Em uma sociedade num futuro não tão distante os casais podem escolher mudar para uma definitiva relação D/s (DOMINANTE/submisso). E quando o casal é formado por um trisal?
(Essa é uma história de ficção erótica e se passa no mesmo universo de “A Sociedade Alfa, Beta, Gama”. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)
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A conversa terminou mais uma vez sem chegar a um consentimento. Jane ficou mais irritada e exaltada, a ruiva sempre foi mais nervosa, enquanto Katie sempre com o seu papel de mediadora permaneceu mais calma.
O nosso relacionamento a três tem um pouco mais de um ano, sendo que moramos juntos a três meses. Eu sou homem, me chamo Nelson, e as minhas duas companheiras do sexo feminino são a Jane e a Katie.
Há três meses decidimos transformar a nossa relação e passamos a viver todos juntos no apartamento de Katie que é maior do que onde Katie ou eu morávamos como solteiros. Os três dormimos sempre juntos em uma grande cama.
Jane quer trazer uma quarta pessoa para a nossa relação, um homem que ela conheceu há algumas semanas, e que não simpatizei assim que eu o conheci.
Eu não sou homessexual ou mesmo bissexual e a perpectiva de ter um outro homem em nossa cama me chateou e gera certa repugnância. Isso tem sido um motivo de desgaste em nosso relacionamento que tem feito eu pensar em abandonar a relação.
Com um sorriso Katie entrou em nosso escritório e pude ver uma xícara de chá fumegante em suas mãos e algum tipo de folheto. Ela sabe que gosto de chá e estendeu ele para mim abrindo um sorriso. Dei um primeiro gole e ela falou:
— Não fique chateado, mas Jane está mesmo muito atraída pelo Jorge.
Não querendo iniciar uma nova discussão tomei um outro gole do chá e olhei para o folheto na mão de minha companheira. Essa pareceu se lembrar dele e o colocou em meu colo enquanto falou:
— Uma propaganda Alfa. Já pensou em uma relação Alfa-Gama?
Não existe quem já não tenha imaginado. Os Alfas têm os melhores cargos e salários na empresa. Eles tem sempre uma aparência de destaque, uma altivez e uma autoridade fora dos limites de nós, Betas. Eu tive pouco contato com Gamas.
Peguei o folheto em minhas mãos bebendo o meu chá e recordando sobre como é uma relação Alfa-Gama. O Alfa é o líder da relação e cabe ao Gama o papel de submisso e pertence ao Alfa. Jane tem um papel um pouco mais dominante em nosso trisal, mas isso está distante de um Alfa, até onde eu sei.
Bebi um pouco mais do meu chá. Ele está um pouco mais adocicado do que Katie costuma fazer. Dei uma risada e perguntei rindo:
— Você não está pensando em nos tornar Alfa-Gama?
Ela riu e abriu um sorriso ainda maior. Foi quando me senti um pouco cansado. Precisei apoiar a minha cabeça no encosto da poltrona.
Katie foi hábil em segurar a minha xícara com o meu chá já no final, senão eu a teria derrubado.
A minha visão se tornou estranha rapidamente. Tentei falar algo, mas as minhas palavras saíram desconectas e incompreensíveis. Pude ouvir Katie falar:
— Não se preocupe.
***
Ouvi o ruído distante, uma campainha ou algo similar. Me senti fraco e cansado.
Tateei a minha volta procurando o corpo de Jane, geralmente é ela que dorme mais próxima de mim, mas apenas toquei o lençol da cama.
Me sentindo um pouco confuso, levei um tempo para organizar meus pensamentos. Recém finalizamos uma nova discussão sobre a relação do trisal. Katie está comigo.
A luz me cega um pouco quando tento abrir meus olhos. Posso sentir um odor característico de um hospital.
Preciso de um tempo para conseguir abrir meus olhos e com isso meus pensamentos se tornam mais claros. Eu não estou em nosso quarto.
Observo a cama de casal que não é a nossa. É uma cama comum para duas pessoas. Estou vestindo uma camisola branca e um pouco transparente. Onde eu estou?
As paredes brancas, sem uma janela e a ausência de qualquer decoração nada revelam de novo. Me lembro da companhia de Katie e do chá que ela me serviu. Será que passei mal?
Ouço o ruído da porta e volto a minha atenção para ela. Alguém está entrando. Assim posso descobrir mais.
Um cheiro muito agradável parece dominar imediatamente o ambiente. Olho para o desconhecido que entrou vestindo calças e camiseta brancos. Embora eu só o tenha visto duas vezes, me lembro imediatamente de Jorge.
