Ao Mestre com Carinho (e prazer) – o reencontro

Categoria: Grupal
Contém 26252 palavras
Data: 26/06/2022 05:19:39
Última revisão: 27/06/2022 03:05:55

Esta história é longa e detalhada. Por se tratar de fatos verdadeiros, vivenciados e não inventados, será contada na íntegra. Trata-se de uma história original do meu parceiro Melga38, que me passou para que pudesse reescrever e publicar. Assim, publicarei tudo em uma só parte.

Uma tarde eu estava chegando de uma das minhas viagens de trabalho e recebi uma ligação do meu primo Serafim.

— Oi primo! Como está? E onde está? – Ele sempre é meio apressado ao telefone.

Somos muito amigos desde a infância e só não nos vemos mais porque moramos em cidades muito distantes.

— Estou desembarcando agora. Chegando de mais uma viagem. Por sorte esta semana terei apenas mais uma e depois folgo a próxima.

Eu sabia que quando ele liga quer sempre pedir algo ou consultar sobre algo.

— Então está muito bom! Trabalhando muito e ganhando também! Olha aqui, Lenir, você vai ao Rio de Janeiro nos próximos dias? – Vi que ele já ia chegar ao ponto.

— Exatamente. Amanhã vou ao Rio. Mas é apenas por um período. Uma reunião. À noite já posso estar de volta. — Deixei a dica para ele explicar o que pretendia.

— Puxa! Melhor ainda. Quero um favor seu Lenir. Se puder.

— Diga. O que precisar.

— Estou preocupado com o meu filho, o Maninho, casado com a Gui, quer dizer, a Guilhermina. — Ele foi direto ao ponto.

Lembrava-me do Maninho, filho dele, que eu tratava como sobrinho, garoto inteligente, músico talentoso, com músicas de sucesso nas novelas, e também do casamento dele ainda jovem com a Guilhermina, uma atriz e modelo fotográfica, há uns 4 anos antes. O rapaz havia lançado a música que foi tema de uma das telenovelas daquele ano, ganhara certo reconhecimento na mídia, fazia bastante sucesso no seio da juventude, e com isso encantou a garota, uma linda menina tipo “fadinha”, pequena, toda certinha, um corpo modeladíssimo e aquele rostinho muito belo que até incomodava. Na época ela fazia muitas propagandas e fotos de anúncios em revistas. Era muito linda e boa gente.

— Puxa! O que houve? Preocupado com o quê? – Na hora me ocorreu algum problema com droga ou algo do gênero.

— Não! Nada sério! É que eles estão numa fase meio complicada! A crise tem afetado a vida dos dois. Muito jovens, não sabem como lidar. Andam em conflitos, a loja da Gui não vai bem, os shows do Maninho diminuíram, e eles estão se desentendendo. Maninho me revelou que eles brigam com frequência.

Eu tentei tranquilizar:

— Deve ser só falta de experiência, acho que é falta de orientação.

— Por isso pensei em você passar por lá, verificar o que ocorre, e dar uns conselhos. Essa é a sua praia. — Ele esclareceu o que pretendia.

Respirei mais aliviado ao ouvir o pedido dele. Pensei rapidamente. Era uma quarta-feira. Eu iria ao Rio logo no dia seguinte, na quinta-feira, poderia passar uns dias por lá, relaxar, e dar uma orientada nos jovens. Eu vivo disso mesmo. Sou consultor de empresas. Tenho 50 anos. Depois de ter sido alto executivo, de dirigir várias empresas e ajudar a fortalecer dezenas de outras companhias por 25 anos, após ter um divórcio do primeiro casamento, e depois da separação das minhas duas ex-companheiras seguintes, resolvi não ter mais emprego fixo. Passei a viver mais livre, vendendo minha experiência. E estava dando certo. Fazia trabalhos em muitas cidades. Conquistava novos clientes indicados por outros.

Serafim pigarreou. Ele esperava minha resposta. Enquanto aguardava a minha bagagem ser liberada na esteira do aeroporto, eu disse:

— Faz o seguinte “Serafa”, me envia o número atualizado do celular dele. E não fale nada com ele. Eu vou ligar e dizer que terei alguns dias no Rio de Janeiro. Perguntarei se posso fazer uma visita. Vou deixar para eles confirmarem. E com isso terei a oportunidade.... Fica mais natural e nem desconfiam que você pediu.

Ouvi pelo telefone celular o suspiro de alívio que o Serafim soltou:

— Ufaaa! Melhor impossível! Eu sabia que poderia contar.... Obrigado! Grande ideia! Vou mandar o número do celular. Depois você me atualiza com foi. Pode ser? Adoro você por isso mesmo primo! É pau e bola!

— Fica “frio” “Serafa”, se cuide! E como vão as coisas aí? — Eu sabia que ele estava bem, sempre às voltas com sua pequena indústria de componentes eletrônicos, tentando competir com os preços imbatíveis dos chineses e indianos. Mas era um bom gestor e mantinha o negócio operando no azul.

— Aqui sempre a luta de todo dia. Mas vai tudo bem. Graças às suas preciosas orientações. Obrigado mais uma vez. — Ele desligou.

Minha mala veio chegando trazida pela esteira, eu apanhei e saí em direção ao ponto de táxi.

Naquela tarde mesmo, liguei para o Maninho que se mostrou surpreso com a chamada. Depois das saudações e cumprimentos de praxe eu disse:

— Maninho, eu tenho um trabalho rápido no Rio de Janeiro amanhã, mas depois terei uns dias de folga. Pensei em curtir uma praia, e marcar uma visita a vocês.

— Que “dez”, tio! Será um prazer. Vamos adorar.

Fui adiantando:

— Talvez possamos almoçar juntos ou jantar. Depende da vossa agenda. Faz tempo que não nos vemos. E se seu pai souber que passei no Rio e não procurei vocês ele vai ficar chateado.

— Me passa seu voo tio, ou liga-me assim que chegar e eu posso ir buscar, fique aqui com a gente. Temos um quarto de hóspedes na casa. Não é luxo, mas é confortável. A Gui vai ficar feliz. Adora receber.

Eu queria tudo feito muito natural da parte deles:

— Agradeço muito. Não quero incomodar, vocês têm sua rotina.

— Não, não, estou sem muitos shows, ou quase não tenho mais nada marcado, tenho tempo, e a Gui também não está atuando, deu um tempo nas filmagens e só tem a loja. Ela faz seu próprio horário. Fazemos questão! Por favor! Venha sim!

Prometi que avisaria logo que soubesse o meu horário de chegar. E fui para o Rio de Janeiro na manhã seguinte. Minha vida estava sendo mais em viagem do que outra coisa, estava habituado. Mas acabei deixando para ligar ao Maninho depois que acabou a reunião de trabalho, no meio da tarde. Fazia muito calor naquela quinta-feira. Eu marquei o ponto onde estava, num centro comercial da Barra da Tijuca e Maninho disse que a Gui estava de carro e iria me buscar. Seis minutos depois recebo uma mensagem de um novo contato:

“Oi tio Lenir. Aqui é a Gui, estou saindo agora da loja, e em meia hora devo chegar se o trânsito ajudar. Eu chegando aviso para o senhor descer. OK? Vou num Kia Picanto branco”. — Ela mandou a placa do carro também.

Salvei o contato, disse OK. Apareceu uma foto da Gui no avatar do aplicativo. Estava apenas o rosto dela, mas sempre lindo. Dei um olá com três exclamações e um emoji de beijinho. Depois teclei: “Senhor está no céu viu”... “Chame de você”. E mais o emoji de sorrisinho. Ela respondeu com dois emojis de positivo, um beijinho e um sorriso.

Pouco menos de quarenta minutos ela chegou e eu fui ao seu encontro no pátio de estacionamento. Ao volante de um carrinho branco, bem feminino, estava a Guilhermina, ainda mais bonita do que na época de seu casamento. Havia engordado algumas gramas com a idade e ficara ainda mais gostosa, não era mais uma garota e sim uma jovem mulher na plenitude dos seus 22 anos.

Cabelos castanhos escuros compridos e lisos em corte Chanel abaixo dos ombros, olhos lindos de um azul esverdeado que chegava a brilhar, contrastando com sua pele mais bronzeada, a boca perfeita de lábios carnudos. Trajava um vestidinho azul escuro com pintinhas minúsculas amarelas e vermelhas, de tecido bem leve, com decote canoa, e bem curto, na altura do meio das coxas. Mas, sentada ao volante o vestido estava ainda mais curto deixando aparecer quase todas as duas pernas bronzeadas de pele lisinha e impecável. Nos braços apoiados ao volante apenas pulseiras de resina imitando casco de tartaruga e um pequeno relógio Piaget. As mãos continuavam sendo belíssimas e muito delicadas com unhas curtas pintadas de esmalte bem clarinho.

Na parte superior das coxas que apareciam sob o vestido, dava para notar uma diminuta penugem loira, descolorida pelo sol da praia. Os lindos pezinhos perfeitos, que deviam calçar 35, estavam em sandálias pretas bem delicadas com apenas uma tira de couro fino entre o dedão e os demais e outra que se fechava pouco abaixo do tornozelo. E as unhas dos pés pintadas com esmalte clarinho quase branco. Notei também uma tornozeleira delicada numa correntinha de ouro, com alguns pingentes diminutos.

Tudo isso eu notei numa olhada relâmpago de seis a oito segundos quando ela abriu a porta do carona. Coloquei minha mala e minha valise executiva no banco de trás do carro e me sentei ao lado dela na frente. Fui recebido com dois beijos carinhosos no rosto e senti a onda de perfume francês que reconheci na hora. Muito sensual. Sou um colecionador de odores de perfumes na memória, especialmente os usados por mulheres. Olhei-a com atenção e disse:

— Paco Rabanne Black XS feminino. Adoro.

Ele me olhou admirada:

— Acertou mesmo!

Eu continuei:

— Nossa! Como você está linda! Não acreditava que fosse possível, mas você está ainda mais bela do que quando se casou. A última vez que nos vimos.

O sorriso feliz em sua face indicava que o elogio a tinha agradado:

— Que isso tio! Faz quase cinco anos... E o sen... Você... O tempo não passa aí né? Está um homão muito do belo e charmoso! Devia fazer teste para galã da TV. Estão precisando de novos galãs maduros.

Notei que ela me observava sem nenhum tipo de vergonha, segura de sua condição de mulher casada e dona de si.

— Agradeço seu olhar generoso. Confesso que eu luto contra o tempo! Ginástica e caminhadas, cuidado na alimentação.... Mas para galã falta muito! Obrigado pela massagem no ego. Vou me lembrar sempre disso para melhorar minha autoestima.

— Pois saiba que está um maduro muito charmoso tio. Palavra! Eu pegava. — Ela riu maliciosa: — Aposto que chove namorada aí hein?

