Continuando…
A madrugada do sábado para o domingo foi um momento importante de mudança em nossa vida. Éramos um jovem casal iniciando um relacionamento, sonhando com o futuro e fazendo planos para a vida a dois. Jen já sabia o que queria e eu começava a descobrir que os meus medos eram infundados e que ela não queria o meu consentimento para se divertir e sim, a minha parceria e cumplicidade.
Acordei por volta das dez horas da manhã e Jen me olhava sorrindo. À sua frente, uma bandeja com um caprichado café da manhã na cama: suco de laranja, pão tostado, geleia de morango, café puro e com leite… o que eu tinha feito para merecer tudo isso?
Aqui eu preciso interromper a minha narrativa. O que vem pela frente, será muito mais interessante para vocês acompanharem pela experiência da Jen. Essa parte da história diz muito mais sobre ela do que sobre mim. Então, sem mais delongas, deixo vocês com a minha Jen:
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Meados de outubro de 2021.
Existe um grupo de whatsapp aqui em nossa cidade onde casais liberais têm a chance de se conhecer melhor e interagir. Descobrir quais casais são mais apropriados aos seus fetiches, aqueles aos quais tem mais afinidades, esse tipo de coisa. Esse grupo tem regras rígidas e inflexíveis sobre respeito e comportamento e aqueles que não cumprem o que foi determinado, são excluídos imediatamente e sem aviso prévio.
O primeiro e mais importante requisito: são aceitos, somente, casais apresentados por um casal membro. No caso de violação às regras, os dois casais são excluídos. Mulheres solteiras são aceitas após uma pesquisa com os membros, pois muitas das esposas ali são bissexuais. E homens solteiros, não são admitidos em nenhuma hipótese.
Eu sou a Jen, casada com o San e acho que todos já nos conhecem bem. Um casal que aos olhos dos vizinhos, da família e dos amigos, é só mais um, entre tantos. Que trabalha, paga seus impostos, cria seu único filho…
Como a pandemia acabou com os encontros presenciais entre os casais liberais, a única forma de sair um pouco da rotina era o ambiente virtual.
Fomos adicionados nesse grupo por um casal de amigos que eram os administradores. Na primeira semana, eu e o San combinamos de observar bastante e não interagir. Logo nos primeiros dias, reparei que uma das mulheres do grupo, que usava o pseudônimo de Morena, era bem seletiva com as pessoas que conversava e bastante divertida também.
Fiquei acompanhando suas interações por cerca de dez dias. Éramos muito parecidas na forma de ser. Tínhamos preferências semelhantes e logo que eu comecei a interagir, nos tornamos cúmplices na interação no grupo. Estávamos sempre trocando mensagens, e em pouquíssimo tempo já nos considerávamos boas amigas. Amigas, eu digo, naquele ambiente virtual.
Em um churrasco na casa de outro casal de amigos, que também estavam no grupo, começaram a me fazer perguntas sobre Morena. Apesar de serem frequentes no grupo, pouquíssimos casais ou mulheres tinham saído com ela e o marido. Uma amiga me perguntou:
- Vi que vocês duas ficaram muito próximas. Estou com ciúmes. Você mal fala mais com a gente.
Eu, estranhando aquele ciúme, respondi:
- Não é para tanto. Na verdade, passo muito pouco tempo no grupo. Minha rotina é corrida.
Essa amiga, parecendo chateada, disse:
- Quando entra, você só quer saber da Morena.
Um pouco brava com as cobranças descabidas, respondi de forma seca:
- Parem com isso, meninas! Olha eu aqui na sua festa. Se fosse tudo isso que você está falando, eu estaria lá com ela. Que, inclusive, convidou eu e o San para um jantar.
Minhas amigas admiradas, preferiram encerrar a conversa, vendo que eu estava próxima de me estressar com as três enxeridas.
