Minha Quarentena - Capítulo 36

Um conto erótico de StayRayy
Categoria: Lésbicas
Contém 6789 palavras
Data: 22/06/2022 16:39:54

Capítulo 36

Naquele dia em que Júlia aceitou meu pedido de namoro, ficamos mais um tempo namorando na porta do carro e depois ela se foi. Ao entrar em casa, Briana já estava sabendo da novidade, mas não esboçou reação alguma, o que não dei importância também.

Fui me deitar por volta das 23:00 hrs e fiquei ainda horas pensando naquilo tudo que havia acontecido e depois de sonhar acordada com Júlia, finalmente adormeci. No outro dia acordei por volta das 10:00 da manhã, tomei banho, escovei os dentes e peguei o celular para ver se tinha alguma notificação.

Havia uma mensagem de Júlia, que só de ler o nome dela já fez meu coração acelerar; na mensagem ela me desejava bom dia e perguntava o que eu faria no final de semana; respondi prontamente e depois fui para cozinha em busca de café. Isso de namorar é definitivamente novo para mim e eu não sabia fazer isso por mensagem... Tô pegando o jeito.

- Bom dia Bri... (Falei ao entrar na cozinha, Briana estava cozinhando algo)

- Nossa, que bom humor Éllis! (Falou sarcástica)

- Ué, só dei ''bom dia'' 🤔

- Tirando a vez que você me comeu por horas a fio, durante uma noite inteira, ainda não tinha te visto com essa boa vontade logo pela manhã... (Retrucou Briana, descaradamente)

Fiquei totalmente sem palavras para aquele comentário de Briana, pq achei exatremamente sincero e constrangedor.

- Bri... Eu não sei nem o que dizer... (Falei constrangida)

Ela abriu um sorriso sacana e depois disse:

- Não precisa ficar vermelha, estou zoando você!

- Você é demais, garota... (Falei incrédula)

- Ah, eu sou mesmo e você bem sabe... (Disse ela presunçosa)

Revirei os olhos e ela deu uma gargalhada espontânea e eu dei de ombros, pegando a garrafa de café e despejando um pouco na xícara.

- Sabe se o Bruno já saiu? (Perguntei, fugindo da situação)

- Meu irmão já saiu sim, estamos só você e eu aqui ...

Briana disse isso de maneira sedutora, como se tivesse segundas intenções... Fui começando a ficar nervosa, pois essa garota é perigosa e agora eu tenho namorada. Fingi não ouvir seu comentário e saí da cozinha. Entrei no meu quarto e passei a chave na porta, pois nunca se sabe né?! Ao entrar, olhei para minha cama e lembrei do pedido de Júlia para eu comprar outra cama, sorri da situação e resolvi fazer isso logo; entrei no site e comprei uma cama que seria entregue ainda hoje.

- Pronto Júlia, você não tem mais obstáculos para ser minha... (Falei para mim mesmo)

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VISÃO GERAL:

- Carla, eu estou namorando com a Éllis... Queria que soubesse por mim... (Disse Júlia, que resolveu ir até a casa de Carla na manhã seguinte após firmar compromisso com Éllis)

- Você veio até aqui para me dizer isso? Para me dizer que escolheu ficar com aquela ridícula?! Você está cega, Júlia! (Carla esbravejou, sentada sobre o sofá, de onde tentou levantar)

Júlia se aproximou, com medo dela cair e a segurou pela cintura.

- Calma... Só queria que soubesse por mim, eu não quero magoar você... (Pediu Júlia, com preocupação)

Ainda com as mãos de Júlia segurando em sua cintura, Carla a puxou para si, e roubou um beijo que no mesmo instante foi paralisado com uma mordida. Júlia mordeu o lábio inferior de sua ex e se afastou dela.

- Você ficou louca? Me mordeu...

- Você me agarrou sem minha permissão! (Respondeu Júlia, incomodada com a situação)

- Você gostava quando eu era selvagem, eu sei do que você gosta... Aquela idiota não te conhece como eu! (Disse Carla com certa arrogância)

- Ela não é idiota... Eu namoro com ela agora e te peço que respeite isso, por favor... Ou não virei mais aqui... (Disse Júlia, com firmeza)

- Não! Por favor, eu preciso de você Júlia! Vai mesmo ter coragem de me abandonar do jeito que estou?!

Júlia se comoveu com o que Carla acabara de dizer e sentiu culpa por querer deixar ela naquela situação, sem poder andar ainda por conta da cirurgia...

- Só quero que aceite que acabou entre nós, por favor... Quero tanto o teu bem, Cá...

Carla com lágrimas nos olhos desabou e chorou copiosamente, e Júlia ficou desesperada com a situação e não teve outra alternativa se não abraçá-la.

Depois desse acontecimento, passou-se 3 meses, entre idas e vindas na casa de Carla, brigas com Éllis, o ciúmes estava a flor da pele, tanto de Éllis por causa de Carla, quanto de Júlia por causa de Briana, que flertava descaradamente com Éllis.

Agora, finalmente Carla já havia saído da cadeira de rodas e poderia andar e fazer suas coisas sozinha novamente.

Júlia e Éllis cada vez mais apaixonadas, se viam sempre que podiam. Durante esses 3 meses, a pandemia havia ''amenizado'' e alguns lugares já voltavam a funcionar, já havia vacinas e as coisas estavam melhores no mundo, no que diz respeito à pandemia da Covid-19.

FIM

VISÃO GERAL.

