Enquanto Sheila sofria por suas próprias escolhas, Augusto pensava no que fazer e para onde ir. Quando levantou a cabeça e avistou Renato, sorridente, atravessando a rua, poucos metros à sua frente, o ódio invadiu seu coração. Tomado por uma fúria incontrolável e destrutiva, saiu do carro e foi ao seu encontro. Ao avistá-lo, Renato, sem saber o que o esperava, tentou ser cortês:
- Oi, amigo…
O primeiro soco explodiu na lateral do rosto, entre a orelha e o maxilar. Atordoado, o segundo encaixou sem defesa, no queixo, o fazendo cair violentamente. Renato era um homem forte, mas Augusto, o touro, como era conhecido na cidade, era pura massa muscular e fúria naquele momento. Noventa e quatro quilos de puro ódio. Ele só parou quando viu vários conhecidos o agarrando e o tirando de cima do Renato.
Continuando…
Parte 8: Com um pouco mais de instrução, seria o homem perfeito.
Augusto, puxado pelos amigos, saiu do transe homicida e retomou a consciência da situação. Antes de retornar ao carro, olhou para Renato, estendido e apagado no chão. Sabia que ultrapassou os limites, mas se sentia bem consigo mesmo. Sacudiu os braços, se livrando das mãos que o agarravam e saiu dali. Entrou no carro e arrancou. Só havia um lugar para onde ir, a fazenda do primo Oscar. Lá poderia pensar no que fazer em paz. Além da paz, teria o seu melhor amigo e conselheiro ao lado. Voltar para casa não era uma opção. Talvez, a casa dos pais? Ao pensar nos pais, se lembrou porque uma traição era tão dolorosa. Seus pensamentos o levaram para nove anos atrás:
"A perda do filho completava um ano e Sheila ainda não havia se recuperado. A depressão havia transformado aquela jovem sonhadora e apaixonada em uma figura sem vigor, magra, sem vontade de continuar a viver. Se não fosse a ajuda de sua mãe, não saberia como cuidar da esposa. Ele continuava firme na faculdade, mesmo que dilacerado por dentro. Precisava ser forte e continuar a viver. Os poucos sorrisos de Sheila, eram dados ao ver o marido à noite. Se fraquejasse naquele momento, tudo estaria acabado. Além de cuidar do seu próprio sofrimento, precisava sempre estar inteiro ao chegar, dividir um pouco da sua força e determinação com ela. Era o fio fino que a mantinha ligada à vida.
O pai tinha uma pequena chácara na zona rural da cidade e como a mãe estava cuidando da esposa, ele ficava sozinho a semana inteira por lá. Naquele domingo, decidiu ir fazer companhia ao pai. Sheila estava um pouco melhor e a mãe mantinha a vigilância. Augusto precisava sair e se desligar um pouco. Ia aproveitar para levar a bomba do poço que pegou no conserto e chamar o pai para uma pescaria, uma atividade que os dois faziam desde que Augusto se entendia por gente.
Augusto já começava a se recuperar da perda do filho. Pelo menos, o fato de ter que se manter forte, o ajudou a realmente, começar a se sentir inteiro outra vez. Carregaria aquela dor pelo resto da vida, mas precisava aprender a conviver com ela. Tentava, aos poucos, ensinar isso à esposa. Talvez, os dois saíssem mais unidos dessa tragédia.