Como todos sabem, eu e o San somos profissionais da área da saúde. Era começo da pandemia e o San tinha perdido uma grande parte dos seus clientes e também da sua renda. Até o seu trabalho em um novo projeto na cidade tinha sido cancelado. Eu trabalhava terceirizada e com contratos curtos. Por sorte, o projeto cancelado pagou ao San o valor integral do contrato. Sempre fomos controlados com a nossa vida financeira e tínhamos uma boa poupança que nos daria uma vida confortável por pelo menos, um ano. Confortável, mas sem exageros. Tínhamos que diminuir os gastos e controlar as despesas para passar por essa fase difícil.
Essa situação, me fez adiar por várias semanas a resposta ao convite da Morena. Até que ela, cansada da minha enrolação, resolveu ser direta e me perguntar se eu não estava interessada em conhecê-los. Preferi ser honesta e falar o que estava acontecendo na minha vida e que não era um momento propício para eu e meu marido gastarmos dinheiro com saídas ou diversão. Morena de forma muito cuidadosa e brincando conosco disse que quem convida, paga o banquete. Ainda assim, levou algumas semanas para que eu e o San aceitássemos o convite.
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Maio de 2009.
A experiência com Lívia e San na madrugada foi maravilhosa. Eu estava muito orgulhosa do comportamento dele. Acordei mais cedo no domingo e preparei um café da manhã caprichado para o meu amor e o servi na cama. San acordou e ficou surpreso ao me ver ali na sua frente com uma bandeja caprichada. Ele perguntou:
- O que eu fiz para merecer tudo isso?
Eu só queria mostrar a ele a importância daquele momento para mim. Eu respondi:
- Isso é por você ter sido tão bom e compreensivo ontem.
San me olhou com ternura e me puxou para um abraço. Tentei beijá-lo, mas ele não deixou. Se levantou e foi escovar os dentes e lavar o rosto.
Ele voltou e aí sim, me deu um beijo maravilhoso. Sentou na cama e antes de começar a apreciar o café que eu trouxe para ele, me serviu um suco. Eu achei aquilo tão cuidadoso, uma simples atitude de carinho, mas muito reveladora sobre o seu cuidado comigo. San sempre foi assim, não importa se é um simples café ou uma ida ao cinema. Ele primeiro pensa em mim e no nosso filho antes de se preocupar com as suas próprias vontades.
Sam pegou um pedaço de bolo de laranja e preparou para ele uma xícara de café com leite. Bebeu e comeu sem parar de me elogiar em nenhum momento. Esperei ele acabar de comer para entrar no assunto. Eu disse:
- Obrigado por ontem. Você se divertiu?
San me olhou curioso. Pensou por um tempo e depois falou:
- Gostei muito da sua atitude. Você se superou.
Eu não entendi direito o que ele queria dizer. Eu perguntei:
- Que atitude? Eu estava achando que você ficaria bravo por eu ter feito aquilo com a Lívia na frente do tio. Mas eu vi que você estava curtindo e forcei um pouco a barra para você se soltar também.
San me deu mais um beijo muito gostoso e disse:
- Eu falo da forma que a coisa rolou. Você trocou de roupa e em nenhum momento deixou a sua nudez exposta para o tio. Eu fiquei muito feliz com isso. Sei que é uma idiotice da minha parte, mas você achou uma forma de cumprir o nosso combinado e ainda realizar o seu desejo.
Na verdade, minha intenção tinha sido essa mesmo. Dessa forma, eu consegui fazer o San se soltar e entrar na fantasia. Naquele momento de nossa vida, eu jamais imaginava que iria estar nua na presença de outro homem futuramente e que aquela situação com o tio Omar, tinha sido um acontecimento único.
San acordou tão excitado e feliz que me agarrou com vontade. Começou a tirar a minha camisola e me beijar inteira. Eu, pela primeira vez, pedi para ele ir com calma, pois estava um pouco sensível e dolorida da noite anterior. Minha xaninha precisava de língua carinhosa e não de rola dura socando fundo.
San me chupou com calma e carinho, caprichando nas linguadas em meu grelo. Eu rebolava entregue a língua do meu macho. Suas mãos em meus seios e minha bunda, aumentavam demais a minha sensação de prazer. San me chupava de forma gentil e dava beijinhos na minha xoxota sensível. Gozei gostoso depois de pouco tempo. Um gozo calmo e prazeroso, mas tão bom quanto todos os outros. Já comecei o dia relaxada.
