Até hoje eu não sei, ou não lembro do seu nome, que eu lembre, não falamos, porque não deu tempo.
Eu era casado e precisava de dinheiro, minha avó às vezes me socorria, e, desta vez, não seria diferente. Lá fui eu pro Japeri, destino, a São Cristóvão, para caminhar até o Maracanã, ela morava ao lado do Estádio e ali eu vivi parte da minha adolescência.
Entrei no trem, sentei, era o penúltimo vagão e parava em frente à escada na estação de destino. Sabia isso se cór. O trem saiu de Queimados, parou em Austin e ela entrou com as duas crianças. Nossos olhos se encontraram, as crianças notaram e comentaram.
A cada estação que parava, entrava e saia gente, e nossos olhares se cruzavam.
Chegando em Deodoro em mais uma cruzada de olhares, uma das crianças corre em minha direção e pede uma pipoca doce, eu dou o pacote, ela reclama com a menina, eu sorrio e digo pra deixar, são crianças, eu tenho filhas.
Chegando em São Cristóvão saímos pro mesmo lado, seguimos na mesma direção, havia relatos de pessoas maldosas atacando mulheres no bairro. Paro. Chamando-a digo o meu destino, Av. Maracanã, e ela, R. S. Frc⁰ Xavier, bem do lado, sorrimos e seguimos juntos, agora ela e as crianças tinham proteção. Essas crianças eram sobrinhas que ela cuidava durante a semana, e às Sextas, trazia para a mãe. E eu, disse que ia na minha avó, não disse pra que, combinamos de voltar juntos. Nos encontramos em uma hora, proponho voltarmos de ônibus para não correr riscos de assalto nas cercanias da estação. Ela aceita mas diz pra pegarmos o trem na Central, ela não tem dinheiro pro ônibus. Eu ofereço pagar, ela se retrai pois não me conhece. Eu sorrio, ela também. No ônibus ficamos conversando das nossas coincidências, das crianças e das minhas crianças. Sorrimos mais uma vez, trocamos olhares, sorrimos e um beijo.
Alguma coisa aqui dentro me fez pedir à minha avó o dobro do que fui buscar e ela me emprestou. Descemos na Central, nos beijamos, sorrimos e entramos num hotel. Era um hotel barato, como todos ali, destinado ao sexo entre pessoas, como todos os outros, subimos, sem graça porque estávamos ali. Ela disse: "_Sou casada."
Eu disse: "_ Sou casado." Ela:"_O que estamos fazendo?" Beija-mo-nos.
Carinhos, abraços, carinhos, beijos, beijos e despimo-nos; olhos fechados, dedos e mãos se enxergando, bocas se beijando.
Beijo seus cabelos e ela gemeu, beijo suas orelhas e ela se arrepiou, beijei sua boca e ela suspirou, beijei-lhei queixo e o pescoço
"_Ninguém nunca me beijou assim!" Ela falou.
Toquei em seu soutien, ela arregou, tinha vergonha dos seios flácidas e caídos por amamentação, foi mãe e era mãe de leite dos sobrinhos, chorou.
A beijei novamente e dessa vez a segui beijando a boca, o queixo, o pescoço, as saboneteiras os ombros e os seios por sobre o soutien; ela ardendo suspirou. Segurou minha cabeça contra o peito e chorou.
Servi-me de suas lágrimas bebendo-as com vigor, olhei-a nos olhos e a beijei com amor. Ela, tremendo e ardendo, o que ainda a tapava retirou, abrindo-me a avenida do seu corpo, o seu ardor; suguei-lhe os mamilos, senti o seu sabor, ela apenas arfava, descobria o amor.
"_Ninguém nunca me tratou desse jeito!" Foi o que ela balbuciou.
Desci beijando seu abdômen e no ventre estacionei. Ela, soltando um gritinho o seu corpo estremeceu,ao tocar-lhe com os dedos a vulva, algo dentro derreteu. Aquela mulher gritava, gemia e rebolava; ao toque de dedos em seu clitóris entumecido, ela soluçava surfando em seus delírios.
Pernas abertas pedia a conclusão pois não suportava tamanha excitação; foi quando ao tocar com os lábios sua vulva, o vulcão entrou em erupção. Foram dois minutos de orgasmos terminando em ejaculação, nem sei de onde ela tirou tanto líquido, mas ainda queria a penetração.
Mas eu, ainda em carinhos, a boca da vulva aproximei, e ela outro orgasmo experimentou. Enquanto explorava a sua gruta, o meu corpo eu virei, o meu falo oferecendo, num 69 me acomodei. Ela, gentilmente os carinhos devolveu, mesmo sem experiências, como pôde ela se deu.
Penetra-la foi uma delícia, pois ela era só prazer, e a cada estocada que eu dava, mais ela queria oferecer. Ao perceber meu estado e ver que o gozo eu a ia oferecer retirou -se de mim e virou -se a sua boca ofereceu pra encher.
Sorveu toda a minha gala, me limpou o falo com ardor, engolindo até a última gota de nossa experiência de amor.
Depois tomamos juntos um banho, com carinho um ao outro ensaboou, e foram tantos os carinhos que ali mesmo tudo recomeçou. Fizemos amor em pé, de cócoras ela em mim se encaixou, voltamos depois para a cama onde a cópula continuou; ela extasiada dizia que nunca ninguém assim a explorou e eu disse que ainda faltava uma parte e com medo ela me confessou que de tudo que ela tinha experimentado isso foi o que a machucou, porque fizeram à força, a maltrataram, machucaram sem pudor.
Pedi a ela licença e seu traseiro comecei a beijar e prometi-lhe prontamente que dessa vez ia gostar. Foram tantos os carinhos, beijos gregos e afins, que quando ela percebeu, cravado eu estava até o fim. E ela numa nova experiência, gozou parecendo não ter fim.
Quase não dormimos a noite, mas tínhamos que parar. Por mais que não quiséssemos, precisávamos voltar; pois tinha gente nos esperando, a presença iam cobrar.
Jurando amor nos beijamos, e abraçados deixamos o local. Embarcamos no trem das sete horas, olhares, carinhos sem igual. Combinamos de fazer novamente, prometemos nos reencontrar; mas que, se nem mesmo nossos nomes nos lembramos de trocar. Endereço então, nem se fala, o que ficou foi toda a emoção, de amar um amor de verdade em uma noite, um único mutirão; de duas vidas vividas, sofridas, que só queriam sentir o que é bom.
Fato real.