BIGAMIA

Um conto erótico de Tais patricinha
Categoria: Heterossexual
Contém 1156 palavras
Data: 07/06/2022 08:20:08
Última revisão: 08/06/2022 10:04:11

Cheguei a 2020 com a minha história de vida. Me casei em janeiro com o fazendeiro Sr Konewalik. Não fiz orgia na festa como no meu primeiro casamento. Minha filha, já com 7 anos e meio, parecia desconfiar do meu jeito de puta. Então, mais do que nunca, paguei de esposa séria. Ela foi morar comigo na fazenda. Eu ia, duas ou três vezes no mês à cidade do Rio de Janeiro, para reuniões com meus associados, advogados que coloquei para trabalhar as minhas causas.

Claro que, após a lua-de-mel com o fazendeiro, voltei a curtir os peões da fazenda. Eu fazia orgias memoráveis com eles. Teve até a ‘brincadeira da venda’. De todos os quinze que eu já tinha feito boquetes, chegaria um décimo sexto, amigo deles que chegou de Vitória do Espírito Santo, durante a chupação de olhos vendados. Quando chegasse no desconhecido, eu teria que acertar, pelo cheiro e gosto diferentes da rola. Mas eu errei. Teve vaias e tudo mais. Desmistifiquei essa. Quanto ao cheiro e gosto, os pênis são todos iguais, e eu adoro todos. Aprendi que a mulher é superior ao homem. Tem ele na mão e, com o boquete, pode dominá-lo.

Bom, horas e horas chupando os peões e metendo com o fazendeiro e, até o contrário, meteção no estilo gangbang com os peões e, chupar caprichadamente, o pau do fazendeiro, não satisfazem a puta Tais patricinha. O ser humano está sempre voltando às origens, ao seu período de adolescência, que permanece para sempre no ego do subconsciente. E este meu, é aquela garota estudante brega, de saia e tênis, vestida assim de propósito, para alguém mexer com ela, e ela arrastá-lo, aos poucos, para a sacanagem. Sacanagem assumida ou presumida, real ou fantasiada. Alguém que desperta a sensualidade desde de mocinha, tem essa capacidade. Às vezes, as preliminares se prolongam indefinidamente, ou até, ficam só no pensamento. Se ficar no pensamento, não quer dizer que não valeu. Dentro da pessoa, foi até mais intenso. Isso, eu consegui passar ao Sr Konewalik, meu marido fazendeiro e, ele entendeu.

O fazendeiro é corno, mas isso não é nenhum demérito. Tem mais vantagens que desvantagens. Ele soube desde o início, que eu transava com os seus funcionários da fazenda, mas fingia que não sabia. Fica só no mistério da imaginação, o que eu faço com os outros. Como eu voltava mais voraz do que nunca, das escapadas de sua presença, isso lhe fazia aumentar o tesão e, não ficava me especulando, para não quebrar o clima. Os funcionários lhe aumentaram o respeito e a estima, pois queriam garantir a minha partilha. De modo algum, se rebelaram com o patrão, pois “não se cospe no prato que come”, é o lema deles.

Como eu disse, a fase da “patricinha” se perpetuou e fui apertar o meu ex-marido, o Márcio Adriano. Merecia uma revanche. De marido corneado, agora estaria do outro lado. Ser assediado pela ex-mulher, podendo passar a amante inescrupuloso, aquele que adora ser infrator da lei. Mas essa lei não existe na prática. É uma questão moral. Se o fazendeiro faz vistas grossas das minhas sacanagens com seus subalternos, é porque são subordinados a ele. Ou seja, tem o controle nas mãos. Mas o ex-marido é uma ameaça. Há o risco da esposa voltar. Um risco agravado pelo fato de se ter uma filha em comum. Veja só que entrave e que tesão! Comecei a ver meu ex Márcio com outros olhos. De respeito e carinho, que eu sentia por ele, foi evoluindo para uma atração louca. Eu sempre aparecia, mas essa visita, durante a pandemia, foi diferente.

