Segundas chances.

Um conto erótico de Max Al-Harbi
Categoria: Heterossexual
Contém 3348 palavras
Data: 28/06/2022 20:15:20
Última revisão: 28/06/2022 23:16:16

E assim ela se foi

E nem de mim se despediu

Oh Chalana, vai sumindo

Lá na curva do rio

E se ela vai magoada

Eu bem sei que tem razão

Fui ingrato, eu feri

O seu pobre coração

Ela realmente se foi. E eu sabia que a culpa era minha. Por que fui dar conversa para aquela maldita rapariga no forró? Francisca, Fran para os mais íntimos, nos pegou em flagrante. Mesmo sendo o errado, eu tentei fazer com que ela me perdoasse, mas ela sempre havia deixado claro para mim que traição era imperdoável. Ela entrou naquele barco e desapareceu da minha vida. Meu noivado estava acabado. Só me restava seguir a vida.

Naquela época, o Sul do Ceará, minha terra, e de família pobre, eu não teria condições de melhorar de vida. Eu ainda tentei por dois anos, mas eu precisava sair dali. Tudo me lembrava da Fran. Que idiota eu fui, trocar a mulher mais bela da região por uma diversão de uma noite. E que nem bonita era. Minha Fran era tudo o que um homem desejava: bonita, trabalhadora, parceira, incrível na cama…

A convite de um primo, gesseiro já bastante conhecido no Sudeste, eu parti para São Paulo. Longe de todas aquelas lembranças, eu tentaria esquecer da Fran e das burradas que me fizeram perder o amor da minha vida.

Os primeiros meses foram difíceis. Fora a xenofobia, ainda havia os metidos a esperto tentando nos pagar um valor aquém do que o trabalho realmente valia. Por várias vezes tivemos que aceitar essas situações para não ficarmos sem serviço. Apesar da modernidade, a vida no Sudeste era muito mais cara do que na minha terra. Tudo custava os olhos da cara. Só com muita disciplina e autocontrole para conseguir mandar um dinheirinho para a família lá na terrinha. E eu precisava ajudar, pois era o filho mais velho entre quatro irmãs.

O tempo passava e eu até conseguia me sair bem. Em vez de cair na farra e na bebedeira toda sexta-feira, igual aos meus companheiros de serviço, eu comecei a fazer cursos profissionalizantes no período noturno. Era cansativo, mas valia a pena. O primeiro, foi um curso de manutenção de máquinas de costura industrial. Só com esse simples diploma, já consegui mudar um pouco a minha vida. Fui contratado para a manutenção de uma rede de confecções no bairro do Brás. Já faziam três anos desde a saída do Nordeste.

No primeiro dia de serviço, com o gerente me mostrando o local e dando todas as informações que eu precisava, no meio daquele mundaréu de costureiras ágeis, lá na mesinha do canto, quieta e concentrada, estava ela. Ainda mais bela do que eu me lembrava. Seus cabelos castanhos claros, quase ruivos, reluziam naquela luz fluorescente. Mesmo sentada, percebi seu corpo mais maduro e tentador. Os seios médios para grandes destacados no simples vestido florido, que pela posição do corpo, revelavam suas coxas bem torneadas:

- Mamãe, mamãe! Olha o que eu ganhei?

Uma criança de não mais do que seus quatro anos, passava por mim e corria de braços estendidos para ela com um pirulito colorido nas mãos.

Fran levantou e ao se virar para ver a filha, nossos olhares se cruzaram. A surpresa no rosto dela foi evidente. Eu fiquei parado ali, sem reação, admirando o rosto lindo, que no passado era a primeira coisa que eu via ao acordar.

- Sr. Cícero? Tudo bem?

O gerente me tirava do transe. Fran continuava me olhando, também sem reação.

- O Senhor pode começar na máquina oito. Ela está pulando os pontos, precisa ser realinhada.

Eu abaixei o olhar e fui fazer o meu serviço. Na minha cabeça, voltou a ecoar as palavras de Fran em nossa despedida: "Nunca mais fale comigo outra vez. Você não me merece." Realmente, eu não merecia. Uma traição cruel e sem motivos me afastou do grande amor da minha vida. Mesmo triste por saber que ela era de outro agora, eu desejei que ela tivesse encontrado um homem bom e que ela estivesse sendo feliz com ele.

