Eu e Meu Irmão. “Entre Tapas e Beijos” e “Amor e Ódio” – 1

Um conto erótico de Enfezadinha
Categoria: Heterossexual
Contém 4761 palavras
Data: 01/06/2022 16:56:39

Nossa relação foi sempre cheia de altos e baixos. Os títulos de filmes que dão título a este relato são a descrição perfeita de como sempre foi o relacionamento meu e de meu irmão até que tudo mudasse após uma agressão que sofri. Quem tem irmãos ou irmãs sabe como é. Ao menos a grande maioria. Brigas pelo controle remoto da TV. Brigas pelo lugar na mesa ou no banco da frente do carro. Brigas para tomar banho antes. E assim vai. No fundo é uma disputa infantil de poder e território dentro da própria casa e em relação a atenção dos pais.

Porém confesso que sempre existiu um amor de sangue muito profundo entre nós. Muito forte mesmo. Contra todos os outros estamos sempre unidos e mesmo contra nossos pais um ajuda o outro nas discussões. Carinhosos e melosos nos momentos bons e ríspidos e agressivos nos momentos ruins. Sempre cheios de altos e baixos desde novinhos.

Além de nossas personalidades tem algo a mais que deixava Felipe irritado quando eu aproveitava da situação. Como sou a caçula, mulher e mais frágil, segundo a visão de nossos pais, eles sempre deram razão a mim em nossas discussões e ele não se conformava com isso. Não fazia por maldade, mas não sei o porquê sentia alguma coisa estranha e boa quando o irritava. Talvez porque eu chamasse sua atenção fazendo isso. E só piorava quando ele era repreendido por nossos pais e eu ficava o provocando depois.

Quando estávamos de boa ele era extremamente carinhoso, amoroso e gentil a adorava ficar grudada nele como uma gatinha. E ele em mim pois também adorava fazer carinhos nele, sempre sem nenhuma malicia de nenhum de nós. Amor de irmãos mesmo. Nossos pais até nos diziam nesses momentos que era um exagero o amor e carinho que tínhamos pelo outro, mas eles adoravam quando isso acontecia. Pena que sempre houve o outro lado da moeda nos momentos em que nos agredíamos verbalmente e até fisicamente, mas sem nunca ter chego a machucar o outro. Principalmente ele que era muito mais forte do que eu. Mas Felipe saía sempre arranhado que era como eu conseguia me defender diante de sua força.

Sincero, me enchia de elogios, mas sempre com uma pitadinha de malvadeza quando me falava que o que eu tinha de chatinha tinha de beleza me dizendo que era a garota mais bonita que ele já viu. E adorava ouvir isso dele na mesma intensidade que detestava quando os garotos conhecidos falavam o mesmo, sempre querendo algo mais por trás daqueles elogios.

No início, quando as coisas começaram a mudar entre nós eu estava com 16 anos e meu corpo já era bem formado. Não é nada confortável se descrever, então vou me descrever como meu irmão e minhas amigas diziam que eu era naquela época e sou até hoje. Tenho olhos verdes como se fossem duas esmeraldas e um cabelo levemente cacheado bem loiro. Meu rosto tem traços retos e uma boca carnuda. E quando simulava cara de choro meu irmão dizia que ficava muito fofa e às vezes até parava de brigar diante de tanta fofura. Tinha 1,68 m com o corpo cheio de curvas com os músculos delineados naturalmente com quadris largos, cintura fina e bumbum arrebitado e carnudo. Meus seios médios em formato de gotas firmes e empinados. A barriga sequinha, as pernas roliças e um pezinho bem feito. Os defeitos que acho que tenho, não vou contar pois dizem que só eu os vejo, mas eles existem. E segundo meu irmão, eu usava toda essa beleza para conseguir dele e de meus pais o que eu queria. Para ele era uma diabinha com cara de anjo. E é assim que ele me chamava muitas vezes – Diabinha ou Diaba dependendo sua braveza, mas meu nome é Laura.

Felipe é um ano mais velho e estava com 17 anos. Ele é muito lindo, também loiro de olhos esverdeados, com o corpo bem cuidado e forte com 1,85 m. Perfeito como um modelo, choviam e ainda chovem garotas em cima dele. Para o provocar, quando estávamos bem dizia que ele era lindo, mas quando brigávamos o chamava de horroroso, mas ele sabia que não era verdade.