Chegou à chácara rapidamente e após estacionar, estranhou o silêncio. A porta da frente estava fechada, mas a velha Chevrolet Veraneio azul do pai, estava estacionada ali. Ao dar a volta na casa, a porta da cozinha estava aberta. Entrou e percebeu o barulho de gemidos. Ele pensou: "puta que pariu! Não é possível que esse velho esteja fazendo uma sacanagem dessas com a mãe." Augusto seguiu o barulho dos gemidos até o quarto principal. Ao entrar, não acreditou. A mulher do vizinho, uma chifradeira conhecida, estava de quatro e o pai socando firme na boceta dela. Ela gemia:
- Aaaahhhhh… seu velho tarado…. Tá feliz? Comendo a esposa do corno. Aaaahhhh… eu sempre quis dar para você… aaahhhh… você ainda é um coroa muito enxuto… aaaahhh…. Foda essa boceta, fode…
Quando Augusto ia interromper de forma brusca a safadeza, ele travou. Não acreditava nas palavras da safada:
- Dizem que o filho é o pai melhorado… aaahhhhh…. Será que o Augusto é tão bom comedor como o pai? Aaahhhh… soca velho tarado… soca esse pau em mim…. Aaahhhhh…
Mas a razão falou mais alto:
- Que pouca vergonha é essa? Imagina se fosse a mamãe chegando aqui? Você não tem vergonha, não? Velho safado.
O Senhor Alcides, pai de Augusto, quase teve um infarto:
- Eu posso explicar, meu filho. Me descul….
Augusto, irado, o interrompeu:
- Explicar o que, seu safado? Que enquanto a mãe está em casa preocupada com a Sheila, você está de safadeza com essa vagabunda?
Sem querer, ele olhou para o pau do velho, mole pelo susto. Ficou ainda mais bravo:
- E ainda mais, sem camisinha? Essa biscate deve estar cheia de doenças. Quer foder com a sua vida é um direito seu, mas colocar a vida dos outros em risco é coisa de gente mau caráter.
Augusto saiu pisando duro do quarto, se continuasse ali, iria perder o resto do respeito pelo pai e acabar lhe dando porrada. Antes de sair, ele disse:
- Ou você conta para a mãe, ou conto eu.
Naquela mesma noite, o velho pediu perdão à esposa. Pela idade, eles seguiram com o casamento. Ela não tinha mais idade para se divorciar e preferiu aceitar. Ele parece que tomou juízo depois do ocorrido. Mesmo assim, os dois nunca mais foram os mesmos."
Augusto foi trazido de volta à realidade pela buzina alta atrás dele. Estava parado no semáforo aberto e o caminhoneiro que vinha atrás, pedia que ele andasse. Augusto se lembrava agora porque não admitia traição. Viu de perto o sofrimento que ela causa. Sua mãe mudou completamente após aquele dia. Se pudesse voltar atrás, não teria obrigado o pai a admitir o erro.
Na cabeça de Augusto, as coisas eram bem diferentes. A traição do pai era uma traição "normal''. A que ele sofreu foi humilhante, traído com outra mulher. Se sentia inferior. Até uma mulher dava mais prazer à sua esposa do que ele. Não sabia se um dia conseguiria voltar a, pelo menos, olhar para Sheila. Perdoar, então? Era impossível. Estava destruído e arrasado. A dor era tão devastadora, quanto fora há dez anos atrás, na perda sem sentido do filho.
Chegou à fazendo do primo e seu semblante triste o denunciou. Maria foi a primeira pessoa para quem teve que omitir a verdade:
- Nossa, primo! O que aconteceu? Você está péssimo.
Augusto preferiu usar de meias verdades:
- Briguei com Sheila. Acho que dessa vez não tem volta. Posso ficar por aqui alguns dias?
Maria, sempre feliz com a presença dele, não tinha objeções:
- Claro, Augusto! Aqui é o lar da sua família. Sempre teremos um cantinho para você.
Augusto queria ficar sozinho:
- Vou dar uma volta por aí. Mais tarde eu apareço. Cadê o Oscar?
Maria, sempre solidária e sorridente, respondeu:
- Seu primo foi à cooperativa. Estão tentando negociar um preço melhor no leite. Daqui a pouco ele volta.
Augusto se despediu dela com um beijo no rosto. O carinho entre os dois era enorme, Maria ocupava o espaço da irmã que ele nunca teve. Era uma mulher divertida e sempre o animava. Ele caminhou até o velho galpão e pegou as tralhas de pesca do primo: duas varas de pesca diferentes, uma de fly e um molinete, a caixa de iscas e foi andando em direção a represa que ficava um quilômetro e meio a oeste da propriedade. A caminhada foi boa para ajudá-lo a pensar em tudo o que estava passando no momento. Pescar sempre aliviava os seus anseios.
