Vidas em conflito. Desejos e traições. Parte 4.

Um conto erótico de Max
Categoria: Heterossexual
Contém 4580 palavras
Data: 20/05/2022 14:03:14

Continuando…

Parte 4: Escolhas e encontros.

Vânia já tinha posse das informações que precisava. Se fosse seguir adiante com os planos de sedução ao Gabriel, informação não lhe faltava. Mara seguia sua rotina de humilhações, maus tratos e exploração pelas mãos de quem prometera amar e cuidar dela. Gabriel e Ana estavam prestes a ter uma conversa que definiria o futuro da vida e do casamento dos dois.

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Gabriel saiu da área administrativa do shopping feliz. Percorreu dois grandes corredores de lojas, e logo que chegou na praça de alimentação, Ana correu em sua direção e lhe recepcionou com um beijo apaixonado. Um dos seguranças brincou com o casal:

- Que maneira gostosa de terminar o expediente.

Os dois sorriram para ele. Moravam próximos e estavam sempre se encontrando pelo bairro. Gabriel pegou na mão da esposa e ela o acompanhou, agarrada ao seu braço, até ao quiosque de sorvetes do McDonald's. Ele pediu um McFlurry tamanho família e viu os olhos de Ana brilharem. Ela tinha verdadeira adoração naquela sobremesa. Pediu o maior para dividir com ela e assim que pagou e foi servido, escolheu uma parte mais vazia da área para os dois se sentarem. Gabriel estava muito ansioso para contar as novidades. Ele não conseguiu esperar mais:

- Nossa! Tenho uma coisa maravilhosa para contar. Acho que você vai ficar muito feliz.

Ana encheu a colher e levou a boca. Olhava feliz para o marido, aguardando a novidade. Ele continuou:

- Fui chamado hoje na sala do diretor geral e me ofereceram uma promoção.

Ana olhou com admiração para ele. Sabia que o marido era trabalhador e não ficou nem um pouco surpresa pela oportunidade oferecida. Ela disse:

- Você merece, amor! Eles só viram em você o que eu sempre soube. Você é único e especial.

Gabriel ainda não tinha acabado de contar as novidades. Ele também pegou um pouco do sorvete e saboreou, antes de voltar a falar:

- Mas tem um porém: eles querem que eu mude o meu curso para administração. Me ofereceram até uma bolsa de estudos patrocinada pela empresa que administra o shopping. Eles estão precisando de mais profissionais dessa área.

Ana ficou séria e Gabriel estranhou. Ele perguntou:

- O que foi, amor? Não gostou?

Ela, visivelmente contrariada, respondeu:

- Amor! Você sempre foi apaixonado por letras e literatura, sonha em aprender diversos idiomas. Não troque o seu sonho por dinheiro. Isso a gente trabalha e ganha. Dinheiro é importante, mas não o que mais importa.

Gabriel tentou argumentar e mostrar a ela os benefícios que ela também teria com a mudança. Ele olhou fundo nos olhos da esposa e disse:

- Pensa comigo! Se eu fizer essa mudança, você também pode começar a faculdade. Nós dois terminaríamos os estudos juntos, praticamente. Confesso a você que estou tentado a aceitar.

Ana sabia que Gabriel tomava as suas decisões, sempre pensando no que era melhor para o casal. Mas ela também sabia dos riscos de uma decisão precipitada para o casamento dos dois. Ela disse:

- Amor, eu posso aguardar alguns anos. Ainda somos jovens e nem é tanto tempo assim. Se você fizer essa escolha sem considerar todos os cenários, corre o risco de se arrepender no futuro e só perder tempo. Eu não quero ser a responsável por atrapalhar os seus sonhos.

Gabriel tentou argumentar:

- Mas você não será a responsável. Sou eu que estou pensando…

Nesse momento, Ana o interrompeu:

- Você está fazendo isso por mim. Isso pode levar a mágoas e arrependimentos no futuro. Foi você mesmo que citou aquele ditado uma vez, lembra? Quando eu perguntei o porquê de você ter escolhido letras, você me disse: "Trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida.”

- Não é um ditado, amor! É uma fala do grande pensador e filósofo chinês Confúcio. - Gabriel olhava para ela rendido.