Tudo aconteceu devagar, cheio de arrependimentos e remorsos, então meu relato não será curto e vou dividi-lo em partes para não ficar muito cansativo, alguns com mais sexo, outros com menos, principalmente no início.

Acontecer brigas entre nós sempre foi normal desde pequenos. Me defendia o arranhando, dando tapas e ele usando sua força para me imobilizar. Mesmo com nossos corpos se tocando e se esfregando frequentemente, muitas vezes me pegando por trás se encostando em meu bumbum, nunca houve nada de malicioso e jamais senti uma ereção sua. Na maioria das vezes um dos dois estava muito irritado com o outro e não tinha como um clima diferente surgir.

Não era frequente, mas vez ou outra ele me via de calcinha e sutiã e eu o via de cueca sem dramas ou encucações. E apesar de admirar sua beleza ficando orgulhosa como irmã nunca tinha sentido nenhuma atração por ele. Nunca mesmo. Sempre foi amor fraternal. Ou ódio fraternal. Não que eu não o achasse tentador, mas era meu irmão. E sabia que ele tinha o mesmo sentimento em relação a mim e minha beleza, se orgulhando da irmã também sem malicia.

Porém na briga daquele dia da qual nem me lembro o motivo, quando ele me segurou por trás me imobilizando após de dar muitos tapas nele, senti seu pênis duro e grande como eu não imaginava que fosse bem encaixado no meio de meu bumbum. Eu estava com uma calça de moletom larga e nada sexy e assim que senti, empurrei violentamente seus braços que me envolviam e o olhei com fúria.

– O que é isso Felipe? Que nojento. Sou tua irmã, falei olhando para o volume em seu short.

Ele ficou estático e envergonhado no mesmo instante e não sabia onde enfiar a cara. Possessa, saí de seu quarto bufando e batendo a porta na cara dele. Em meu quarto, ao pensar naquela situação me desesperei pois me senti bem sendo o motivo de meu irmão se excitar. Ele poderia ter a garota que quisesse, mas se excitou por mim. O desespero bateu, pois, sabia que era errado sentir aquilo por um irmão era mais do que errado, era repugnante.

Brava, o evitei nos dias seguintes, mas percebi que com vergonha por aquele incidente ele me evitou mais ainda e se fechou em seu mundo e mal olhava em minha cara e até nossos pais repararam porque não tínhamos mais nossas brigas.

Duas semanas se passaram nesse climão de mal nos olharmos e sabendo que ele estava se achando culpado e nunca viria falar comigo, até por eu tê-lo chamado de nojento, percebi que teria que ser eu a dar o primeiro passo para nossa reaproximação. Fui até seu quarto e perguntei se poderia entrar e ele permitiu.

Quando entrei ele estava em sua cama com o laptop no colo e me sentei na ponta longe dele o que não era costumeiro, pois sempre me deitava juntinha a ele. Estava mudo, de cabeça abaixada e não tirava os olhos do laptop parecendo envergonhado e me senti mal por isso.

– Felipe, precisamos conversar. Não podemos continuar desse jeito. Somos irmãos.

Levantou os olhos olhando para mim.

– Ham, ham

Comecei a falar.

– Naquele dia, aquilo que aconteceu. Você sentiu algo por mim?

Ele se explicou

– Que bom que você está me dando a chance de explicar. Fiquei muito mal com o que aconteceu. Juro que não. Foi completamente involuntário e tem acontecido muitas vezes e em qualquer lugar e não consigo me controlar. Naquele dia aconteceu justamente naquela hora. Me desculpe. Sinto muito mesmo e estou muito envergonhado.

– Deve ser os seus hormônios. Também queria me desculpar. Fui muito agressiva e falei algo horrível sem te dar chance para se explicar. É que me assustei de te sentir daquele jeito.

– Tudo bem. Acho que nós dois nos assustamos. Eu te entendo. O que mais desejo é voltar a ficar de boa com você, se você me desculpar.

– Então tá. Esse mal entendido está encerrado. Vamos voltar às nossas brigas normais, pois estou com saudade de brigar com você, falei sorrindo.

Fui até ele, dei um abraço quente de temperatura e de amor e um beijo em sua bochecha.