Ficou na represa até quase anoitecer e quando pensava em voltar, ouviu uma voz grave se aproximando:
- Sabia que você estaria aqui. Os velhos hábitos são difíceis de mudar.
Augusto se virou e abraçou o primo. Oscar retribui o abraço de forma fraternal. Ele sabia que Augusto estava com problemas. O hábito de pescar não era mais constante. Ele só o fazia quando precisava pensar e tomar alguma decisão.
Antes de entrar no assunto, Oscar colocou no chão o cooler que trazia junto consigo. Abriu a tampa superior e deu ao primo uma cerveja. Estava gelada, na temperatura ideal. Antes de brindar, puxou na lateral do cooler uma garrafa de aguardente:
- Essa eu prometi a mim mesmo que só abriria junto com você. Minha primeira produção, sua ideia.
Augusto deu o primeiro sorriso do dia. Ele que havia aconselhado o primo a plantar cana-de-açúcar. O bagaço era uma fonte de fibra interessante e se usado como volumoso, barateava a ração do gado. E com o caldo da cana, podia produzir cachaça e diversificar os lucros da propriedade. Montar um alambique era muito simples e quanto mais artesanal, maior o lucro e a qualidade da cachaça. Augusto tomou a primeira dose. Era realmente uma cachaça de altíssima qualidade. A receita mineira comprada de um alambique em processo de falência, valeu mesmo o investimento.
Oscar era esperto e sabia como conduzir Augusto. Ele deixou que o primo tomasse algumas cervejas e mais doses da cachaça, antes de entrar no assunto. Por fim, ele perguntou:
- E então? Vai me contar o que aconteceu? Maria está preocupada com você. Sabe que ela vai me azucrinar, né?
Augusto voltou a sentir o aperto no peito. A conversa com o primo, a bebida e a pescaria, o ajudaram a esquecer um pouco da dor. Só tinha Oscar para conversar e sabia que podia confiar. Ele morreria antes de trair o primo. Augusto soltou a bomba:
- Sheila me traiu, cara!
O baque foi forte no Oscar também. Ele jamais esperava aquela revelação e ficou sem saber o que dizer. Augusto tinha mais a falar:
- Com uma mulher…
Oscar se recuperou um pouco. Não tinha a mente tão fechada como o Augusto. Na verdade, na época da faculdade de agronomia, até andou tendo relações com duas ou três mulheres de uma vez e era um amante de pornografia lésbica. Aquela informação lhe deu ideias para melhorar o sofrimento de Augusto, mas ele precisava ir com calma. O primo era muito conservador para certas coisas. Augusto estranhou:
- Não vai falar nada?
Oscar era mesmo fora de série:
- Ainda não! Você precisa passar pelo sofrimento. Qualquer coisa que eu disser agora, não irá ajudar em nada. Tire uns dias para descansar. Pesque, nade, durma até mais tarde… deixe a sua cabeça voltar ao normal. Cabeça quente não resolve nada.
Augusto sabia que ele estava certo. Mas Oscar tinha outra coisa para falar:
- Pelo burburinho na cidade, eu já esperava problemas. Fiquei sabendo que você nocauteou o sonso do Renato. Eu sempre avisei que aquele lá não valia nada…
Augusto apenas o olhou. Oscar continuou:
- Quando você disse que Sheila o traiu, na hora eu juntei os pontos e pensei que fosse com ele, mas aí você disse que foi com uma mulher. Suponho que seja Andréa?
Augusto apenas sacudiu a cabeça confirmando. Oscar perguntou:
- E por que foi Renato que apanhou? - Ele não aguentou segurar o riso.
Augusto não tinha porque mentir:
- O filho da puta gravou a traição e estava chantageando Sheila. Ele foi a primeira pessoa que eu vi ao sair de casa. Juntou a força com a vontade de bater.