— Tomara que isso seja uma profecia! — Eu sorri divertido, fazendo o gesto com duas mãos em prece: — Não, não chove namorada, e as que aparecem estão muito titias para o meu interesse. Ou só querem o “din-din” do coroa.

Eu levava o papo meio na gozação, ri para ela também achar graça. Mas ela não achou. Prestou atenção me olhando nos olhos, por alguns segundos, antes de dizer, dessa vez com um sorriso enigmático:

— Hum... Melhor, melhor assim, evite compromissos. Muitas mulheres hoje estão mercenárias mesmo. Mas, eu por exemplo, gosto de homens maduros.

— Não estou com essa bola toda. — Eu agradeci notando que ela me observava com um olhar atento. Ela acelerou e a marcha automática engrenou. Ela foi dizendo:

— Se desse uma bobeira eu catava.

Aí nós dois demos uma boa gargalhada. Podia bem ter sido uma brincadeira dela feita como elogio, mas também podia conter outro sentido. Fiquei de antena em pé.

— Que bom que você está bem-humorada! É um bom sinal. — Eu disse enquanto ela saía com o carro. Seguimos para a saída do pátio do estacionamento enquanto eu colocava o sinto de segurança. Com isso pude observar novamente sua beleza enquanto dirigia. Não sei por que me veio um pensamento intuitivo que tentei registrar: “Acho que ela é muita areia para o caminhão do Maninho”.

— Então, veio passear um pouco? Que bom, ficamos muito felizes com sua vinda.

A expressão dela era sincera. Com aquela declaração me senti acolhido e fiquei mais à vontade. Com a experiência da consultoria, aprendi a fazer leituras muito rápidas de atitudes e expressões que denotam os sentimentos. Era um dado fundamental para as avaliações. Eu respondi:

— Não queria incomodar, tirar vossa rotina. Mas por outro lado também fico feliz de poder matar a saudade e saber mais de vocês. Esse reencontro me deixa muito contente. Mais de quatro anos. Passou rápido. Como estão as coisas? Novos planos?

Notei uma pequena sombra na expressão do piscar de olhos que ela deu, que logo se dissipou quando ela respondeu:

— Tudo bem, na medida no possível. O Rio de Janeiro está numa fase péssima, e tudo acaba sendo afetado... Maninho deixou de fazer shows como antes.... É a crise. A loja também anda ruim. E eu dei um tempo nos comerciais e nos filmes. Mas vamos levando lutando e superando.

Fiquei calado. Queria deixar que ela se manifestasse, precisava de informações. Mas ela também ficou um pouco em silêncio. Até que se sentiu incomodada com o próprio mutismo e falou:

— Não comente nada com o Maninho, mas temos tido algumas divergências, não estamos numa boa fase. Mas tentamos superar. Momentos tensos. Acho que é reflexo da crise, sei lá.

— Sei. — Eu não queria falar nada ainda sem ver o rapaz, mas tentei aliviar:

— Todos os relacionamentos passam por isso. Faz parte. Relaxe. Não falarei nada com ele. Mas, se precisarem de algum papo reto, contem comigo. Sou PHD em casamentos e crises de relacionamento.

Gui fez um gesto vago com a mão, como se dissesse “deixa para lá”, ficou calada mais alguns segundos, depois resolveu falar:

— Não sei tio. Vamos ver o que o Maninho diz. Não queremos estragar o seu passeio com “de erres” da nossa vida.

— Está certíssima, eu trago alegria e prazer e não nuvens de tempestade. Vamos nos divertir e matar a saudade. — Com isso eu encerrava o papo.

Estávamos cruzando uma ponte que cortava o canal da Barra e nos dava acesso à pista da praia. Olhei o sol ainda alto no céu e disse:

— Acho que ainda consigo dar um mergulho. Será?

— Claro, enquanto eu preparo algo para nosso jantar, pode sair e dar um mergulho. Maninho é capaz de ir junto. — Ela voltara a agir com descontração.

— Nada disso. Hoje vamos sair e jantar. Eu convido. Damos um mergulho, tomamos uns drinques, e saímos para jantar. Faço questão.

— Não precisa disso tio. — Gui estava entrando com o carro num condomínio de casas. Mostrou o cartão de moradora para o leitor magnético e os portões se abriram. Passamos para outro compartimento cujos portões só se abriram após o fechamento do externo. Cada vez mais as medidas de segurança se intensificavam. A classe média alta se protegendo da violência e da criminalidade atrás de muralhas vigiadas deixando a miséria da maioria do lado de fora. Depois, avançamos pelas alamedas entre as casas até chegar diante da morada deles.

Gui entrou na garagem e estacionou o Picanto ao lado do outro veículo, um SUV Renault Duster azul escuro que devia ser do Maninho. Descemos, peguei minha mala e logo vi o rapaz que se aproximava para me abraçar. De bermudão largo de brim caqui sem bainha, feito de uma calça cortada, camiseta folgada branca com estampa de John Lennon no peito e com sandálias de borracha, cabelo comprido ligeiramente anelado, e revolto; tatuagens nos braços e antebraço. Maninho, estatura média, magro e seco, barba meio rebelde, era a expressão da informalidade. Na hora me veio uma imagem de Woodstock, daqueles tempos quando “nem eu era nascido”, e sem querer eu disse:

— Rapaz! Chegou de Woodstock foi? Que pinta de hippie! Assim o rock não morre jamais!

Ele me abraçou com afeto e eu por cima do ombro dele olhei a expressão de Gui, toda bonitinha, delicada, que fez uma cara de resignada e disse:

— Matou a charada! Eu digo para ele que essa imagem de rebelde já era.

Percebi que precisava quebrar aquele clima de tensão, enquanto repetia o abraço:

— Que nada! Artistas são únicos. Quando a gente tem talento e nos impomos pela arte, nossa imagem se torna uma marca. Se o admiram, pode andar nu de cabeça para baixo que vão respeitar. Mas caso contrário, você tem que seguir os padrões.

Maninho gostou e sorriu concordando:

— As pessoas tentam nos embalar no sistema o tempo todo. Aceita quem quer. Quem puder quebra as regras. Tento ser como eu gosto de ser.

Gui virou-se e entrou na casa como se aquele papo não lhe agradasse mais. Maninho pegou na minha mala e entramos atrás dela. Era um chalé moderno, com três quartos, duas salas, escritório e copa-cozinha. Tudo muito “clean” e com design atual. Ao fundo a janela de vidro temperado da sala dava para uma varanda com piscina. Foram apresentar o quarto onde eu ficaria. Repeti a proposta de dar um mergulho. Maninho falou:

— Eu topo! Mas estou terminando um arranjo e não quero perder o embalo da ideia. Levo um tempinho para escrever, senão esqueço. Vocês podem ir que vou logo a seguir.

Gui tentou argumentar, mas eu disse:

— Pronto, Gui, vamos à frente! Rápido trocar de roupa senão o sol escapa!

Ela se convenceu e entrou para o corredor dos quartos. Fechei a porta do quarto e abrindo a mala tratei de pegar um calção azul de natação, daqueles de malha com alta tecnologia, bem justo e bem elástico. Despi-me rapidamente, olhei no espelho e dei uma segurada na pouca barriga. Ainda estava bastante em forma.

Vesti o calção, calcei as sandálias de borracha e coloquei uma camiseta branca. Estava pronto. Peguei um pouco de dinheiro na carteira, coloquei por dentro do calção e saí do quarto. Fui para a sala e fiquei observando os detalhes da decoração. Era estilo clean e denotava bom-gosto. Ficava patente que tudo ali tinha aparência de ser escolha da Gui. Num quadro grande na sala uma foto belíssima da Gui em preto-e-branco, numa pose sensual, envolta com um véu diáfano, com uma luz incrível. Assinada pelo Lobato, um fotógrafo conceituado e que eu também conhecia bem. Não identifiquei nada ali que fosse um sinal do Maninho.

Menos de três minutos de espera e Gui apareceu na sala com o cabelo preso num rabo-de-cavalo, uma camiseta de crochê furadinha cor de mostarda, e por baixo se notava um biquíni branco. Estava com sandálias de borracha brancas que realçavam a delicadeza de seus pés. No tornozelo ainda a pulseirinha de ouro com os pingentes pequeninos. Trazia duas toalhas de banho na mão e colocou numa sacola de palha. Fez sinal de positivo, e siga-me. Fui atrás dela pela saída dos fundos, e seguimos até a portaria. Por um pequeno portão de ferro lateral, vigiado por uma guarita, que levava à saída com fechadura automática ganhamos a rua para ir à praia. Seguíamos em silêncio. Gui ao meu lado. Eu a observava caminhando e me admirava com sua graciosidade. Eu disse:

— Não queria que você viesse apenas para me acompanhar. Se não quiser não precisa.

Gui me olhou serena e sorridente:

— Eu adoro! Todas as manhãs eu venho aqui e caminho, nado e tomo sol, mas o Maninho acorda tarde e perde. Temos tempos distintos.

— É um privilégio morar na frente deste paraíso, não ter emprego fixo, poder organizar seu próprio tempo, e curtir isto aqui. Perder isso é jogar a vida fora. — Eu sabia que essa frase iria desencadear novas explicações. Ela concordou e comentou:

— São essas diferenças que nos separam.... Penso como o senh.... Você. — Ela sorriu — Desculpe. Realmente não é correto chamá-lo de senhor. — Gui fez um gesto de coçar a cabeça, discreto, mas indicava uma certa exasperação por algo que lembrou. Prosseguiu:

— O Maninho foi ficando muito envolvido com as composições musicais e os arranjos, estuda muito a harmonia das canções, e pratica teclados, vive dentro da música, mas perdeu o pique de promover suas músicas, de sair, de tocar em público. Com isso, sai cada vez menos, aceita menos shows, e se isola.... Estou preocupada.

Chegamos à praia, e caminhamos pela areia. Ela continuava:

— Eu, ao contrário, preciso sair, eu adoro dançar, adoro praia.... — De repente parou no meio da frase e me observando falou:

— Desculpe novamente, não estamos aqui para falar nisso, vamos aproveitar a praia.

Ela tinha um sorriso que tentava ser alegre. Eu sorri com toda a simpatia que pude e falei:

— Não se preocupe! Hoje, depois de ter vivido tanto, e já estou quase envelhecendo, entendo como a gente não tem a menor noção do que realmente importa para ser feliz.

Fiz uma pausa e notei que ela prestava atenção. Prossegui:

— Mas, nós teremos tempo para conversar. Você pode se abrir e falar o que desejar. Não tenha reservas. Vamos dar um mergulho?