– Te amo irmãozinho.

– Também te amo irmãzinha.

Após essa conversa tudo voltou ao normal com nossas brigas nos momentos ruins e nossos carinhos melosos nos momentos bons. Ou melhor, quase tudo, pois com medo de acontecer novamente Felipe evitava tocar em meu corpo e não senti mais uma ereção sua acontecer. No entanto, fiquei incomodada com sua nova postura evitando o contato de nossos corpos. Eu queria que tudo voltasse a ser como antes. E conversei de novo com ele.

– Felipe, se você falou que não sente nada por mim, por que está com medo de se encostar em mim?

Ele não esperava aquela pergunta imaginando que após aquele incidente, seria eu a querer que ele não se encostasse em meu corpo novamente.

– Não sinto mesmo. É que quero evitar um mal entendido como daquele dia. Vai que acontece de novo justo na hora que estou abraçado em você. Vou ficar com vergonha e me sentir muito mal e você pode ficar brava de novo.

– Também não precisa ficar me evitando. Agora que sei que você não tem sentimentos sujos por mim e é involuntário, se acontecer, aconteceu. Não vou ficar brava como naquele dia. Basta você se desencostar de mim.

– Não sei não. Acho que não vou mais conseguir ter os mesmos contatos físicos que tínhamos antes.

– Entenda uma coisa. Nós brigamos muito porque somos teimosos, mas eu te amo. Quero ter sempre uma relação linda e de amor com meu irmão querido. Por isso não quero frescuras e de não me toques entre nós. Pelo contrário, quando puder quero muitos carinhos seus, pois sempre os amei.

– Tudo bem então, vamos tentar voltar a ser como era. Só espero que você não me odeie se algo acontecer.

– Nunca vou te odiar. Nunca.

Feliz o agarrei no pescoço e dei um beijo em seu rosto o abraçando encostando nossos corpos para mostrar que estava tudo bem nos abraçarmos como sempre aconteceu. Apesar daquele seu corpo maravilhoso e gostoso continuava a sentir por Felipe somente amor de irmã e felizmente ao voltarmos nos tocar como antes, não houve novamente uma ereção espontânea. Fazíamos carinhos gostosos um no outro e ele não perdeu mais o controle nos deixando felizes por tudo ter voltado ao normal, mas sentia que algo tinha mudado em mim.

Não pensava em sexo, mas me senti decepcionada por não ter acontecido uma nova ereção quando ele estava junto a meu corpo, então meu novo propósito maquiavélico contra meu irmãozinho começou a ser o deixar naquela situação constrangedora novamente. Como não estava conseguindo fui aumentando as provocações, ainda só nas palavras. E quando brigávamos por algo e começávamos a nos agarrar não perdia a oportunidade de me esfregar nele e o provocar.

– Vai com calma Felipe, não vai ficar com essa coisa dura justo agora. E ria me divertindo.

A resposta que ele me deu mudou tudo, pois minha provocação foi demasiada e ele pegou ainda mais pesado.

– Claro que não. Tem tanta garota mais bonita dando mole para mim. Não é por você que eu sentiria algo. Ainda mais sendo minha irmã.

Me senti arrasada pois era verdade que haviam tantas garotas lindas atrás dele, mas ele sempre me disse que eu era a garota mais linda que ele conhecia, sempre me enchendo de elogios. Sentindo o golpe de seu desprezo provocador, parei de discutir no mesmo instante e me fui me trancando em meu quarto. Contraditório entre o que falou e seu comportamento, a partir daquele dia eu o sentia olhando muito mais para mim e meu corpo, talvez para se convencer que existiam mesmo muitas garotas mais bonitas do que eu, o que ele sempre disse não ser verdade.

Normalmente nossas brigas eram em nossos quartos. Quando eu queria tirar satisfações com ele ia até seu quarto e quando ele queria tirar satisfações comigo ia até meu quarto. Nossos quartos são no pavimento superior da casa e de o de meus pais no piso térreo. Assim, o andar de cima era só nosso e sempre que estávamos bem, nossos quartos permaneciam abertos, mas quando a porta estava fechada nenhum dos dois entrava sem bater e sem ouvir um “pode entrar” respeitando a privacidade do outro.