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- Três meses namorando... Quem diria né besha?! (Observou meu amigo Bruno, enquanto tomávamos uma água de côco, num quiosque da praia)

- É... Pena que quase não vejo minha namorada... (Falei chateada)

- Ah amiga, mas isso acabou né, pq agora Carla já saiu da cadeira de rodas completamente! (Retrucou)

Eu ia dizer que estava muito aliviada por isso, pq Carla é um elefante enorme no meu namoro com a Júlia... E ela tinha me prometido que não iria mais cuidar dela desde daquela vez que Carla a machucou no braço, mas Júlia é uma pessoa maravilhosa, o que eu poderia fazer?! Eu morro de ciúmes, mas me controlei e agora sim, ela já está boa e Júlia não vai precisar mais dá seu tempo para ela, assim espero.

A gente saiu para curtir o mar, e Briana que acabou de voltar de um mergulho, quis vim junto e não tinha como dizer não, afinal é a irmã do meu melhor amigo... Assim que ela chegou, achei melhor parar aquele assunto sobre Júlia e o nosso problema chamado Carla.

- A água tá uma delícia, por mim eu passaria o dia todo lá... (Comentou Briana)

- Oh minha irmã, nem acredito que você vai embora... Como vou viver sem essa sua animação?! (Bruno falou com tristeza)

Já que a pandemia estava ''passando'', Briana voltaria às aulas presenciais da faculdade que ela fazia em sua cidade.

Olhei para os dois irmãos e achei muito bonito a relação dos dois e até senti falta da Bri e ela ainda não tinha ido...

- Ah irmão, não me faça chorar agora... Um dia eu volto! (Disse ela, tentando expulsar o clima de tristeza)

- Agora mudando de assunto: E tua namorada, não vem pra cá? (Perguntou Briana, se dirigindo a mim)

- A gente vai se encontrar só a noite, na sua despedida... (Respondi encarando-a)

Ela apenas deu de ombros e foi tomar água de côco. Briana iria viajar depois de amanhã, e hoje ela inventou uma festinha numa boate conhecida... Onde só pode entrar quem está vacinado e graças a Deus, todos nós estávamos, inclusive a Júlia. Marcamos de nos ver na tal boate, afinal ela não é a maior fã da Briana, então disse que preferia ir apenas na boate mesmo, pois lá não teria que socializar tanto com ela.

Depois de um tempo chegaram uns amigos da Bri e o Lipe; eu só pensava na Júlia; resolvi ir até a casa dela, pois estava morrendo de saudades... Por ela eu não teria vindo para a praia, mas eu tinha que vim ao menos em consideração ao Bruno, sem falar que gosto da doida da Bri...

Eu não tinha entrado na água, então só me despedi de todos e pedi um carro no aplicativo e em 4 minutos eu já estava a caminho da casa dela.

Depois de uns 25 minutos, já estava no prédio dela e o porteiro me deixou subir sem ser anunciada, 5 minutos depois estava tocando sua campainha. Eu estava com um frio na barriga, mesmo com três meses de namoro, aquilo nunca passava... Me dava uma acelerada nos batimentos... Depois de uns 3 minutos, alguém abriu a porta e para minha total decepção não era Júlia.

- O que você tá fazendo aqui? (Perguntou com uma cara de poucos amigos, estava nitidamente infeliz de me ver alí)

- Eu vim visitar a minha namorada. (Respondi prontamente, olhando em seus olhos)

Nesse momento uma voz vindo de longe disse:

- Carla, eu disse para esperar que eu iria abrir... Quem está aí?!(era Júlia)

Ao me ver alí, Júlia mudou de cor, ficou sem reação e seus olhos procuraram os meus e eu correspondi seu olhar, em seguida ela disse:

- Oi amor, entra! (Falou um tanto constrangida)

Eu olhei para Carla que ainda permanecia parada a minha frente; Aquilo estava entalado na minha garganta! O que Carla estava fazendo alí? As duas sozinhas na casa de Júlia... Meu coração apertou... Ao menos Júlia não me tratou com indiferença. Continuei parada na porta, enquanto Júlia me olhava e olhava para Carla ao mesmo tempo.

Júlia se aproximou mais e pegou na minha mão, me puxando para dentro e fechando a porta. Carla a essa altura sairá da frente e se sentou no sofá.

- Ei... tudo bem? (Júlia perguntou olhando em meus olhos)

- Tô bem sim, mas acho melhor voltar outra hora, não sabia que estava ocupada! (Respondi sem encarar seu olhar, pois eu estava muito desconfortável)

- Você não tá atrapalhando nada... Carla veio aqui de surpresa, ela queria me mostrar que já pode andar sozinha... (Explicou Júlia, com calma e firmeza)

- Eu já vou indo Júlia, te ligo amanhã.(Interrompeu Carla, que veio em direção da minha namorada e beijou sua bochecha demoradamente, me olhou e depois Júlia a acompanhou até a porta)

Me sentei no sofá, eu estava sem palavras para aquela situação, afinal eu nunca tinha passado por isso antes... Após a saída de Carla, Júlia fechou a porta, caminhou até perto de mim e ficou em pé, me olhando.

- Neném... Tá chateada? (Perguntou)

A olhei e pensei em dizer tantas coisas mas hesitei, apenas dei um longo e alto suspiro.

Ela se aproximou mais e sentou no meu colo, mesmo eu não me mostrando de acordo. Sentou de frente para mim, dobrando seus joelhos e colocando minhas mãos em sua cintura e as suas apoiadas nos meus ombros; encostou a ponta do seu nariz no meu e fez carinho...