Fiz o meu trabalho com as mãos trêmulas pelo reencontro. Mesmo que nenhum dos dois viesse falar com o outro, nos olhávamos constantemente durante aquela manhã. Ainda foi preciso arrumar mais três máquinas antes de mudar de prédio. Eram ao todo, três edifícios com salas daquela rede de confecções. Não voltei mais naquele dia ao local em que Fran trabalhava. Estava envergonhado e tentando respeitar o pedido que ela me fez há cinco anos atrás.

Pelos três dias seguintes, também não foi preciso que eu fosse até a sala em que Fran trabalhava. Só voltamos a nos encontrar durante a manhã do quarto dia, minutos antes do começo do expediente na praça em frente aos prédios. Eu tomava um café na barraca de um vendedor muito simpático e Fran caminhava de cabeça baixa em direção ao serviço. Ela me viu e veio em minha direção:

- É sério mesmo? Me viu e não teve nem a coragem de vir falar comigo?

Me lembrei que era brava que Fran ficava mais bonita. Seu rosto adquiria um rubor que destacavam seus olhos cor de mel.

- Eu quis respeitar o seu pedido. Eu já lhe fiz muito mal nessa vida. Eu morreria se fizesse você se magoar outra vez.

Fran me olhou com ternura, não esperava que eu tivesse mudado. Ela perguntou:

- Você veio para ficar de vez? Não tem pretensões de voltar para casa?

Eu olhei sua expressão séria:

- Eu vim para ficar de vez. Estou tentando crescer na vida. Estudando à noite e buscando um lugar para mim nesse mundão.

Antes dela continuar, eu não resisti:

- Muito linda a sua filha. Espero que tenha encontrado um homem bom, diferente de mim.

As feições de Fran mudaram. Ela ficou muito séria e saiu resmungando, me deixando sem entender nada:

- É, né…

Antes de entrar no prédio, ela me deu uma última olhada e depois sumiu no meio daquele mar de mulheres, suas companheiras de serviço.

Foram mais alguns dias pensando em Fran, sem reencontrá-la. Quase duas semanas depois, recebo uma ligação de um número desconhecido. Eu não tenho o costume de atender esse tipo de ligação, pois nunca são importantes. Ou são cobranças ou telemarketing. Eu não devia para ninguém e muito menos tinha o interesse de comprar qualquer serviço novo. Durante dois dias, aquele número ligou por mais algumas vezes. Não era insistente, mas era constante. Pelo menos, umas três vezes durante o dia.

No terceiro dia, eu estava no horário de almoço, comendo tranquilamente um cachorro quente na praça em frente ao serviço, na mesma barraca do senhor gentil, quando Fran apareceu do outro lado da rua acompanhada de algumas outras costureiras. Elas se sentaram na lanchonete em frente a praça. Fran estava de costas para mim e não me viu. O senhor simpático disse:

- Desculpa me intrometer, mas você parece conhecer a Fran. Vi vocês conversando naquele dia, mas fiquei na minha. Tem história aí, né?

Eu tentei desconversar:

- Já teve, mas eu fui um idiota. Ela tem razão em não querer se aproximar. Pelo jeito ela está casada. Já tem até uma filhinha.

O homem estranhou:

- Casada? Acho que não. Olha que muitos tentaram conquistar essa mulher. Moramos no mesmo bairro e ela sempre foi uma mulher de respeito. Eu nunca soube dela se envolver com ninguém nesses quatro anos por aqui.

Quem estranhou agora fui eu:

- Como assim? E essa filha? De quem é?

- Quem a conhece, diz que ela já veio grávida do nordeste, quase cinco anos atrás. - O homem me olhava curioso.

Eu tentei fazer as contas mentalmente, enquanto ele me olhava: "quatro anos, mais nove de gestação… três meses de diferença… será? Não é possível? Se bem que a menina lembra muito as minhas irmãs…"

O tempo gasto, pensando se seria ou não possível, me fez perder Fran de vista. Ela já tinha voltado para dentro da empresa. Passei aquele resto de tarde sem conseguir me concentrar ou pensar em outra coisa. Na hora de ir embora, de novo aquele número insuportável. De raiva, eu atendi:

- Vocês não tem mais o que fazer, não? Eu não quero comprar nada.

