Esse conto é um teste para o que virá na segunda temporada de "Fui traído e ainda levei a culpa." Sintam-se à vontade para opinar, criticar e dar sugestões. Lembrando que o meu conto atual não é esse e portanto, seguirei com as postagens do vidas em conflito. Dei um tempo nas postagens para ajudar a Jaque, minha esposa, a Ellen e a Fernanda a concluírem o seu primeiro conto. Boa leitura a todos.
Fui traído e ainda levei a culpa. Segunda temporada.
Olá, amigos! Não! Não é a Angel. Muito menos o Luiz, o Júlio ou até mesmo a Tina. Sou eu, a Beatriz! Sim! É comigo que vocês irão viajar por essa segunda temporada do "Fui traído e ainda levei a culpa". Não sei se vou manter esse título no conto. Não tem nada a ver com a minha história. Eu fui traída sim, mas a culpa é toda dos babacas com que eu me relacionei até aprender que a vida pode ser muito mais. Graças aos vários leitores que gostaram da minha participação na história original, eu estou de volta e agora como protagonista. Obrigada a todos! Espero que curtam essa jornada da mesma forma que eu estou amando contá-la para vocês.
Parte 1: o que ruiu não tem conserto.
Eu deveria ter passado três dias em Los Angeles, na Califórnia, mas o nosso produto era tão superior ao da concorrência, que a venda foi fechada após a primeira rodada de reuniões. Nem acreditei que teria dois dias livres para curtir aquela linda cidade. Idiota como eu era, só aproveitei a primeira noite e mesmo assim, fazendo o roteiro turístico e mais nada. Minha intenção era voltar para casa e fazer uma surpresa ao Cláudio, meu marido.
Ah! Eu sou a Beatriz. É sempre bom lembrá-los disso. Muitos dizem que eu sou uma mulher muito bonita, mas eu levei um tempo para acreditar nisso. Sempre vivi à sombra dos homens com os quais me relacionei. Podem me chamar de Bia, já me conhecem assim e sabem que eu gosto dessa forma carinhosa de se referirem a mim.
Um pouco sobre mim? Tá bom! Sou natural do interior de São Paulo e apesar dos cabelos castanhos, no momento eu gosto de usá-los tingidos. Um tom de loiro não tão chamativo, mas que combina comigo e com as formas do meu rosto. Me casei jovem e fui traída, simples assim. Resolvi dar uma segunda chance e adivinhem? Fui traída de novo.
Moro hoje nos Estados Unidos, por causa da já citada acima, segunda chance ao meu marido. Graças a um grande amigo que vocês conhecem muito bem, o Júlio, pelo menos tenho uma ocupação que permite manter a mente sã. Na verdade, não é pelo dinheiro, mas por saber que em algum momento, essa segunda lua de mel iria acabar e Cláudio voltaria a cometer os mesmos erros.
Onde estávamos? Ah, sim! Los Angeles. No segundo dia eu retornei cedo para casa em Orlando, na Flórida. Minha intenção era fazer uma surpresa para o Cláudio e curtir alguns dias a dois. Ao entrar em casa, a alegria evaporou do meu corpo. Já na sala, peças de roupas femininas jogadas pelo chão. Um vestido, uma calcinha e um par de saltos. O cheiro de sexo me invadia as narinas. Após o baque inicial, comecei a prestar atenção no barulho que vinha da suíte principal, o meu quarto. Corpos se batendo e gemidos. Cláudio era tão filho da puta que nem se importava com o que os vizinhos iriam pensar. As casas americanas no bairro que eu residia, eram, praticamente, coladas.
Eu sabia que isso iria acontecer de novo. Me deixei enganar, mas me preparei para esse momento. Peguei o meu celular e coloquei a câmera para gravar. Isolei aquele sentimento ruim e caminhei pelo corredor, chegando em segundos até a porta entreaberta do quarto. Cláudio estava deitado e uma loira, que mais parecia uma stripper, cavalgava sobre ele. Por sorte, ela estava de costas para mim e bloqueando a visão dele. Me posicionei e comecei a assistir:
"A loira subia e descia com bastante entusiasmo, rebolando de forma muito sensual e engolindo completamente aquele mastro ereto. Às vezes, ela mudava a posição e em vez de subir e descer, jogava o quadril para frente e para trás, em uma fricção maravilhosa. Depois ela voltava a subir e descer em um movimento acelerado, arrancando gemidos guturais de Cláudio.
