Cheguei em casa rapidamente e mal tive tempo para organizar as ideias, pois Anne também chegou. Sem esconder meu mau humor pelo que vi, contei que tinha ido até o bar e a vi num animado papo com um estranho, enquanto Cris conversava com outro. Espantada com minha atitude, minha esposa disse que achava o cúmulo eu segui-la. Deu-se início uma discussão, expus que não queria mais que ela saísse com a amiga, pois a intenção dessa era convencê-la a se envolver com outro homem:
-A Cris sempre teve raiva do nosso relacionamento ter dado certo, principalmente depois que começamos a nos afastar dela, o que a vagabunda quer é te levar para o mesmo caminho, o de ter vários homens, apenas para transar, até porque, nenhum vai querer nada sério com ela.
-Você acha mesmo que vou te trair porque a Cris quer? Por favor, não subestime a minha inteligência nem o meu caráter.
-Não estou dizendo isso, mas há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão, você está casada numa boa, mas aí começa a sair toda sexta à noite, um cara te canta, depois outro, outro até que um dia pode começar a cogitar e daí é um pulo para estragar o nosso casamento. Uma coisa é certa, não vou ficar assistindo à minha esposa se preparando para me chifrar e ficar de boa, não sem um bom combate.
A partir daí, voltamos a discutir com mais intensidade, notei que Anne estava com muita raiva de mim, me acusou de ser muito ciumento, mas não dar satisfações de onde vou, de ter feito ela se afastar da amiga, de não confiar etc., ela parecia muito mudada, mas não poderia ser só por causa das poucas vezes que saiu com a amiga, ninguém mudatão facilmente.
Só sei que a discussão foi longa e depois ela foi se trocar. Fiquei na sala pensando se não era melhor abrir o jogo logo sobre minha infidelidade e contar que Cris estava me chantageando, mas se fizesse justamente nesse momento, aí que era certeza que ela me largaria. Tomei umas duas doses grandes de uísque e decidi ir dormir.
Subi para o quarto, Anne estava com babby doll salmão bem transparente mexendo em uma gaveta. Apesar do clima ruim, fiquei muito excitado e fui por trás dela, abraçando-a, ela se esquivou brava, mas tomada sei lá por qual impulso, jogou os braços sobre o meu pescoço e me beijou com vontade. Fazia um bom tempo que não transávamos, o maior desde que nos conhecemos. Fomos para a cama, eu tirei a parte debaixo de seu babby dool e pedi que ela se sentasse em meu rosto. Ah! Como foi bom voltar a sentir o gosto e o cheiro daquela boceta. Minha esposa estava sedenta e logo que comecei a chupá-la, a mesma passou a gemer alto e a se esfregar em meu rosto. Sua bocetinha tem um clitóris pequeno e rosa assim como os lábios e os pelos são pretos e aparados no formato de um retângulo. Passamos a fazer um 69, mas Anne estava tão excitada que se levantou do meu rosto e já foi encaixando meu pau em sua boceta dando início a uma cavalgada feroz. Depois se virou de frente para mim e começou a quicar com força, aos berros mostrando os dentes, ainda pensei “Quem a vê tão delicadinha no dia a dia, jamais conseguiria imaginar como ela é quente na cama”. Anne apoiou uma mão no meu peito cavalgando cada vez mais rápido, de repente, com a outra mão me desferiu um tapa violento no rosto que ardeu pacas, tentei reclamar, mas vendo que ela estava revirando os olhos prestes a gozar, deixei rolar até vê-la explodindo em um gozo fantástico, meu pau ficou bem melado com seus fluídos.
Dei um tempo a Anne, pois eu ainda não tinha gozado, quando quis penetrá-la novamente, para a minha surpresa, ouvi:
-Estou cansada, se quiser bato uma para você gozar.
-Punheta? Mas que coisa mais sem graça! Pelo menos chupa então.
-Quer ou não?
Achei tudo muito estranho, mas aceitei. Anne me punhetou com vontade e gozei, depois disso, quis conversar, mas ela disse que iria dormir. Fiquei pensativo, mas também decidi dormir acreditando que tudo era fruto da discussão que tivemos.
Entretanto, no outro dia, um sábado pela manhã, acordei um pouco mais tarde e ao descer, encontrei Anne de cara fechada, sem muitas delongas, minha esposa pediu que eu me sentasse no sofá da sala e jogou uma bomba:
-Quero dizer uma coisa para você, na verdade deveria ter contado antes ou então ter seguido com meu plano, mas não aguentei. Faz mais de dois meses que sei que você tem uma amante.
Na hora, eu pulei e devo ter perdido a cor:
-Mas...Como assim?!
-Apesar de você achar que sabe disfarçar muito bem, notei que alguns horários seus estavam bem estranhos, também percebi um perfume diferente em sua camisa. Contratei um detetive particular que em menos de uma semana, me trouxe fotos suas.
Anne começou a chorar de cabeça baixa por um bom tempo. Não adiantava negar, por isso, esperei um pouco e assumi já tentando me desculpar:
-Sei que parece clichê, a desculpa que todos dão, mas eu te juro foi só com ela que te traí e já terminamos há algum tempo. Sei que agora você deve estar com toda raiva do mundo, mas peço que me perdoe, nunca mais farei tamanha bobagem.
-Agora? Estou com ódio de você há dois meses, mas fingindo que meu sofrimento é só por causa do problema com a minha avó, mas tenho me acabado de chorar e de pensar o que fazer.
Depois disso, Anne me xingou bastante, até que durante uma pausa, a questionei:
-Só não entendi uma coisa, na verdade duas, por que você não me contou logo de cara ao invés de ficar sofrendo calada e o por que a Cris tem fotos minhas? Sim, porque a safada está me chantageando.