- Ciço, sou eu! A Fran.

Sem saber o que falar, eu disse:

- Como você sabe o meu número?

Fran fez silêncio por alguns segundos, mas confessou:

- Desculpe! Eu tenho uma amiga no escritório e ela me deu o seu número. Não conte para ninguém. Posso perder meu emprego por isso e tenho uma filha para sustentar.

Eu a acalmei:

- Fique tranquila! O que eu disse aquele dia na praça, não tem prazo de validade. Eu jamais magoaria você outra vez.

Fran novamente fez silêncio por alguns segundos. Eu tentei encorajá-la a falar:

- Por que me ligou? Achei que nunca mais quisesse falar comigo…

Fran me interrompeu:

- Seu idiota! Por que fez aquilo comigo? Eu te amava tanto, sabia? Achei que seria para sempre. Como eu fui ingênua, né?

Eu não podia deixar que ela pensasse dessa forma. Tudo foi culpa minha. Eu disse:

- Não! O idiota fui eu. Eu tinha a melhor pessoa do mundo ao meu lado e não dei valor.

Eu tentei jogar um verde:

- Espero que você esteja feliz. Não conheço o seu marido, mas sua filha é linda. Pelo jeito, você conseguiu a sua família.

- E você? Está com alguém? Você continua tão bonito quanto antes. - Fran foi esperta e continuou na defensiva.

Eu pensei bem e não tinha o porquê mentir:

- Não! Depois de você, ninguém mais foi boa o suficiente. Eu nunca esqueci você, mas prometi jamais magoá-la outra vez. Por isso tenho ficado na minha. Não quero lhe causar mais dor.

Fran desligou. Eu já estava chateado, pensando no que tinha dito de errado.

- Ciço.

Me virei surpreso e Fran me encarava com um sorriso lindo no rosto. Ela disse:

- Podemos conversar?

Eu apenas fiz sinal para que ela me acompanhasse. Antes de prosseguir, eu perguntei:

- E sua filha? Que horas você precisa voltar?

Fran, me olhando divertida, puxou o celular e chamou um carro de aplicativo. A corrida não foi barata e eu fiz questão de pagar. Ela morava no bairro do Pari. Numa ruazinha simples, mas muito acolhedora. Eu não morava tão longe, mas morava em uma pensão no Bom Retiro, e como regra, não podia levar mulheres. E nem era essa a minha intenção, apesar do calor que me invadia ao olhar novamente para aquela mulher. Os sentimentos nunca foram embora, mas a culpa tinha tomado conta da maior parte do meu coração. Uma chama nova, que queimava forte, voltou ao meu peito.

A casinha simples, no fundo de uma maior, mas com entrada lateral separada, era muito limpa e bem cuidada. Três pequenos cômodos: quarto, sala e cozinha. Para a minha alegria, não havia nenhum indício de uma presença masculina. Fran me convidou para entrar e me indicou uma cadeira para sentar na cozinha. Antigos hábitos. Nossas melhores conversas sempre aconteceram enquanto ela cozinhava. Fran me mostrou um belo pedaço de carne de sol e a macaxeira que já estava cozida. Ela disse:

- Ainda é o seu prato preferido?

Eu brinquei:

- Não nos últimos anos. A sua carne de sol com macaxeira é o meu prato preferido, não o feito por outros. Ninguém iguala o seu tempero.

Fran me sorriu aquele sorriso lindo. Só o sorriso dela tinha o poder de aquecer a minha alma. Após o cuidadoso preparo e enquanto os ingredientes apuravam o sabor, ela foi até a geladeira e trouxe uma Antarctica trincando de gelada:

- Essa ainda é a sua preferida. Disso eu tenho certeza.

Eu sorri para ela dessa vez:

- Certas coisas não mudam.

Fran serviu dois copos e me entregou um. Ela começou:

- Falei com sua mãe e suas irmãs na semana passada…

Nesse momento, eu a interrompi:

- Oxi! Falou o que?

