coerentes, duas coisas não mudam em nossa vida, nossas decisões e nossas escolhas. Somos eternamente responsáveis por ela. Não vamos querer colher milho se plantamos batatinha...
João poderia ser para sempre de Carol... Achava difícil que isso acontecesse, mas poderia... Mas eu Joana tinha uma certeza, eu pertenceria para sempre a João, nem que para isso teria que morrer virgem novamente!
Na formatura eu queria dar um presente a João, combinou com Carol que ela faria sexo em local público... João curtiu muito o lance dentro do carro comigo... sabia que ele adorava essa sensação estranha... Seria um presente dela a ele...
Mas sabia que se fossem pegos, João poderia ter sua carreira prejudicada... Ele tinha muito futuro... Aí Lembrei de um policial lá amigo de João e Carol, iniciou a faculdade com eles, tratei de conseguir o telefone dele, fiz alguns contatinhos e logo entrei em contato com ele e Carol, este combinou que o mesmo iria suspender sua folga e ia “acompanhar” a aventura, dando aquele flagrante no fim para dar mais “tesão” no ocorrido, mas garantindo a segurança e privacidade deles...
Essa foi uma das surpresas que dei a João...
Os detalhes do sexo eu não tinha porque Carol não gravou, mas ela me deu alguns detalhes... Disse que desde a noite ela sensualizava para o João... Que na festa João tomou algumas doses de tequila e enlouqueceu... Como quem iria dirigir era Carol ela não bebeu... João começou a passar a mão nela e a tocar em suas partes dentro da festa, até que por volta das 5 da manhã Carol deu aquela intimada no João...
É gente, nisso João nunca mudou... sempre tinha que ter alguém tomando a atitude... Quando ele joga a cueca no chão a coisa muda... ele passa a mandar no sexo, mas até chegar lá ele era lento... aliás ele nunca deixou de ser rsrs...
Conforme Carol levou ele até uma praça em Curitiba, ou nas proximidades, parou o carro e naquela rua que era praticamente só comercial naquele momento não tinha nenhuma viva alma... salvo pelo policial que ela sabia que estaria lá... Feito isso ela fez a temperatura subir dentro do carro e segundo ela João estava muito excitado, a ponto de subir o vestido que dei a ela até a cintura e simplesmente
Duas semanas disso Carol me ligou falando que precisava seguir sua vida, que João era bom demais na cama mas ela queria mais, ela queria amar, ser amada e que João jamais sentira por ela algo mais que tesão...
Fiquei aliviada e satisfeita com o que ouvi e ao mesmo tempo preocupada, como vigiar João?
Poderia colocar um detetive na cola dele... mas não seria justo. Sabe aquela história de quem é nosso sempre volta? Decidi deixar nas mãos de Deus decidir se voltaríamos ou não...
Logo depois recebi uma mensagem muito especial, era João, me falando de seu novo número... Poderia ser uma mensagem automática, no início acreditei nisso, até que vi que ele falou: esse número estou enviando a todos que marcaram minha vida... Poderia e por certo deveria ser automática, mas ele selecionou os contatos que quis com certeza...
Me senti especial... Carol sempre disse que ele ainda me amava, mas eu sinceramente tinha minhas dúvidas. Mas confesso que milionária, bem sucedida, com rendas futuras, estava começando a pensar que o meu momento de parar com o personagem estava chegando, mas isso só faria sentido com João comigo...
Ainda na Europa, fui para Japão, China... entre outros países... Faturei muito dinheiro... Talvez Neymar, Messi, CR7 teriam ganho mais $$ que eu, mas sem dúvida, ganhei mais que a maioria dos jogadores da seleção, exceto os craques...
E tinha rendas, eu era a minha agente e a minha empresária, diferente desses jogadores que deixam boa parte de suas luvas e salários nas mãos dessa gente... Além disso, minha marca de produtos eróticos era revendida para mais de 60 países...
Já ouviram falar que existe uma hora que é preciso voltar?
Chegou a hora de voltar ao Brasil, exatos 1 ano antes do meu reencontro com João...
Pelo que sabia ele tinha virado juiz. Não tive mais notícias dele nem espionei sua vida. Mas claro, dentro do judiciário conhecia muita gente e o que me diziam é que ele tinha muito futuro... Muitos o viam como o futuro presidente do STF...
Chegando ao Brasil, meu cliente bem antigo, quatrocentão da elite paulista me procurou... Minha ideia era reduzir os atendimentos, mas ele era cliente antigo... Logo no primeiro encontro senti o pé atrás, veio com rosas vermelhas, chocolates, anel de diamante... Vi que estava apaixonado por mim...
Disse que não esqueceu de mim nenhum segundo... Olhei nos olhos dele e vi que a energia não era boa... Tínhamos uma amizade, assim como tenho com o político. Mas confesso que com o quatrocentão não senti firmeza...
Andressa sempre meu braço direito, esquerdo e meu apoio... ela era demais... Fazia tudo por mim.
Até que um dia o quatrocentão me procurou e eu ignorei, não me senti confiante para tal...