Por seu desprezo, comecei a provoca-lo descaradamente principalmente por perceber ele reparando mais em mim. Usava roupas mais sensuais principalmente no período da tarde em que estávamos somente nós dois em casa enquanto nossos pais trabalhavam. E “me descuidava” muito mais frequentemente o fazendo me ver somente de calcinha e sutiã. Era impossível ele não admirar meu corpo dentro daquelas lingeries comportadas, mas que ficavam lindas em minhas curvas.

Chegava a brigar mais vezes com ele somente para termos mais contatos físicos. Queria que ele se excitasse novamente no contato com meu corpo só para que mordesse a língua pelo que tinha falado de que eu não era bonita para ele se excitar por mim, e em uma de nossas brigas quando eu estava propositalmente de calcinha e sutiã, ao se encostar por trás senti seu pênis ereto se encaixando no meio de meu bumbum e me afastei simulando estar furiosa.

– Isso de novo Felipe? Sou sua irmã. Você tem algum problema? Não falou que não sentiria nada por mim pois não me acha bonita como as outras garotas?

Por sua reação toda envergonhada percebi que minha vingança tinha sido bem sucedida. Em nossa conversa após ter acontecido a primeira vez, tinha falado para ele que não ficaria mais brava se acontecesse novamente uma ereção sua e não estava brava, mas reagi dessa forma por aquele seu desprezo. Eu tinha atingido meu intento de conseguir o descontrolar, mas também senti o peso de o ter provocado sabendo que aquilo não era certo entre irmãos e me sentindo mal, quis passar a culpa para ele cheia de maldade.

– Se perdermos nossa relação de irmãos será tudo culpa sua.

Falei e saí de seu quarto com cara de ódio. Mas era ódio por mim mesma por tê-lo provocado e um certo ódio por ele, por ele não ter me resistido me fazendo me sentir culpada. Eram esses sentimentos conflitantes que sempre existiram em nossa relação.

Sabia que aos 17 anos, Felipe ainda era virgem mesmo tendo uma namorada muito linda, a mais linda da escola. Em nossos bons momentos quando abríamos o coração para o outro ele tinha me confessado que apesar de suas tentativas de avanços, ela estava relutante de ir até o fim e ficavam somente se pegando. Eu tinha um casinho ou outro só com algumas pegações por cima da roupa e também era virgem e meu desejo era somente perder a virgindade com alguém que eu amasse de verdade, ainda que levasse tempo. Então éramos bem inexperientes ainda.

Os dias foram passando e impiedosa e fora de meu juízo normal, continuei a provoca-lo, agora sem motivo. Já tinha me vingado por me dizer que eu não era bonita como as outras e com minha provocação, mesmo constrangido ele não resistia não olhar para meu corpo. Estávamos afastados por causa daquela última briga, então tudo era feito a distância sem ainda conversarmos um com o outro.

Devagar começamos a conversar novamente, mas mesmo reparando em mim Felipe não permitia mais que nossos corpos se tocassem. Às vezes ele não conseguia escapar quando eu sentava em seu colo no sofá e ficava me esfregando o provocando. Nem eu sabia onde queria chegar com toda aquela provocação. Era mais a raiva que eu ainda tinha por seu desprezo.

Uma tarde, só de lingerie, o provoquei muito me sentando bem em cima de seu pênis e ele não resistiu ficando com o membro ereto sob o short bem encaixado em minha rachinha. Sua reação foi impensável e surpreendente me puxando para ele me dando um beijo impetuoso. Pega totalmente de surpresa comecei a me debater e a bater nele e quando me soltou dei um tapa em seu rosto e falei com aversão e pavor.

– Você está doido mesmo. Que pervertido. Sou sua irmã. Você não pode fazer isso comigo.

Também com raiva, dessa vez ele reagiu.

– Então para de provocar diaba. Você é quem provoca. Fico quieto no meu canto e você vem se esfregar em mim.

Fiquei raivosa e comecei a esbofeteá-lo.

– Você é um doente de pensar isso. Só estou querendo ser uma irmã amorosa e você leva na maldade. Acho que o único jeito é te tratar friamente mesmo.