- Adorei que veio... (Falou baixinho, bem próximo a minha boca)

- Mesmo? (Perguntei de cabeça meio baixa)

Ela levou sua mão até meu queixo e levantou meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos.

- O que te faz pensar o contrário?(perguntou me encarando)

Mais um suspiro...

- Diz... (Ela insistiu)

- O que essa garota fazia aqui, Júlia?(finalmente perguntei)

- Eu já lhe disse amor... (Respondeu calmamente)

- E você acha isso certo? Gosta disso? (Perguntei chateada e visivelmente enciumada)

- Olha, ela veio... Não estava esperando... Você sabe que eu estive ajudando ela esse tempo todo... (Disse ela, parecendo ter cautela nas palavras)

- Eu não gostei disso... Não suporto a idéia de você sozinha com ela.

- Mas acabou... Ela já não precisa mais de mim... Acabou... (Disse Júlia, agora acariciando meu rosto)

- Ela quer você ainda... E deixou claro quando cheguei. (Retruquei)

- Ela te tratou mal? (Perguntou séria)

- Não, foi uma flor de pessoa! Aff! Você parece que é cega... (Falei com desapontamento e ironia ao mesmo tempo)

-Eu vejo sim as coisas, mas te asseguro que não tem com o quê se preocupar...

- Só tenho olhos para uma certa linda cabeça azul... Cheirosa, deliciosa, que beija bem... Safada... E que tira o meu fôlego... E que por acaso estou sentada sobre seu colo agora 👿

(Disse tudo isso entre cheiros e beijos no meu pescoço e a última parte sussurrou em meu ouvido)

- Pare com isso, Júlia...(falei tentando resistir)

- Vai mesmo querer brigar enquanto estou bem aqui em cima de você? (Ela sussurrou em meu ouvido, com uma voz bem manhosa e safada ao mesmo tempo)

Júlia estava claramente tentando me seduzir e não precisava de muito para isso, pois eu sou muito gado dessa mulher, chega a ser ridículo! Ela deu várias mordidas na minha orelha e lambidas no meu pescoço; a essa altura eu já não comandava mais nada, simplesmente minhas mãos desceram para sua bunda e seguraram firme, enquanto tomei sua boca de forma urgente.

Meu corpo queimava sob ela e podia sentir a quentura do dela sobre mim... Sua língua procurou pela minha e se uniram intensamente, numa sequência de chupadas, como se quisessemos literalmente engolir a boca uma da outra.

- Tua boca é tão gostosa... (Falei entre o beijo)

- Ela é toda tua, neném! (Disse ela, arfando contra a minha boca)

Ela parou de me beijar e olhou brevemente em meus olhos, como se quisesse confirmar com o olhar suas palavras.

Levei a mão até seu rosto e levemente passei os dedos em sua bochecha, fazendo carinho e desenhando sua boca.

- Eu estava com saudades... (Falei olhando para sua boca)

Ela deu um sorriso de canto e me olhou com as sombrancelhas arqueadas.

- E queria desperdiçar nosso tempo brigando por causa de ciúmes?!(questionou ela, dando um tapinha na minha cabeça)

- Quem estava com ciúmes? (Me fiz de desentendida)

Ela se afastou um pouco, sem sair do meu colo, cruzou os braços e me olhou com os olhos semicerrados.

Eu dei de ombros e puxei ela pra junto de mim de novo; dessa vez, eu distribui beijos por seu pescoço, cheirei seus cabelos que caíam sobre meu rosto e passei a língua demoradamente em sua orelha, fazendo ela dá um pequeno gemido.

- Tua sorte é que sou louca por ti... (Disse ela, quase que num sussurro)

- És louca por mim? (Questionei, parando de beijar seu pescoço e encarando-a)

- Você ainda duvida?! (Perguntou ela, olhando em meus olhos)

Abri um largo sorriso... Como era bom ouvir aquela "declaração" dela... Eu estava feliz; feliz por está namorando; Feliz por está namorando a Júlia!

A tomei em meus braços novamente, sentindo o gosto da boca dela, o meu preferido desde que provei pela primeira vez. Um beijo quente, pegando fogo de desejo, me fazendo queimar o ventre, sentindo aquele corpo tão quente quanto o meu.

- Ou me leva para teu quarto agora ou te como aqui mesmo! (Eu disse tomada de desejo)

- Neném... Desculpa, não posso... (Disse ela, quase sem fôlego)

- Pq não?! (Perguntei frustrada)

- Tô ''naqueles dias''... Desculpa, não deveria ter te atiçado...(falou com pesar, deitando seu rosto sobre meu ombro)

- Eu não me importo, quero você de todas as formas, se você me quiser! (Falei em seu ouvido)

Ela levantou o rosto do meu ombro para me encarar e seu olhar era puro desejo e surpresa, misturado com algo que não soube decifrar naquele momento.

- Eu te quero o tempo inteiro... Inclusive agora, mas tenho medo de você não gostar... (Disse ela, um pouco tímida)

- Não tenha medo de eu não gostar, pq é impossível! Você é uma delícia e vou adorar te foder com sangue e tudo! (Falei convicta, sem desviar de seu olhar)

Ela me puxou pela nuca de maneira um tanto selvagem, e grudou nossos lábios novamente, mordendo meu queixo e depois voltando a me beijar deliciosamente. Seus lábios estavam tão quentes, quase me queimavam, mas acredito que os meus estavam na mesma temperatura de tanto tesão. Levantei com ela enrolada na minha cintura, se firmando com suas pernas envolta e eu a segurando pela bunda, sem separar nossas bocas.