- Já pensou se você tivesse visto a Andréa, ao invés dele?
Os dois não conseguiram segurar a risada. Aquela conversa já estava fazendo Augusto se sentir um pouco melhor. Oscar o chamou para voltar para casa. Augusto pegou os acessórios de pesca e as varas, enquanto Oscar carregava o cooler. Os dois voltaram à fazenda conversando mais animados por todo o caminho.
Ao chegarem, Maria percebeu que Oscar havia conseguido melhorar a cara desanimada de Augusto. Ela brincou:
- Esse tempo todo e nenhum peixe para o jantar?
Antes que ele pudesse responder, Fátima, a bela negra que ele havia conhecido mais cedo apareceu e disse:
- O quarto já está arrumado, amiga! Na hora que o seu primo quiser deitar, ele pode descer.
Augusto estranhou "o pode descer" e olhou confuso para Maria. Ele achava que ficaria ali na casa principal, no quarto de hóspedes que sempre usava. Maria, vendo que ele não estava entendendo, explicou:
- Você vai ficar na casa de baixo. O quarto aqui está com problema de umidade e deu mofo na parede.
Augusto entendeu. Ele só queria um canto para dormir. Enquanto Fátima o encarava com o olhar gentil, Maria disse:
- Ah, você vai dividir a casa menor com a Fátima. Mas fique tranquilo, ela dorme cedo, igual a você. Não acho que um vá atrapalhar o outro. E Fátima é uma pessoa muito divertida, tenho certeza que em pouco tempo vocês serão ótimos amigos. Assim como ela e o Oscar.
Maria falou a última parte com um pouco de malícia no olhar. Augusto estava tão aéreo ainda, que nem percebeu a insinuação. Antes de descer para a casa menor, ligou para o outro veterinário da região e cobrou um favor devido, disse que precisava tirar alguns dias para resolver problemas familiares e deixou com ele o atendimento às emergências. Sem poder recusar, o amigo aceitou, mas não mais do que sete dias. Era tempo suficiente para Augusto descansar e colocar os pensamentos em ordem. Programou a mensagem de atendimento automático com o número do outro veterinário e o desvio de chamadas em todos os contatos profissionais na agenda.
Maria o levou até a casa pequena e mostrou a ele o quarto que iria ocupar. Era uma casa simples, mas de pequena não tinha nada. Apesar de estar na roça, os luxos da cidade estavam todos ali: TV via satélite, internet, fogão a gás, chuveiro elétrico…. Sua mala já estava lá e as roupas dobradas na gaveta. Se despediu de Maria e tomou um banho demorado, deixando a água quente relaxar o corpo e amenizar os efeitos da bebida. Muita coisa passou pela sua cabeça nesse momento. Ele não conseguiu evitar o pranto e deu vazão ao sofrimento. O choro aliviou um pouco o peso que sentia. Se enxugou, vestiu um pijama mais quente, pois ali na roça, a temperatura caía muito durante a madrugada e foi deitar. Apagou em poucos minutos.
Teve uma noite de sono agitado e sonhos confusos. Como era de costume, acordou cedo no sábado e o cheiro de café fresco, pão assado há pouco tempo e ovos mexidos, invadia todo o ambiente. Não pôde resistir e se levantou. Urinou, aliviando a ereção matinal e apenas lavou o rosto, tinha o costume de escovar os dentes somente após tomar o café da manhã e foi para a cozinha, pensando que seria Maria quem estaria lá. A surpresa foi enorme: Fátima, de costas para ele no fogão, com um shortinho de pijama minúsculo que deixava metade das polpas da bunda de fora.
Que bunda linda! Redonda, volumosa e apesar de algumas pequenas marcas normais da celulite, tão comum entre mulheres maduras, era muito agradável de olhar. Pernas bem torneadas e a costura do shortinho sendo engolida pela bunda. Uma visão magnífica. Fátima realmente era muito gostosa. Uma linda fêmea madura e sensual. Não conseguia lembrar de onde a conhecia, mas tinha a certeza que o caminho dos dois já havia se cruzado em algum momento. Naquele instante sentiu uma ereção que começava a se anunciar. E a consciência daquela sensação o deixava ainda mais excitado.
