Estava eu na academia, malhando distraidamente, só curtindo de rabo de olho os marombeiros e seus corpos perfeitos. Ainda era novo ali, havia começado há pouco mais de uma semana e não tinha feito nenhuma amizade e muito menos paquera.
Mas já estava, lógico, de radar ligado e procurando, entre os grande leque de machos alfa, os que davam indícios de curtirem um viadinho não tão forte, mas até que sarado, feito eu. Nas outras academias que havia frequentado antes desta mudança para o novo bairro, já tinha chupado muita rola e dado muito o bumbum no vestiário. Ô, saudade!
E o jovem negro, que fui ver pela primeira vez hoje, já me deixou com água na boca. Via de regra, frequentador de academia usa aquele bermudão longo em vez de shorts, nem sempre deixando avaliar bem o material. Mas aquele em especial nem precisava. Mesmo com o tecido grosso e comprido, o contorno da ferramenta era bem nítido. E maravilhoso! Com toda certeza, ele não era adepto das cuecas. Quem tem pau grande sabe, tem orgulho e gosta de exibir. E quem faz isso justo na academia, ainda mais aquelas mais despojadas, normalmente não está ostentando para mulheres, desligadas que são. Nós, gays, é que sabemos bem sacar e apreciar um bom caralho king size.
Viajei tanto na imaginação do que poderia fazer com a piroca do moço, que acabei me descuidando e deixando uma anilha de dez quilos cair. E diretamente no dedinho do pé esquerdo. A dor foi indescritível e o meu grito deve ter sido ouvido em todo o quarteirão. Soltei todos os palavrões que conhecia e mais alguns.
Não fosse a dor, entretanto, iria parecer que eu estava no paraíso. Logo formou-se ao redor de mim, sentado no chão e chorando horrores, uma roda de homens musculosos, todos de camisetas regatas cavadas, destacando bem seus peitorais e bíceps descomunais. Eu me senti aquelas bichas loucas dos vídeos pornôs, pronta para uma suruba terminando em bukakke, uma chuva de esperma me cobrindo de branco. Antes fosse. Sonho de consumo.
Porque só o que se ouvia ali era "machucou?", "coitado dele!", "leva no hospital" e outras perguntas e palpites afins. A dor era tanta, que eu mal estava curtindo a floresta de picas tão perto do meu rosto, que dava até para sentir o aroma inconfundível que só as rolas têm. Só me animei quando ouvi alguém dizendo que estava de carro e poderia me levar.
Virei o rosto e dei de cara com quem?
Ele mesmo. O negro tesudo, responsável pelos pensamentos obscenos que me levaram ao acidente. Sorri, agradecido, o melhor que pude com a dor que estava sentindo. E recebi de volta outro sorriso, de dentes tão brancos e perfeitos que me deixaram quase apaixonado. Que homem lindo! E do bem, ainda por cima.
Ele se ofereceu para me pegar no colo, e eu quase ovulei com a oferta. Me senti a própria noivinha virgem, prestes a perder o cabaço. Mas declinei, com dor no coração, da oferta. Fui caminhando mesmo, apesar da dificuldade em pisar com um pé só, apenas usando o ombro forte e generoso para me apoiar. O cheiro de suor misturado com o perfume dele era inebriante. Precisei de muito sangue frio para não arrancar o meu shortinho, ficar de quatro e dar o rabo ali mesmo, na frente de todo mundo, feito uma cadelinha no cio.
Entrei no carro e me acomodei do jeito que deu. A dor já tinha diminuído um pouco, mas eu ainda gemia de propósito. Tentando não fazer exatamente igual quando estou sendo enrabado, mas deixando no ar o trejeito, um tracinho daquele meu gemidão que excita até o mais sisudo dos machos e me faz famoso no meio.
Ele, todo simpático e atencioso, perguntava o tempo todo se eu estava melhor. Vez ou outra, tocava com aquela mão enorme na minha coxa esquerda e dizia, com empatia, que eu iria ficar bem. Não dava pars disfarçar o arrepio a cada toque dele em minha pele. E ele parecia estar gostando da bandeira que eu estava tentando não dar, sem sucesso algum. Quem consegue se controlar perto de um pedaço de mau caminho daquele? Eu, definitivamente, não.