Ao entrar no quarto dela, ela desceu do meu colo, mas grudou nossos corpos novamente, agora ambas de pé. Fui abaixando sua blusa e pude logo ver seus lindos peitos, com os biquinhos já enrijecidos, chamando por mim. Fui direto ao ponto, engoli primeiro um, chupando, mamando forte e lambendo o bico e depois fiz o mesmo com o outro. Júlia dava pequenos gemidos, com as mãos em minha cabeça, pressionando contra seus mamilos.

Antes que eu pudesse descer mais, ela me parou, se afastando.

- O que foi? Tudo bem?(perguntei ofegante)

- A gente vai mesmo transar mesmo eu estando menstruada? (Perguntou insegura)

- Você não quer? Pq eu estou louca de vontade...(falei com sinceridade, sem deixar qualquer dúvida de que eu queria mesmo aquilo)

Ela sorriu lindamente para mim e depois vi uma lágrima sair de seus olhos; rapidamente me preocupei e me aproximei dela, já abraçando-a.

- Ei... Pq tá chorando?

- Não se preocupa, é só de felicidade... Você é perfeita! (Disse ela, olhando profundamente nos meus olhos)

A verdade é que eu senti que ela se lembrara de algo, e parecia está insegura ao mesmo tempo que era nítido que ela queria muito aquilo.

- Sou perfeitamente imperfeita e também uma sortuda, por ter uma namorada tão gostosa! (Falei, enquanto já segurava em sua bunda e unia nossos corpos novamente)

- Safada! (Disse ela, mas sem desgrudar nossos corpos)

Começamos um novo beijo, com tanta intensidade que eu seria capaz de gozar apenas com aquele beijo, mas eu queria mais... E fui andando a passos lentos, sem parar de beijar, conduzindo-a ao banheiro de seu quarto. Nem percebi quando entramos no box, quando vi, eu estava pressionando ela contra a parede, com seus seios desnudos colado aos meus sob a roupa. Desci a mão até seu sexo, por cima do short de tecido fino que ela usava e nesse momento ela colocou a mão sobre a minha, me parando.

- Você pode me dá só um minuto? Te chamo... (Pediu calmamente, olhando intensamente em meus olhos, como se me hipnotizasse)

- Claro... Te espero o tempo que precisar... (Falei completamente hipnotizada em seus olhos)

Saí do box, em seguida do banheiro e fiquei em seu quarto, aguardando ansiosamente ela me chamar. Passou-se alguns minutos, não sei dizer exatamente quantos, e ela chamou por meu nome... Foi tão sensual, eu quase não reagir, mas quase! Me direcionei ao banheiro, o box estava fechado, mas eu podia ver sua sinueta, então o abri e pude ver completamente; ela estava totalmente nua, com o corpo molhado e os cabelos cobrindo seus peitos.

- Uau... Você é a coisa mais linda que já vi! (Falei a primeira coisa que veio a minha cabeça)

Ela sorriu largo, me fazendo derreter ainda mais com sua beleza esplêndida.

- Estou pronta para você... (Falou olhando em meus olhos)

Sem nem pensar, minhas mãos já estavam arrancando minhas roupas e rapidamente fiquei nua também e me aproximei dela. Nos olhamos por alguns segundos, então ela encostou nossos rostos, e sussurrou:

- Prometa que se não gostar vai...

- Shiii... (Interrompi, calando sua boca com a ponta do meu dedo)

Grudei nossos corpos nus, e comecei beijando seu pescoço intensamente, descendo até chegar nos peitos novamente; chupei com maestria, eu poderia fazer aquilo o dia todo e não me cansaria... Ela gemia, encostada na parede, de olhos fechados, sentindo minha boca em seus lindos peitos.

Quando levei a mão até seu sexo, ela disse com a respiração ofegante:

- Debaixo do chuveiro...

Olhei confusa, mas logo entendi o que ela estava falando... Pelo fato dela está menstruada, com o chuveiro ligado seria melhor, o sangue não permaneceria nos meus dedos... Liguei o chuveiro e fomos para debaixo. Beijei seus lábios, que anseiavam pelos meus e quando os uni debaixo do chuveiro, logo nos faltou o ar. Eu beijava todo o seu corpo e novamente desci até sua boceta e dessa vez a olhei nos olhos, como se pedisse permissão a ela; ela me olhou de volta com o olhar de puro prazer e então me foi concedida.

Passei os dedos em seu sexo, massageei seu clitóris e mesmo debaixo d'água, senti seu mel quando tirei minha mão de lá. Coloquei o dedo em sua entrada e ela abriu bem as pernas para me receber, o que me fez molhar mais do que eu já estava.

Enfiei um dedo só, depois tirei e não vi sangue, pois água do chuveiro certamente estava lavando. Enfiei novamente, agora dois dedos e ela gemeu, segurando em meu braço, apertando; ela estava muito lubrificada... Comecei um vai e vem intenso, deixando ela louca para gozar; durante isso, ainda dava pequenas mamadas em seus peitos, a fazendo gemer ainda mais.

Fazer aquilo debaixo do chuveiro e sabendo que ela estava menstruada e mesmo assim estava fazendo amor comigo, totalmente entregue, me fazia explodir de tesão.

Comecei a enfiar mais rápido e mais forte, e num dado momento, a afastei um pouco para fora do chuveiro, de modo que a água já não caía sobre seu sexo e meus dedos. Notei que ela arregalou os olhos e gemeu ao mesmo tempo.