A sensação estranha me dominou. Meu corpo se tornou imediatamente atraído pelo homem. Ele é muito bonito. Sinto o poder intenso emanando dele. Com uma voz forte ele dá alguns passos em minha direção e fala:
— Que bom que acordou, já estava na hora.
Me sinto intimidado e com um pouco de receio com a presença dele. Seus braços e o físico parecem mais fortes do que eu posso me lembrar. Me sinto frágil diante de sua presença.
Ele sobe na cama e posso sentir ainda mais o seu cheiro forte e agradável. Me sinto excitado e quero sentir o seu corpo junto ao meu. Uma parte minha sente nojo e repugnância por estar sentindo isso, mas o cheiro inibe meus pensamentos.
Olho com horror ele tirar um grande e ereto pinto de suas calças largas. Não consigo desviar meus olhos dele.
Ele puxa a minha camisola para cima do meu corpo. O toque de suas mãos fortes me excitam.
O homem passa com força suas mãos pelo meu corpo. O prazer de seu toque é indescritível. Ele avança para quase estar sobre mim. Meu corpo de alguma forma parece pequeno diante dele.
Ela afasta um pouco as minhas pernas uma da outra e logo em seguida sinto o seu pênis tocar a entrada do meu orifício anal.
Com uma estocada sinto ele forçar e entrar dentro de mim. Uma dor aguda e com certa intensidade me invade. Involuntariamente tento me soltar. Ele retém o meu corpo sem esforço. Ele é muito forte e desisto de tentar me soltar.
O homem começa um movimento forçando estocadas dentro de mim. As primeiras foram mais lentas, mas logo ele acelerou.
A dor foi rapidamente substituída por prazer. Arrepios e choques tomam conta do meu corpo a cada movimento.
Uma sensação diferente e muito intensa começou a surgir e em segundos tomou todo o meu corpo. Eu não estava pronto para a intensidade do orgasmo que estava por vir. O homem urrou com prazer e imediatamente depois meu corpo explodiu com prazer indescritível.
Me senti fraco e com muito sono. Meu corpo inteiro amoleceu. Os toques em meu corpo desapareceram. Me senti vazio. O cheiro do ambiente se tornou mais fraco.
***
Um toque em meu braço me despertou. Me senti confuso por um breve momento, mas a lembrança e o choque por ter sido penetrado retornou rapidamente aos meus pensamentos. Uma voz doce e delicada me fala:
— Acorde dorminhoco, está chegando na hora da doutora te atender.
Abri os olhos e com medo me afastei. A enfermeira vestida de branco permaneceu imóvel. Eu posso perceber um vazio e uma indiferença por ela. Com voz calma ela continua:
— Fique calmo, você ainda tem um tempo, talvez queira tomar um banho.
Ela deve ter percebido o meu olhar e continuou:
— Tente relaxar. Você não deu sorte, ou quem sabe tenha tido. Você acabou sendo o Gama.
Me recordei do folheto nas mãos de Katie, mas eu nunca pensei seriamente em algo do tipo. A minha voz saiu insegura quando perguntei:
— Como assim Gama? Onde eu estou?
A mulher sorriu e fez um olhar de compreensão. Depois falou:
— Fique tranquilo. Alguns se sentem bastante confusos após a conversão. Aos poucos você vai melhorar. O seu Alfa já te marcou e as suas companheiras. Não é sempre que temos um poliamor por aqui.
Pensei sobre as palavras ditas. Eu não posso me lembrar de algum dia ter concordado com isso. Tenho certeza que jamais concordaria com algo assim. Irritado falei:
— Eu não sou um Gama! O que vocês fizeram comigo?
Num pulo me levantei e me afastei um pouco. Pude sentir um líquido viscoso escorrer pela minha perna, o esperma de Jorge que me invadiu. Tentando falar mais alto grite:
— Eu quero sair daqui agora!
Vi a garota tirar uma espécie de spray que borrifou em seu braço. Imediatamente senti aquele odor agradável e excitante de antes. Com uma voz um pouco mais autoritária a garota disse:
— Muito bem, agora você vai ficar calmo. Vai tomar um banho e permanecer calmo. Eu venho te buscar em uns vinte minutos. Você me entendeu?
Eu concordei imediatamente. Cada palavra pareceu penetrar em meus pensamentos e me pareceu muito importante. A garota pareceu ficar mais calma e já se retirando falou:
— O spray de essência Alfa deixa vocês tão calminhos e obedientes, nunca falha.
Pouco depois eu já estava novamente sozinho e me dirigindo para a porta do banheiro que havia no quarto.
***
Continua…
