Sexualidade é uma coisa pessoal e intransferível, à portação da pessoa envolvida, sendo praticamente individual.
TEORIA DA BÚSSOLA: Minha atração não é por ti. Você apenas, está numa posição que coincide com a direção do que está por trás de tu. Estou falando do “campo erótico”. Uma região afinada com os meus desejos sexuais.
Eu sou lésbica, pois as mulheres se atraem. Têm uma sexualidade que os homens são incapazes de produzir. A sua sensualidade é superior à impetuosidade do homem. Uma impetuosidade não suficiente, mas necessária. Por isso, eu não sou apenas lésbica, mas bissexual também. Preciso dos homens, e como preciso! Só com eles, eu me sinto puta, um adjetivo criado à partir do conceito de machismo. A palavra puta deriva de “computar”, que significa incluir um dado, um objeto. Então “puta” significa “incluída aos pertences do homem”. Daí vem: “Você é minha puta!”, ou seja: “Está subordinada aos meus caprichos sexuais.”
Meu nome é Vera Lucia. Sou loira, um pouco alta, 43 anos e, no momento, estou fascinada pela minha empregada doméstica, a Lucimar. Ela é uma morena magra, de 26 anos e tem uma perereca perfeita, que quando estou a chupá-la, esqueço das horas e dos compromissos. Para contornar alguma falha minha, no que diz respeito aos negócios, tenho meu ex-marido, agora meu amasiado novamente, e mais corno do que nunca. Como eu disse, quando eu e a Lucimar entramos no clima erótico, o universo se transforma como magia e passamos à outra dimensão.
No caso da Lucimar, ela é minha empregada e precisa fazer tudo que eu quero. Já fez “corpo mole” em me maltratar, mas já compreendeu que eu gosto de ser submissa das mulheres. Dos homens também, quando sabem me conduzir ao “mundo de Afrodite”. E a Lucimar aprendeu: Tem que bater na minha cara quando estou sendo incompetente em satisfazê-la. Coisas do tipo: “Não estou chupando bem a periquita, caprichando no clitóris e limpando bem, com a língua a parte inguinal completa”. Dessa morena, eu costumo lamber também o seu cu. Gosto de esfregar com a língua, as bordas que são meio ásperas. Se eu não fizer direito, ela tem permissão para puxar o meu cabelo. Se puxar e eu gritar, ela se vira e mete uma cuspida na minha cara. Depois de um tempo, ela fala:
− Preciso fazer xixi.
E eu respondo:
− Por favor, não poupe a Verinha!
Ela já sabe do que se trata e, se eu demoro a me deitar, ela me puxa pelos cabelos e senta-se na minha cara. Mais uma bofetada, para eu ficar quieta e, dali a pouco, sai o líquido dourado quase me afogando. Mas eu não me afogo, pois aprendi a controlar a respiração, enquanto engulo aquele líquido quentinho.
Essa é minha amante e é perfeita. Mas eu não me casaria com ela, para não deixar de ser amante. Quem eu pedi em casamento foi a Jaqueline, minha Deusa. A Jaqueline é uma namorada, que surgiu das minhas alunas, do colégio que eu leciono a Língua Portuguesa. Alta, magra, também da raça morena, jovem e autoritária, como tem que ser a minha esposa. Eu sempre chego para me prostrar perante a minha rainha e, beijar os seus pés. Tudo isso são inversão de valores do erotismo: a mais velha pedindo benção à mais jovem; a professora bajulando a aluna; a escrava de cabelos louros; a luxúria superando o juízo; etc.
A Jaqueline é a dominadora perfeita. Quando entramos em um motel e, eu peço um chocolate, ela mastiga bem, um pedaço, e passa para a minha boca. Quando peço licença para criticar, e ela concede, digo que “O seu vestido amarelo chama muito a atenção.” Daí, na próxima vez que saímos, ela vem com um vestido vermelho. Isso que é mulher perfeita para casamento: “A esposa da lésbica não deve nunca concordar com as idéias da submissa.”
Depois também, chegamos de uma caminhada, e ela deita-se na poltrona para eu lhe massagear os pés. Ela retira a calcinha, que está lhe incomodado e, eu a pego para cheirar. Ela pergunta:
− Tá fedida?
Eu respondo que sim e ela me dá um tapa na cara. Depois, pergunta:
− E agora?
Eu respondo, depois de cheirar novamente:
− Agora está bom, o cheiro.
Depois, a gente se beija prolongadamente e, nesse clima eroticamente perfeito, vou satisfazê-la com ela sendo mulher. Mas quem me satisfaz como mulher, e puta, são os meus machos, quando eu “entro na vara”.