- O que tá fazendo, neném?(peguntou entre um gemido e outro)

- Quero ver o sangue em meus dedos, misturado com seu mel...(falei sem parar de enfiar)

- Hmmm... Ai... Éllis... Eu- eu (gemia ela, enquanto meti mais rápido, interrompendo sua fala)

Minhas estocadas fortes a fizeram entrar num espasmo, seu corpo num um frenesi insano e meus dedos presos em sua boceta, ela estava gozando.

Passou-se uns segundos para que eu pudesse retirar meus dedos de dentro dela e quando os tirei pude ver o sangue que havia neles, misturado com seu líquido de prazer... Fiquei fascinada vendo aquilo e encarei por quase um minuto, totalmente maravilhada.

Júlia ainda se recuperava do orgasmo que acabou de ter, e quando notou que minha mão estava suja de sangue, ficou sem graça.

- Eu sujei você... Deixa eu lavar! (Disse ela, pegando minha mão)

- Eu amei te comer assim, Júlia... (Falei ainda olhando para meus dedos cobertos de sangue)

- Não olha... Você vai sentir nojo de mim... (Disse ela, me fazendo encarar seus olhos)

- Eu nunca sentiria nojo de você, pelo contrário...chuparia esses dedos agora se VOCÊ não sentisse nojo de mim...(falei sinceramente)

- Não!! Por favor, Éllis... Não faz isso... (Disse ela, pegando minha mão e levando até debaixo do chuveiro, lavando seu sangue de mim)

Eu sorri, e ela ficou vermelha de vergonha.

- Quero que sente em mim... (Falei olhando em seus olhos)

Agora ela mudou o olhar para um bem safado e se aproximou de mim, colando nossos corpos nus e me empurrando contra a parede. Beijou minha boca de maneira faminta, sedenta e chupou minha língua intensamente, me fazendo queimar. Me soltei dela e me deitei no chão do banheiro, de barriga para cima e a encarei, esperando que ela entendesse apenas com o olhar e ela entendeu... Ela sorriu para mim de maneira cúmplice e logo em seguida sentou sobre meu sexo, unindo os dois, totalmente peladas, embaixo do chuveiro.

Aquele contato foi tão gostoso que não pude evitar o gemido... Ela começou a rebolar, esfregando nossos sexos; eu olhava para ela em cima de mim, fazendo aqueles movimentos sensuais, me levando a loucura e não resisti a segurar em seus quadris, apertando e fazendo ela se movimentar de maneira mais rápida sobre mim. Ela sabia que esse era meu ponto fraco, ela alí em cima de mim, esfregando sua boceta... Não demorou muito e gozei loucamente, arfando e apertando sua cintura, seguida por ela, que gemeu alto gozando gostoso.

- Caralho que delícia...(disse ofegante)

- Você ainda me faz infartar... (Falei, quase sem fôlego)

Ela sorriu e deu de ombros, depois levantou, me dando a mão para levantar também. Notei que seus joelhos estavam bem vermelhos e deduzi que por isso ela levantou logo...

- Machucou os joelhos, meu amor?(perguntei preocupada)

- Não se preocupe... Só estão vermelhos pelo atrito no chão...Mas valeu a pena! (Disse ela, molhando o rosto debaixo do chuveiro)

Nos olhamos de maneira cúmplice e sorrimos, enquanto ela me puxou para mais perto... Tomamos um banho gostoso e lógico que teve mais sexo. Depois fomos para o quarto nos secar, e aí vi a hora, até tomei um susto, já estava tarde, eu tinha marcado com o Bruno de irmos juntos para a boate.

Júlia estava enrolada na toalha e me olhava, parada no meio do quarto.

- Que foi?(perguntei)

- Você pode me dá alguns minutos? (Perguntou meio sem graça)

Andei até ela e respondi:

- Posso, mas só se me dizer o porquê de tanto mistério...

Ela sorriu, em seguida disse timidamente:

- Não tem mistério... Só não queria que visse eu colocar o absorvente interno...

- Sua boba... Você é uma delícia, menstruada ou não, acho que até prefiro menstruada! Hahaha (falei brincando, tentando deixá-la a vontade)

- Jura que gostou? Não sentiu nojo?(perguntou)

- Eu parecia está com nojo? Eu amei... Você me deu com tanta vontade, que quase gozei só de entrar em você...

- Ah neném, você diz essas coisas e me deixa caidinha por ti... (Disse ela, pegando no meu rosto)

- É a verdade... Rum! (Abracei ela)

Ela retribuiu ao abraço, me apertou em seus braços, e respirou fundo no meu pescoço...

- Vou te contar um segredo...(sussurrou)

- Hmmm... Diga...(sussurrei de volta)

Ela respirou fundo, me fazendo arrepiar os pêlos do braço, em seguida falou baixinho no meu ouvido:

- Quanto eu tô menstruada, eu sinto dor de tanta vontade de transar...

- Sente dor? Pq? (Perguntei, tentando olhar para ela, mas ela não deixou, continuou abraçada, com o rosto no meu ombro)

- Antes eu sentia muita dor, pq não era saciada quando estava menstruada... (Confessou ela)

Refleti por alguns instantes com o que Júlia acabara de me dizer. Agora entendi que quando ela namorava com a Carla, passava vontade quando estava menstruada...