Chegáramos à beira mar. Naquele horário havia pouca gente na praia. Os adiantados saiam e os retornados ou retardatários como nós ainda não haviam chegado em grande número. Retirei a camiseta e descalcei as sandálias. Gui despiu a camiseta de crochê e pude observar o corpo perfeito daquela mulher que parecia desenhado à mão por algum grande artista. O biquíni dela era bem pequeno de lacinhos nas laterais das ancas. O sutiã de cortininha também mínimo. Mal cobria os seios médios e naturais. Era uma perfeição de mulher que se mostrava segura de sua beleza. Gui fazia jus ao prestígio de modelo e atriz muito admirada. Tinha duas tatuagens, uma na virilha bem perto do púbis, de uma bela borboleta azulada, e outra tribal na linha da lombar, pouco acima das duas covinhas que se formavam antes da bunda. Como estava de fio dental, as nádegas firmes e perfeitas estavam à mostra. A bunda era uma escultura. E eu me deixei ficar ali admirando aqueles glúteos perfeitos e bronzeados.

Ela me pegou observando-a meio hipnotizado e por instinto feminino captou que não era apenas um olhar admirador, mas de um homem que se sentia atraído pela fêmea bela e sensual. Sua expressão mudou e seu olhar ficou atento. Ela perguntou com meio sorriso:

— O que está olhando? Faz tempo que não vê mulher de biquíni?

Meu olhar sorriu, minha boca sorriu, mas a minha resposta foi cuidadosamente estudada:

— Vejo mulheres de biquíni com muita regularidade... Lindas. Mas poucas são tão encantadoras! E você sabe que isto não é uma cantada de velho babão. Você, se me permite a sinceridade, está linda, de tirar o fôlego. E esse biquíni em você é uma provocação. É um caso muito sério.... Faz um homem perder o rumo.

Ela sorriu mais iluminada, como se minhas palavras a fizessem brilhar.

— Puxa tio! Que bom ouvir isso! Fico muito feliz. Diga isso ao seu sobrinho.

Depois ela mudou o tom:

— Claro que não é velho babão... Dou mais valor a uma declaração sua do que às “trocentas” cantadas dos “malas-sem-alça” que escuto todos os dias.

Você recebe muitas cantadas?

— Nossa tio! Os homens acham que uma mulher bonita pode ouvir toda a sorte de provocação e abuso. Tem horas que dá até raiva. É falta de respeito.

Eu precisava mudar o rumo da conversa, pois sentia meu corpo começando a esquentar por dentro. Temia uma ereção indevida:

— A nossa cultua é muito machista. Não vai mudar tão cedo. Nem ligue. É mais do que natural. Ou esperava ser apedrejada? Então muda para o Irã e usa uma burca.

Ela riu divertida.

Mudando de assunto cortei:

— Vamos cair nessa água antes que eu fique babando aqui até o sol ir embora.

Ela sorriu mais divertida ainda:

— Vamos, vou levar esse velho babão para nadar!

Eu dei risada. Estendi a mão e ela segurou, fomos andando para a água. Gui segurava minha mão com firmeza, e caminhava como se fosse uma holografia esvoaçante, seus pés delicados pisavam a areia que afundava e isso a fazia andar com mais rebolado. Era quase um desfile. E eu senti repentinamente meu coração batendo forte como há muito não sentia. Gui era apaixonante, e de fazer qualquer homem se encantar.

— Eu não posso molhar o cabelo tio. Mas até a cintura entramos.

Gui erguia as pernas para passar as pequenas ondas que vinham morrer suavemente na praia. O movimento que ela fazia suspendendo as pernas era muito gracioso.

O mar estava calmo e com ondas serenas. Fomos entrando na água aos poucos. Meu pau estava querendo acordar com a cena da morena rebolando para avançar.

Adiantei-me um pouco e chegando numa parte com água já na cintura, mergulhei, emergindo alguns metros à frente. Olhei para trás.

Gui havia parado e se abaixado, para molhar o corpo sem molhar o cabelo preso com elásticos. Quando a água molhou o biquíni, notei que sem o forro, o tecido branco de malha fina ficava quase transparente, deixando ver o tom mais escuro dos mamilos. Que imagem linda! E na calcinha, modelava uma vulva saliente com lábios externos bem volumosos. Era uma visão tentadoramente provocante.

Fiquei meio abaixado dentro da água. Não me atreveria a levantar, pois sentia o volume ter crescido dentro do calção.

— Faz um tempo que não tomo um bom banho de mar. Posso dar uma nadada? Você espera? — Gritei para ela antes de avançar.

— Sim, claro. Pode nadar, mas não vá muito para longe, é perigoso.

Dei umas braçadas. Sei nadar muito bem, fui nadador da equipe do clube na juventude, e nunca perdi o estilo. Ao olhar para trás dando braçadas longas vi que Gui permanecia de pé me esperando, deixando que as ondas suaves lavassem o seu corpo até na altura dos seios. Quando a água abaixava com o recuo da onda, revelava aquela mulher belíssima, numa pose sensual, e com um traje que deixava antever partes muito provocantes. Era uma imagem inesquecível e tentadora. Aumentei as braçadas para descontrair mais e relaxar. Tive a sensação de que Gui estava gostando de ser admirada, curtindo o meu olhar que certamente devia revelar um desejo disfarçado e contido. Fiquei nadando uns cinco minutos para a direita e para a esquerda, com braçadas vigorosas, mantendo a visão em Gui de pé, como eixo central. Ela me observava. Quando voltei nadando para perto dela estava sem fôlego. Gui comentou:

— Cheio de estilo! Você nada bem. Mas aqui tem que tomar cuidado, muitas correntezas. Está sem fôlego?

— Estou cansado. Sem fôlego fiquei quando vi você de biquíni molhado. Devia ser proibido isso.

Ela achou graça num primeiro momento. Depois fez cara de desdém:

— Não me diga que também é desses machistas com preconceito! Não pode nem ver...

Ergui as duas mãos pedindo paz, e respondi rindo:

— Por favor, estou brincando! Por mim você devia ficar assim até na missa!

Eu falei rindo e ela achou graça. Depois, sorrindo, ela também respondeu:

— Bela saída.... Dessa vez dou o desconto. Adoraria ver a cara do padre.

Olhei-a nos olhos e ela percebeu que eu a avaliava mais profundamente do que parecia. Também manteve o olhar. Eu tinha a resposta ideal para aquela situação:

— Nessas horas eu só queria ter uns 20 anos a menos.... Aí sim, poderia falar por interesse.... Agora só me resta a sinceridade.

Gui ficou me olhando por alguns segundos, pensativa, analisava o que realmente eu teria dito. Eu não lhe dei tempo de resposta:

— Quando somos jovens podemos tudo, e nem ligamos muito para o que temos.

Gui acenou com a cabeça concordando. Depois ela mudou o rumo da conversa:

— Puxa Tio, você está se achando velho? Acho que está no ponto máximo. Eu prefiro homens maduros, são mais seguros e assumidos.

— Ora Gui, obrigado, me jogou lá em cima! Mas você deve aproveitar e agradecer que tem um jovem bonito e muito talentoso como marido. Quantas não invejam isso que você conquistou? A fila do Maninho também deve ser enorme.

Gui concordou novamente. Deu uma inclinada na cabeça, como se estivesse pensando em algo passado, depois disse:

— É verdade. Maninho é lindo mesmo e muito talentoso. Mas, às vezes, eu acho que ele é que deveria ver que a inversa é também verdadeira.

Senti uma ligeira pitada de mágoa ou frustração naquela frase dela e ia responder, quando vi lá longe no começo da praia que o Maninho vinha caminhando. Eu disse:

— Falou no milagre e aparece o santo! Lá vem ele, finalmente!

Gui achou graça, virou-se e viu Maninho se aproximar. Eu fiquei dentro d´água me preservando enquanto ele chegava ao ponto onde havíamos deixado as toalhas e as sandálias. Gui disse:

— Eu gosto muito dele tio. Mas ele anda meio angustiado, confuso, e perdeu parte do entusiasmo que sempre teve.

Eu nada disse. Maninho estava de calção, despiu a camiseta, descalçou as sandálias de borracha e veio correndo para onde estávamos. Quando chegou perto, Gui alertou:

— Não jogue água, não molhe o meu cabelo!

Maninho parou a corrida e veio mais calmo. Parecia sorridente e disse:

— Ainda consegui chegar a tempo para um mergulho.

De fato, o sol ao longe estava quase desaparecendo no horizonte. Faltavam alguns minutos. Maninho chegou perto de onde eu estava e mergulhou. Ao sair à tona falou:

— E aí Tio? Já começou a matar a saudade?

— Ainda não matei nada. Já não quero matar mais nada. Agora eu apenas reciclo, meu lema agora é fazer renascer!

Procurei fazer piada com aquilo. Eles perceberam e riram. Maninho irônico falou:

— Engraçado, teve vários casamentos, só dois filhos, pelo menos que a gente saiba.... Fez nascer pouco.... Acho que alguma coisa você não está fazendo direito!

Dei uma gargalhada e respondi de pronto:

— Ao contrário, para ter esse desempenho com a quilometragem que tenho, sem deixar muitos herdeiros da dívida, precisa ser muito bom no que faz!

Todos os três acabamos rindo e o ambiente ficou bem leve. Maninho chegou perto e notando a transparência do biquíni da esposa, mas sem fazer referência àquilo, disse apontando para mim:

— Este aqui, com cabeça branca e jeito de santo, de santo não tem nada! Passa o rodo geral. A fama dele é enorme.

Fingi que não captava a mensagem e continuei brincando:

— Meu pecado sempre foi amar demais.... Já deu até samba isso!

Novamente eles sorriram. Gui percebendo o cutucão do marido sugeriu:

— O sol agora vai logo desaparecer e ficará escuro. Vamos voltar? Estou começando a ficar com certa fome. Alguém nos convidou para jantar.

Maninho feliz disse:

— Oba tio. Deve ter sido você. A Gui eu sei que não é pois disse que ia cozinhar. Obrigado pelo convite. Eu vou adorar.

Sem mais comentários fomos saindo da água e caminhamos até onde havíamos deixado nossas toalhas e sandálias. Distante cinquenta metros havia um daqueles trailers de bebida e comida. Eu sugeri:

— Trouxe uns trocados. Vamos ali tomar uma gelada, para brindar este momento muito gostoso.

Eles não recusaram. E eu fiquei observado se a Gui ia vestir a camiseta de crochê. Ela apenas pegou as toalhas e a camiseta e colocou dobradas sobre a sacola à tiracolo. Continuou com seu biquíni bem provocante e semitransparente. Maninho também não falou nada. Aquilo poderia ser um sinal de que ela se sentia bem em provocar e o Maninho parecia não se opor. Seguimos para o trailer. Andei um pouco mais atrás para poder observá-los. Chegamos ao trailer e o rapaz que servia saudou o casal com intimidade, revelando que já os conhecia. Eu pedi uma cerveja Antarctica bem gelada e três copos. Tomamos fazendo tintim:

— Um brinde ao nosso visitante! Que ele aproveite bem! — Disse Maninho.

— Que ele continue sempre jovem com seu bom humor e com prazer de viver! — Emendou Gui.