Fomos obrigados a levantar de vez e começar a cuidar do almoço, tio Omar ia embora no fim da tarde e todos viriam se despedir. Inclusive, a mãe do San, que vinha cedo para ajudar.
Espantamos a preguiça, tomamos um banho rápido e nos vestimos. Pouco depois, Lívia e o tio chegaram. Decidimos o cardápio e dessa vez, Lívia e eu que iríamos preparar a lasanha. San e tio Omar foram ao mercado. Trinta minutos depois, a mãe do San também chegou. Ficamos conversando até os homens voltarem e com a presença da minha sogra, Lívia e eu tivemos que disfarçar e não tocar no assunto. Eu queria muito saber como tinha sido aquela experiência para ela. Se ela estava tão feliz quanto eu.
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31 de dezembro de 2021
San e eu viajamos para curtir o ano novo na praia. Mas o clima esteve tão ruim, só chovia, que no dia trinta e um resolvemos voltar para casa e ficar com nossa família. Chegamos logo após o almoço. Buscamos os meus pais e todos fomos para a casa da mãe do San.
Durante os últimos dois meses, a troca de mensagens entre Morena e eu tinha se intensificado e durante a noite de réveillon, San até chegou a brigar comigo por não largar o celular. Mostrei a ele as mensagens e mesmo assim, ele continuou um pouco chateado comigo.
Foram dois meses de muita descoberta. Morena também era da área de saúde, mas o que nos diferenciava, era que ela já estava no topo da profissão. Ela se chama Helena e o marido, Henrique. Não eram casados, mas assim se tratavam. Por coincidência, Henrique também era de família árabe e nasceu no Rio de Janeiro, assim como o meu San. E para mostrar o quanto esse mundo é pequeno, as famílias se conheciam desde sempre. A comunidade árabe no Rio é muito unida.
Mas o que me deixou mais surpresa, foi descobrir que Helena e Henrique não eram um casal liberal tradicional, pois entre eles ainda havia Mariana. O título dessa parte da história, podia ser: um jovem casal liberal conhece um trisal.
Naquela noite de réveillon, Helena me fez uma chamada de vídeo, a nossa primeira desde o dia em que começamos a conversar e eu aceitei. Confesso que fiquei muito feliz com o que encontrei do outro lado: duas lindas mulheres sorrindo para mim, felizes por me ver pela primeira vez.
Helena é morena clara, lindos olhos castanhos escuros, cabelos levemente ondulados e uma boca de lábios carnudos que vivem enfeitados por um sorriso radiante, daqueles que iluminam o ambiente à sua volta. Mariana é o completo oposto de Helena: Loira de olhos azuis, cabelos lisos e traços nórdicos, parecendo uma modelo européia que a gente encontra facilmente em qualquer revista de moda.
O encanto das duas comigo era o mesmo que o meu por elas e só de nos olharmos, sabíamos que iria rolar alguma coisa. Era só questão de tempo e oportunidade.
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Maio de 2009.
San e tio Omar voltaram. A irmã do San, o marido e o filho também chegaram e as preparações do almoço começaram a fluir de forma rápida. Em menos de duas horas, já estávamos todos comendo, conversando e nos divertindo muito. Foi uma tarde muito agradável até às dezesseis horas, quando tio Omar decidiu que era hora de pegar a estrada e voltar a sua vida. Nos despedimos com um abraço carinhoso. San e ele também deram um abraço demorado. Todos os outros também se despediram e Lívia e ele desceram juntos. Tinha chegado ao fim a visita do tio Omar. Que fim de semana maravilhoso e inesquecível. A passagem dele foi determinante para que o San deixasse os medos de lado e abraçasse um lado diferente da vida. Se estiver lendo isso: obrigado por tudo, tio Omar!
Lívia voltou cerca de quarenta minutos depois, enquanto nos despedimos da mãe do San, da irmã, do cunhado e do sobrinho. Enquanto o San descia com eles, ficamos eu e Lívia a sós pela primeira vez. Ela não perdeu tempo e disse:
- E aí? Como foi com o San?
