CAPÍTULO 3 - QUESTÕES RESPONDIDAS
Foi ali, na casa de seu ex-professor de Literatura, que Arthur teve suas dúvidas respondidas. Mas não todas. O trio ainda trocava carícias na cama do professor Renato e diretor Ferreira, dois homens grandes, volumosos e peludos, que ao mesmo tempo demonstravam total devoção e submissão ao jovem, que tinha 18 anos recém-completados e nada além de histórias tristes para contar.
Arthur se encontrava no meio da cama, deitado e olhando para o teto, as duas mãos atrás da cabeça, suas axilas à mostra. Renato deitava a cabeça no peito esquerdo do garoto, enquanto o diretor Ferreira, ou Oscar, deitava no lado direito. Foi nesse momento íntimo que os dois educadores explicaram o que seria da vida do jovem daqui para frente.
Eles explicaram que o Clube do Homem se chamava assim, no singular, exatamente porque as reuniões do grupo giravam em torno de um único homem, um macho alfa escolhido. O Clube era um grupo de homens de diversas idades, profissões e tipos de corpos… O denominador comum de todos esses homens devotos à carne masculina era a faixa etária, que era sempre acima dos 35 anos, e o amor incondicional aos Escolhidos do Clube.
— Escolhidos? Então não sou só eu de fato?
— Não fique com ciúmes, meu lindo — brincou professor Renato, cheirando as axilas do garoto.
— Nossa principal regra é de que, não importa quantos membros do Clube estejam presentes em cada reunião, apenas um Escolhido deve estar presente. Somos um clube de homens viciados em paus de homens ativos, mas satisfazemos apenas um por vez — o diretor continuou.
O pau de Arthur deu um pulo, impressionantemente ganhando vida após três gozadas nas últimas horas. Os homens mais velhos imediatamente passaram a acariciar o membro semi-ereto do mais novo, de forma delicada, cheia desejo mas também de carinho. Arthur já se sentia muito próximo daqueles homens, ainda que muita coisa não estivesse clara ainda.
Diretor Ferreira continuou a explicação:
— Mas não se preocupe, meu gostoso. Não chamamos qualquer um para o time de Escolhidos do Clube. Aliás, são apenas 3, contando com você. Todos jovens garotos, cheios de desejo, mas também… como posso dizer???
— São garotos que merecem a nossa devoção — completou Renato.
— Isso! — o diretor continuou — Mas não nos referimos apenas ao sexo, mesmo que esse seu pauzão gostoso seja o nosso maior motivos de devoção.
Os educadores então explicaram que o Clube do Homem selecionava seus escolhidos baseados no impacto que eles poderiam ter no mundo. Além do sexo, o Clube era um grupo de homens que estavam dispostos a investir e trabalhar na formação de grandes líderes, homens que conseguiriam liderar esse país com pulso e também com empatia.
— E foi essas características, meu lindo, que eu vi em você em sala de aula. Um garoto brilhante, lindo e de bom coração. Bom demais para a corja de gente mimada e privilegiada daquele colégio — disse Renato.
Arthur estremeceu brevemente, lembrando dos anos que passou excluído naquela escola. Ninguém nunca o tratou com violência, afinal ele era um garoto forte, que desde criança ajudava a sustentar sua família pobre e desestruturada trabalhando como pedreiro, carregador, lavador de carros, o que conseguia para tirar uns trocados. O bullying naquele colégio de gente rica vinha em forma de exclusão, invisibilidade. Suas notas perfeitas e a forma com que conquistava os professores também não ajudava em sua popularidade.
— Ah, e não marque nenhum compromisso para amanhã — o professor disse.
Ficou marcado que, no dia seguinte, Arthur conheceria mais membros do Clube. Segundo os educadores, seria uma reunião em que seria discutido o futuro dele como líder. Além disso, tinha gente ansiosa para conhecê-lo.
O pau de Arthur deu mais um pulo enquanto ele pensava no que aconteceria amanhã. Nunca se sentira merecedor de nada, mas algo tinha mudado. De tanto ser elogiado por seu professor e ex-diretor, começava a se perguntar se de fato teria a capacidade de fazer alguma diferença no mundo. O que será que o esperava amanhã?