Fran continuou:

- Na verdade, eu ouvi mais do que falei. E gostei muito de saber sobre você. Tem estudado com dedicação, ajudado sua família mesmo estando longe… está vendo o preço de uma atitude idiota? Você me perdeu por bobeira.

Eu criei coragem e mesmo sabendo que poderia quebrar a minha promessa e magoá-la outra vez, eu precisei falar:

- A atitude foi idiota e imperdoável, mas talvez tenha servido para alguma coisa.

Fran me olhou surpresa, sem entender o meu ponto de vista. Eu expliquei:

- Esse tempo foi importante. Me fez sair do marasmo e correr atrás de uma vida melhor. Perder você foi difícil, mas eu precisava desse chacoalhão. Talvez, eu realmente não lhe merecesse.

Fran me olhou com os olhos marejados. Eu tentei consolá-la:

- Desculpe se magoei você, mas eu precisava dizer.

Fran me olhou orgulhosa e me abraçou. Eu continuava sem entender nada. Ele chorou por alguns minutos em meu ombro. Depois se levantou e enxugou as lágrimas. Me serviu uma porção generosa de carne de sol com macaxeira e um arroz branco soltinho que ela esquentou no microondas mesmo. Eu comi de me fartar. Fran me olhava comendo com gosto e parecia animada por minhas garfadas quase sem descanso. Ao acabar, eu disse:

- Ninguém faz isso como você. É simplesmente o melhor. Voltou a ser meu prato preferido.

Fran me encarava novamente orgulhosa, sem desviar o olhar. Ficamos assim, bebendo e conversando amenidades por cerca de uma hora e meia. Era tão bom estar perto dela outra vez. Minha vontade era avançar sobre ela e rasgar aquele vestido. Como eu ainda amava aquela mulher. Mas já era tarde e eu não queria abusar da hospitalidade. Se ainda existisse alguma chance para mim, eu teria que ser o homem mais correto de todos e ir mostrando para ela que eu era merecedor de uma nova chance. Me despedi e saí. Seu olhar me acompanhou pelo corredor em direção à rua.

Por dois meses, aos poucos, fomos nos reconectando outra vez. Mesmo com aquele desejo velado entre nós, nenhum dos dois dava o primeiro passo. Eu por medo de machucá-la outra vez e ela, por ainda não ter a certeza da minha mudança. Mas uma situação grave ia mudar tudo.

Três meses depois, recebi uma ligação dela durante a madrugada, chorando e sem que eu conseguisse entender uma palavra. Pedi que ela se acalmasse e me dissesse onde estava. Cheguei naquele hospital na zona norte voando. Maria Clara, sua filhinha, precisava urgentemente de um transplante de fígado. Uma condição rara, deteriorou o órgão da frágil garotinha e não havia outra opção. Fran, desesperada, confessou:

- Me desculpe por esconder de você, mas ela é sua filha. Por favor! Faça o exame e veja se você pode salvar a vida da nossa garotinha. Se nunca mais quiser olhar para mim depois, eu vou entender.

Eu já imaginava, mas saber dessa forma era brutal. Eu não perdi mais tempo. Deixei que a enfermeira me levasse para o local adequado e todos os exames foram positivos. Éramos totalmente compatíveis. Fui anestesiado e apaguei.

Acordei no dia seguinte com uma dor enorme na região do púbis. Acho que é assim que as mulheres que fazem cesariana se sentem. A laparoscopia para a retirada do pedaço do meu fígado, parecia ter sido um sucesso. Na cama ao lado, Maria Clara ainda dormia. Olhei para ela feliz. Apesar de abatida, ela também parecia se recuperar bem.

Ouvi passos no corredor e fingi que estava apagado ainda.

- Meu Jesus! Cuida dos meus amores. Entrego nas mãos do senhor a minha pequena. Cuida também desse homem que eu nunca consegui esquecer e que ainda é o grande amor da minha vida. Eu prometo ao senhor dar uma chance aos dois de serem pai e filha. Não imagino a vida sem nenhum dos dois ao meu lado. Obrigado, senhor!

Fran primeiro foi até Maria Clara e deu um beijo em sua testa. Depois veio até mim e fez o mesmo. Eu, a assustando, disse:

- Nossa! É só isso que eu mereço?