Desviou os pensamentos para aliviar a ereção e após relaxar, pigarreou para que ela notasse a sua presença. Fátima se virou e foi outra surpresa: os seios ainda firmes e volumosos, sendo contidos apenas pela blusinha fina, quase transparente. Os bicos marcados o deixaram louco novamente. Não resistiu e voltou ao quarto, pois a ereção era plena outra vez. Trancou a porta e deitou na cama. Levou a mão ao membro duro e começou uma punheta lenta e cadenciada, lembrando do corpo de Fátima e dos trejeitos tão sensuais que ela fazia. Ela era simples na forma de agir e era essa simplicidade sem filtros que a deixava tão sensual. Era fêmea na essência da palavra. Não escondia suas imperfeições e nem se limitava a esconder o corpo na presença de um estranho. Fazia aquilo sem se importar e de forma natural era sedutora e desejada. Augusto gozou após vários minutos daquela manipulação deliciosa e calma, só deu tempo de desviar os jatos da cama.
Augusto acalmou os pensamentos e assim que a respiração normalizou, ele limpou o chão com lenços de papel e saiu de fininho pelo corredor em direção ao banheiro. Jogou os lenços de papel no cestinho, respirou fundo e voltou à cozinha. Fátima o esperava com um sorriso cínico no rosto. Ele pensou: "Essa mulher está querendo brincar comigo. Desse jeito, vai ser complicado continuar aqui. Parece que eu não tenho paz nesta vida. Quer saber? Que se foda. Se ela quiser me atentar, eu vou deixar rolar. Quem pisou na bola não fui eu. Sheila escolheu o caminho, ela que arque com as consequências."
Augusto se sentou à mesa e encarou Fátima. Ela disse:
- Tem alguma frescura em relação à comida que eu deva saber? Maria me pediu para cuidar de você. Ela e o Oscar saíram cedo e só voltarão no fim da tarde. Ele pediu para você dar uma olhada na ordenha da tarde, se ele não voltar a tempo.
Augusto estava realmente curioso. Ele não resistiu:
- Nós nos conhecemos? Tenho uma forte impressão de já ter visto você em algum lugar.
Fátima olhou para ele divertida:
- Sim! A gente se conhece.
Ele insistiu:
- E foi onde? Essa curiosidade está me matando desde ontem quando vim aqui.
Fátima resolveu brincar com ele:
- Quem rejeita esquece, mas quem é rejeitada…
Augusto ficou ainda mais confuso. Como assim? Quem é rejeitado não esquece, o que isso quer dizer. Ela tinha, no mínimo, dez anos a mais do que ele. Não era possível que ele a tenha rejeitado em algum momento da vida? Fátima disse:
- Pensa um pouco. Vou lhe dar alguns dias para queimar a cachola. Vou ficar muito ofendida se você não lembrar.
Fátima se levantou e deu uma ajeitada na calcinha ao se virar. Foi com a mão bem no meio da bunda e ajeitou a roupa íntima de forma bem safada e provocativa. Ele conseguiu, por míseros segundos, avistar os contornos de sua boceta nua. O pau de Augusto deu um tranco forte. Ela foi para o próprio quarto, o deixando desconcertado e sozinho. Sem ter mais o que fazer, ele tomou seu café sem conseguir parar de pensar nela. Não sabia ainda que estava lidando com uma mestra dos jogos da sedução.