Eu dei um sorriso e fiz cara de safada. Lívia completou:
- Foi tão bom assim? Ele aceitou tranquilo o que aconteceu?
Eu respondi:
- O medo dele era o tio me ver pelada, você acredita?
Lívia deu uma risada gostosa e veio se sentar ao meu lado no sofá. Ela voltou a falar:
- E agora? Vamos para a parte dois?
Eu já não tinha mais dúvidas que o San iria embarcar de vez nesse trem. Eu disse:
- Vamos, sim! Mas não hoje. San me pegou de jeito ontem depois que vocês saíram. Estou toda sensível. Minha xaninha está ardida.
Lívia deu outra risada gostosa e me beijou. Um beijo calmo, carinhoso. Ficamos ali abraçadas e nos curtindo por alguns minutos. Só paramos quando ouvimos a chave do San abrindo a fechadura da porta. Mesmo assim ele percebeu o que aconteceu e disse:
- Vocês não perdem tempo, hein! Saí por dez minutos e vocês já estão se agarrando.
Lívia e eu já íamos tentar nos explicar, mas o San nos acalmou:
- Estou brincando! Como eu prometi, agora que o tio se foi, vocês estão livres para se divertir.
Eu levantei e dei um beijo apaixonado nele. Fiz com que ele sentasse entre eu e Lívia e deixei que ela também brincasse um pouco com o meu amor. Era muito excitante ver os dois se beijando.
Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu ser tão desapegada assim, não é? A verdade é que já tinha curtido situações parecidas com essa antes do San. Com a minha ex, eu já havia participado de alguns ménages femininos e queria muito saber como seria com um homem. E no caso, o meu homem. Lívia, no começo, foi um meio para um fim. Mas eu descobri nela uma verdadeira amiga, uma parceira e em San, o meu verdadeiro amor. Tudo o que aconteceu, me provou de vez que eu era uma liberal, que eu curtia estar com outras e junto ao meu parceiro. San merecia dividir tudo isso comigo.
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1⁰ de janeiro de 2022.
Acordei já com uma mensagem de Helena em meu celular:
"Me avise quando acordar, quero lhe fazer um convite."
Fiquei feliz, mas primeiro fui cuidar da vida. San já estava chateado comigo pela noite anterior e eu precisava agradá-lo um pouco, mostrar que ele estaria sempre em primeiro lugar para mim. Levantei, fiz minha higiene matinal e quando estava chegando na cozinha, minha mãe já estava com o café preparado e ela e meu filho comiam e brincavam.
Dei um beijo em cada um e me servi de uma xícara de café com leite. Conversei um pouco com os dois, dei umas agarradas no meu primogênito e voltei ao quarto. San estava despertando. Mostrei a ele a mensagem e fui até o banheiro arrumar o cabelo e dar uma leve maquiada no rosto. Nada pesado, um tom mais leve para disfarçar um pouco o inchaço da manhã.
Voltei e fiz a chamada de vídeo. Helena me atendeu sorrindo. Ela disse:
- Bom dia, Jen! Gostaríamos de saber se você tem algum compromisso hoje.
San e eu não tínhamos nada para fazer e foi o que eu respondi. Helena voltou a falar:
- Estamos indo para o sítio e gostaríamos de convidá-los para passar o dia com a gente. Seremos nós, vocês e mais um casal de amigos. O que acha?
Eu gostei do convite, mas ainda era preciso saber a opinião do San. Agradeci o convite e disse que ia conversar com o meu marido e em alguns minutos dava a resposta. Helena se despediu de forma gentil e eu olhei para o San ao meu lado. Achei que ele ia recusar de imediato, mas ele parecia até um pouco surpreso. Nem precisei falar mais nada. San disse:
- Veja se os seus pais ficam com o nosso filho. Vai ser bom sair um pouco já que as nossas mini férias foram cortadas pela metade.