Ana deu o cheque mate:

- Tá vendo? Essa é a sua paixão. Filosofia, literatura, pensadores não sei de onde…

Os dois sorriram cúmplices. Ele não tinha mais argumentos. Sabia que a esposa estava correta. Ana, com seu jeito calado e racional, sempre soube mostrar a ele quando estava se precipitando nas decisões. Ela disse:

- Pense um pouco mais. Se você realmente quiser, eu apoio a sua decisão. Mas pelos motivos certos, não por minha causa.

Terminaram o sorvete e saíram de mãos dadas até o ponto de ônibus. Se despediram com um beijo longo e apaixonado. Gabriel pegou o coletivo para a faculdade e Ana resolveu passar para ver Mara. Estava preocupada com a prima que não dava notícias há alguns dias e nem havia respondido a sua última mensagem.

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Enquanto Gabriel partia para a noite de estudo, em cerca de trinta minutos, Ana descia do ônibus bem próximo à casa da prima. Viu Leandro jogando sinuca no bar e ficou mais relaxada por ele não estar em casa. Detestava o jeito que ele a olhava. Não entendia como Mara suportava aquele delinquente. Tentava a dois anos afastar a prima dele.

Caminhou rápido e logo estava batendo na porta. Mara abriu e fingiu estar feliz pela visita. Pediu que Ana entrasse e lhe indicou o sofá para sentar. Ana pediu:

- Vamos lá para casa? Assim podemos conversar com mais calma.

Mara consentiu e trocou de roupa. As duas atravessaram os dois quarteirões que separavam suas casas em silêncio. Ana abriu a porta e Mara a seguiu para dentro. Ana disse:

- Até quando você vai aturar aquele sujeito, prima? Você se mata de trabalhar e o cara jogando sinuca e bebendo? Ainda mais em dia de semana? Você merece coisa melhor.

Mara não estava a fim de discutir. Seu dia foi muito cansativo e ela estava no limite da sua energia. Os homens que atendera, foram brutos e mal-educados. Mesmo que odiasse Ana com todas as forças, ela era a sua única família. A única pessoa que ainda se importava com ela. Preferiu desconversar:

- Deixe ele para lá. Como foi o começo do Gabriel na faculdade? Ele está feliz?

Ana gostou do interesse da prima. Por vários minutos falou orgulhosa sobre o marido e o quanto ele era bom para ela. Mara ouvia suas palavras se sentindo enojada por toda aquela melação, mas disfarçava bem. Ana ia falando enquanto preparava a janta. Depois conversaram sobre o filho de Mara e a família. Ana sempre a aconselhando a ir atrás da mãe e fazer as pazes:

- Seu menino está lindo. Eu o vi no fim de semana. Você precisa parar com essa birra e voltar a ser a mãe do seu filho.

Mara sentia uma saudade enorme do seu pequeno. Esse era o seu verdadeiro calcanhar de Aquiles. Aquela conversa chata já durava horas e ela estava ficando puta e perdendo a paciência com a preocupação de Ana por ela. Foi salva por batidas na porta. Vendo que Ana estava ocupada e já prevendo quem seria, Mara foi abrir:

- Saiu sem avisar por que? - Leandro, embriagado, cobrava uma explicação.

Mara até tentou dar uma explicação, mas Leandro, alterado, a pegou pelo pescoço, apertando forte e a prensando contra a parede. Ana percebeu a situação e correu ao auxílio da prima, mas com apenas um empurrão, Leandro a fez retroceder. De repente, Leandro foi agarrado pelo pescoço também e com uma chave de braço bem encaixada, Gabriel, que acabara de chegar em casa, o tirou de cima da namorada e foi conduzindo o vagabundo até o portão. Ele disse:

- Deu para bater em mulher agora? Não na minha presença.

Somente com a força dos braços, Gabriel o jogou no meio da rua. Voltou, trancou o portão e mandou as garotas entrarem. Leandro levantou e encarou o ex amigo. Mesmo com a fala arrastada, tentou intimidá-lo:

- Vem aqui fora se for macho. Você me pegou por trás, covarde.