Por três dias, e todas as manhãs, Fátima o torturava e cobrava uma resposta. Quanto mais ele demorava a responder, mais ela ia aumentando as provocações. Um dia era o conjunto de shortinho e blusa quase transparentes, no outro ela aparecia na cozinha de manhã, preparando o café, só de toalha. Augusto, preso a seus rígidos princípios morais, não ousava ter nenhum movimento em direção a ela. Mas se masturbava excitado com a visão daquela mulher extremamente provocante. No terceiro dia, ela veio para maltratar de vez, calcinha e sutiã de renda, mais nada. Mas naquele terceiro dia, ela também estava curiosa, querendo saber o motivo de Augusto, um homem casado, não estar na sua casa e na companhia de sua esposa. Sem papas na língua, ela perguntou:
- Quem traiu quem? Você ou ela?
A cara de Augusto o denunciou. Fátima era experiente e sabia que estava no caminho certo. Sem entender a conexão estranha com aquela mulher, Augusto se sentiu confortável para desabafar, o mesmo sentimento que Oscar inspirava nele:
- Foi ela. Ela me traiu.
Fátima se compadeceu dele. A empatia e a vontade de curar as feridas abertas naquele belo exemplar de homem falaram mais alto:
- Que louca trocaria você por outro cara? Você é, provavelmente, o homem mais bonito dessa região inteira.
Augusto novamente se sentiu tentado a falar. Fátima despertava confiança nele. Ele apenas disse:
- Não foi outro cara. Foi outra mulher.
Fátima olhou para ele com uma vontade absurda de rir e não conseguiu se segurar. Augusto, em vez de se ofender, acabou a acompanhando no riso. Ele disse:
- Pimenta no cu dos outros é refresco, né?
Fátima estava mesmo se divertindo. Ela perguntou:
- Mas ela disse que queria terminar com você?
Augusto estranhou a pergunta. Não entendia o sentido, mas respondeu:
- Pelo contrário, ela confessou e me pediu perdão. Disse que me amava e que errou.
Fátima, mais uma vez, não resistiu:
- Como vocês, homens, são idiotas. Já posso até imaginar, em vez de avaliar as possibilidades, você se sentiu humilhado, né?
Augusto ficava cada vez mais confuso. Fátima continuou:
- Vou lhe contar uma história e depois quero saber a sua opinião.
Augusto não entendia o sentido daquela conversa, mas preferiu escutar. Fátima começou:
- Uma mulher estava passando por uma situação de muita necessidade, ela chegou ao fundo do poço. Quando ela achava que tudo estava perdido e não havia mais esperança, e como ela era sozinha, sem filhos ou marido, ela pensou seriamente em acabar com o seu próprio sofrimento…
Nesse momento, Augusto a interrompeu:
- É uma história real ou inventada para dar alguma lição de moral?
Fátima, paciente, respondeu:
- Isso é você que vai avaliar.
Augusto fez sinal para ela continuar. Fátima voltou a contar:
- Por uma enorme coincidência, quando ela ia ao mercado comprar algum tipo de inseticida ou algum produto venenoso, ela encontrou com uma antiga amiga da juventude que ficou muito feliz ao revê-la.
Augusto escutava com atenção para não perder nenhum detalhe e poder fazer sua análise. Fátima continuou:
- Essa amiga percebeu que algo estava errado, pois sempre achou que ela fosse a pessoa mais divertida que ela conheceu e a convidou para tomar um café. Com jeito e paciência, ela conseguiu fazer com que ela se abrisse e confessasse a sua dor e o seu desespero. Por fim, ela a convidou para vir morar com ela. Lhe ofereceu um trabalho e mudou completamente a sua vida.
Fátima olhava para Augusto avaliando as suas reações. Ele disse:
- Essa amiga salvou a vida dela. É isso?
Fátima deu um sorriso e voltou a falar:
- Calma! Na casa dessa amiga da juventude, ela acabou conhecendo o seu marido, um sujeito gentil e brincalhão. Ela descobriu também, que a amiga caridosa estava passando por uma fase difícil no casamento. A libido havia diminuído e a rotina tinha se instalado. Mas notou que trazer essa amiga, acabou despertando novos desejos no marido. O sexo, que era quase inexistente, voltou a ser uma opção mais constante.