- Pq isso acontecia? Você não deixava ela te tocar? (questionei)

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, respirou fundo e só depois falou:

- Ela tinha nojo de tocar quando eu estava menstruada...

Nesse momento saí do abraço, mesmo ela relutante para eu não sair e segurei em seu rosto com as duas mãos, fazendo-a me olhar nos olhos.

- Eu nunca terei nojo de você por está menstruada...Só não vamos fazer se você não quiser... Tá bom?

- Tá bom...(Disse ela e sorriu fraco)

Dei um selinho demorado, e seguida falei:

- Eu estou atrasada... aliás, estamos! Eu vou em casa me banhar e trocar de roupa, aí passo aqui pra te pegar, tá?

- Tá bom, neném...

Depois me vesti e antes de sair do quarto dela, dei um beijo calmo e quase não consegui soltar aqueles lábios, e então fui pra casa.

©

Por volta das 21:30, eu estava em frente ao prédio de Júlia, junto com Bruno, esperando ela descer. Briana havia ido para boate com seus amigos um pouco mais cedo.

Júlia estava muito maravilhosa, com um vestido preto acima dos joelhos, colado ao seu belo corpo, saltos, cabelos soltos e uma maquiagem que a deixava ainda mais linda. Eu fiquei encarando ela sair de seu prédio até o momento em que entrou no carro, sem sequer piscar. Bruno que estava no volante, não resistiu a me zoar.

- É melhor você piscar, senão seus olhos vão ficar vermelhos, mana!(disse ele)

Eu ia responder, mas Júlia acabara de entrar no carro, então apenas revirei os olhos para ele, fazendo-o cair na gargalhada.

O perfume de Júlia estava embriagando o ambiente, e eu estava quase que literalmente de quatro por essa mulher.

- Do que está rindo? (Ela perguntou, assim que entrou no carro)

Em seguida, tocou no meu rosto, fazendo carinho; eu estava sentada na frente, ao lado de Bruno, mas estava totalmente virada para para ela atrás de mim.

- Nada amiga, bobagem da gente... Mas mudando de assunto, você está muito gata! (Disse Bruno, enquanto eu ainda estava com a cabeça virada para Júlia, atrás de mim)

- Ah, obrigada... São seus olhos meu amor ❤️ (Respondeu ela, carinhosamente e sem jeito)

Eu estava calada, apenas apreciando sua beleza... Ela me olhava de volta, sorrindo lindamente.

- Vai lá pra trás, eu aceito ser seu chofer 🌚 (Disse Bruno, olhando para mim e depois revirando os olhos)

Eu dei uma risada de satisfação e nem mesmo pensei duas vezes, já levantei rapidamente e fui para o banco de trás. Sentei ao seu lado, e agora segurei em sua mão, entrelaçando os dedos. Ela me olhou tão intensamente, que não pude resistir a beija-la...

- Não tire meu batom, Éllis... Não agora... (Disse ela, quando eu estava me aproximando de sua boca)

- Não faça essa maldade comigo... (Falei manhosa e relutante)

Ela deu um sorriso de canto, olhando para minha boca e depois em meus olhos e apenas deu de ombros. Suspirei fundo e me contive, sabia que ela não me beijaria naquele momento. Colocou minha mão entrelaçada na sua, sobre seu colo e deitou a cabeça no meu ombro, e de certa forma me satisfez só de ter ela alí.

Não demoramos a chegar no destino daquela noite, onde seria a festa de despedida da Bri. Bruno estacionou e logo estávamos entrando na boate, Júlia de mãos dadas comigo e Bruno ao nosso lado, mais a frente já víamos Lipe à sua espera.

Entramos todos, e de primeira vi a Bri com seus amigos, e veio nos encontrar. O local era bonito, temático, aconchegante e a entrada era limitada, não estava liberado a capacidade total, por conta da pandemia. Era estranho está num local com várias outras pessoas, mas dava uma sensação de alívio, pois aquilo mostrava que finalmente estávamos progredindo... Infelizmente muitas vidas se perderam 😞

A Bri me abraçou, eu nem estava esperando, mas ela me deu um abraço que me deixou completamente desconcertada, soltando minha mão da Júlia que ficou apenas observando aquele ato.

- Você veio, Éllis... (Disse ela, no meu ouvido, durante o abraço)

- Claro que vim, Bri... Rsrs (Falei sem graça, tentando me soltar dela)

- Você está uma delícia e muito cheirosa, tome nota!(Sussurrou no meu ouvido)

Nesse momento, olhei para Júlia, que nos encarava com a cara de poucos amigos e eu congelei! Briana sendo Briana, e eu ainda não havia acostumado. Eu não falei nada do comentário da Bri, apenas sorri e soltei dela, que me olhou safadamente, em seguida deu um tapinha no ombro de Júlia, a cumprimentando e saiu puxando seu irmão e Lipe.

- Você quer beber alguma coisa? (Perguntei, tentando quebrar aquele clima incômodo)

- O que foi que a Bri te falou no ouvido, Éllis?! (Júlia sequer ouviu minha pergunta, pois me atropelou com a sua fúria)

Eu olhei assustada em seus olhos, e vi neles um brilho diferente, acho que brilhavam de raiva, me deu um arrepio na alma! E por incrível que pareça, ela ficava ainda mais linda daquele jeito, brava, puta, possessa! Eu quis sorrir, mas ela estava assustadora, apenas cheguei mais perto dela, segurando em sua cintura.

- Eu não entendi, deve ter sido alguma bobagem da Bri...(falei em seu ouvido, um pouco alto, devido a música)

Ela afastou um pouco o rosto, só para olhar nos meus olhos e encarou por alguns segundos, negando com a cabeça.