Gabriel fez menção de sair, mas Ana correu até ele e o puxou pelo braço:

- Não, amor! Não vale a pena. Ele está bêbado e provavelmente drogado.

Não querendo se indispor com a esposa, Gabriel preferiu relevar e já ia virando as costas quando Leandro gritou:

- Mara! Se você não vier para casa agora, não precisa vir mais.

Gabriel já ia se virar outra vez, quando Mara disse ao casal:

- Deixa, gente! Esse problema é meu. Sei do que ele é capaz. Melhor eu ir embora e não piorar a situação.

Ana ainda tentou fazer com que ela desistisse da ideia, mas Mara sabia que estava indefesa contra o seu agressor. Escolheu acompanhá-lo, não via uma forma de se livrar da situação. Ana tentou uma última vez:

- Por favor, prima? Não vá. Fica aqui com a gente.

Mara passou por ela, abriu o portão e saiu ao encontro do namorado. Leandro olhava para o casal com um sorriso ébrio e olhos entorpecidos, mas vitorioso. Ana entrou em casa pisando duro. Gabriel só queria esquecer aquela noite.

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Alguns dias depois, enquanto Vânia planejava sua armadilha, Ana continuava preocupada pela falta de notícias da prima. Desde a noite em que Gabriel interveio e colocou Leandro para fora, nenhuma notícia de Mara chegou aos seus ouvidos. Gabriel entendia a preocupação da esposa, mas não havia nada que ele pudesse fazer. Trabalhou normalmente aquele dia e faltando quinze minutos para o fim do expediente, se dirigiu à sala do diretor geral. Bateu na porta e o homem mandou que entrasse. Pelo semblante de tensão que Gabriel exibia, o homem sabia que a resposta não seria positiva. Mas estava preparado para a negativa. Tinha outros candidatos e entendia a posição do jovem rapaz. Aceitou tranquilamente quando Gabriel lhe comunicou a sua decisão de seguir os planos originais que traçara para sua vida.

Uma complicação estava resolvida. Agora era hora de encarar a segunda. Bateu o seu ponto de saída e como sempre fazia, pegou o ônibus em direção à faculdade. Estava tenso e preocupado. Não sabia o que esperar do encontro com a professora. Por mais que ela tenha se insinuado, foi dele a atitude de beijá-la.

O primeiro período transcorreu tranquilo. Gabriel gostava muito da aula de filosofia e do simpático professor com cara de hippie dos anos setenta. Leopoldo era um cara divertido e muito inteligente. Cativava os alunos e sempre extraia deles o melhor. Esse relaxamento ajudou a aliviar a tensão para o próximo período. Ele aproveitou o pequeno intervalo e foi ao banheiro. Saía distraído quando novamente deu de cara com a professora Vânia, quase trombaram outra vez. Gabriel, assustado, disse:

- Desculpe, professora! Isso está quase se tornando um hábito.

A primeira oportunidade se apresentou como mágica. Ela olhou ao redor e viu se haviam pessoas próximas. Vendo que estavam a sós, ela disse:

- Relaxa! Uma encostadinha nunca matou ninguém.

Vânia saiu dali, o deixando sem entender nada. Estava na hora de começar a aula. Entrou na sala e esperou que todos se sentassem. Acompanhou atenciosamente a movimentação de Gabriel. Vendo que estavam todos prontos, escolheu quatro alunos, Gabriel entre eles, lógico. Os posicionou e entregou a cada um deles, um conjunto de placas com frases aleatórias, umas certas, outras erradas. Mas eram frases com erros sutis e só quem, realmente, tivesse domínio da língua portuguesa, conseguiria detectar os erros. A cada acerto de Gabriel, Vânia o encorajava e elogiava. Fazia isso com os outros alunos também. Quando aconteciam os erros, Vânia, pacientemente, parava tudo o que estava fazendo e com maestria e total domínio do seu ofício, corrigia os erros e ensinava os seus alunos, que a olhavam admirados. Gabriel, amante da literatura e da língua portuguesa, ficou deslumbrado com a facilidade e a destreza da professora.