Augusto começava a imaginar o rumo da história. Ele olhou de forma maliciosa para Fátima que retribuiu com um sorriso safado. Ela continuou:
- Vendo os olhares constantes do marido para a amiga, no começo ela se preocupou, imaginando que talvez, ela própria havia trazido a tentação para dentro de casa, mas aos poucos, ela mesmo começou a imaginar que poderia se beneficiar com a situação e tentar fazer diferente. Teve uma conversa séria com a amiga e perguntou se ela aceitava ajudá-la a reacender de vez a chama apagada. Como forma de retribuição, ela embarcou na aventura e hoje os três se divertem e o casamento dos dois, nunca esteve tão forte.
Augusto não estava acreditando que aquilo fosse verdade. E se fosse, seria uma situação única e sem relação com os seus problemas. Ele disse:
- Eu acho que isso deve ser um filme. Talvez você seja uma amante da sétima arte.
Fátima preferiu deixar a ideia em banho-maria. A semente havia sido plantada. Com cuidado e rega constante, ela iria germinar. Ela olhou fundo nos olhos de Augusto e perguntou:
- E então, já descobriu onde nos conhecemos?
Fátima se levantou e foi andando em direção a Augusto. Aquele conjunto de lingerie minúscula contrastava perfeitamente com sua pele de ébano, ela ficou com os seios bem próximos a cabeça dele, o provocando. Augusto não sabia mesmo a resposta. Fátima acariciou seus cabelos e levantou a sua cabeça, fazendo com que ele olhasse diretamente para os olhos dela. Sua ereção estava marcada na calça fina do pijama e Fátima gostou muito do que viu. Augusto reparou que os bicos dos seios dela estavam quase furando o bojo do sutiã. Ele disse:
- Me desculpe, mas eu realmente não consigo me lembrar.
Fátima deu uma dica:
- Tem a ver com a sua primeira vez.
Augusto pensou e tentou buscar na memória, mas ainda assim, não conseguia fazer a conexão. Fátima resolveu acabar com o mistério:
- Eu fui a puta que você rejeitou naquele dia. Quando seu tio mandou que você escolhesse entre eu, negra, e a outra, loira, você nem me olhou. Escolheu em segundos.
Augusto se levantou e quando ia se desculpar, Fátima o calou levando o dedo indicador aos seus lábios. Ela disse:
- Eu entendo! Você era apenas um adolescente descobrindo o mundo. Você não tem o porquê de se desculpar. Relaxa!
O que ela fez a seguir, pegou Augusto completamente desprevenido. Ao tirar o dedo de sua boca, ela o beijou. Um beijo leve e carinhoso. Augusto não resistiu e a beijou de verdade. Um beijo profundo, cheio de tesão, descontando a provocação dos três últimos dias. Fátima pediu:
- Aperta a minha bunda. Eu gosto de tapas, bem fortes.
Augusto ficou olhando para ela sem saber o que fazer. Fátima, mostrando como se faz, deu um tapa de força moderada no rosto dele. Augusto olhou assustado. Ela voltou a falar:
- Me bate, seu puto. Enche minha bunda de tapas.
Antes que ela fizesse menção de voltar a falar, ele deu um baita tapa na bunda dela e puxou o corpo dela contra o seu. Fátima sentiu os beijos no pescoço. Ele a virou de costas e enquanto suas mãos apalpavam os seios fartos e firmes, sua pica finalmente roçava naquela bunda que o estava deixando louco. Fátima agarrou no pescoço dele, cravando levemente as unhas e deixando a boca próxima à sua orelha, para ele sentir que ela arfava e ouvir os seus gemidos, ainda baixinhos. Ela esfregava a bunda nele e sentia o seu pau quase rasgar o tecido fino da calça do pijama de tão duro.