Comecei a sentir a umidade que se formava em minha xoxota e não resisti, tive que levar as mãos até o meu grelo e comecei a me masturbar freneticamente. Nem lembrava mais da gravação. Enquanto a loira rebolava gostoso e quicava de forma magistral na rola daquele filho da puta, meus dedos me davam um orgasmo fantástico.
Foi aí que tudo deu errado, eu não consegui segurar o último gemido de prazer e os dois me descobriram. Deve ter sido o flagrante mais hilário da história: O marido fodendo com outra enquanto a esposa traída se masturba, em vez de terminar com a transa dos dois.
Cláudio me olhou em desespero. Ele sabia que a esposa trouxa, não cairia mais na sua lábia de cafajeste traidor. Eu apenas tirei a mão de dentro da calça e ajeitei a minha roupa. Conferi o celular para saber se eu tinha algum registro do momento e saí, sem me importar mais com aquele babaca."
.
Fui tirada das lembranças do meu passado ao avistar o Luiz entrando no bar do resort. Estava muito presente na minha memória nestes últimos dias a traição do meu ex marido. Após receber a ligação do Júlio e aceitar tomar conta do meu próprio patrão que acabara de ser traído pela esposa, eu não sabia muito bem o que fazer.
Eu estava sentada sozinha no bar daquele resort maravilhoso em Cancún. Será que eu deveria apenas ficar de olho em Luiz, sem tentar nenhuma aproximação ou talvez eu devesse tentar ser amiga? Será que ela estava precisando de um ombro para se apoiar?
A fisionomia dele era de tristeza. Eu sei o que ele estava sentindo nesse momento. Passei pela mesma coisa. Também cheguei em casa de surpresa e peguei o meu marido em flagrante. Pelo menos, no meu caso, eu estava psicologicamente preparada para aquilo.
Eu sabia que não ia resistir. Chamei o barman e pedi que enviasse um drink especial para ele. Escolhi um que é chamado Paloma. Feito com uma mistura de tequila com soda cítrica de toranja e bastante gelo. Para balancear, crosta de sal na borda. Acompanhei com atenção enquanto o barman preparava o drink e a surpresa de Luiz ao recebê-lo. Pude ver o quanto ele ficou feliz com a bebida tão refrescante. Ele olhou para mim e agradeceu com um aceno de cabeça. Eu retribui com uma piscadela de olho.
Foi a deixa que ele precisava. Ele deu a volta no balcão e veio sentar ao meu lado. Nem pediu licença ou autorização. A minha primeira impressão foi meio estranha. Na minha frente, um nerd da cabeça aos pés: Camisa do Pac Man, bermuda bege com bolsos laterais e chinelo estilo Rider. Me deu vontade de rir. Mas existia alguma coisa por trás de todo aquele desleixo, um certo magnetismo que me encantava, uma inocência juvenil. Eu pensei: "o que está acontecendo comigo? Estou com tesão? Acho que estou muito carente."
A segunda impressão foi hilária. Luiz me cumprimentou em inglês e agradeceu o drink. Eu não consegui segurar o riso e respondi em bom português. Ele, meio constrangido, também começou a rir. Para minha enorme surpresa, aquele nerd se mostraria um homem muito encantador. Sabe o que dizem sobre corpo malhado, pica gigantesca, lábia, dinheiro… tudo baboseira. Sabe o que é sexy de verdade? Inteligência e senso de humor. Nisso o nerd era imbatível. Suas opiniões sobre o mundo eram certeiras e precisas. Suas tiradas cômicas tinham o timing perfeito. Eu precisava dar uma pista da minha real identidade e após se apresentar, ele me perguntou o que eu estava fazendo ali, eu respondi:
- Eu sei quem você é. Sou uma das encarregadas de trabalhar com o seu programa. E devo dizer que ele facilitou muito a nossa vida. Obrigado por isso. Drink merecido.
A conversa durou quase duas horas e eu não via nenhum sinal de um homem machucado pela traição. Ou ele estava bem, o que era improvável, ou era um grande ator. Resolvi dar tempo e aproveitar a sua ótima companhia. Eu estaria presente na hora que ele precisasse de mim.