Ele começava a enxergar ali, uma outra pessoa. Uma profissional séria e muito competente. Não mais a safada que ficava se insinuando para ele. Com a admiração, chegava também o respeito. Ele começava a entender o quanto aquela mestra poderia ser importante na sua formação. Precisava de qualquer forma, se desculpar com ela e deixar aquele mal-entendido para trás.

Com atenção redobrada, Gabriel absorveu os ensinamentos, as dicas e os atalhos que a bela professora compartilhava com a classe. Cada demonstração habilidosa do profundo conhecimento da língua que a professora incutia naquela nova geração, era recebida com uma certa excitação por Gabriel. Aprender o fazia se sentir bem e aprender daquela forma, era muito prazeroso.

A aula passou rápido, assim como passam as boas coisas, e logo o sinal que indicava o fim da noite de aprendizado tocou. Todos se levantaram rápido e começaram a sair. Gabriel enrolou um pouco mais em sua cadeira. Queria ficar sozinho com Vânia e ter a chance de se explicar e se desculpar. Em pouco menos de cinco minutos, estavam só os dois alí. Vânia de costas para ele, arrumando o material pensando em como levaria aquilo tudo sozinha para o carro.

- Professora Vânia? - Gabriel a surpreendeu.

Vânia deu um pulo, assustada. Se virou com a mão no peito, sentindo os batimentos acelerados:

- Pelo amor de Deus! Assim eu tenho um infarto.

Gabriel pegou a jarra com água que havia na mesa, encheu o copo até a metade e lhe entregou. Tentava acalmá-la:

- Desculpa, não era a minha intenção.

Vânia se refez rápido do susto e aproveitou a oportunidade:

- Aproveita que você está aqui e me ajuda a levar isso até o carro. - Ela depositou em suas mãos diversos livros pesados e as placas usadas na aula.

Vânia sabia o que ele queria e achou muito fofa a aproximação dele, mas ela não iria facilitar. Tinha agora a chance ideal de começar o seu jogo. Caminhou a sua frente, aproveitando para, novamente, requebrar o quadril e mexer com a imaginação do jovem e belo rapaz.

Entraram no estacionamento e o tempo a mais na sala de aula foi providencial. A área já estava vazia e só haviam os dois ali, outra vez. Vânia apertou um botão no controle do carro e o porta malas se abriu. Gabriel depositou os livros e as placas em seu interior e o fechou. Criou coragem e se dirigiu a professora:

- Eu gostaria de me desculpar pelo que aconteceu aqui na semana passada.

Vânia se fez de inocente:

- Se desculpar? Por que?

Gabriel já começava a se irritar:

- Por favor, professora! Eu dei muito duro para chegar até aqui. Sou o primeiro da minha família a entrar no ensino superior. Não quero prejudicar o meu futuro por uma atitude impensada e desrespeitosa com a senhora. Por favor, me perdoe!

O sentimento de empatia pelo rapaz, bateu forte dentro dela. Assim como, a vontade ainda maior de agarrá-lo ali mesmo. Vânia sentia novamente os seus hormônios fervendo. Ela realmente sentia uma forte atração pelo rapaz, adorava aquela sensação de excitação quando iniciava seu jogo de sedução. Mas sabia que com ele, ela teria que ser muito hábil. Ela disse:

- Você não tem que me pedir desculpas. Se fosse um beijo ruim, eu até concordaria. Mas…

Gabriel ficou sem entender nada. Ele percebia que ela se fazia de sedutora e ele não entendia o motivo de sentir excitação com aquilo. Não entendia direito o que estava acontecendo. Era inteligente e tentou de uma forma diferente:

- A sua aula hoje foi uma das melhores que eu já assisti na minha vida. Eu gostaria muito de aprender com a senhora. Vamos colocar um ponto final nesse assunto do beijo e seguir em frente. Eu agi errado.

Vânia estava se divertindo:

- Primeiro, vamos parar com esse negócio de senhora. Olha para mim! Eu tenho cara de senhora?

Gabriel não conseguiu deixar de olhar. Ele de fato achava a professora uma mulher muito atraente, e depois daquela demonstração de sabedoria na aula, ficara mais admirado. Vânia continuou:

- Segundo, eu não tenho a mínima intenção de lhe prejudicar. Você é um ótimo aluno e eu já percebi que o seu conhecimento está acima da média. Se você permitir, eu tenho muito a lhe ensinar. Em diversas áreas. - Vânia falou a última parte olhando de forma cúmplice para ele.