Algum dia de junho de 2020: REENCONTRANDO O EX-MARIDO, AGORA COMO AMANTE OFICIAL.

Quando Márcio Adriano entrou no apartamento, totalmente iluminado, e subiu as escadas, me encontrou lá, em cima da cama, de langerie estampada, que era o seu tipo preferido. Eu estava com cara séria, apesar do abuso e invasão de privacidade. Ele abriu uma garrafa de whisky, enchendo um copo até a metade e perguntou:

₋ Como está tua nova relação com teu novo marido?

₋ Ele não sabe que estou aqui.

₋ Claro! Tampouco do que você veio pedir, não é? Espero que não seja nada com nossa filha.

Ficou um silêncio, por alguns minutos, até que ele, me fitando nos olhos, perguntou:

₋O que foi, Tais? Você nunca me olhou desse jeito!

₋Preciso te confessar uma coisa: descobri que você foi meu melhor parceiro sexual.

Ele ficou me olhando com cara de dúvida, enquanto eu me aproximava, aos poucos, deslizando sobre o lençol da cama. Qualquer ataque meu ele iria repelir, mas eu estava cativando-o com o olhar, para ressuscitar aquele desejo louco, que ele tinha por mim. O novo silêncio foi cortado com a minha voz não tão sensual:

₋ Nos negócios também, você não deixava a desejar.

₋ Sei disso! Você me usou como escada, para chegar onde chegou. Depois, me usou como bigorna para abafar os seus escândalos sexuais.

Enquanto ele desabafava, tinha se virado para evitar o meu olhar. Aproveitei e fui às suas costas, me encostando e encoxando-o por trás, para sussurrar ao seu ouvido:

₋ Então, você gostava de ser corno, meu bem! Só interveio quando os meus escândalos passaram a te prejudicar na empresa.

Ele se arrepiou com o meu ‘agarrão’ por trás e se virou, dizendo:

₋ Não é bem assim, mas...

Empurrei-o para cama e deitei ao lado. (Patricinha perversa: está no ataque, mas não quer ser invasiva). Aquilo não foi uma perseguição de gato ao rato, porque eu já sabia o que iria acontecer. Comecei:

₋ Mas... você pagou para ver até onde iria dar e... deu no que deu!

Ele segurou firme no meu maxilar e indagou:

₋ O que eu faço agora?

₋ Me beija e veja o que acontece depois.

Nós nos beijamos. Naquele momento, eu não era mais uma mulher adúltera e, ele não era um ex-marido traído. Pelo menos, não do tipo comum, mas evoluído. Não tinha o que perdoar. Todas as multas já tinham sido pagas e todos os castigos impostos. Era uma mulher que ele desejava e, agora ele era um homem interessante. Nos amamos como nunca e eu chupei o seu pau melhor do que antes. Quando terminou, ele não perguntou se eu iria voltar, mas sabia que eu iria. E voltei. Nos primeiro ano da pandemia, pelo menos uma vez a cada vinte dias.

Meu escritório de advocacia fraquejou como tudo neste país, mas fui chorar as pitangas ao meu novo amante e velho conhecido de barganha. Ele aumentou o meu lucro participativo na empresa, que estavam em cerca de 1%, para cerca de 2%. Isso porque o meu casamento com o fazendeiro era respaldo para putaria, e não meio de vida. É um casamento meio liberal e com separação total de bens. Agora, com a minha bigamia, não deixo também, de comparecer ao escritório da empresa do meu ex-marido, para apreciar meus antigos amantes, até então vetados por ele.

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Comentários

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3 estrelas cada conto um melhor que o outro tais como sempre você é maravilhosa

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Menina tu brinca demais com a situação kkkkk nota mil parabéns

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Que bom! Percebo que você curte os contos narrados com humor. Espero que represente a maioria.

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Muito legal Tais... vai ter continuação? 3 estrelas!

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Vai continuar. Preciso detalhar o desfecho da época atual.

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Aguardando então. Parabéns pelo seu trabalho muito bom. Te convido a conhecer o meu também

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