A forte tempestade que caía do outro lado da envidraçada janela da varanda daquele apartamento não continha metade do vigor que avassalava meu peito, enquanto meu corpo despido abraçava carinhosamente o corpo nu de Almir. Ambos estávamos como que paralisados, grudados um no outro, no mais completo silêncio, no mais pleno frisson interior.
Ah, eu precisava muito daquele garoto dentro de mim! Queria estar dentro dele também. E precisava que fosse literalmente, porque metaforicamente já estávamos misturados por dentro e por fora, naquele cálido abraço, revolvendo na mente todas sensações advindas daquela semana de dissimulada paquera, de ausência e saudade, a carta dele revelando-se, nossos beijos, o mútuo desnudamento e os passeios físicos pelo corpo um do outro.
Eu não aguentava mais de ansiedade. Acredito que muito menos ele. Descolei-me de seu abraço e virei-me para fora, admirando a tempestade que fustigava umas palmeiras imperiais no pátio do condomínio, deixando meu cu de frente para ele, completamente aberto e piscando. Senti seus dedos roçando-o, depois sua língua molhando meu buraco, e em seguida a cabecinha de sua rola buscando entrar em mim. Abri mais as pernas, escancarei as pregas e senti aquela pica linda penetrando-me, como se fizesse isso todos os dias, todas as noites.
Os movimentos de entra e sai foram se ritmando e eu sentia a cabecinha de Almir chegar até junto da próstata. Minha pica babava, enquanto a dele me estocava com suavidade e firmeza, na medida certa. Até que senti sua rigidez mais incisiva, ele gemeu na minha nuca, e sua rola explodiu em mim, aos pulsos, feito larva ardente de um vulcão, lavando-me de tesão por dentro.
Ele estava exausto. Gozara com a energia de um menino que era, mas com a sabedoria de um amante experiente que demonstrava ser em breve. Mordiscava minha nuca, arrepiando-me por completo.
Senti sua pica se retirando de mim, suavemente, percorrendo minhas entranhas e libertando-se de minha caverna. O líquido quente desceu pelas minhas coxas. Novo arrepio.
Ele, então, em silêncio, colocou-se ao meu lado, na mesma posição em que eu me pusera para ele me comer. Entendi seu recado e me postei encostado sobre seu dorso quente. Com a mão esquerda, puxou minha cabeça para perto de sua cabeça e me cochichou, com a voz rouca: “É minha primeira vez!”
Umedeci os olhos, enquanto beijava continuamente sua nuca, suas costas, sua bunda e enrijecia minha língua para entrar no seu cuzinho rosado, também completamente depilado. Ele se contorcia, aos arrepios. Ao penetrar-lhe, ele gemia baixinho e remexia os quadris. Então troquei a língua por um dedo, depois dois e três. Ao sentir resistência, ou sobressalto, eu parava e o esperava se recuperar e se requebrar de novo.
Ele abaixou-se um pouco mais, fazendo os braços de travesseiro, apoiados no portal da grade da varanda. Seu cu abriu-se mais um pouco e coloquei a cabecinha da minha rola na porta, deixando que ele fizesse os movimentos, de acordo com suas possibilidades físicas. Com os polegares, afastei as nádegas o quanto pude e senti ele movimentando-se para engolir minha pica. Ela entrava um pouco e ele parava. Depois um pouco mais e nova parada. Eu não sabia até quando eu conseguiria segurar o gozo, naquele cu quente e apertado.
Os movimentos foram ficando mais vigorosos e as paradas mais rápidas e em menor número, até que me percebi completamente dentro de Almir. Então comecei a socar suavemente. Ele remexia os quadris, as pregas como mastigavam meu pau, e, apesar de toda aquela suavidade, os raios do prazer não se fizeram demorar. Não alterei o ritmo, deixei que o gozo viesse naquela cadência, e explodi pela força da natureza, gemendo sobre suas costas.
Após as últimas golfadas, e com o pau ainda duro e dentro de Almir, fui me retirando bem devagar; juntamente com meu pau, desceu meu mel de dentro do meu branquelo. Ele se voltou para mim e nos beijamos mais uma vez, sentindo intensamente o arfar de nossas respirações ofegantes, nossos corpos quentes.
Dobrei as pernas para trás e me deixei sentar sobre a poltrona em que começara aquela suave loucura. Almir aconchegou-se em meu colo e nossos corpos se misturavam, como se fossem um só. Assim ficamos, no mais absoluto silêncio, acompanhando a chuva lá fora, e as palmeiras, em fortes açoites pelo vento, elas também parecendo gozar, sob aquela chuva de porra, naquele final de terça-feira.