Acabei de falar e já estava me odiando novamente. Por que eu fazia aquilo com meu irmão que tanto amava? Eu o provocava descaradamente e quando ele reagia, pois não era de ferro, me revoltava o fazendo se sentir culpado e constrangido. Estava destruindo nossa relação e não tinha me tocado ainda o porquê agia assim. E aquele seu beijo rápido, mas gostoso como nunca tinha sentido, me desestabilizou ainda mais.

Com nossa relação fria Felipe começou a trazer para nossa casa sua namorada Mariana quase todas as tardes. E se fechavam no quarto, certamente com ele tentando chegar ao final e tirar sua virgindade, mas por uma amiga em comum sabia que ele não estava conseguindo. Porém ela permitia que ele avançasse devagar, pois escutava gemidos intensos dela vindos de seu quarto em frente ao meu.

Essa situação de trazer Mariana em nossa casa todas as tardes me irritou muito me deixando ainda mais agressiva e nossas brigas estavam mais violentas. Nada que causasse hematomas, mas ele sempre saía arranhado. Felipe tentava ficar de boa comigo, mas eu implicava com ele com o argumento que não conseguia mais ter privacidade em minha própria casa com ele trazendo a namorada todas as tardes, até porque nossos quartos eram um de frente ao outro.

De tanto ficar irritada de forma desproporcional, enfim me dei conta que estava com ciúme. Eu não o queria com sua namorada, ao menos onde eu pudesse saber que ele estava com ela. Se quisessem fazer, que fizessem onde eu não ficaria sabendo. Parecia que agora era ele quem queria me dar o troco mostrando que não precisava se excitar comigo, me mostrando isso bem em frente ao meu quarto.

Pior foi que não conseguia esquecer mais aquele beijo roubado que ele tinha me dado. Foi muito rápido, mas foi delicioso com seus lábios carnudos e molhados sentindo seu corpo gostoso me envolvendo e colado ao meu. Mesmo tendo gostado, todas as vezes que pensava nisso me vinha o remorso e o sentimento de repulsa por sermos irmãos. Não de repulsa a Felipe, mas ao ato de nos beijarmos.

Dois meses se passaram até que eu tivesse deixado de pensar naquele beijo. Nossa relação estava mais fria do que sempre fora. Nossos momentos bons e carinhosos não existiam mais, só as brigas e era desgastante e cansativo tanto para mim como para ele. Estava triste porque o amava e dessa vez foi ele quem veio até meu quarto para uma conversa.

– Sabe Laura. Apesar de estarmos brigando mais do que nunca, meu amor por você continua tão grande como sempre. É um amor de sangue e de berço. Não acho que posso amar alguém como te amo. E por isso estou muito triste por estarmos nessa situação e sinto muita falta de minha irmãzinha e de nossos momentos bons. Me perdoe por ter te beijado. Eu estava irritado e queria te irritar também. Foi só por provocação. Por favor, me desculpe.

Ele estava verdadeiramente emocionado e deixou cair algumas lágrimas que percebi e também com lágrimas nos olhos por saber que eu tinha muita culpa por tudo aquilo estar acontecendo.

– Também sinto muita falta de nossos momentos bons maninho e me sinto muito mal quando estamos assim. Vamos tentar voltar a ser como antes. Mas nunca mais faça aquilo pois não está certo irmãos se beijarem daquele jeito.

– Não vai acontecer de novo.

Estava sentada na cadeira estudando e quando falou isso se abaixou ao meu lado e me abraçou dando um beijo na bochecha. Com promessas de melhoramos nossa relação ficamos um bom tempo abraçados.

Nos dias seguintes parecia que tudo havia voltado ao normal. Até nossos pais repararam e comentaram. Nosso alivio era evidente. Estávamos bem mais leves e sorridentes. Teve dia que nem brigamos o que era raridade. Mas nem tudo havia voltado a ser como antes, pois agora eu já via Felipe com outros olhos e ele não perdia uma chance de olhar com outros olhos para mim.

Os acontecimentos recentes tinham me mostrado que tinha um sentimento por ele além do que imaginava, mas não queria admitir com remorso e com medo que esses sentimentos pudessem estragar nosso convívio mais tranquilo. Algumas semanas se passaram em que éramos muito amorosos um com o outro. Até que não me aguentado mais tinha que perguntar a ele, qual o motivo de ter me beijado naquele dia. Só assim poderia deixar para trás aquele momento.

