Sabe aquele sentimento estranho, do que eu estou fazendo? Do que esta acontecendo comigo? Nunca senti isso antes, nunca pensei nisso. Não vou fazer mais isso não. Mas essas piras eram até passageiras, nem perdia o sono pensando nisso. No outro dia no colégio, era numa sexta-feira, tava tudo indo normalmente até quando eu me sentei na cadeira e encostei na parede pra esperar bater o sinal pra começar a aula, que eu me peguei olhando para os pés e tênis de todos os mlks que entravam na sala, era um entrar que eu olhava diretamente pra baixo, era automático e eu nunca tinha parado pra pensar se eu já fazia isso ou foi depois dos últimos acontecimentos.
Pra ajudar essa confusão mental, quem entra na sala de havaianas brancas? O fdp do Douglinhas, aquela cor moreninha dele contrastando com o chinelo branquinho. E não teve como eu não olhar quando ele passou na minha frente pra sentar atrás de mim, e foi a primeira vez que eu reparei nos pés dele, todo perfeitinho, lisinho, sem pelo algum, unha cortadinha. Ainda parece que tudo acontece em câmera lenta, ele ainda para na minha frente pra me cumprimentar, que a gente sempre se cumprimenta ele dando vindo com um soquinho e eu com a mão aberta e a gente inverte. – “E ae Vitinho!” – “Qual é Douglinhas”. Ele sentou, virou pra frente e já colocou o pé no apoio da carteira q eu fiz um esforço pra não olhar, só não olhei porque ele me chamou pra mostrar um negócio no celular. Bateu o sinal e começou a aula.
Quando a gente tinha terminado de fazer um exercício na aula, antes do intervalo, ele viu que eu tava de tênis, mas que eu estava só com a meia e ele falou. –“Porra mano, não sei como tu aguenta, eu morro de calor nos pés, pq tu não vem de chinelo?” – “Ta calor mesmo, eu não aguento também não, mas esqueci de lavar meu chinelo e não rolava vir com ele daquele jeito não, por isso que tiro o tênis e fico de meia quando dá.” –“To ligado”. Bateu o sinal pro intervalo tava terminando de guardar o material, o Douglas já tava na porta quando vieram chamar a gente pra jogar bola no intervalo. Eu falei que estava de boa, aí o Douglinhas falou. –“To sem but, só se o Vitinho emprestar o but pra eu jogar, empresta ae?” –“Demoro, mas não zoa ele não.” –“Já é, nem vai dar tempo de pegar chulé! Hahahahah”. Sentei na carteira, tirei o tênis, ele pediu as minhas meias também, e me deu as havaianas dele. Na hora que coloquei o chinelo nos pés, pronto, me veio aquele frio na barriga de novo que eu nem tava lembrando, mas na hora já me chamaram pra ir lá assistir, então meio que passou o pensamento. Acabou o intervalo, ainda tinha mais duas aulas, voltamos pra sala ele todo suado só falou –“Aguenta ae que até o final da aula te dou seu but, pq ele ta suado”. Resultado, nem consegui me concentrar direito no restante da aula neh. Um pouco antes de terminar a aula ele pega tira a meia, ainda úmida enrola e joga dentro da minha mochila e fala q tá molhada ainda e pede os chinelos dele. Na hora que eu peguei o tênis e fui colocar os pés dentro, sem meia, e ainda ele estava quente dos pés do Douglinhas, já me veio tesão de novo, só de colocar os pés e falar que tava quente. E ele só respondeu “Tava jogando neh”.
Cheguei em casa e não tive outra alternativa. Dessa vez deitei no chão do meu quarto mesmo e peguei o tênis que eu estava sem meia e fui cheirar pra ver se sentia o calor dos pés do Douglas. Tirei a bermuda, a cueca, camiseta e enfiei o tênis no nariz pra poder sentir. Minha respiração até acelerou, aí lembrei da meia, pra quê? Ela estava úmida, meio quentinha ainda, marcando o formato do pé, coloquei uma no nariz e ficava revezando com o tênis. Batendo uma punheta com a outra mão e não resisti e acabei colocando o outro pé da meia no meu pau pra bater e gozar na meia. Não deu muito tempo não e gozei com uma meia no pau e com a outra mordendo e sentindo o cheiro. Nem sei se gozei muito, mas foi uma gozada louca, eu tava suando e respirando forte e muito aliviado. Esperei um tempinho pra poder recuperar minhas forças e ir pro banho.