- Eu sei que você ouviu e bem, e você tem a noite toda para me contar, Éllis! - Espero que assim faça. (Disse ela, calmamente e friamente, com os lábios encostados no meu ouvido e em seguida deu uma mordida um tanto selvagem, me fazendo sentir dor)

- Ai! Você me mordeu? (Perguntei com dor e totalmente surpresa com a sua atitude)

Ela se afastou e sorriu diabolicamente para mim; pegou minha mão e entrelaçou na sua novamente, e saiu me puxando consigo. Ela nos direcionou até o bar, comprou tequila e deu um gole na sua, de maneira tão sensual, me olhando enquanto engolia tudo lentamente.

Bruno nos chamou para irmos para um certo ponto, onde ficaríamos todos juntos. Me sentei ao lado de Júlia, e eu não parava de olhar para ela, totalmente admirada com sua atitude e beleza ao mesmo tempo! Eu estava mesmo perdida... Completamente apaixonada e amando aquela mulher.

- Dança comigo? (Perguntei-lhe)

Ela me deu a mão e levantamos para dançar bem longe de todos...

Segurei em sua cintura, ela pôs as duas mãos em minha nuca, os rostos a centímetros, encarando-se, sentindo a música. A música que tovaca era ''Teenage Dream - Katy Perry'', a música perfeita para descrever o que sinto por ela.

- Eu quero e preciso muito beijar sua boca agora... (Falei completamente hipnotizada por aquele momento)

Ela não disse nada, me olhava na mesma intensidade e se aproximou mais, colando seus lábios nos meus... Parece até que levamos um pequeno choque com o contato, foi mágico, intenso e muito quente. Sua boca tinha o gosto da bala de melão... Aquele sabor unido ao gosto natural dela, Deus como eu amava aquele gosto!

Sua língua adentrou minha boca de maneira calma, como se estivesse conhecendo, explorando cada canto...

De calmo, o beijo foi esquentando, agora já não tinha a menor cautela, pegou fogo em segundos após o primeiro contato. Nossas línguas encaixadas uma na outra, nossos lábios se devorando um ao outro... Que beijo gostoso, me faltava o ar...

- Eu amo sua boca...(disse ela, contra meus lábios)

- Eu amo você... (Eu disse, totalmente espontânea, sem pensar, apenas disse)

Nesse momento ela tomou um leve susto, como se não esperasse por aquilo, o que me deixou um pouco envergonhada... Talvez eu tivesse indo rápido demais...

- Desculpa, eu... Eu não quis assustar você, Júlia... (Falei nervosa)

- Éllis, eu... (Ela começou a falar, mas eu a interrompi)

- Eu sei... Você saiu de um relacionamento recentemente, amou por muito tempo alguém, sei que é muito cedo ainda e...(comecei a falar desesperada, tentando explicar algo que eu nem sabia, mas nesse momento chegou alguém e Interrompeu nossa conversa)

- Oii Ju, que mundo pequeno... Não pensei que te veria de novo hoje!(Disse Carla, claramente atrapalhando a gente de propósito)

Júlia e eu nos olhamos aflitas, eu pq havia falado aquela frase rápido demais e talvez assustado ela e ela, bem... Eu não sei exatamente pq. E ter Carla alí, piorou tudo! Eu fiquei com vontade de matar ela, mas eu não podia! Júlia a cumprimentou totalmente sem jeito.

- Oi Cá... Bom te rever...(disse Júlia, gentilmente)

Eu apenas olhei para Carla e dei de ombros, afinal eu não tinha amizade com ela antes, agora mesmo que não.

Carla se aproximou mais da gente e descaradamente, pediu que Júlia dançasse com ela. Júlia me olhou e eu ia dizer umas poucas e boas pra Carla, mas Júlia me deteve e se dirigiu a Carla com firmeza:

- Cá, para com isso, você sabe que eu tenho namorada e ela está bem aqui na sua frente!

- Nossa, mas pedi só uma dança! Você é tão insegura assim, Éllis?!(Carla me provocou)

- Ela já disse que não quer, você tá surda? (Retruquei)

Carla se aproximou mais, como se fosse partir para cima de mim, mas Júlia ficou entre nós.

- Me dá só um minuto com ela? Tá bom? Por favor... Vou resolver isso...(Júlia me pediu com o olhar desesperado, segurando em meu rosto)

Eu não respondi nada, apenas balancei a cabeça negativamente e saí de perto dela, sem da a chance dela dizer mais nada. Fiquei muito chateada com aquela situação, pois novamente Júlia estava me pedindo para ficar a sós com sua ex! E fora que eu tinha falado que a amava... Eu sei que posso ter ido rápido demais, mas sua atitude me magoou. E daí que eu disse rápido? Sou intensa mesmo... Se ela não me ama ou não quer dizer que me ama agora, tudo bem, mas sua atitude foi decepcionante.

Eu estava tão magoada, queria ir embora daquela boate e só não fui por causa de Bruno e até da louquinha da Bri... 😐

Encontrei com a Bri novamente, e dessa vez ela não foi ousada, ela percebeu que eu estava chateada e quase chorando.

- Éllis, o que aconteceu?!(perguntou preocupada)

Apenas a olhei e pensei em falar, mas sinceramente não sabia se ela era a melhor pessoa para desabafar.