— Que eu mereça tudo o que me desejam de bom, e que quem deseja receba em dobro. E sempre com uma boa Antarctica geladinha na praia para bebemorar.

Novas gargalhadas. Uma das coisas que sempre gostei do Rio de Janeiro era tomar na praia aquela deliciosa cerveja que lá tem aquele sabor todo especial. Enquanto bebíamos, eu prestava atenção nas sutilezas das atitudes.

O rapaz do trailer não tirava o olho do corpo de Gui. Esta tinha percebido os olhares e tentava fingir que não, mas seus mamilos estavam bem salientes sob a malha do biquíni. E Maninho também havia notado aquilo, mas só vigiava a minha atitude e se fazia de besta. Por isso, eu agia com a máxima naturalidade. Procurava descontrair e não deixar ninguém focar direito.

Enquanto bebíamos a cerveja nos afastamos um pouco do trailer. Eu contei para eles lembranças do tempo em que vivi ali naquela praia, de como tudo era ainda desabitado e selvagem:

— No meu tempo de jovem, há uns vinte e muitos anos a gente vinha aqui para surfar e ficava totalmente pelado, porque quase não havia ninguém nessa área. Era deserto mesmo. Agora regulamentaram as praias naturistas. Preciso dar uma olhada como andam.

Maninho comentou:

— Nós já fomos umas vezes. Abricó.... Lá em Grumari. Gostávamos.

Gui completou:

— Eu gostava, mas, é que nem sempre o nível é bom. Tem muito curioso deselegante e hoje com os telefones celulares com câmera perdeu-se a privacidade. Quando eu estava sob contrato com a TV não podia descuidar da imagem. Tive que deixar de ir lá.

Aproveitei para testar o Maninho:

— Você é muito corajoso ou é liberal demais. Levar este avião na praia de nudismo é chamar todos os holofotes para si. Precisa ser muito macho para fazer isso.

Maninho riu divertido e fez um gesto de orar com as mãos juntas:

— Meu deus! Nem me fale. É verdade! Pior que a Gui gosta de ser admirada, sabe que é gostosa, e ela curte ser desejada. Não está nem aí pra paçoca. Abusa.

Gui sorriu com expressão marota e respondeu:

— Nada disso! Eu fazia tudo só para atormentar o nosso amigo aqui. Claro que me agrada ser desejada e admirada, quem não? Mas era mesmo mais para provocar o Maninho. Ele não assume, mas no fundo adora me ver admirada. E ele conseguia fingir que não era com ele. Ficava excitado e fazendo cara de paisagem.

Eu aproveitei para especular:

— Mas pelo menos não brigavam por isso. Sem cenas de ciúmes?

Gui deu de ombros como se fizesse pouco, mas era um gesto de propósito:

— O Maninho não falava nada. Mas depois lá em casa, ele ficava comentando que eu exagerei, e que eu dei trela, essas coisas. Ciúme bobo.

Ela parou um pouco, olhou para o marido, e falou:

— Gente que me conhecia da TV ou da publicidade vinha falar comigo. Eu nua na praia. Ele ficava para morrer, tinha ciúme, mas ficava excitado também ou então se fingia de paisagem.

Maninho sorriu se fazendo de malando e respondeu:

— Eu achava era bom! Acabava que quem saía ganhando era eu. A mulherada ficava louca para saber quem era o felizardo que estava com a modelo gostosa. Elas ficavam dando mole.

Eu comentei:

— O preço de desfilar com uma deusa é esse! A gente tem que ser anjo, e chove capeta em volta.

Os dois caíram na gargalhada. Eu também ri divertido.

Gui falou:

— Ele chora de barriga cheia. Basta eu me afastar e deixar ele sozinho um pouco que aparece garota de todo lado. Ele é famoso e tem milhares de admiradoras.

Acabamos a cerveja num clima descontraído e com mais intimidade.

Perguntei:

— Você sente ciúme como o Maninho Gui?

— Não, não sinto muito. Sei que ele é o artista que tem que agradar a todos. Mas sinto só um pouco quando ele me ignora. Ficar sozinha me deixa angustiada.

Recolhi os copos, voltei no trailer, paguei e entreguei a garrafa. Aproveitei para perguntar ao vendedor:

— Meus sobrinhos vêm sempre aqui? Já são fregueses?

— São sim, muitas vezes. Mas ele vem menos. Quem eu vejo mais é ela.

Ele falava discretamente. Eu disse:

— Sorte a sua! Queria ver todo dia né?

O cara achou graça da minha cumplicidade, deu uma piscadela e fez um sinal de positivo com um sorriso malicioso. Exclamou:

— Papa fina “merrmão”!

Dei um tchau sorrindo e voltei para regressarmos à casa. Já tinha algumas informações que precisava organizar. Na casa tratamos de tomar banho e nos arrumarmos para sair. Fomos com o carro da Gui. Maninho fez questão que eu seguisse na frente com a Gui e foi no banco de trás. Ele disse que atrás era apertado para minhas pernas, e eu não contestei.

Eu e ele estávamos bem informais, com calças jeans, sapatênis. Eu de camisa polo branca e ele com camiseta preta com uma arte abstrata em silk na frente. Gui vestia um bodysuit branco bem colante sem manga e sem costas e decote V profundo na frente. Se ajustava ao corpo perfeitamente. Ela colocara uma saia curta branca de tecido bem leve com um pregueado na barra. Com sua pele bronzeada ficava muito bonita e sensual. O bodysuit modelava os seios dela de forma muito sexy. Nos pés calçava uma sandália preta de salto bem delicada com fivelinhas prateadas. Estava com o cabelo solto e escovado e seu perfume novamente me envolveu.

Logo que nós saímos eu falei:

— Pelo menos no perfume nós escolhemos a mesma grife.

Gui observou-me, prestou mais atenção sentindo o meu, sorriu e concordou:

— Puxa, você reconheceu?

Sorri:

— Coleciono aromas. Tenho a mania de memorizar o perfume das mulheres. Acho uma das coisas que mais mexe com a libido são os aromas. Passei a prestar atenção e aos poucos fui conhecendo mais e hoje reconheço os mais famosos.

Ela sorriu e emendou:

— Engraçado. Não são muitos os homens que prestam atenção nesses detalhes a esse nível de conhecimento, reconhecer a marca e o modelo.

Pela segunda vez no dia eu havia acertado o perfume da Gui. Maninho falou:

— Eu memorizo se gosto ou se não gosto do perfume. Mas não saberia reconhecer nome algum, salvo aqueles inconfundíveis.

Expliquei que isso vem com o tempo se ele se dedicar a memorizar. Como ele memorizava frases musicais e associava a músicas.

Até chegar ao restaurante fomos conversando com calma sobre as trivialidades. Não foi difícil acomodação ao chegarmos. Fizemos nossos pedidos e na entrada já tomávamos vinho. Eu notara que apesar de serem atenciosos e educados um com o outro, Gui e Maninho se comportavam meio formais na minha frente, quase sem envolver muito carinho. Eu não sabia se era pela minha presença ou se era o jeito deles. Eu queria que eles se soltassem e por isso, apostei no vinho. E servi generosamente.

Ao final do couvert já tínhamos bebido a primeira garrafa. Assim, pedimos outra quando chegaram os pratos principais. Naquela noite comemos um peixe assado na telha que ficou divino. Acompanhado de arroz de brócolis e batatas salteadas. Eu tentava fazer o clima ficar divertido, e contava histórias pitorescas. Eles, curiosos, perguntavam dos meus romances e conquistas. Até que Maninho falou:

— Acho que você tem um repertório de experiências amorosas riquíssimo, se fizer música com isso e gravar dá um álbum duplo.

Ele usava a linguagem musical. Eu sorri:

— Menos! Menos! Acho que se for gravado em mp4 cabe num pen-drive de 4 megabytes.

Caímos na gargalhada. Gui já curiosa perguntou:

— Mas foram todos amores, casamentos, ou apenas aventuras?

Olhei para ela sorrindo, expressão divertida, mas olhando nos olhos eu disse com emoção:

— Nunca fiz uma aventura onde não me colocasse com toda paixão.

Gui arregalou os olhos surpresa com a resposta. Eu sabia que para ela aquilo tinha significado. Maninho já meio alegre falou tentando brincar:

— Colocou com toda paixão né tio? Penetrou sempre com amor! Mas saiu como? Duro ou mole?

Olhei para ele também sorrindo da malícia da frase. Ri por uns dez segundos achando mesmo graça do jeito que ele falou. Até a Gui achou graça. Esperei um tempo para responder:

— Nunca mais saiu! Não saiu mais de mim. Depois que eu penetro, não sai mais de mim. Jamais esqueço uma paixão. Guardo todas as paixões com o maior carinho e afeto. Até das que me deram problemas depois.

— Uauuu - Gui me observava com atenção.

Ela estava séria, embora seu semblante desse a entender que se divertia. Maninho não esperava esse tipo de resposta. Alegre, riu alto, depois perguntou:

— Mas as maiores paixões mesmo foram os casamentos? Foram três? Ou teve mais?

Dei um gole de vinho com os olhos arregalados, para criar suspense:

— Muitas paixões. Os casamentos foram somente casos mais graves e intensos de paixão, com muita entrega.... E alguns desses duram até hoje.

Maninho questionou:

— Como assim? Não separou? Ainda está com todas?

Eu sorri coçando a cabeça, como se estivesse embaraçado:

— Demorei a entender isso Maninho. Na verdade, eu me apaixono demais muitas vezes. E esqueço de esquecer. Esse é o problema. Sou muito volúvel! Aí embola tudo.

Maninho e Gui acharam graça. Mas depois nada falaram. Houve um silêncio de alguns segundos enquanto mastigávamos. Cada um pensando no que falar. As brincadeiras tinham esfriado. Então eu disse rindo:

— A porra é que eu sou um devasso muito volúvel!

Dessa vez eles acharam mais graça, gargalharam, e o clima ficou leve novamente.

Gui então curiosa perguntou:

— Fala sério tio. Você tem alguém? Ou está solteiro?

— Eu tenho sempre alguém. Tenho uma grande companheira, parceira em tudo há muitos anos. Mãe dos meus dois filhos. Mas temos nossa vida individual, com total liberdade, cada um tem seu espaço, seu trabalho, sua casa, suas coisas, e ficamos juntos quando sentimos vontade. Como a paixão continua entre nós com muito afeto, funciona muito bem.

Maninho não resistiu e perguntou:

— Mas, e ela pode ter outros? Tudo bem para você?

Tentei ser bem claro:

— Parceria é liberdade, é respeito, confiança, admiração, carinho, querer bem, cumplicidade. Eu sempre defendo o direito de a pessoa fazer o que sentir vontade. Somente não se deve fazer nada escondido. Não precisa. O oculto é que estraga.