Gabriel sentiu a força do olhar sedutor da professora, e teve um impulso de sair dali, fugir daquele efeito que o deixava embaraçado. Gabriel olhou o relógio:

- Droga! Era só o que faltava.

Ela, curiosa, perguntou:

- O que foi? Algum problema?

Gabriel parecia visivelmente perturbado:

- Perdi o ônibus. O próximo é só daqui a uma hora. Fala sério!

Vânia viu ali uma oportunidade de ficar mais tempo com ele:

- Vem! Eu dou uma carona. Será uma boa oportunidade para a gente conversar mais. Eu realmente quero o melhor para você. Não tenha receio. - Ela não conseguiu disfarçar o olhar de malícia.

Gabriel a encarou sério. Estava tentado a aceitar, mas avaliava a situação. Pensou na Ana e no quanto ela ficaria preocupada com esse atraso de uma hora. Ele perguntou:

- Eu moro na zona leste. Não quero atrapalhar. Pode me deixar no centro. De lá, tem ônibus até à meia noite.

Vânia não deu tempo para ele repensar a decisão. Abriu a porta do carona e lhe deu sinal para entrar.

- Vamos lá, então!

Gabriel aceitou e ela dando a volta entrou também. Ao se sentar já deixou o vestido ficar mais curto naturalmente. Ligou, acelerou e em poucos segundos já saíam juntos da faculdade.

No carro, Vânia aproveitou para conhecê-lo melhor. Mesmo que já estivesse de posse da maioria das informações, poderia assim, não se mostrar uma assediadora. E no caso de terem encontros futuros em lugares diferentes, seria o próprio quem lhe deu a informação. Ela, sutilmente, levantou um pouco mais o vestido enquanto dirigia, dando a ele uma visão provocante de suas coxas bem torneadas. Quando foi mudar a marcha, com um movimento casual se descuidou e levantou ainda mais o vestido a ponto de sua calcinha de renda branca ficar visível aos olhos do rapaz, que não conseguia evitar de olhar. Ela notou o olhar dele e fez questão de brincar:

- Ops! Que desastrada eu sou. Me desculpe! - Novamente, usou o olhar de malícia.

Aqueles gestos sutis de sedução funcionavam. Gabriel não conseguia falar. O perfume dela também ajudava e criava um ambiente altamente sensual. Vânia com tal atitude, sem ser invasiva, mas muito sexy, entrava novamente em seus pensamentos. Durante o resto do trajeto Vânia não disse mais nada. Deixou que o seu sex appeal fizesse com que o rapaz perdesse parte da timidez e seus hormônios o excitassem. A cena da professora, muito bem vestida, atraente, com sua imagem de intelectual experiente, e ao mesmo tempo de mulher extremamente bela e sexy, provocaram nele uma forte ereção. Finalmente chegaram ao centro da cidade. Assim que ela parou o carro em uma praça, ele se despediu rápido, agradeceu e saiu do carro, tentando esconder a sua ereção. Vânia percebeu e adorou o quanto ela conseguiu evoluir em sua estratégia de aproximação em apenas uma noite e com uma simples carona. Vânia ficou orgulhosa do seu poder de atração. Sentiu que Gabriel ficara balançado.

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Enquanto Gabriel pegava a sua condução e seguia para casa, Mara se encontrava em uma situação precária. Os hematomas em seu rosto, resultado dos tapas de Leandro, alguns dias atrás, estavam começando a melhorar. Mais uma vez, ela culpava Ana. Se enganava dizendo para si mesma, que se não tivesse aceitado o convite e ido até a casa da prima, nada daquilo teria acontecido. A única coisa boa daquela situação foi o fato de estar há dias sem trabalhar. Leandro não era bobo e sabia que um dos clientes podia denunciá-lo por agressão doméstica.

Como sempre acontecia após as agressões, por alguns dias, Leandro se mostrava carinhoso e preocupado. Tratava Mara com extremo carinho e atenção. Até o sexo ficava gostoso. Só que, rapidamente, as coisas voltavam ao normal e o ciclo de agressões, abusos e exploração voltava a se repetir.