Pedi licença para ir ao banheiro, mas a minha intenção real era ligar para o Júlio. Com a diferença de apenas duas horas no fuso horário, ainda era cedo no Brasil. Entrei no banheiro já com o celular realizando a chamada. Júlio atendeu alegre:
- Amiga, querida! Já conseguiu colocar seus olhos no meu garoto?
Júlio parecia ser mais o pai do que o melhor amigo do Luiz. Eu disse:
- Na verdade, amigo, mais do que os olhos.
Júlio deu uma risada gostosa do outro lado da linha e depois disse:
- Você não tem jeito, né? E então? Como ele está?
Eu fui honesta:
- Ele me parece muito bem para quem passou por tudo o que você me contou.
Júlio abriu os meus olhos:
- Não se deixe enganar. Luiz tem essa mania de se isolar em uma bolha interna e não deixar que o mundo saiba os seus reais sentimentos. Faça o que achar que deve. Confio em você.
Eu não resisti:
- Lembre-se que você está me dando carta branca, ok?
Júlio me deixou emocionada e feliz:
- Vocês dois têm tanto em comum. Acho até que seriam um casal perfeito. Mas eu sei que ele está magoado e no fundo, ama a Angel. Me preocupo com você agora. Não se deixe envolver mais do que o necessário. Luiz, com essa cara de menino mimado, não sabe o poder que tem e o desejo que desperta nas mulheres.
Júlio tinha razão. Duas horas de conversa já foi o suficiente para que Luiz me deixasse totalmente na mesma sintonia que ele. Esses são os piores, pois não fazem nada de caso pensado. Quando a gente se dá conta, já está apaixonada. Mas eu não sou uma adolescente deslumbrada que não sabe o que quer da vida.
Me despedi do Júlio e desliguei a ligação. Ali no banheiro, sozinha, comecei a pensar que uma pequena diversão não faria mal a ninguém. E por tudo o que Júlio me contou, Luiz merecia aprender alguns truques para no futuro ser um amante melhor.
.
Esses pensamentos maliciosos me levaram de volta ao dia da traição do meu ex marido. Para ser mais exata, na forma que eu lidei com aquela situação.
Eu saí de casa aos risos. Como foi que eu cheguei a esse ponto? Me masturbar e gozar enquanto o meu casamento chegava ao fim. Fico imaginando a cara da stripper loira ao me ver naquela situação. Eu só pensava em sair dali, mas não tinha nem ideia de para onde eu poderia ir. Caminhei por uns duzentos metros e me sentei no banco da praça em frente a uma loja da Starbucks. Obrigada, Deus! Um cappuccino de chocolate e calda de avelã era tudo o que eu precisava. Entrei, pedi e rapidamente fui atendida. O pior, é que a noite estava bem quente e mesmo assim, a bebida fervente me trazia uma sensação de paz.
Se me perguntassem naquele dia o porquê dessa sensação, eu não saberia dizer. Mas hoje, com certeza, digo que foi por causa do livramento. A sensação de poder sair de cabeça erguida e com a consciência tranquila de uma relação ruim. De não mais precisar estar ao lado de uma pessoa egoísta e sem caráter. Ufa! Era um verdadeiro alívio.
Minha Paz não durou mais do que cinco minutos. Correndo pela calçada, esbaforido e gritando o meu nome, surgia Cláudio.
.
A batida na porta do meu box, me tirou daquela lembrança ruim e me trouxe de volta ao presente:
- ¿Está bien, señora?
- ¡Sí! Estoy saliendo. - Respondi já abrindo a porta.
Voltei ao encontro do Luiz que me aguardava com um belo sorriso nos lábios. Mal cheguei e já disse:
- Gosta de massagem? Aqui tem uma ótima.
Luiz continuava sorridente:
- Lógico! Quem não gosta?
Saí puxando Luiz pelo braço em direção a tenda de massagens na lateral da área da piscina e da praia privativa.
Vocês já sabem mais ou menos o que aconteceu ali, mas dessa vez, eu contarei de uma forma diferente. Ah! Na próxima parte, ok?
Continua…
max.alharbi07@gmail.com
É PROIBIDO CÓPIA, REPRODUÇÃO OU QUALQUER USO DESTE CONTO – DIREITOS RESERVADOS – PROIBIDA A REPRODUÇÃO EM OUTROS BLOGS OU SITES. PUBLICADOS SOMENTE NA CASA DOS CONTOS ERÓTICOS