Fui para seu quarto e perguntei se poderia entrar e ele permitiu. Eu estava com um vestidinho floral que deixava as coxas aparentes e meus seios marcados. Me sentei muito próxima a ele e comecei a falar um pouco envergonhada.

– Felipe, posso te perguntar uma coisa?

– Claro Laura.

– Por que você me beijou naquele dia se diz que não sente nada por mim? Foi só por provocação?

Ele engoliu em seco pois não esperava ter que dar explicações por aquele beijo que já parecia esquecido. E me respondeu também envergonhado.

– Sinceramente não sei Laura. Quis te provocar sim porque erradamente eu tinha pensado que você estivesse me provocando e quis me vingar.

E continuando, me surpreendeu me deixando abobada.

– E também porque você é linda e tem uma boca linda e carnuda e eu instintivamente quis experimentar. Me desculpe, nunca mais vai acontecer.

Não consegui conter um leve sorriso por seu honesto elogio.

– Sabe Felipe, o beijo foi muito rápido, mas se não fosse errado por sermos irmãos, teria sido o beijo mais gostoso de minha vida. Você beija muito bem.

– Obrigado. Sei que foi errado. Me perdoe. Não vai acontecer mais, apesar de ter sido muito bom para mim também.

Ao terminar de falar não consegui deixar de mostrar em meu semblante alegria e satisfação, mas nada falei. Mudamos para outros assuntos, mas ficou um clima no ar com ele não parando de olhar para meu corpo dentro daquele vestido justo, mas não percebi uma ereção.

Para me agradar ele tinha deixado de trazer Mariana para casa todas as tardes como fazia antes, mas uma tarde ela veio e se trancaram em seu quarto e eu escutava gemidos muito altos dela parecendo que quisesse que eu os escutasse. Irritada por ele ter feito aquilo em um momento que estávamos tão bem, assim que Mariana foi embora, o chamei para meu quarto e estava possessa depois de ficar remoendo o ciúme os escutando. Gritando com raiva mostrei toda minha fúria.

– Seu imbecil. Além de acabar com minha privacidade agora vão fazer sacanagem na frente de meu quarto para todo mundo ouvir?

Ele ficou totalmente desconcertado com minha reação por ter sido desproporcional ao que tinha acontecido. E como sempre, quando nos irritávamos, perdíamos o controle e falávamos coisas que não deveríamos falar, só para agredir e foi o que ele fez.

– Ela é minha namorada Laura. E namorados fazem isso. Você não tem nada com isso.

Comecei a estapear seu braço com ódio.

– Você pode fazer o que quiser com ela, mas não na porta de meu quarto. Ainda mais na hora que nossos pais não estão em casa. Vai fazer isso em um motel.

Era evidente em meus olhos toda minha irritação e já junto a seu corpo eu não parava de tentar bater e esmurrar seu peito enquanto ele tentava segurar meus pulsos com força. Devagar ele ia me empurrando para trás sem perceber até que a parte de trás minhas pernas se encostaram em minha cama e caí de costas com ele vindo junto caindo sobre mim ainda me segurando.

Quando vi, ele estava deitado sobre mim no meio de minhas pernas e seu rosto a 10 centímetros de meu rosto. Senti minha xaninha sendo pressionada por seu pênis por entre nossas roupas e logo senti sua ereção instantânea. Ele olhava com seus lindos olhos nos meus que estava com uma cara de ódio tentando me desvencilhar pois o sentia totalmente duro contra minhas partes íntimas.

Em uma nova loucura de sua parte, não sei se por amor ou ódio pelo jeito que eu o estava tratando, me beijou forçosamente no início sendo arranhado por mim, mas sem me dar conta fui cedendo e quando percebi estávamos dando um beijo delicioso e com muita paixão. Ficamos mais de dois minutos nos beijando e ele ainda segurava meus pulsos enquanto seu pênis pulsava em meu ventre sem que eu tentasse sair. Sentia seu peito forte espremendo meus seios e o beijo dessa vez mais longo era muito melhor do que aquele beijo roubado. Quando me dei conta da monstruosidade que estávamos fazendo dei uma mordida forte em seus lábios o machucando e o empurrei.

– Sai de cima de mim seu nojento. O que você pensa que está fazendo?