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Alheio ao que acontecia com Mara, Gabriel chegava em casa com os nervos à flor da pele e muito excitado. Foi recebido por Ana com um beijo intenso. Ela estava com saudade de ser amada pelo marido. Estavam há dias sem fazer amor. Ela, preocupada com a prima, não sentira muito desejo nos últimos dias e ele preferiu lhe dar espaço para que ela se acalmasse.

Gabriel percebeu naquele beijo que a esposa também estava precisando de sexo. Um instinto mais selvagem, despertado pela ousadia da professora, começava a tomar conta dele. Mas dessa vez, ele iria com calma, tentando aos poucos, mostrar à Ana que ele estava realmente a fim de variar um pouco mais e tentar coisas novas. Ele abraçou a esposa com força, demonstrando desejo, deu outros beijos e diante da resposta satisfeita dela, disse:

- Na última vez eu fui um pouco bruto com você. Se você deixar, eu queria tentar, aos poucos, algumas coisas diferentes no nosso jeito de fazer amor.

Ana o olhou curiosa:

- Se você prometer me tratar com o carinho e o respeito que eu mereço, também prometo que vou tentar.

Gabriel a pegou nos braços e a levou para o banheiro com ele. Ana, sorrindo, protestou:

- Que isso, amor? Eu já tomei banho agorinha.

Gabriel nem lhe deu ouvidos e começou a despir a esposa. Ele falou no ouvido dela:

- Eu preciso de um banho. Mas também quero namorar gostoso enquanto faço isso. Essa é a primeira coisa que eu quero mudar. Não é só a cama o lugar de fazer amor. Essa é a nossa casa e podemos nos amar onde a gente quiser. E no banho é muito bom.

Aquilo era novo para Ana, mas ela estava curiosa. Sentiu até uma excitação maior em virtude daquela inovação. Resolveu deixar as coisas acontecerem naturalmente. Gabriel tirou a sua roupa também e puxou a esposa, junto dele, para debaixo da água morna. Beijou-a demoradamente na boca enquanto apalpava suas nádegas firmes. Ela foi se entregando, se esfregava ao corpo dele com desejo e saudade.

Gabriel começou a beijá-la no pescoço e foi descendo por seu corpo. Ana se lembrou da última vez e tentou trazê-lo de volta, mas ele tentou acalmá-la:

- Eu sei que não agi certo da última vez, mas agora, eu prometo que vou fazer com carinho e você vai gostar. Eu nunca dei a devida atenção para as preliminares. Você merece sentir esse prazer.

Ana gostou do que ouviu e o elogiou:

- Você sempre me deu muito prazer, amor! Eu sou uma mulher muito satisfeita com o que você me dá.

Gabriel completou:

- Mas você merece muito mais.

Ele já chegava com a boca em sua virilha. Deu um beijo carinhoso na coxa e uma leve mordidinha na lateral da bunda. Ana sentiu o prazer do contato e agarrou nos cabelos dele. Gabriel levantou uma das pernas dela e a apoiou no seu ombro. Aquela linda boceta, com um pequeno tufo de pelos bem aparados na parte de cima, estava à disposição da boca dele.

Gabriel passou carinhoso o rosto pelo sexo dela e sentiu o seu cheiro gostoso e embriagante. Deu um beijinho delicado na parte superior e passou a língua com leveza por toda a extensão daquela xaninha linda, fechadinha no formato, como se fosse um presente com seu conteúdo sempre embalado. Depois passou a língua com um pouco mais de pressão, vencendo a abertura e sentindo o seu sabor agridoce. Ana suspirou forte e agarrou ainda mais em seus cabelos.

Sempre carinhoso e cuidadoso, ele começou a chupar aquela xoxota com mais desenvoltura. Se demorando no grelo e arrancando gemidos cada vez mais fortes:

- Nossa, amor! Aaahhhh… o que você está fazendo comigo? Aaahhhh…. Assim… aaahhh

Gabriel enfiava a língua fundo na sua entradinha e depois percorria toda a xoxota em movimentos calculados e distribuídos por todas as áreas que conseguia alcançar:

- Ai, meu Deus! Aaaahhhhh. Isso é muito bom. Aaahhhh… ssshhhhh… nossa mãe do céu…. Aaaahhhhh…

Ele sugava o grelo, chupava os grandes lábios, enfiava a língua com vontade e voltava a sugar e absorver todo o mel que era formado em abundância e melava todo o seu rosto.