Gui e Maninho me olhavam um pouco admirados. Não perguntaram mais. Terminamos nosso jantar depois da terceira garrafa de vinho. E tomando um sorvete de creme com licor da Cassis como sobremesa.

No final, bem alegres, tive que chamar dois taxis. Um para nos levar e o outro motorista deixou seu carro e foi apenas levando o carro da Gui. Paguei duas corridas. Depois ele retornaria com o outro motorista para pegar o seu carro.

Na casa, chegamos bem alegres e o papo ficara animado. Devido ao calor fomos nos sentar na varanda, no deck que dá para a piscina. Com o vinho ingerido parecia que a noite ficara ainda mais quente. Maninho retirou a camisa e a calça, ficou de cueca, e Gui despiu as sandálias. Os pés dela descalços sobre a cadeira de descanso, lindos e delicados eram por si só um elemento de apelo sensual. A tornozeleira dourada com os pingentes figurava como um lindo adorno. Eu que sou admirador de pés femininos fiquei desfrutando daquele visual lindo. Eu e Maninho também ficamos descalços.

Durante a conversa no restaurante eu havia notado que por duas vezes Maninho quase disse ou perguntou algo que desejava. Mas não tivera a oportunidade, talvez por estamos em local público.

Gui foi buscar uma quarta garrafa de vinho na copa e trouxe as taças. Quando o papo engatou novamente, estávamos suando e bebendo já bem alegres. Maninho me disse que se eu desejasse ficar à vontade, podia despir a calça. Eu já retirara a camisa. Gui despiu a saia, ficando apenas com o bodysuit que modelava seu lindo corpo. Tanto os seios como o púbis estavam bem delineados naquela malha justa. Na parte lateral de suas coxas, como o bodysuit era cavado, dava para ver em sua pele bronzeada o sinal mais claro das tirinhas do biquíni. Ela estava fulminantemente sexy e sabia disso. E tudo indicava que fazia questão de se apresentar daquele jeito para demonstrar liberdade. Como se fosse um teste para mim e para o marido. Eu ficara excitado, mas controlava bem. Notei que havia um jogo de sedução feito por ela, cada vez mais presente. Mas Gui não se mostrava nem um pouco acanhada diante do marido. Desconfiei que ela quisesse mesmo nos testar.

Finalmente, com o calor que fazia, Gui resolveu dar uma nadada. Levantou-se da cadeira, caminhou para o deck e pulou na água da piscina dando um belo mergulho. Quando saiu à tona, exclamou:

— Ah.... Lá se foi o meu cabelo todo tratado. — E chamou — Venham, caiam na água. Está uma delícia.

Eu esperei a reação de Maninho que se levantou e disse:

— Vamos, deve estar boa mesmo!

Em seguida ele me estimulou:

— Vai, tira a calça e entra de cueca. Aqui não temos frescuras.

Despi a minha calça. Era inevitável ter um volume aumentado entre as pernas. Tratei de mergulhar na piscina seguindo Maninho que havia pulado. Na água esperava relaxar um pouco.

Realmente, como estávamos bem alcoolizados, o choque térmico com a água fresca ajudou. Mas ainda estávamos bastante altos. Para desconversar eu comentei que a casa deles era uma delícia, bem localizada e com ótimas instalações. Maninho falou:

— Com a piscina aqui eu até nem sinto tanta necessidade de ir ao mar. Mergulho um pouco aqui todos os dias.

Gui acrescentou:

— Eu sinto falta do mar, da areia, das pessoas. Adoro a praia. Vou quase todos os dias um pouco, me ajuda a manter a cor e as marquinhas.

Maninho respondeu:

— Ela adora se exibir para o pessoal da praia, isso sim, ficam babando...

Eu nada disse e Gui não respondeu a cutucada do marido. Ainda ficamos na água por uns quinze minutos, falando bobagens triviais de como valia a pena curtir os momentos de prazer. Mas Gui disse que estava sentindo arrepios de fio e falou que ia sair. Ela foi para a escadinha e subiu com calma saindo da água. O bodysuit de malha branca delicada, molhado, ficara completamente transparente, mais ainda do que o biquíni que ela usara na praia, e dava para ver perfeitamente a bunda com o vão escuro entre as nádegas. Quando ela se virou de frente para nós, já do lado de fora da piscina era visível a xoxota toda lisinha, depilada, com apenas um coraçãozinho de pelos aparados em cima do púbis, e as aréolas dos seios marcando o tecido fino. Era uma visão alucinante e com os cabelos molhados ela ficou ainda mais bela. Eu olhei admirando sem disfarçar e comentei com Maninho:

— Ela tem razão de se exibir. É muito bela. Você acertou na loteria!

Ele riu e disse:

— Fico orgulhoso tio. Realmente é um monumento. Não posso impedir que ela se mostre.

Gui estava se preparado para entrar na casa. Ela disse:

— Vou tomar um banho para tirar o cloro e secar os cabelos. Senão amanhã estão ressecados.

Vi aquela beleza se afastar. Eu falei:

— Seria egoísmo seu querer ela só para si, e impedir que ela se exibisse. O mundo merece.

Gui ia saindo da varanda e gritou:

— Estou ouvindo vocês cochicharem.... Falar pelas costas é feio!

Eu respondi meio gritado:

— Falei pelas costas não, falei pela bunda e pelo corpo todo.... É uma provocação!

Ela saiu rindo e respondeu:

— Gostou? Está bom. Amanhã tem mais.

Enquanto ela se afastava vi que Maninho me observava para ver se eu estava sendo sacana ou apenas sincero. Eu falei para tranquilizá-lo:

— Estou dando o que o ego dela espera. Ela de fato adora ser admirada. E merece.

Maninho deu com a cabeça concordando e em seguida foi saindo para a escadinha enquanto falava:

— É duro administrar isso tio, mas tem suas compensações.

Não respondi. Esperei que ele saísse da piscina e saí a seguir. Pegamos toalhas e nos enxugamos. Antes de entrarmos para a casa eu falei que ia dormir e me despedi. Fui para o quarto, despi a cueca molhada, deixei no banheiro e também tomei um banho. Depois caí na cama ainda nu e adormeci de imediato, excitado com as lembranças deliciosas daquela escultura feminina se exibindo na beira da piscina.

Na manhã seguinte, fui desperto por Gui que estava na porta aberta do quarto tamborilando na madeira e me observando. O aposento estava na penumbra. Ela bateu no portal. Eu cansado na véspera devia ter deitado sem fechar a porta. Ela viu que eu estava totalmente nu sobre a cama, mas não ligou e foi chamando:

— E aê.... Gostosão. Vai dormir a manhã toda? Desculpe chamar. A praia nos espera. Venha tomar café.

Ela não demonstrava nenhuma vergonha ou timidez de me ver nu. Eu me espreguicei. Tinha o pau meio teso como sempre que eu acordo, e disse que já iria levantar. Também não fiz nada para esconder. Ela saiu e eu me levantei e fui ao banheiro.

Tive primeiro que urinar, senão o pau não amolecia, me lavei, escovei os dentes, e colocando um calção branco e largo, e uma camiseta também branca fui para a copa onde estava servida a mesa do desjejum. Frutas, sucos, bolachas, pão, queijo, cereais, e até uma omelete.

— Nossa! Hotel cinco estrelas! E uma estrela como cheff! Que delícia!

Gui sorriu. Usava um pijaminha de jérsei de seda bem fininho, cor-de-rosa, onde a calça era só um micro short coladinho e a blusa apenas uma meia camiseta presa por alcinhas nos ombros. Os seios soltos balançavam firmes sob o tecido leve marcando os biquinhos. Acho que ela estava ainda mais tentadora do que se estivesse nua. Parei, dei um beijo de bom dia na face, e fiquei admirando Gui se movimentar servindo a mesa. Ela me perguntou:

— Está olhando o que? Nunca viu? Já viu ué...

Eu sorri junto com ela. Depois segurei uma colher como se fosse um microfone, fui cantando imitando o Seu Jorge na música com a Ana Carolina:

— Eu não me canso de olhar pra você.... Eu não me canso de olhar....

Gui caiu na gargalhada e depois reclamou:

— Para com isso, assim fico encabulada tio.

Os biquinhos dos peitos bem empinados pareciam querer furar o tecido do pijama. Foi a minha vez de dar gargalhada. No meu calção um volume do pau crescendo já estava bem visível que eu tentava disfarçar com a camiseta larga. Respondi:

— Encabulada ficava a sua avó.... Se eu soubesse do tratamento deste Spa cinco estrelas eu tinha vindo muito antes! Faz a gente se arrepender de não ter mais vinte e cinco anos.

Gui falou em tom baixo, quase sussurrado:

— Gostou né? Seu safadinho. Onde já se viu? O que você faria com vinte e cinco anos que não pode fazer hoje?

Eu sorri e respondi com malícia fingida:

— Não posso casar com você. Caia matando nessa sobrinha mais linda!

Ela me olhou com ironia:

— Epa! Ficou guloso no café da manhã? Gosta de cardápio sem restrições? Cuidado com as altas pressões, hein tio! — E sorriu maliciosa.

— Eu só estou encantado com a recepção e a acolhida. Estou adorando tudo, a casa é uma delícia, e se soubesse teria vindo muito antes.

Ouvimos os barulhos de Maninho que se aproximava pelo corredor. Ele ouvira apenas o final da minha frase e não escutou a fala da Gui, então reforçou:

— Pois a casa está sempre à sua disposição, venha mesmo.... Sua presença nos faz muito bem.

Gui trocou olhares cúmplices comigo. Piscando um olho de modo malicioso, disse:

— Venha mesmo! Adoro receber! Ainda mais um tio divertido e animado assim.

Maninho não notou os detalhes de nossa brincadeira. A esposa dele estava brincando de me provocar intencionalmente. Mas sem maldade, era pura provocação sadia. Sentamo-nos à mesa e tomamos nosso café. Gui falou:

— Tio, falo sério agora, achei o máximo você ter vindo. Eu não o conhecia direito. O Maninho bem que falava que você é uma pessoa muito jovial. E eu adorei.

Maninho concordou e reforçou:

— O tio é o meu herói. Quero que venha para cá sempre que desejar vir ao Rio. Aproveite e nada de ficar em hotel.

Agradeci. Aos poucos, a intimidade ia aumentando, e ficávamos mais descontraídos. Gui com seu pezinho delicado de unhas pintadas com esmalte claro e francesinhas, pisou de leve sobre o meu pé, provocando. Eu podia ver através do tampo de vidro da mesa. Ela perguntou:

— Então? Nadador.... Pegamos uma praia?

Eu me arrepiei com aquele toque. Estava a fim de ir à praia e concordei. Maninho também disse que topava. E completou:

— Estamos por sua conta tio. Você diz o que deseja fazer!

Perguntei:

— Vocês trabalham hoje não? Então vou pegar essa praia agora de manhã, e depois eu me ofereço para fazer o almoço. A Gui vai para a loja a que horas?