- Nada... Cadê o B?(tentei disfarçar)

- Ele tá ali, vem comigo, te levo! (Ela disse e estendeu sua mão)

Peguei em sua mão e saímos em procura do Bruno, e andamos um pouco mais que o previsto, pq eles haviam saído do local que estavam quando chegamos. Briana segurava minha mão carinhosamente, mas volta e meia me encarava com segundas intenções e eu fugia igual diabo foge da cruz, até que certo momento ela parou e quase me fez tropeçar nela.

- O que foi? Pq parou de andar?(perguntei sobressaltada)

- Cadê sua namorada?! 🤔 (Perguntou ela, como se só agora tivesse lembrado da existência de Júlia)

- Ela está com uma amiga, já vai voltar! (Falei firme, não queria passar meus dramas conjugais para Briana)

- Hmmm... Ela é muito segura de si de te deixar sozinha nessa boate... Ou muito tola! (Comentou Briana)

Eu apenas dei de ombros e pedi para continuarmos a procurar pelo Bruno, o que não demorou mais, logo o avistei. Contei a ele o que aconteceu e ele me pediu calma, para esperar a explicação de Júlia e nunca tirar minhas próprias conclusões, pois segundo ele, toda história tem dois lados!

- Já tem uns dez minutos que a deixei lá com aquela garota, já deu tempo suficiente! Sou muito besta mesmo! (Reclamei)

- Não quer ir procurar ela? Ela deve está te procurando, deve está perdida...(Disse Bruno)

- E pq ela não me ligou? Nem mandou mensagem... 😐

- Amiga o sinal aqui dentro é horrível, acho melhor você ir procurar ela! (Bruno insistiu)

Eu não queria ir, mas ao mesmo tempo estava preocupada com ela, e acabei indo. Ele se ofereceu para ir comigo, mas eu achei melhor ir sozinha. Comecei a andar pela boate e antes de voltar ao lugar que a tinha deixado, passei no bar para comprar uma água e quando estou saindo do bar, Carla acaba de chegar.

- Pode deixar que não arranquei pedaço dela não, viu?! (Falou com sarcasmo)

- Olha Carla, quero que deixe ela em paz, ela não te ama mais, ela está comigo agora. (Falei calmamente, tentando ser civilizada)

- E ela te ama? Ela te contou que nos beijamos dia desses? Ela ainda me ama e eu vou te provar isso! (Disse ela e saiu, me deixando sem direito de perguntar nada)

Meu mundo caiu naquele momento... Como assim elas se beijaram? seria mentira da Carla? Parei para refletir e tudo fazia sentido... Afinal não seria a primeira vez que Júlia beija alguém estando comprometida... Minha cabeça estava quente, sentia vontade de chorar... Andei até perto do lugar onde estávamos dançando, onde eu havia dito que a amava e a olhei de longe, perdida, mexendo no celular, talvez tentando ligar para alguém. Eu fiquei parada olhando para ela, até que ela me notou e veio até mim, aflita e me abraçou forte.

- Te encontrei... Eu tive tanto medo de você ir embora...(disse ela, abraçada a mim)

Eu não a abracei de volta, eu apenas sentia seu corpo no meu, esquentando... E era horrível resistir àquele abraço, mas eu estava tão magoada, tão triste...

- Eu já resolvi tudo com a Carla, ela não vai mais me importunar ou a você... Prometo amor! (Disse ela, sem parar de me abraçar)

- Eu não sou o seu amor, ela que é! (Falei finalmente a primeira coisa que veio)

Nesse momento, ela me olhou nos olhos e segurou meu rosto com as duas mãos:

- Não tenha ciúmes, estou contigo agora! E eu queria te dizer que...

- Então vocês não se beijaram recentemente? Não tenho motivos para ciúmes, Júlia?!(Interrompi suas palavras, cuspindo toda a minha dor)

Ela me olhou um tanto assustada, e por alguns instantes se manteve calada... Eu retirei suas mãos do meu rosto e já ia sair, pois pra mim tinha acabado.

- Ela me beijou, no dia que contei pra ela que estava namorando você... Mas eu mordi o lábio dela, pq ela me agarrou a força! (Ela disse aflita, segurando minha mão e puxando, para que eu a encarasse)

Ouvir aquilo me doeu muito, saber que Carla a tinha tocado novamente...

- E quando iria me contar? (Esbravejei)

- Para que? Eu não queria que se preocupasse com isso... Acredita em mim! (Falou angustiada)

- Será que foi só isso mesmo? Será que não ficou com ela, mesmo estando comigo? (Falei magoada, sem pensar)

- Como pode pensar isso de mim, Éllis?! (Questionou ela, se sentindo ofendida)

- Não seria a primeira vez que faria isso, né... (Falei no impulso, cheia de raiva, de mágoa e insegurança)

Nesse momento, Júlia me deu um tapa no rosto, fazendo minha face esquentar e arder. Eu apenas a encarei e me deu conta do quanto a tinha magoado dizendo aquela frase, duvidando de seu caráter... Me arrependi de ter falado, mas já era tarde demais.

- Não me trate como uma qualquer! (Falou chorando)

- Júlia, eu ... Sinto (tentei falar, mas ela me Interrompeu)

- Não quero mais falar contigo, eu vou embora e por favor, não venha atrás de mim. (Me Interrompeu)

Ela não me deu chance de falar, ela simplesmente saiu em meio a multidão e me deixou sozinha, perdida, com o rosto doendo, marcado pelo peso da mão dela... Um peso de dor, de ressentimento, de decepção...

Continua.

• RETA FINAL•

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