Se havia alguma dúvida se era só mesmo gentileza e a educação de um legítimo gentleman, ou se ele estava mesmo querendo me papar, ela acabou quando perguntei que remédio será que me dariam... Com um sorriso malicioso, ele brincou que achava que seria um supositório dos grandes.
Mas o que ele tirou da bermuda era muito maior e mais rombudo que qualquer outra coisa, medicinal ou não, que eu já tinha enfiado no cu. Realmente não tinha roupa de baixo, ali, como eu já imaginara. Talvez porque não existisse uma para aquela medida específica de pinto.
O reflexo foi de colocar a mão e medir com a régua mental, para depois seguir o script que eu sei desde que era uma bichinha novinha e inexperiente. Mas ali já estávamos tão perto do pronto-socorro, que não houve outro jeito que não guardar de volta o brinquedo. Ainda bem que não tiraram uma foto. Eu fico muito engraçado fazendo beicinho quando me deixam com vontade.
Quase que fui direto pro banheiro, no piloto automático do primeiro lugar que vem à cabeça quando pinta a oportunidade de dar a bundinha. Mas eu tinha, infelizmente, algo mais urgente a fazer antes. E olha que levar rola é a minha missão nessa vida.
Consultórios médicos não são propriamente os lugares mais agradáveis do mundo para se estar. Mas só de ter a agradável companhia daquele macho dos sonhos ao meu lado, dando nitidamente a maior inveja em mulheres e outros supostos viados, já amenizava qualquer desconforto. O meu olhar era o de dono da banca, como se eu quisesse dizer pra todo mundo: saindo daqui, ele vai me comer, viu? Só a mim...
Foda foi que o atendimento levou uma eternidade. Foi recepção, triagem, consulta, radiografia, medicação, curativo, retorno da consulta e o caralho a quatro. Tanto tempo de espera que daria pra eu ter feito ele gozar umas cinco vezes, pelo menos. Meu cuzinho já estava sofrendo de crise de abstinência.
Mais de duas horas depois é que finalmente voltamos ao carro dele. Eu já tinha quase perdido a vontade de dar... Mentira né? Taí uma coisa que eu não perco nunca.
Mas quase broxei quando ele perguntou, todo sério, onde eu morava, que ele me levaria para casa. Respondi, incrédulo, que não queria voltar pra casa, de jeito nenhum. Tudo o que eu merecia, depois de tanta dor e sofrimento, era de um pouco de carinho.
Só então que eu fui reparar na mão esquerda do rapaz, onde brilhava uma grossa aliança dourada. A não ser que a digníssima fosse do tipo liberal, meu sonho de dormir de conchinha com o bumbum pingando gala tinha ido por água abaixo. Na minha casa, por motivos alheios ao escopo desse conto, infelizmente também não rolava.
A decepção chegou a doer mais que a anilha caindo no pé. A alternativa do motel, a mais óbvia, ele rechaçou pelo horário. Teve uma hora em que ele tinha ligado para alguém e contado da situação, mas nem tinha me passado pela cabeça que se tratava da verdadeira dona do latifúndio.
O que fazer, então?
A única solução possível para o dilema era achar um local para parar o carro e fazer de drive-in. Não é o melhor lugar do mundo para ser comido, mas muitas vezes foi o que tinha para o dia. E eu já levei, ao longo dos anos, quilômetros de piroca rabo adentro, empinando a bunda ou ficando de franguinho nos espaços mais exíguos. Tenho até uma cicatriz no formato de cinto de segurança no bumbum.
Por sorte, ali bem perto do hospital, tinha um point perfeito para uma foda rápida no carro. Na minha época de putinho do rolê, era totalmente escura a rua e o lugar fervia de casais de todos os tipos. Boa parte deles, pra não dizer a maioria, com um pinto cada um.
Agora, o trecho sem iluminação se restringia ao curto espaço entre dois postes com as lâmpadas propositalmente, reduzindo o enorme campo de fodas de outrora a um mísero cantinho do namoro.