Ana gemia e ofegava a cada estímulo daquela língua que lhe invadia e despertava sensações novas e tão intensas. Gabriel sentiu quando as pernas dela começaram a tremer e o seu corpo, a emitir pequenos espasmos. Ele caprichou ainda mais:

- Estou quase… aaahhhhhhh… não para, agora… Isso, assim…. Aaahhhh… tô gozando, amor! Tô gozando… Aaahhhh… que delícia…. Eu te amo… aaahhhhh.

Ana gozou em menos de um minuto depois em sua boca, maravilhada com o que tinha acontecido. Com o orgasmo, ela quase se desequilibrou, e ao se segurar no box para não cair, sua mão encontrou um pequeno desnível na junção malfeita dos metais que escoravam os vidros temperados. A força da pegada fez o material se transformar em navalha. Ao sentir o corte, o instinto natural de retirar a mão dali, fez a palma correr sobre o metal e aumentar o tamanho e a profundidade do rasgo em sua mão. O grito de dor foi inevitável, assim como o desespero de Gabriel ao ver o sangue que escorria no vidro e depois na mão da esposa.

Ele pensou rápido e enrolou a mão dela na toalha de rosto à sua frente. Se enxugou de qualquer jeito e também fez o mesmo com Ana. A ajudou a se vestir e também se vestiu. Percebeu que o sangue ia ensopando cada vez mais a toalha. Ana estava em choque e quase não reagia. A colocou sentada no sofá e tentou desenrolar a toalha para olhar o que estava enfrentando e a gravidade da situação. Logo que cessou a pressão no corte, viu que precisava levá-la rapidamente para a emergência. Com certeza, precisaria de pontos. Chacoalhou a esposa pelo braço, fazendo com que ela prestasse atenção nele e disse:

- Segura bem apertado a toalha em cima do corte. Precisamos ir ao hospital. Vou pedir para o vizinho nos levar.

Ana entendeu a gravidade da situação e começou a pressionar a mão, mantendo a toalha bem posicionada e evitando um sangramento maior. Gabriel correu até a casa do vizinho, um senhor aposentado e muito simpático. Explicou a situação a ele e pediu a sua ajuda. O velho explicou que não dirigia durante à noite por causa da visão precária, mas disse que Gabriel, se fosse habilitado, poderia utilizar o carro durante o tempo que fosse necessário.

Ele voltou para casa, pegou a sua habilitação e os documentos de Ana e veio trazendo a esposa junto consigo até a garagem do vizinho. O velho veio rapidamente ao seu encontro e lhe entregou as chaves do veículo, mandou que Gabriel e Ana entrassem no carro enquanto ele abria o portão. Em pouco mais de dez minutos, Gabriel chegava ao estacionamento da emergência.

Ajudou Ana a sair do carro e atenciosamente verificou se o veículo estava bem trancado. Para não perder tempo, pegou a esposa no colo e entrou como um foguete na recepção, pedindo ajuda.

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Ao ver aquele casal jovem em desespero e o marido que pedia ajuda, o Dr. Antônio era o mais próximo e não hesitou em tomar a frente da situação. Trouxe junto consigo uma cadeira de rodas e fez sinal para que o jovem marido lhe entregasse a esposa para ser atendida. Ao se ajoelhar para ver o que iria tratar e a gravidade da situação, o Dr. Antônio congelou por um instante. A semelhança física daquela moça com a sua falecida irmã, era inacreditável. Foi Gabriel que o tirou do transe:

- O que foi, Doutor? Por que o senhor está aí parado como se visse um fantasma?