Maninho disse:

— Então vocês vão nadar e eu vou preparar umas músicas. Quero depois do almoço lhe mostrar umas gravações de minhas novas criações.

Gui respondeu:

— Eu fico aqui de manhã e ajudo no almoço, mas depois tenho que ir para a loja, pois sexta –feira é sempre mais movimentado.

Pronto, estava decidido e tomamos nosso café num clima bem simpático. Gui falou:

— Agora que eu sei o motivo do sucesso seu com as mulheres, um homem que gosta de cozinhar, ganha muitos pontos.

Aproveitei e brinquei:

— Quando não se é bonito como o Maninho nem faz canções de sucesso, tem que descobrir outras armas. Cozinhar é uma delas.

Eles deram risada e logo depois eu e Gui fomos nos trocar e em dez minutos estávamos novamente de calção e biquíni a caminho da praia.

Estava um dia luminoso, o mar muito convidativo e nadamos um pouco. A Gui já sabia que de tarde iria ao salão e por isso aceitou nadar comigo. Foi bom nadar por uma meia hora, com ela me seguindo em ótimo estilo Crawl. Braçadas calmas, compassadas, e seu corpo deslizando na superfície quase ao meu lado.

Quando o nosso fôlego se esgotou, ficamos boiando um pouco para recuperar a capacidade de nadar de volta. A Gui então se aproximou e pediu:

— Me ajuda um pouco tio, para eu descansar.

Ela se pendurou nos meus ombros e ficou meio abraçada encostando-se ao meu corpo. Eu fazia força para sustentar os dois na superfície movimentando pernas e braços, mas eu não achei que ela precisasse de ajuda, estava apenas gostando de se encostar um pouco e provocando. Eu aguentei uns dois minutos ali e ela disse:

— Está fortão ainda tio, obrigada.

Depois ela se soltou e voltamos nadando. Fomos direto para a areia e ficamos ali, de pé, conversando e aproveitando o sol da manhã. Eu estava me sentindo muito feliz pela companhia daquela mulher linda e animada, sensual e descontraída.

Ao mesmo tempo me sentia um pouco incomodado, porque notava que ela estava procurando sempre me provocar, e sabia que ela e o Maninho não estavam se entendendo muito bem. Eu entrava na brincadeira mas não avançava o sinal, apenas curtindo o clima.

Ponderei que eu não podia ser um elemento que contribuísse para piorar o caso. Mas eu sentia também que a Gui estava muito contente de poder me fazer companhia e isso me enchia de felicidade. Ficamos pouco tempo na praia, cerca de uma hora, suficiente para tomar um sol e pegar uma cor na pele branca. Nossa conversa girou em torno de como ela estava vendo sua carreira de artista e modelo. Gui me confessou que gostava muito de atuar e de fazer comerciais, mas a exposição pública da imagem dela tirava a liberdade, e por isso, se dedicava mais à loja, para ter mais privacidade. Comentou que bastava o Maninho para ser assediado pelas fãs, e esses fatores tiravam a liberdade do casal. Ela contou:

— Quando eu estava com a peça em cartaz, e atuando na televisão, não podíamos sair, ir ao cinema, um bar, um restaurante que sempre apareciam admiradores e fãs, e cortava muito o prazer de estarmos juntos. Não havia paz e privacidade.

— É o preço do sucesso. E como estão lidando com isso? — Eu tinha mesmo curiosidade em saber.

— Eu parei com a televisão por um tempo, e a peça terminou a temporada. Resolvi parar um pouco e só faço alguns comerciais porque pagam muito bem. Mas o Maninho também reduziu muito os shows. É cansativo e ele está preparando o material para o próximo DVD, e apresentações. Hoje a internet e redes sociais tomam muito tempo.

Ficamos conversando descontraídos, às vezes eu passava protetor solar em seu nariz e testa com toques delicados e eu notava que muitas pessoas na praia ao passarem reconheciam a Gui e ficavam olhando, prestando atenção em mim. Comentei isso e ela rindo falou:

— Se prepara para sair no site de fofocas: “Guilhermina, atriz de sucesso sem contrato no momento, vista na praia com coroa charmoso e desconhecido! ”

Eu dei boa risada e disse:

— Vai chover mais na minha horta!

Ela achou graça também e então me abraçou e me deu um beijo no rosto dizendo:

— Se é assim eu vou ajudar um pouco mais!

Eu não perdi a oportunidade e a abracei pela cintura:

— Agora não quero mais ninguém. Confirmado o romance do coroa com a atriz!

Gui rachou de rir:

— Tio, você é bom de jogo!

Eu rindo:

— Eu jogo no ataque e na defesa, mas ataco sempre pelo meio.

Ela debochava:

— Pior que se sair mesmo essa fofoca aposto que o Maninho vai adorar essa história. Periga ele dar corda e dizer que está com ciúmes.

Demos risadas e depois de alguns minutos ali falando besteiras e rindo, ela me abraçou várias vezes fingindo namorar, para rir e me fazer carinhos discretos nos ombros e nos cabelos. Eu estava vendo a hora que meu pau ia dar sinal de vida. Mas por sorte consegui me desconcentrar.

Ao final de um tempo voltamos para casa e tomamos cada um uma ducha de chuveiro. Eu vesti o mesmo short que usava pela manhã e a Gui apareceu com uma camisa tipo social de microfibra cor creme, de mangas arregaçadas, e que só ia até o meio das suas coxas, mais curta um tiquinho do que um vestido normal. Parecia não usar nada por baixo. Fingi que não notei aquela tentação e perguntei o que ela tinha na geladeira para a gente cozinhar. Decidi fazer uma bela macarronada ao molho de bolonhesa, com carne moída e bacon. Comecei a cortar a cebola e o alho enquanto a carne dava uma fritada na panela.

A Gui ia me entregando os ingredientes e os temperos que eu pedia, e quando eu indicava ela mexia aquele meio quilo de carne moída na panela, para não deixar grudar no fundo. Com um pouco de azeite a carne foi soltando a água e secando, depois começou a fritar. Quando a carne já havia secado e soava fazendo aquele chiado característico de fritura na panela, eu já havia cortado e preparado tudo. Colocara uma outra panela com água para ferver. Para cozinhar a massa. Como a massa cozinhava rápido esperei o molho ficar mais adiantado.

Acrescentei na carne umas seis fatias de bacon picado em pedacinhos, a cebola e o alho também picados, um pouquinho de cheiro verde picado, um pouco de orégano, um copo de vinho tinto, uma colher de sopa de vinagre de maçã, um pouquinho de pimenta do reino em pó, uma colher de sopa rasa de sal, e pedi para que a Gui mexesse lentamente esperando a mistura com a carne ficar bem homogênea. Aos poucos o chiado de fritura voltou a aparecer. O bacon soltava uma gordurinha cheirosa. Então eu despejei um pacote de molho de tomate na panela e uma colherinha de açúcar para quebrar a acidez do tomate e do vinagre. A Gui ia mexendo com uma colher de pau e quando a água da outra panela ferveu eu coloquei um pacote de 500 gramas de macarrão talharim com sêmola e deixei cozinhar na água fervendo, com uma colher de azeite na água para não deixar a massa grudar ao ser escorrida.

Deixei a Gui mexendo o molho de carne moída e eu fui mexendo um pouco a massa para amolecer sem grudar. Em quinze minutos o macarrão ficou cozido ao ponto e eu pude escorrer. Aproveitei e joguei mais um pouco de azeite na massa. Nosso almoço estava pronto. Gui colocou os pratos na mesa usando um jogo de suporte americano, depois serviu o molho à bolonhesa em uma tigela de vidro e a massa em outra maior. Maninho chegou atraído pelo aroma da comida e nos sentamos para comer. De fato, o cheiro estava muito convidativo.

Cada um se servia na quantidade de massa que desejasse com uma garra, e com uma concha servia o molho sobre ela. Na hora que a Gui se sentou na cadeira à minha frente, pelo tampo translúcido de vidro temperado da mesa, pude notar que a camisa que ela usava ficou mais curta e dava para ver o V da sua virilha e as coxas juntas escondendo a xoxotinha. A visão me arrepiou de imediato, mas tratei de disfarçar e me servir da comida. Realmente o almoço ficara muito saboroso e a Gui disse elogiando que aprendeu uma receita na prática. Eu aproveitei e brinquei:

— Tocar, dançar, jogar, fazer sexo, o melhor aprendizado acontece na prática.

Maninho sorriu concordando. Gui falou:

— Quero fazer um curso intensivo com você em todas essas modalidades.

Caímos na gargalhada, pois ela era mesmo muito boa na provocação. Maninho perguntou:

— Você toca alguma coisa tio?

Eu não perdi a chance de brincar:

— Sobrinho, não seja indiscreto. Toco várias..., mas, estamos à mesa do almoço.

Eles deram mais risada com a gozação e o almoço decorreu num clima muito gostoso. Só falando bobagens. Gui tinha umas fatias de pão italiano e foi gostoso comer a massa acompanhado daquelas fatias de pão meladas com o molho. Uma combinação muito saborosa.

Algumas vezes a Gui se movimentava um pouco na cadeira, as pernas se separavam um pouquinho, e eu podia ver de relance os lábios grossos de sua bocetinha espremidos entre as coxas. Era uma visão provocante, mas o Maninho sentado ao lado dela não tinha como ver. Disfarcei e almocei adorando ter aquele visual excitante. Depois do almoço o Maninho disse que lavaria a louça e a Gui foi se arrumar para o trabalho. Quando a Gui veio se despedir para ir trabalhar já toda arrumada, com saia e blusa elegantes, de seda verde escuro, e usando sandálias de salto em couro de cor natural, eu já estava terminando de secar a louça e Maninho ajudava a guardar.

Gui nos beijou e partiu. Então eu e ele fomos para o quarto que ele havia transformado em estúdio de trabalho e o rapaz me mostrou as suas últimas composições. Maninho era mesmo talentoso e algumas músicas me encantaram. Tinha composições muito bonitas. Comentei que ele deveria preparar um plano de shows para apresentar esse novo trabalho para lançar o novo álbum. Ele disse que ainda iria mexer um pouco nos arranjos, mas naquele ano ainda pretendia ter tudo pronto. Maninho então, me mostrou uma música que estava incompleta e não tinha ainda uma letra. Acabei me empolgando, e diante das lembranças dos momentos encantadores diante da beleza de Gui, e inspirado na foto dela no quadro da sala. eu escrevi um poema para que ele musicasse.