Fran me deu vários selinhos carinhosos nos lábios:

- Obrigada! Obrigada! Você salvou a vida da nossa filha. Eu jamais vou esquecer o que você fez, mesmo que eu tenha lhe enganado, você foi pai quando ela mais precisou.

Eu ainda estava grogue e acabei apagando novamente.

Foram mais três meses de recuperação. Fran me levou para sua casa e cuidou de mim e de Maria Clara ao mesmo tempo. Ela ainda não sabia que eu era o seu pai. Ela voltou à creche e eu começava a pensar que já estava abusando da hospitalidade de minhas anfitriãs. Eu iria respeitar a vontade da Fran e esperar que ela mesmo contasse para Maria Clara. Ela havia me prometido que em breve, revelaria a verdade e nos daria toda a liberdade para nos conhecermos melhor.

Em uma terça-feira, comecinho da noite, eu já estava com as minhas malas prontas e apenas esperando a Fran chegar para me despedir e agradecer por seus cuidados. Ao entrar em casa, ela estranhou a minha atitude. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Fran veio e me beijou. Um beijo apaixonado e de muita saudade e gratidão. Como eu esperei por aquele momento. Fran estava possuída. Começou a arrancar a minha roupa sem nenhuma cerimônia, me empurrou no sofá e começou a beijar meu peito, meus braços, foi descendo por minha barriga e deu uma leve mordidinha no meu pau, que já estava duro como pedra. Ela olhou para mim com aquela cara de safada que há muito eu não via:

- Preciso confessar. Você até hoje foi o meu único homem. Eu nunca mais me entreguei a outro. Eu sabia que um dia, você voltaria para mim.

Aquilo me deixou completamente louco. O amor da minha vida, ainda era somente meu. Eu inverti a posição e comecei a beijar sua boca com volúpia. Desci por aqueles seios médios, quase grandes, que sempre me fascinaram. Chupei cada um deles com uma saudade imensa. Suguei os bicos, mordisquei de leve, chupei com gosto.

Puxei e sua calça e em sua calcinha, a mancha de umidade, já se fazia marcante. Passei o rosto de leve, sentindo o odor da minha fêmea. Seu cheiro era único para mim. Puxei a calcinha de lado e dei um beijo em seu grelo. Ela segurou o meu rosto e pediu:

- Devagar! Eu sou praticamente virgem outra vez.

Suas palavras me deixaram ainda mais extasiado. Comecei a lamber e sugar aquela xaninha linda de lábios delicados e grelinho inchado de tesão. Fran delirava:

- Isso, meu homem… toma posse da sua mulher… aaahhhh… me faz sua outra vez…. Aaahhhhh

Enfiei fundo a língua naquela xoxota deliciosa e melada que minava o mel mais doce que os meus lábios já tocaram:

- Cacete… que delícia…. Aaahhhhh… isso, meu amor… você ainda me ama? Aaahhhhh… chupa sua fêmea, chupa… aaaaaaahhhhhhhhh….

Fran gozou se contorcendo e tremendo inteira na minha boca. Eu não perdi tempo, pincelei a rola naquela boceta excitada e penetrei a cabeça com cuidado. Fran me abraçou forte, cravando as unhas em minhas costas:

- Puta que pariu! Aaahhhh… rola gostosa da porra… fode sua mulher, fode…. Aaahhhhh…

Empurrei carinhosamente até a metade dentro dela:

- Aaahhhhh, caralho…. Que delícia, que saudade… eu sou sua… diz que você é meu e nunca mais vai embora… aahhhhhh….

Empurrei o resto e comecei a socar com calma e carinho… não era uma foda selvagem, fazíamos amor. Nos amávamos e pertencíamos um ao outro. Beijava sua boca, chupava seus seios, socava mais forte, depois com carinho. Voltava a beijá-la, socava mais fundo… nos amamos por cerca de trinta a quarenta minutos e Fran gozou por três ou quatro vezes, antes que eu inundasse sua boceta com a minha gala. Fran arfava e tentava normalizar a respiração.

Ficamos deitados naquele sofá namorando por mais algum tempo. Fizemos amor de novo no chuveiro. Nos recompomos e nos vestimos, Maria Clara estava chegando. Fran não me deixou ir embora e a partir daquele dia, nossa relação de pai e filha começou. Não demoraria muito para conquistar a sua confiança e o seu amor.