Continua…

max.alharbi07@gmail.com

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Comentários

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Estou adorando seu conto Max,cheio de tramas e aventuras , sedução,tudo bem traduzindo em minha mente,bjs espero a continuação,bjs

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Olá Max Al-Harbi. Desse jeito eu fico até assustada com esses dramas, achando que os autores vão muito fundo nos conflitos. Nesta história eu estou angustiada com as ameaças à Ana e revoltada com o que está acontecendo com a Mara. Sei que a culpa disso é sua, que cria esses personagens verdadeiros e cruéis, insensíveis, e nefastos. Parabéns. Uma "denúncia". Pensar que em tantos lares hoje, tais situações são reais e acontecem dessa forma ou ainda pior. Três estrelas. Gosto mais fico com o coração apertado. Desculpe não ter comentado tanto. Mas gosto da história.

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Obrigado pela leitura.

Escrevo esse conto como uma tentativa pessoal de diversificar os temas da minha escrita. Existe muito sexo bom e bem contado por aqui.

Mas ainda não encontrei uma história mais dramática. A única com essa tensão mais forte que li até hoje foi "confissões que me alucinaram" do mestre Leon ( fica a dica).

Tento algo nessa linha, mas com mais tensão ainda.

Forte abraço.

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Eu sei que você está sempre acompanhando nos bastidores.

Forte abraço, amigo!

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Max, ao contrário de ser o primeiro, posso sossegado ser dos mais retardatários a comentar. Pois muitos já falaram corretamente o que eu também falaria. E gostei muito do resultado final dessa parte. Como citou a Ellen, essa mistura de erotismo, suspense e drama, são uma combinação que permite muitas emoções e uma trama rica de personagens bem fortes e significativos. Eu também gosto dessa evolução lenta, já que você optou por contar em partes, o que mantém o interesse do leitor e vai pincelando aos poucos cada perfil dos personagens. Narrativa enxuta, objetiva, sem perder o toque de emoção. Excelente uso dos personagens se entrecruzando na trama, uma característica noveleira que ajuda muito a criar adesão à história. Todas as estrelas. Vi um vigilante do Shopping falando com o casal... Hum... um autor como você não o colocaria com tantas referências sem um bom motivo. Fica a dica. Estou atento.

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Agradecer a todos os conselhos, lições e correções que você sempre se dispõe a passar para esse aprendiz aqui.

Agradecer também as críticas, que me ajudam a crescer.

Um grande abraço, mestre! E amigo, claro.

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Lindo aí, querido! Aproveita para conhecer um pouco também. A melhor viagem da minha vida. A cultura é incrível, ainda mais para descendentes árabes, como você.

A gente das garotas aqui, fique sossegado.

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Aproveite a viagem, amigo!

Não é porque está aí a trabalho que você não possa se divertir um pouco. Independente da descendência ou do subtipo da origem da sua família, todos os povos árabes têm laços com Jerusalém e todos os caminhos levam a Israel. Forte abraço e aproveite.

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...🤔...embora muuuito bem escrito, ainda não entendi para que lado este conto irá pender ...

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Fala, meu querido!

É um drama erótico. O tema principal é traição.

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...sim , eu entendo...só que ao meu ver embora como sempre muuuito bem escrito , me parece um pouco confuso...por já estar no episódio 4 , ainda não consegui perceber qual o sentido...para mim os personagens ainda continuam misturados...confusos mesmo...

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Eu venho usando esse conto como um exercício para a minha escrita. Estou me testando para projetos futuros e fora dos contos eróticos.

Mas siga acompanhando, você não irá se arrepender. Esse conto eu quero que seja o meu melhor.

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Eu li os comentários lá embaixo.

Fiquei mais tranquilo sobre o caminho a seguir.

Forte abraço a todos aí.

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Valeu, irmão!

Para que crucificar? Divirta-se com ela e suas histórias.

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Nossa! Você deixa esse humilde rapaz aqui envaidecido. Vocês também são importantes para nós.

😘

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Uma saga multifacetada, onde pode acontecer de tudo. Essas são as melhores.

Parabéns, Max. Tá batendo um bolão nas 11.

E eu estou quase fazendo aquilo que te disse...

Abs.

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Foto de perfil de Max Al-Harbi

Precisa tocar esse projeto. Colocar para andar.

Obrigado pelos elogios.

Aquele abraço.

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Listas em que este conto está presente