“A Garota da Foto”

Cresce em mim o desejo de tê-la

Mesmo que pareça impossível

Essa vontade existe e me ocupa

Mais do que o juízo de esquecê-la

Uma vez que possa ser factível

A partir de sua explícita atitude

Expondo-se oferecida em foto nua

Qual objeto que se vende por vaidade

Mantenho a imagem na memória

Alimentando cenas sem censura

Sua pele junto à minha sem ter culpa

Que eu levo na memória conquistada

Na possessiva mania de guardá-la

Entre todas as fantasias que alimento

Ainda que a libido seja um sonho

E se ocupe de me atentar tão linda

Com seu jeito de sedutora imóvel

Impudica entrega eternizada na imagem

Destrói minha fantasia na distância

Quase de trinta o espaço que separa

Meu trilhar em bons cinquenta dos vinte

De sua maravilhosa beleza nua.

Maninho ficou encantado, e já queria gravar, mas eu disse que ele deveria guardar segredo, fazer o arranjo com calma, e mostrar para a Gui somente depois que a música estivesse pronta e finalizada. Com isso, nos deixamos empolgar e nem vimos a tarde acabar. As horas foram passando. Esperava que o Maninho falasse comigo se havia alguma crise com a esposa, mas ele estava tão feliz em me mostrar suas composições, empolgado com as minhas reações de admiração diante das gravações e dos novos arranjos e com o poema que havia feito, em homenagem à esposa, que eu não quis estragar o clima.

Passamos uma tarde muito agradável, e em nenhum momento o Maninho deu mostras de que estava triste ou preocupado com alguma coisa. Até que no finalzinho da tarde a Gui chegou, com cabelos tratados, maquiada, e animada para sair:

— “Sextou” seus encravados. Vão me lavar para sair ou terei que chamar os universitários?

Ela estava muito animada e decidimos ir a um bar com ambiente para dançar. Fizemos um lanche rápido com sanduíches de pasta de atum, café cappuccino, e fomos nos arrumar para sair.

Maninho sugeriu o Coordenadas, um bar de Botafogo, com estilo rústico, onde tem pista de dança com DJ e no andar de cima espaço onde se apresentam bandas, trios e cantores com shows intimistas. Também tem boa comida e drinques ótimos. Maninho é amigo do proprietário, e ligou para ele avisando que a gente iria. Gui queria dançar, agitar e aprovou na hora. E fomos nessa onda.

Eu e maninho nos arrumamos mais rapidamente e ficamos esperando a princesa aparecer. Deu para a gente falar de músicas, de bandas prediletas e outros detalhes. Quando depois de uma hora a Gui apareceu pronta senti que não ia prestar. A danada estava deliciosa. Usava um vestido lindo de cetim azul-esverdeado bem clarinho, curto e justo ao corpo, que na frente do busto tinha um corte reto com duas alcinhas que passavam sobre os ombros e se amarravam dos lados do busto. O vestido não tinha costas o que revelava que ela não usava sutiã, e a parte de baixo começava na altura da tatuagem lombar. Dos lados da saia ele tinha uma costura com duas tirinhas que repuxava um pouco na vertical, amarrado com dois lacinhos ficando meio puxadinho dos lados. Calçava uma sandália vermelha de salto, com poucas tiras de couro, realçando seu lindo pé de unhas impecavelmente pintadas de esmalte clarinho e com as francesinhas que eu tanto admiro. Suas pernas bronzeadas e esbeltas pareciam aqueles anúncios de meias de tão perfeitas.

Trazia uma pequenina bolsinha vermelha a tiracolo pendurada por uma corrente dourada, e no tornozelo aquela correntinha dourada com pingentes. Seus cabelos cuidadosamente escovados e soltos esvoaçavam um pouco com seus movimentos. A maquiagem era discreta, mas no ponto exato para realçar sua beleza. Eu e Maninho olhamos para ela admirados e eu não resisti:

— Vai ser o foco de todos os holofotes. Gui, você está divina.

Depois olhei para o marido:

— Maninho, você é o cara. Vai abafar no bar hoje.

Maninho sorria satisfeito admirando a beleza da esposa e ela sorria alegre dizendo:

— Dona Guilhermina e seus dois parceiros. Hoje eu que vou abusar de desfilar com dois machos bem charmosos. Vai ser uma inveja só.

Ela, inteligente, invertia o sentido que eu dera na minha observação.

Maninho havia caprichado no visual, usava uma calça cargo de cor verde musgo, tênis AllStar pretos e camiseta preta com um retângulo na frente com muitos logotipos das principais bandas de Rock dos anos 70 e 80.

Ele havia prendido o cabelo em um rabo-de-cavalo e tinha aparado a parte irregular da barba deixando-a bem mais baixa e com aspecto cuidado. Sua beleza jovem, de olhos castanhos e pestanas longas, boca larga e nariz fino ficou realçada. Ele era sim um jovem muito atraente e estava à altura da beleza da esposa. Usava uma pulseira larga de couro preto no punho direito e um relógio de pulseira de metal prateado no punho esquerdo. Suas tatuagens nos braços fortes ficavam evidentes na camiseta com mangas curtas.

Eu estava com uma caça Jeans cinza chumbo, camiseta preta lisa e por cima vestira uma camisa social de cor grafite com diminutas pintinhas cinza-claro, por fora das calças e aberta, com as mangas arregaçadas. Calçava sapatênis preto, estava sem relógio, mas com uma pulseira de rabo de elefante no pulso direito. Coloquei um boné preto com o logo bordado do Chicago Bulls. Aquele visual mais descolado ajudava a disfarçar um pouco a minha idade. Senti então o perfume da Gui e perguntei:

— É o Narciso Rodriguez For He, não é?

Gui olhava admirada:

— Uau, conhece mesmo, tio! Como sabe?

— Esse toque amadeirado com flor de laranjeira é inconfundível, um dos mais sensuais para mulher.

Ela satisfeita com o reconhecimento chegou pertinho e cheirou o meu perfume bem junto do pescoço.

— Hum... deixa ver... Parece um.... Ela ficou pensativa, eu disse:

— Vou ajudar. É Dior.

— Ah, tio, sim, agora sei, é o Home, da Dior. Que delícia.

Sorri confirmando e ela veio dar um cheiro bem no pé do ouvido e falou alto:

— Amor, eu vou dar “um pega” no seu tio hoje! Posso? Ele está demais.

Maninho ria divertido e respondeu:

— Aí, tio, olha a saia justa que eu fico! De quem é a culpa? Sua ou dela?

Eu apenas sorria sem jeito e a Gui falou:

— A culpa é sua por convidar um homão madurão, gostosão, para sair com a gente! Perdeu parceiro.

Nós três demos muita gargalhada. Eu adorava o sotaque carioca dela falando. E eu expliquei:

— A Gui está enchendo a minha bola. É porque você não sentiu o cheiro do seu marido. Hoje ele caprichou.

Gui foi cheirar e sorriu:

— Nossa, que milagre, está usando o Azzaro pour Homme que eu dei para ele faz mais de um ano. Adoro esse aroma. Maninho fica muito gostoso com ele.

O rapaz confessou:

— O tio que me deu a dica para usar este.

Ela riu carinhosa, deu um beijo nele e falou:

— Amor, você não existe. É um anjo mesmo.

O clima era bem descontraído e leve. Estávamos prontos e partimos. Novamente fomos no carrinho da Gui, pois é muito mais fácil de achar vaga para estacionar. Botafogo é um bairro muito concorrido.

Durante o trajeto, eu na frente ao lado da Gui e o Maninho no banco de trás, fomos papeando sobre os aspectos que fizeram o Rio de Janeiro deixar de ser uma cidade tranquila, aumentando os índices da violência. Da Barra da Tijuca até Botafogo, às vinte e uma horas, não foi uma viagem demorada, e chegamos ao destino em uma hora. Achamos uma vaga nas proximidades do bar e seguimos a pé. Maninho mandou uma mensagem para o dono do bar e quando chegamos na porta ele já nos esperava. Sancho, muito simpático me foi apresentado. Ele havia reservado uma mesa para nós e quando entramos o Maninho foi reconhecido e cumprimentado por várias pessoas, músicos, fãs de suas canções e gente da noite. Começamos tomando uns mojitos, com rum de qualidade e estavam muito bons. Eu deixei que Maninho e Gui bebessem e disse que eu preferia não beber e dirigir depois. Mas tomei um mojito para não ficar no zero-a-zero.

A primeira seleção de música que tocou era rock e dançamos separados, os três perto de muitos outros na pista, relembrando sucessos de rock dos anos 70. Depois demos uma parada, e veio uma seleção de sucessos românticos dos anos 80. A Gui arrastou Maninho para a pista. Eu fiquei distraído vendo a turma dançar, bebericando e quando vi tinha uma moça ao meu lado perguntando se eu queria dançar. Me levantei e fui com ela. Era uma morena escura, alta, quase da minha altura, elegante, estava de calça comprida preta, justa, com boca larga e abertura em baixo nas pernas. Calçava sandálias de salto pretas, e usava uma blusa bonita de malha bege com uma gola grande, farta de tecido, deixando um lindo decote onde aparecia visível parte dos seios médios e muito firmes. Na pista nos apresentamos e foi quando ela me disse que era amiga do Sancho, que ele contou que eu era tio do Maninho. Ela falava como se fosse muito amiga deles e eu fui simpático. A morena era bonita e tinha um bom papo. Dançamos normalmente, e quando acabou aquele set, voltamos à mesa. Maninho e Gui chegaram e cumprimentaram a moça que se chamava Mariana.

Ela ficou na mesa com a gente mais um pouco e foi quando soube que ela era uma das promoters da casa. Quando Mariana saiu para dar atenção a outros clientes que chegavam ao bar, o Maninho foi chamado por um músico para ir lá em cima falar com a banda que ia se apresentar e Gui disse que ficava e me faria companhia. Assim, logo que o Maninho saiu ela disse:

— Viu tio, bastou ficar sozinho e já apareceu chuva na sua horta. Quer que eu saia e libere a área ou ficamos juntos?

Eu dei risada e falei:

— Mas eu não troco você por nada nem ninguém. Só largo quando o Maninho chegar, e olha lá.

Gui sorriu e me abraçou dando uma certa agarrada no pescoço e brincando disse:

— Com Maninho ou sem eu vou tomar conta. Falei que hoje eu ia abusar desse coroa. Vou logo marcar o território, assim nenhuma chega mais.

Achei graça e brinquei:

— Larga de ser egoísta. Aprende a dividir.

Ela sorriu meio discreta e com um pouco de timidez respondeu:

— Eu sei dividir. O Maninho é que ainda fica mais travado.

Olhei para ela sorrindo malicioso, tentando entender o que ela pretendia dizer com aquilo, mas, enquanto eu pensava como perguntar começou outra seleção de músicas para dançar junto e ela pegou na minha mão e perguntou:

— Dança comigo?

Me levantei e fomos para a pista. Gui dançava bem, colava o corpo e se deixava levar, bem fácil. Logo estávamos dançando mais entrosados e ela fazia questão de ficar bem agarradinha. Eu sentia o calor do corpo dela, o bico dos seios pressionando o meu, e aquilo me excitava um pouco. Meio receoso do que pudessem dizer depois, eu questionei:

— Você é uma atriz conhecida, e casada com um músico que todos aqui parecem conhecer. Não pega mal ficarmos assim tão juntinhos?