Apenas duas semanas depois, pedi a Fran em casamento. E lá se vão quatro anos desse reencontro. Estamos felizes e nosso segundo filho está a caminho.

Fim.

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Comentários

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O cara e meio marcha travada,fez m no passado, quando a mulher pede para nunca falar mais com ele e momento de raiva depois passa,o cara depois de tanto tempo vê a amada e não a procura e para matar mesmo, agora o final foi emocionante,Max não pare de escrever nunca ouviu,bjs querido,outro na jean

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E ele continua sendo um dos meus autores favoritos da casa, não sem motivo!!!

Gostei demais do conto. Parabéns Max!

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Parabéns pela história adorei, meus olhos encheram de água, obrigado por mais uma história excelente pena que essa não vai continuar.

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Demorei mas cheguei.

É difícil não se identificar com essa história. Troque o local e os nomes e a gente se depara com um amor do passado que por motivos fortuitos, se distanciou da gente. Sobre o reencontro, eu encaro de uma forma diferente. Pra mim eram duas pessoas que sabiam os nomes um do outro. Tudo mudou. Ele se arrependeu foi embora pra se tornar um homem (o pouco de maturidade o fez perceber que era um menino, ainda), ela se tornou mãe. Solteira, ainda por cima. Ambos se tornaram pessoas totalmente diferentes do que foram anteriormente e isso os preparou para esse (re)encontro. E, ao meu ver terão mais chances de viverem o resto da vida juntos graças aos caminhos que trilharam pra chegar até lá.

Menção honrosa à citação da região sul do Ceará, que eu imagino que seja a região do Cariri Cearense. Terra boa, que tem um lugar muito especial do meu coração.

Belíssimo conto, Max. Tem meus aplausos e suspiros.

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Uma simples história de amor, tão bem descrita que me fez chorar, obrigado por me ter proporcionado um belo e emotivo momento.

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Uma bela história de amor.

Suave e sem grades dramas.

E bom quebrar o clima intenso de atrações insanas fodas homéricas, traições e grupais.

Gostei muito do ritmo e estilo.

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Que conto legal, Max. Por muitos mais contos como esse, sempre.

Só uma dúvida: o Cícero é conterrâneo do Meu Padim ou do Patativa? 😆😆😆😆

Abração.

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Não faço ideia, amigo!

Lívia que me deu uma pequena aula sobre o lindo Nordeste.

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Tô brincando, amigão.

Meu Padim padre Cícero é de Juazeiro do Norte, a capital do Cariri cearense. O poeta popular Patativa do Assaré é, lógico, de Assaré. As duas cidades ficam no Sul do Ceará.

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Max como não ser seu fã amigo tu é demais parceiro nota mil só maluco pra não gostar de um conto desses parabéns amigo.

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Agradecido, meu chegado! Você é o cara, sempre generoso e com uma palavra de carinho e um incentivo para os autores.

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Que bom que voltou Max e com uma história linda. Só fiquei com um gostinho de quero mais com a relação do pai e a filha se conhecendo cada dia mais. Fora isso foi uma linda história de amor e perdão.

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Ainda bem que seu afastamento não durou tanto assim, né, Max!?

KKKKKKKK

Seja novamente bem-vindo às letras, irmão!

Ah, muito boa estória. A qualidade que esperamos de você sempre presente. Parabéns.

Valeu as três estrelas.

Forte abraço, amigo.

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Vi você e o Leon postando e quis fazer também.

Partiu jornada de um casal ao liberal...

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Showww e o amor venceu, sem corno manso ou sofrimento desnecessário. Adorei o conto nota mil. Com mais AMOR iremos ter um mundo melhor.

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Valeu, Janu!

Sem corno manso. 😂😂😂

Esse foi para participar do desafio. Curto e objetivo.

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Tinha que ser a Japa...

Obrigado, querida!

Muito água com açúcar para você?

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Valeu, figura! O seu está incrível. Viva a sociedade alternativa! Viva Raul!

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Obrigado, amigo! Assim as lágrimas caem é aqui.

Forte abraço.

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