Dei um beijo carinhoso no San e voltei à cozinha. Minha mãe não só concordou, como ainda pediu se poderia ficar com o neto durante a semana. Ela só queria que antes da gente sair, os levássemos embora. Avisei ao San, arrumei a malinha do meu filho para a semana na casa dos avós e voltei a ligar para Helena. Combinamos os horários e o local do encontro. Em menos de quarenta minutos já estávamos saindo para levar os meus pais.
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Maio de 2009.
Eu estava pensando seriamente em deixar que San e Lívia ficassem juntos naquela noite. Mas o destino não conspirou a meu favor. Por volta das dezenove horas, Lívia recebeu uma ligação muito triste de sua família em Alagoas. Sua mãe estava internada, havia acabado de sofrer um AVC.
Fizemos o possível para lhe passar um pouco de conforto e carinho, mas Lívia só pensava em pegar o primeiro ônibus de volta para casa. San foi rápido e ligou no serviço telefônico de informação e conseguiu o número do aeroporto em São Paulo e depois o da companhia aérea. Ele soube que o valor não era tão absurdo e que havia um vôo direto para Maceió às cinco horas da manhã. De lá, ela só precisaria pegar um ônibus que a levaria a sua cidade natal em menos de uma hora e meia.
Com o plano traçado, San ligou para o seu cunhado, explicou a situação e pediu o carro emprestado. Tudo correu muito bem e na manhã seguinte já estávamos em casa outra vez, preocupados com Lívia e ainda tendo que ir trabalhar sem termos pregado os olhos a noite inteira. O sacrifício foi por uma boa causa.
Minha sogra foi compreensiva e me deu o dia de folga e o San, também voltou em menos de duas horas dizendo que conversou com o seu chefe no serviço e ele também o dispensou. San devolveu o carro e nós dois dormimos até às três horas da tarde.
San aproveitou as poucas horas antes da faculdade para adiantar alguns trabalhos e a mim, só restava ficar me insinuando para ele, que não resistiu e mais uma vez me pegou de jeito: me comeu de quatro no sofá, de ladinho no tapete da sala, cavalguei gostoso meu homem outra vez no sofá, fui chupada de forma alucinante até gozar em sua boca pela segunda vez, mamei aquela rola gostosa até quase engasgar, fui fodida outra vez embaixo do chuveiro… tudo isso ainda era motivado pelas lembranças do sábado de madrugada. San estava me fodendo com um desejo renovado.
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1⁰ de janeiro de 2022.
Deixamos os meus pais e o meu filho em sua casa e partimos para o local do encontro, um restaurante beira de estrada. Ao chegar, pude ver estampado na cara do San o seu desconforto. Nossos novos amigos com certeza, eram de uma classe social bem superior a nossa. Helena e Mariana estavam encostadas em uma SVU que deveria custar mais que a minha casa. San não estava confortável em estacionar o nosso Ford fiesta antigo ao lado daquele carro que ele só tinha visto em garagem de clientes abastados.
Ao me ver sair do carro, as duas vieram correndo em minha direção e me deram um abraço muito carinhoso e acolhedor. Pude notar também, o olhar de satisfação de Helena para o meu San, aproveitei o momento e apresentei os três. Meu marido continuava um pouco acanhado, mas Helena fez questão de abraçá-lo com uma vontade maior. Mariana foi mais comedida e somente lhe estendeu a mão.
Enquanto estávamos ali nos conhecendo pessoalmente, um homem muito bonito caminha calmo em nossa direção. Ele lembra muito o meu San fisicamente, mas parece ser pouca coisa mais velho. Helena diz:
- Jen e San, esse é o Henrique. Nosso marido. - Helena aponta para ela e para Mariana como se fosse uma coisa corriqueira para eles.
Mesmo com o meu olhar admirado, San rapidamente lhe estende a mão para um cumprimento, prontamente aceito por ele. E eu fui puxada para dois beijos delicados no rosto. Não sei dizer o que acontecia naquele momento ou explicar o que passou pela minha cabeça. Mas pela primeira vez, me sinto atraída por um homem que não era o meu marido, mas que tinha os traços físicos muito parecidos com ele. Que sensação estranha, já que eu estava ali por causa daquelas duas lindas mulheres.
Continua…
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