Janu, fico feliz que participe.
Eu discordo de seu posicionamento e vou respondê-lo colando aqui uma resposta que dei na parte 3 deste mesmo capítulo.
Espero que entenda.
"Vou fazer um comentário aqui de forma geral como resposta a algumas críticas que recebi, sem mencionar o nome do leitor, mas que, se o ler, se identificará imediatamente.
Algumas pessoas tentaram criticar o fato de eu ter saído de casa por acharem que foi um erro menor ou criado por mim mesmo ao deixar a Nanda sozinha.
Discordo! Estão errados e vou explicar o porquê.
Quando uma pessoa se une a outra, ela procura complementar seu próprio "eu". Sempre buscamos em alguém o que imaginamos ou sentimos que nos falta. Realmente a Nanda tem uma espontaneidade que me falta e eu uma iniciativa e capacidade de decisão que falta a ela. É fato. Não nego.
Entretanto, dizer que eu fui responsável pelos atos dela ou que eu a induzi a praticar aqueles atos é totalmente absurdo. A Nanda já era uma adulta quando tudo aconteceu. Além disso, é uma pessoa inteligente e preparada para a vida. Eu nunca a “deixei sozinha” como deram a entender. Simplesmente fiquei aguardando numa espécie de hall do camarim para que ela usasse o banheiro que ficava no final de um corredor. Longe da minha visão cabe a ela ter um mínimo de discernimento e se proteger, e poderia ter feito isso facilmente gritando, arranhando, brigando.
Eu nunca induzi a Nanda a entrar no meio liberal. Eu fiz uma proposta que ela, no princípio recusou, como é normal acontecer, mas depois aceitou, pela própria curiosidade que tinha de experimentar outro homem. Cabe mencionar que, a menos que já sejam dois liberais solteiros que se unam num relacionamento particular para continuar no meio, a entrada na vida liberal depende da iniciativa de alguém: no nosso caso, foi minha! Daí por diante, moldamos nossas vontades e liberalidades de comum acordo.
Dizer que eu sou responsável pelos atos que ela possa cometer longe da minha visão, mesmo que momentaneamente, é absurdo. Eu não sou responsável pelos atos dela. Ela não é minha propriedade. Ela não é incapaz. Ela não é minha filha para eu ter que vigiá-la ou educa-la em todos os aspectos da vida. Eu nem posso admitir que tenha cometido um erro nesse episódio, porque ela só ia usar o banheiro e um período de tempo de até quinze minutos nem é absurdamente grande para justificar uma intervenção imediata minha.
Ela é adulta. Ela tem que saber se cuidar e se proteger. O fato de ter bebido uma boa quantidade, mas não absurda, não releva a situação, porque ela ainda tinha plena consciência e discernimento de tudo o que acontecia à sua volta.
Outra coisa que quero deixar claro: como estávamos começando, é plenamente aceitável que houvesse dúvida de como proceder por parte dela, mas o não uso de preservativo não é aceitável, nunca, e mentir para o parceiro também não.
Ela estava liberada para paquerar e, talvez até transar longe das minhas vistas, porque não, eu tinha lhe dado essa liberdade, mas deveria me avisar, quando, como, onde e com quem para eu ter certeza de que estaria segura.
Para mim esses foram os erros dessa situação e, dos dois, a mentira foi o maior, o divisor de águas que causou nossa separação.
Como disse a Ida num comentário lá embaixo: errar “por inocência” é humano e merece o perdão; mas “escolher ou aceitar errar” torna o perdão muito mais difícil."