Com raiva por eu ter tirado sangue de seus lábios partiu para a agressão verbal também.

– Fiz porque você estava querendo. Nem adianta dizer que não. Você gostou.

– Você deve estar perturbado Felipe. Precisa de médico urgente. Você me segurou, me jogou na cama me deixando imobilizada e me beijou a força. E pior, ficou esfregando essa coisa em mim. Além disso fica olhando esquisito para meu corpo o dia inteiro. Tem algo de muito errado com você.

E com raiva dei um novo tapa em seu rosto.

– Vou contar tudo aos nossos pais o que você faz com sua namorada aqui em casa e o que fez comigo agora. Nunca mais encoste em mim.

O deixando desnorteado, me levantando fui para meu quarto onde me tranquei também desnorteada por ter sentindo seu pênis em minha xaninha e sua boca deliciosa me dando um beijo de fazer perder os sentidos. E o pior foi que eu tinha aceitado aquele beijo, mesmo que dissesse que não.

Fiquei a tarde toda pensando nisso esperando nossos pais chegarem, querendo contar tudo para eles para que chamassem Felipe para uma conversa definitiva. Mas aquele beijo não saia de minha cabeça pois tinha sido o melhor e mais gostoso beijo de minha vida. Me senti suja da mesma forma que o tinha acusado e pensei que fazendo meus pais saberem, eu deixaria de sentir algo por meu irmão.

Quando percebi meus pais chegarem, desci para conversar com eles, mas quando os vi não consegui levar avante, pois Felipe seria o crucificado, mas a culpa era mais minha do que dele. Então só ficamos conversando assuntos triviais até o jantar estar servido. Sabia que Felipe deveria estar preocupadíssimo que eu contasse e não desceria se minha mãe não o chamasse.

Quando mamãe o chamou ele desceu e tinha cara de preocupado não sabendo o que mamãe queria e só abaixou a tensão em seu rosto quando soube o motivo.

– Vem jantar meu filho. O jantar está pronto.

Estávamos sentados os três à mesa, eu com a cabeça baixa sem olhar para ele, e mamãe reparou em sua boca.

– O que foi na boca meu filho?

Levantei os olhos o fuzilando esperando sua resposta.

– Não foi nada não, mãe. Me mordi sozinho.

– Pensei que tivesse sido sua namorada. Eu soube que ela veio aqui hoje.

– Veio sim mãe, mas não foi ela não.

Vendo que eu não tinha contado nada ele também disfarçou. Continuei não olhando para ele e sem falar uma palavra. Nossos pais perceberam o climão e como eles nos conhecem bem sabiam que não adiantaria nada intervirem, então a cada pouco eles puxavam uma conversa com um de nós, mas sem envolver o outro.

Felipe estava ciente que agora eu tinha uma carta na manga contra ele e qualquer coisa que me fizesse, contaria aquele episódio a meus pais. Era nosso eterno jogo de poder familiar e infantil. E mesmo aliviando para ele, por meus poucos olhares ele sabia que eu tinha o sangue da vingança nas mãos.

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Comentários

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Adorei sua história! Bem narrada e muito interessante, esses sentimentos conflituosos de amor/ódio tesão/asco entre irmãos foram muito bem desenvolvidos e com ritmo perfeito. Na expectativa dos próximos. Meus Parabéns!

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Muito bom, fazia tempo que não lia algo assim, além da história ser boa vc sabe escrever parabéns

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Muito bom começo espero que continue Laura.

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Parece promissor. Vamos ver no que vai dar...

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Incrível cm um conto puramente sem sexo e sem uma grande trama elaborada me deixou facinado, uma escrita leve e divertida q nós faz ver os personagens exatamente cm eles são. Meus parabéns Laura, vc é uma escritora de mão cheia! Ansioso pro desenrolar dessa história.

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Muito bom, me prendeu, conto erotico contado na seriedade e eu gostando, rsrsr. Parabéns laura. Vamo que vamo.

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Parece ser uma ótima história...continue...

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Eu não sou fã de contos de incesto, mas você é uma excelente escritora. Vou acompanhar pela qualidade.

Parabéns, bela estréia.

3 estrelas.

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Ótimo relato, muito gostoso mesmo,espero q poste o próximo ainda amanhã

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