Fátima sentiu uma de suas mãos descendo pelo corpo dela em direção à boceta. Seus dedos mal a tocaram e ele já pôde perceber o quanto ela estava excitada também. A boceta melada, estava contraindo de desejo e a calcinha totalmente úmida
Ele começou a mexer no grelo e mesmo desajeitado, fazia com que ela gemesse alto e rebolasse mais forte na pica, que ainda estava presa à cueca. Ela estava muito excitada com aquilo, e suplicou no ouvido dele:
- Faz essa puta gozar para o seu macho. Enfia esse dedo em mim e masturba o meu grelinho, seu pirocudo gostoso.
Mesmo sem saber o que fazer, Augusto seguiu as instruções. Enfiou dois dedos na boceta dela e massageou o grelo por vários minutos. Foi demais para Fátima. Ela gozou gostoso, estremecendo, gemendo, deixando a mão dele toda lambuzada:
- Aaahhhh. Macho tesudo… aaaahhhh… isso… que delícia… imagina se soubesse o que faz… se assim já é bom… aaaahhh… Aaaaahhhhhhh…
Ainda tentando recuperar o fôlego, Fátima lambeu cada um dos dedos dele, se deliciando com o gosto do próprio gozo. Em seguida, ele a beijou. Também queria sentir o gosto do mel dela. Fátima se empinou debruçada sobre a mesa da cozinha e olhou com cara de safada para ele:
- Come essa puta vai, safado!
O contato dos mamilos dela com o granito gelado e o gozo recente, a deixaram à flor da pele. Sentiu como se aquela pica estivesse entrando em câmera lenta e, claro, se deliciou intensamente com aquela penetração que a preencheu completamente. Aquele momento não tinha segredo, era só estocar forte dentro dela. Ela pedia para ele socar forte, dar tapas em sua bunda e puxar o seu cabelo. Ela estava com a coluna arqueada e ele tirava aquela pica gostosa quase toda e depois metia de novo, bem devagar.
Sem que ela esperasse e a levando à loucura, ele disse:
- Quer mais, minha puta?
Fátima delirava, as pernas tremiam e ela pedia:
- Quero! Quero muito! Mete nessa puta. Com um pouco mais de instrução, seria o homem perfeito.
Augusto parecia estar aprendendo:
- Então pede.
Fátima estava prestes a gozar outra vez. Aquela rola poderosa, tinha muito potencial:
- Enfia ela toda em mim, safado. Quero com força. Arromba essa puta, me esfola inteira. Aaahhhhh….
Ele metia com tudo, a fazendo gritar de tanto tesão. O barulho ecoava pela cozinha. Os gritos, a respiração ofegante, os tapas que ele dava na bunda dela e o barulho dos corpos se batendo, cada vez mais forte e acelerado:
- Aaahhhh… mete, seu puto… aaaahhh… fode. Isso… aaaahhhhh… caralho, gostoso demais… pirocudo safado… aaaahhhhh….
Era tanto prazer que os dois não aguentaram mais. Gozaram intensamente, um após o outro. Fátima sentiu o corpo dele desfalecer sobre o dela e riram juntos. Ainda estavam reclinados sobre a mesa. Ela sentiu o gozo deles, misturados, escorrer pelas suas pernas. Augusto saiu de cima dela e sentou na cadeira. Fátima sentou em seu colo e sorria satisfeita. Apesar de inexperiente, mal treinado, havia muito potencial para melhorar.
Augusto perguntou então:
- O que você quis dizer com “com um pouco de instrução, seria o homem perfeito”?
Fátima sorriu aquele lindo sorriso de dentes muito brancos. Havia um brilho de felicidade em seu olhar. Ela disse enigmática...
- Daqui uns dias você vai entender melhor.
Augusto admirava aquela beleza negra, feminina, segura de si, plena em sua sensualidade...
Estava excitado de novo....
Continua…
É PROIBIDO CÓPIA, REPRODUÇÃO OU QUALQUER USO DESTE CONTO SEM AUTORIZAÇÃO – DIREITOS RESERVADOS – PROIBIDA A REPRODUÇÃO EM OUTROS BLOGS OU SITES. PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA NA CASA DOS CONTOS ERÓTICOS.