Assim que saí de casa, o meu mal estar melhorou na hora, mas nem tive tempo de ficar pensando nisso, pois tinha que voltar na loja o mais rápido possível, tenho muita coisa para fazer nesse dia ainda.
Lu: o que aconteceu, você demorou muito.
Eu: se eu te contar você não vai acreditar.
Bruno: agora conta.
Eu: Gusman me ligou no caminho, eu, a Nádia e a Azucena fomos lá hospital do capeta, resgatar uma boneca do capeta.
Lu: eu não acredito, ele mesmo podia ter ido.
Eu: nem me fale, não tive tempo de dormir, e tive que perder não sei quantos minutos correndo atrás de uma boneca demoníaca.
Tania: porque correndo.
Eu: minha filha aquela boneca fez de tudo, pulou, andou, correu, resumindo deu um trabalho da peste para pegar ela, estou cansado até agora.
Lu: e aonde vai ficar essa coisa.
Eu: onde você acha, Andrea e Begônia não ficaram nada felizes com a chegada da boneca em casa e para falar a verdade nem eu.
Lu: vamos mudar de assunto, nesse tempo que você levou, eu já terminei com eles todos.
Eu: agora posso levar vocês para casa.
Tania: eu vou ficar com ela.
Eu: vocês dois para casa e vocês três.
Gina: pode ser em casa mesmo.
Feito mais essa viagem voltei para a loja e fiquei observando as duas escolherem as roupas e outras coisas, quando deu umas 8 da noite Lu terminou de comprar tudo.
Eu: essa parte acabou.
Lu: seu nariz está sangrando.
Tania: está igual ontem a noite.
Lu: ontem a noite, eu não estou sabendo disso, amanhã o senhor no me escapa, vamos embora vou levar você para casa.
Eu: maravilha quero minha cama mesmo.
Poucos minutos depois ela me deixou em casa, quando entro já percebo uma energia pesada, e não vejo Polo em lugar nenhum.
Eu: mais o que está acontecendo aqui dentro.
Gusman: essa energia vem do Polo, começou a pouco tempo, até mesmo a boneca Mariana está com medo.
Eu: como assim.
Gusman: assim que essa energia começou ela se manifestou, saiu correndo lá do canto e se escondeu atrás das pernas da Nádia que está apavorada.
Eu: mais que sinto é algo completamente novo e poderoso, onde está Polo.
Gusman: deitado, ele passou mal o dia todo, mas agora de noite a coisa pegou forte.
Eu: vamos até ele, acho melhor você ligar a câmera.
Gusman: o que é isso, Polo é você.
Meu Deus Polo está deitado na cama de barriga para cima, com os braços esticados, com a boca aberta e os olhos arregalados.
Eu: Gusman não é ele, e para falar a verdade eu não sei o que fazer nesse caso.
Gusman: Polo reage, luta contra isso.
Eu: ele ainda está lutando, posso sentir a batalha espiritual que ele está travando nesse momento, não sei quanto tempo isso vai durar.
Gusman: então é melhor deixar ele só para que não perca a concentração.
Saímos do quarto e eu não conseguia acreditar no que está acontecendo dentro daquele quarto, não sei o que fazer, o Polo está numa batalha espiritual, eu estou passando mal de verdade.
Azucena: as coisas não estão fáceis dentro dessa casa, é muito pesado essa situação toda, é muito perigoso.
Ander: eu sei mãe, porque você acha que não quero mais ficar em casa, não quero levar essas coisas para você e para o pai.
Azucena: e claro vai se enfiando todo mundo aqui, e deixa o mal dentro dessa casa, olha o estado em que Polo está agora.
Eu: aqui não tem problema, eu acho que dou conta de controlar.
Bruno: acho que vou precisar de ajuda, Pol está estranho.
Não é possível mais um encapetado, aja paciência.
Eu: vamos me mostra.
Bruno: nem precisa.
Eu: Pol o que você quer.
Gusman: igual ao Polo.
Fiquei observando, mas eu não esperava ver aquela cena, ele veio com uma bandeja de carne crua e katchup, se sentou e começou a comer carne crua.
Eu: Pol pode parar, agora passou dos limites da minha paciência, o que você está fazendo, isso é carne crua.
Gusman: acho que eu deixei sua casa condenada.
Eu: ah, que legal ele acha.
Ander: foi depois de ontem que as coisas saíram do controle.
Gusman: foi um erro ir naquele hospital.
Eu: não é isso.
Rebeca: o que é então.
Carla: só pode ser coisas que vem com eles desses lugares.
Eu: ponto para você.
Bruno: ele está voltando.
Eu: leva ele no banheiro, não quero ter que limpar vomito uma hora dessa.
Ouvi um grito vindo do quarto.
Eu: alguém prepara 3 remédios para dor de cabeça.
Rebeca: eu vou.
Cheguei no quarto e vi Polo em posição fetal na cama.
Eu: oi, é você mesmo.
Polo: sim, mas antes tinha alguém falando na minha cabeça, depois eu apaguei, minha cabeça dói muito.
Eu: agora está tudo normal, você voltou.
Rebeca: aqui está.
Eu: obrigado Beca, esse você leva para o Pol.
Polo: ainda é cedo, vocês já terminaram.
Eu: não, o problema é que não estou muito bem, Tania ficou ajudando a Lu.
Polo: amor o que você tem, logo vai passar.
Eu: sabe acho que isso é caso de medico, amanhã serei obrigado a ir.
Polo: acho que você está pálido, vou preparar alguma coisa para você comer e nem adianta chiar.
Logo ele voltou, com um prato de comida enorme, que eu nem sei de onde saiu, quem fez.
Polo: come amor, minhas mães e Azucena fizeram comida.
Eu: preciso comer, mais acho que não vou conseguir, apesar de não ter comido nada hoje.
Polo: amanhã a Lu, leva os quatro para a escola, nós vamos pegar o outro carro e vou levar você no medico.
Eu: ok, eu vou, pois tenho certeza que preciso mesmo.
Polo: eu estou do seu lado, seja o que for, eu te amo.
Eu: obrigado, eu te amo muito também.
Polo: come mais.
Eu: não desce amor, fala que a comida está maravilhosa.
Polo: você não gostou.
Eu: eu amei de verdade, mais não desce, quero dormir.