Pra piorar, o carro do cara era modelo popular e o dono, tão grande, que ocupava sozinho o banco traseiro. Foi preciso rebater os bancos e fazer um contorcionismo para poder ficar numa pose legal para ser penetrado, oferecendo um cuzão todo arreganhado.
Antes disso, claro, me deliciei na mamada daquela rola preta e gigante. Sou apaixonado por homens negros por todas as suas características únicas. A cor da pele, seu cheiro e sabor. O tônus muscular diferenciado, tão superior ao dos brancos. Mas o que encanta neles é mesmo o mastro. Nem todo negro tem uma jeba monstruosa, é óbvio. Mas quando tem, não é brincadeira, não. Arromba a gente de deixar de perna bamba por três dias. Mas vale cada centímetro que se deixa entrar.
Ver o leite branco escorrendo da torneira escura é a cena mais erótica que eu conheço. Se eu tivesse a noite inteira para mim, no mínimo iria querer ver umas três vezes. Mas como tinha alguém esperando por ele com pau de macarrão na mão, o jeito era partir para o prato principal. No caso, o meu cuzinho ansioso por vara.
A cuspida que ele deu lá dentro já pareceu uma esporrada. Quase gozei junto, só no alarme falso. O dedo que ele enfiou era tão grosso que me deixou em dúvida se tinha mesmo unha. O segundo, então, já quase me fez pedir pra parar. É ruim, hein? Não para não, amor. Enfia tudo.
Uma rola desse calibre traz uma mistura de sensações quase tão grande quanto ela própria. É a pior dor do mundo, quase desesperadora de tão intensa, de deixar o peso caindo no pé parecendo picada de mosquito. Bate um arrependimento gigantesco de não ter nascido hetero. Maldita hora que eu fui aprender a levar no brioco.
Mas o diabo da dor passa tão rápido quanto começa. E dá lugar ao maior prazer que se pode sentir na vida. Dar o rabo é bom, até pra quem tem pau pequeno.
Sentir um tarugo de quase trinta centímetros de comprimento por sei lá quantos de largura invadindo seu ânus até chegar quase no final do intestino, é a coisa mais gloriosa que existe. Que eu descobri quando não sabia nada da vida ainda, mas não parei nunca mais. Nem vou.
Dar para o cara mais gostoso da academia é o sonho de dez entre dez maricas. E euzinha estava ali, poderosa, o realizando, pena que sem público para assistir. Minha vontade era de estar no cinema ou na sauna, com outros caras assistindo à cena e comentando. Ou estar sendo filmado para registrar para sempre aquela foda de luxo.
Pena que não tinha espaço nenhum para rebolar a raba e deixar meu homem maluco. Excitado ele estava, os sussurros de palavras mais depravadas não deixavam sombra de dúvida. Mas tinha como improvisar.
Tive a coragem de sentar, posição em que a rola entra pra valer, até o talo. Foi quase ser empalado, ter uma estaca de madeira atravessando todo o corpo, até quase sair pela boca. Iria me fazer ficar sentando de ladinho e sem dar de novo por uns dias. Mas a recompensa vale a pena. É a sensação plena de ser possuído por completo, preenchido inteiramente, satisfeito sem nenhuma lacuna.
E quando vem o gozo, então? Para ficar na metáfora automobilística, parece que o cu é o tanque de combustível e está sendo abastecido pela melhor das bombas. Dá pra sentir cada litro, ops!, cada jorro entrando e logo depois saindo ainda quente, melando tudo pelo caminho. Alguém iria ter que passar no lava-rápido logo cedo, além de tomar um banho um pouco mais caprichado que o normal na volta da academia.
Mas porra, isso era o de menos...
As lembranças daquela trepada rápida, mas intensa, não iriam ficar só no banco do veículo, tampouco nos pontos de contato entre nossos corpos já relaxados e entregues ao prazer sem limites.
O beijo na boca molhado e cheio de língua que eu ganhei mostrou que não vamos parar só nessa vez. Os comentários maldosos na academia vão acontecer, e terão razão de existir.
Mas esse negro vai ser meu outras vezes, em muitos outros lugares mais confortáveis pra fazer amor.
Meu cuzinho tem dono, pelo menos por enquanto. A não ser que você queira me comer também.