Dias depois ele não se deu por satisfeito e procurou Andressa, existiam duas formas de me contratar, comigo diretamente ou com a Andressa... Geralmente era com ela, salvo os clientes amigos... A Andressa não sabia do meu pé atrás com ele e marcou uma sessão...
Pensei em cancelar, mas eu era muito profissional e esse cara querendo ou não tinha muita influência...
Eu neguei dezenas de pedidos de namoro e casamento dele antes disso... chegou a me oferecer milhões para ter uma noite comigo... Coisa que na ocasião ele já nem tinha mais... Era o legítimo membro de uma elite falida...
Eu como profissional resolvi fazer essa sessão, que marcaria minha vida positivamente e negativamente... Negativamente mediante a tragédia que aconteceu, positivamente porque me aproximou da pessoa que eu nunca deixei de amar...
Ele quis ser atendido em um imóvel dele, preparado para a prática masoquista... Uma dominadora amiga de Bia já tinha atendido ele lá, diz que o local era seguro e bom... Quando atendia ele ia sempre em motel ou no meu estúdio (que fiz posteriormente em minha mansão no Morumbi).
Pedi a Andressa que fosse até o local e se certificasse de tudo, ela foi e me deu um feedback positivo... Ele era experiente nisso... já se relacionava com dominadoras há mais de 25 anos... Sentia tesão em apanhar e ser subjugado desde os 20 e poucos anos...
Combinando os detalhes, o cliente queria a prática de privação de sentidos... Ele tinha pago inclusive de forma antecipada essa sessão e um valor muito acima do que eu cobrava antes de ir para fora do Brasil...
Por mais que o cachê fosse elevado, eu não me sentia em segurança para essa prática, pelo menos não com ele mediante as circunstâncias... Já ouviram que a vida nos manda recados?
Realmente ela manda... eu não queria ter feito esse atendimento, algo dizia para mim não fazer...
Mas não posso deixar de destacar que esse atendimento me fez nascer Joana novamente... O que chamamos de males que vem para bem...
Conversando com o cliente chegamos na conclusão que eu iria amarrar ele e propor uma “surpresa”, deixando ele sozinho por alguns instantes... Era melhor que privação de sentidos... Eu me sentia mais segura nisso...
O filho da puta planejou tudo... e eu cai... Eu sabia que era cilada, sentia isso, mas ao mesmo tempo não me recusei a fazer o atendimento...
Chegando ao local de atendimento, Andressa ficaria do lado de fora e meus seguranças também próximo ao local, mas lá dentro claro que só eu e o cliente...
Quando cheguei, acho que devido a raiva que eu estava dele, já mandei um tapa naquela cara na hora... Mandei imediatamente que ele ficasse de quatro, e nessa posição apliquei 15 chicotadas com o meu chicote mais severo... Nem precisei amarrar ele nem nada... Ele me obedeceu como tinha que ser... As chicotadas foram pesadas... eu queria descontar nele a insolência dele em me pedir em casamento... A bunda dele se encheu de vergões... Não chegou a sangrar, mas se dali ele saísse vivo talvez teria dificuldades para sentar...
Ele estava em êxtase, até achei que a curtição dele era como antigamente e me incorporei ainda mais no meu personagem... Madam Emotion estava ali, firme e forte...
Após a sessão de spanking eu comecei os trabalhos de amarração...
Comprei cordas especiais, apropriadas para a prática, tudo novinho e iniciei a aplicação. Eu tinha isso mas como usava só em meu estúdio não quis tirar de lá...
Neste momento eu não usava luvas... A corda que eu utilizei era de cor preta, especialmente preparada para isso, revestido com um couro ao redor... Naturalmente que as marcas de minhas digitais ficavam nela...
Amarrei ele do qual tirei qualquer contato dele com o chão, ficou na posição que chamamos suspenso... Naturalmente que nessa prática nós cuidamos muito para o caso de acidente, deixando o cliente em uma posição que em eventual acidente ele não sofra fraturas e sua cabeça fique protegida...
A posição dele era deitada, de barriga para baixo... Sua bunda ficou exposta e foi um convite para que eu pegasse aquele chicote bem severo e aplicasse mais 5 chicotadas na bunda dele... Na última chicotada eu fingi que não ouvi, mas ele falou Eu te amo minha rainha...
Após a amarração e as chicotadas eu sai e disse que logo logo viria o seu presentinho... Ele na hora me respondeu: ESSE PRESENTE É MEU SONHO...
O filha da puta fez tudo de forma intencional, planejou tudo aos mínimos detalhes. Cometeu erros, justamente nesses erros que me levaram a escapar da prisão... Mas naturalmente como todo processo preciso comprovar que esses erros aí eram meu salvo conduto...
Ao sair da sala dou de cara com o porteiro/vigia do local, que de forma assustada me disse assim: eu não vou entrar lá tá... eu vou deixar o doutor sozinho lá...
Achei estranho o tom de voz, eu ia sair com a Andressa e iria voltar umas 2 horas depois, com ela nua... Seria a tal surpresa... Minha ideia era que Andressa entretece ele ali e quem sabe ele saia do meu pé... Mas mediante a tudo o que aconteceu, porteiro, as palavras... optei em ficar ali esperando. Senti um arrepio na postura do vigia...
De repente ouvi um barulho...
Continua...