-Eu sei disso e fui eu quem mandei. Na verdade, assim que vi suas fotos com uma vagabunda, minha ideia era de te estapear e depois mandar você sair de casa até resolvermos nossa separação, mas, confesso, que temi que agindo assim, te jogaria mais fácil para os braços da sua amante, ou seja, o bonitinho sairia do casamento numa boa e eu como a trouxa, então fiquei na minha por uns dois dias, até que tive a ideia de fazê-lo pagar na mesma moeda, mas com requintes de drama maior. Conversei com a Cris e combinei dela te chantagear para ver se você me contaria logo ou se aceitaria, se aceitasse, que foi o que ocorreu, começaria a sair com ela até que um dia se aparecesse alguém que eu gostasse, transaria com ele e te contaria com todos os detalhes, depois disso, decidiríamos o que fazer. Só que eu não consigo mais fingir, acho melhor você saber de tudo e também de que se ainda existir uma chance da gente seguir casados, vou te dar o troco.
-Anne, eu te conheço há anos, você jamais transaria com outro apenas para se vingar de mim, não é da sua índole.
-Transar sem vontade, claro que não faria mesmo, mas quem sabe numa dessas saídas se eu encontrar alguém que me interessa, estou pensando sim, para dizer a verdade, sempre fui muito assediada, olhada e mesmo o nosso sexo sendo gostoso, algumas vezes tive curiosidade de saber como seria um casamento liberal, poder transar com outros, diferentes homens, paus, cheiros, não estou dizendo nada tão absurdo como a Cris faz, isso não me excita.
-Isso não tem sentido algum. Entendo se você quiser dar um tempo e depois nos falarmos com calma, muitos casamentos sobrevivem a uma traição, podemos fazer terapia, uma longa viagem, sei lá, mas não é indo para a cama com outro que você resolverá alguma coisa, muito menos nosso casamento. Você está confusa, fora do prumo.
-Sim, claro que estou, do dia para noite, descubro que meu marido com que eu tinha um relacionamento ótimo, está me traindo e queria que eu estivesse como? Uma coisa é certa, vamos esperar baixar a poeira, mas se eu decidir continuar com você, vou querer transar com outro algumas vezes, se você topar, tudo bem, se não, partimos para o divórcio.
Vendo que Anne não pararia de bater na mesma tecla com aquela proposta absurda, decidi pegar o carro e sair, no caminho pensei que talvez tudo fosse para me botar medo, algum tipo de teste e o que melhor a fazer era deixar rolar.
Passei o dia todo fora, quando voltei no começo da noite, Anne estava se preparando para sair parada na frente do espelho, com um vestido vermelho colado, meia-fina, salto alto, tinha arrumado os cabelos. Antes de eu perguntar, ela mesma disse com certo desdém enquanto experimentava alguns brincos:
-Vou sair com a Cris e mais dois amigos dela, não tenho hora para voltar. Se quiser peça uma pizza.
-Que porra é essa, Anne? Vamos conversar com calma sobre nosso casamento, nosso futuro. Não é saindo para curtir com um estranho que você vai resolver algo. Pensa bem, depois você pode se arrepender, pois eu não vou querer continuar.
-Xiii! Não tô com tempo para ameaças. Quem vai decidir se iremos continuar juntos sou eu, e hoje eu diria que as chances de reatarmos não são lá tão boas. Aceita o troco que pode vir hoje ou outra noite, mas vai vir e quem sabe depois a gente pode se entender.
Dei um murro forte na parede, mas vi que não teria jeito, restava refletir com calma, mas nesse momento, a ideia de nos separarmos já não caía mais tão mal, eu estava arrependido da merda que fiz, mas também com ódio da vingança nojenta que Anne está fazendo. Além de tudo, perderia metade do meu patrimônio, mas isso era o de menos naquele momento.
Por volta das 21h, Cris chegou à nossa casa e me olhou com cara de riso, porém, ela deve ter sacado pela encarada que lhe dei, que uma simples gracinha, seria suficiente para eu expulsá-la dali como um cadela sarnenta. Ficaram um tempo conversando no quarto e logo desceram e pediram um Uber. Cinicamente, Anne me deu um tchau que ignorei sumariamente.
As horas custaram a passar, tomei algumas taças de vinho, assisti a um filme. Cochilei até que por volta de 2h30, acordei com o barulho de minha esposa chegando. Ao olhar no relógio, tive certeza de que tinha sido corno. Tinha optado por dormir no quarto de hóspedes então, não nos falamos. Fiquei muito nervoso e triste, pois vi que minha doce Anne provavelmente não era mais só minha e que também mudaria completamente. Passei o resto da madrugada pensando no que fazer. Acabei cochilando já de manhã e fui acordar só 10h30.
Quando desci, Anne estava de cabelos molhados e só de calcinha e sutiã, me deu bom dia, mas ignorei. Tomei meu café, ainda meio que anestesiado pela maneira rápida com que as coisas fugiram de controle. Finalmente, criei coragem e perguntei de maneira seca.
-E aí? Vai me contar o que fez até às duas e meia da manhã? Conseguiu o que queria, se vingar de mim?
Com altivez nas palavras, mas um certo medo no olhar, Anne questionou;
-Você quer saber mesmo?
-Claro.
-Ok. Te contarei tudo...
As revelações de Anne me surpreenderiam e nossa vida iria mudar muito mais a partir dali.
Aos que gostaram, agradeço se puderem deixar um comentário, em breve mandarei o próximo capítulo.