— Ah, tio, não tem problema. Estamos só dançando juntos e o Maninho não liga para isso. Nesse ponto ele é muito “tranqs”. Me deixa tirar a minha casquinha vai!

Fiquei mais relaxado e me deixei levar pela música, fazia até algum tempo que eu não dançava e estava muito gostoso ali abraçado com a Gui. Aproveitamos para dançar um longo set de músicas. Não demorou muito para aqueles contatos, calores e os aromas fazerem efeito e eu senti que me excitava um pouco. O pau cresceu um bocado dentro da cueca e a Gui percebeu pois pode sentir ele se avolumando. Ela me olhou com expressão marota e tratei de dizer:

— Desculpe, é difícil evitar. Não tenho controle sobre isso. Quer parar?

Gui sorria contente e falou:

— Parar agora? Não! Agora que ficou bom. — Ela ria brincando. Depois tranquilizou:

— Relaxa tio, está muito gostoso. Não acho ruim, acho bom. Obrigada. Eu já falei na praia. Adoro esses elogios.

Eu, como se desse uma desculpa comentei:

— Se alguém dançar juntinho com você e não reagir não gosta da coisa.

Ela sorriu. Depois me olhava nos olhos e perguntou:

— Você gosta né?

— Eu detesto, não suporto, fico até com alergia. — Disse dando risada e ela se acabou de rir também:

— Safado, bem que eu falei pro Maninho que você é bem safadinho.

— O que você falou para ele? E por qual motivo?

— Ele disse que eu estava provocando você demais com as roupas que uso em casa, e eu respondi que você gostava e não fazia mau juízo disso.

— É verdade.

Depois perguntei:

— Mas ele não gosta, sente ciúme ou algo do tipo?

— Não, ele não se incomoda, nós somos bem liberados. Ele só não queria que você ficasse constrangido.

— E por que você disse que eu sou safadinho?

— Porque você gosta, ué! Não gosta?

— Já respondi. Detesto – Tenho nojo! — De novo eu ria com ironia e ela gargalhou.

Aí ela disse rindo:

— Então seu safadinho, vou judiar e dar mais do que você não gosta!

Votamos a dançar e agora eu aproveitava para abraçar a Gui com mais intimidade. Até que meia-hora depois a seleção de músicas daquele set estava chegando ao final e voltamos para a mesa. Logo o Maninho voltou lá de cima e retomamos o papo. Gui falou para o marido:

— Você me deixou aqui só com o tio e eu aproveitei, agarrei bem ele na pista.

Maninho olhou divertido e disse:

— Quer furar meu olho tio? Que traíra!

— Estava apenas zelando para ninguém se aproveitar de uma esposa abandonada.

Demos risada e ficamos brincando com aquele jogo de acusações sem seriedade. Depois, pedimos umas comidas gostosas e enquanto não chegavam voltamos à pista para dançar rock, os três separados, apenas curtindo dançar os sucessos do set. A noite estava muito divertida e a pista de dança lotou.

Gui falou para o Maninho, que não ia desgrudar de nós dois para não dar chance para outras interessadas, e nós achamos graça pois ela falava fazendo gozação. Dizendo que naquela noite estava egoísta e não ia dividir nenhum dos seus “maridos”.

Sabíamos que era brincadeira, mas eu pressenti que ela estava fazendo um certo jogo de provocação também com o Maninho. Mas fingi que não percebia nada.

Dançamos uns quarenta minutos. Finalmente a comida chegou e comemos com vontade. Maninho e Gui tinham tomado uns seis drinques cada um e talvez pelo efeito das comidas já estavam ficando um pouco bêbados e com sono. As horas havia passado rápido e nem notamos.

Gui comentou que estava desacostumada a dormir tarde, já eram umas duas horas da madrugada. Resolvemos voltar para casa. Eu fui dirigindo na volta e os dois, meio dormindo no carro. Ao chegarmos na Barra era perto das três da madrugada e fomos todos para a cama sem mais demora. Me despi, escovei os dentes e caí na cama. Apaguei logo.

Na manhã seguinte novamente despertei com a Gui batendo no umbral da porta e me chamando:

— Ô gostosão, vamos pegar uma praia?

Gui estava de calcinha e camisola. Dei bom dia, disse que ia me levantar e ela saiu em direção à cozinha. Fui ao banheiro, fiz xixi, me lavei e escovei os dentes. Coloquei meu calção largo e fui para a cozinha onde a Gui já estava servindo a mesa. Fui até ela e dei um beijo no rosto perguntando se dormiu bem. Ela fez que sim, depois contou:

— Quando cheguei estava arriada, e dormi umas duas horas. Aí tive um sonho gostoso e acordei cheia de animação, mas o meu “mozinho” estava desmaiado.

— Não diga! — Tratei de responder.

Ela prosseguiu:

— Chamei várias vezes e nada. O “mô” é mole para bebida. Nossa, quase fui acordar o tio. — Ela disse essa parte me olhando com expressão sapeca.

Eu sorri e fiz um sinal da cruz:

— Ainda bem que não foi. Acho que eu ia desapontar. Também capotei.

Ela deu risada e disse:

— Ainda bem que nós mulheres sabemos como resolver fácil. Basta um dedinho.

Eu sem nada para falar arrisquei:

— Ah que desperdício!

Nisso, o Maninho estava entrando na cozinha com cara de sono ainda, e perguntou:

— Esperdício do quê tio?

— A Gui me contou que acordou no meio da noite doida para fazer uma loucura, e você estava nocaute total.

Ele deu risada e perguntou:

— Verdade “mô”?

— Verdade! — Gui sorria divertida e emendou:

— E eu quase apelei para o meu segundo marido, mas o tio disse que não ia prestar que ele estava pior do que estragado!

Nós três demos boas gargalhadas e o Maninho falou:

— Essa minha mulher me faz passar cada uma. Desculpe aí tio, ainda bem que podemos confiar em você. Se cai na mídia uma fala dessa eu estou lascado.

Percebendo que eles tinham mesmo uma grande liberdade e cabeça boa, eu fui ficando mais tranquilo. Tomamos nosso café da manhã com calma. Até que senti um toque por baixo da mesa no meu pé. Olhei pelo tampo de vidro. Gui novamente mexeu discretamente com seu pé delicado sobre o meu e sugeriu:

— Topa ir à praia do Abricó? Você disse ontem que queria ir.

Eu topava, não tinha objeções e seria muito bom ficarmos todos à vontade. Queria ver Gui exibindo sua beleza e provocando olhares diante do marido. Disse:

— Demorô... Bora lá.

Maninho apenas comentou:

— Estava demorando. Ela adora essa praia. Desfila sua nudez sem a menor vergonha. E eu que suporto a pressão dos machos todos cobiçando.

Eu perguntei:

— Você não quer?

Maninho aderiu:

— Vamos sim tio, é gostoso! Eu gosto de ir lá.

Eu alertei:

— Só tem uma coisa, posso passar vergonha lá, sou das antigas. Não estou assim acostumado a ver todos pelados.

Maninho riu e disse:

— Então eu também sou das antigas. Às vezes fico “mó” arretado. É que a Gui provoca demais.

Gui tentou negar:

— Mentira dele. Ele fica porque também vê as outras gostosas se exibindo para ele e só pensa sacanagem. Cabecinha maldosa esse menino! E passa a culpa para mim.

Eu aproveitei para zoar:

— Ir na praia naturista e não curtir nem se excitar com as gostosas é como ir à São Paulo e não ir à Avenida Paulista.

Gui disse com cara de desprezo:

— Prefiro mil vezes a praia naturista do que a Avenida Paulista.

Achei graça e rimos divertidos. Ele estava coberto de razão. Tomamos nosso desjejum reforçado, e nos preparamos rápido. Pouco depois seguíamos na Duster do Maninho para Grumari.

Levávamos caixa térmica com um bom lanche, cervejas, batida de limão, água, cadeiras de praia e barraca guarda-sol. Gui foi vestida apenas com uma Canga colorida enrolada no corpo. Lá chegando, fomos para a parte do naturismo e nos despimos. Gui ao se despir da Canga agia com naturalidade o que lhe dava mais sensualidade.

Como eu já esperava, no começo eu fiquei com um pouco de excitação, tal qual Maninho, mas foi por pouco tempo. Tentei não me fixar muito na Gui. Reparei que Maninho tinha o pau um pouquinho maior do que o meu, mas o meu era um bocadinho mais grosso. Coisa de macho que liga para esse tipo de detalhe.

Quando guardamos as roupas despidas na sacola e seguimos andando na areia, levando as tralhas para escolher onde íamos ficar, já estávamos mais sossegados e a excitação tinha baixado. A praia estava relativamente cheia, vi muita gente, e mesmo assim, a presença de Gui era um destaque, sua beleza nua era um arraso chamando a atenção de olhares da maioria. Fingimos que nada acontecia e fomos nos acomodar.

Achamos um espaço na fronteira entre a areia seca e a molhada. Ajeitamos nossas cadeiras, fincamos o guarda-sol, e Gui sugeriu:

— Vamos molhar o corpo antes de tostar ao sol?

Eu concordei. Precisava mesmo de um mergulho. Ela estendeu a mão e pegou na minha. Depois deu a outra mão para o marido e caminhamos pela areia em direção à água. Sua xoxota totalmente lisa e sem pelos parecia mais saliente. Apenas aquele coraçãozinho de pelinhos aparados bem acima no púbis e a tatuagem de borboleta enfeitando aquela barriguinha batida. Os seios firmes e com mamilos rígidos. O caminhar sensual de Gui sobre a areia era algo digno de sonho. Não resisti e dei uma olhada para trás.

Notei que a maioria das pessoas nos observava. Mas Maninho se mostrava bem descontraído e acostumado com aquilo. Ele sabia o preço de ter casado com aquela maravilha. E ele também era um homem bonito, esguio, com boa musculatura. Entramos no mar, e fomos até onde dava para mergulhar.

Molhamos o corpo, ficamos um pouco na água, eu dei umas braçadas, e alguns minutos depois voltamos de mãos dadas como havíamos feito na ida para a água. Eu tentava não deixar que meus pensamentos me provocassem e a ereção viesse. Falávamos trivialidades sobre a praia e o prazer de morar no litoral. E a liberdade que dava ter uma praia de nudismo próxima.

Ao voltarmos para onde estavam as cadeiras de praia, me sentei para não ficar com o pau muito aparente, pois estava meia bomba. Maninho também se sentou e Gui ficou de pé passando óleo com protetor solar pelo corpo. Aquilo sim era uma provocação visual para fortes.

Ela se acariciava espalhando o óleo na pele em partes muito sensíveis como os seios, as nádegas e o ventre. Acho que se houvesse um alarme que medisse o endurecimento dos paus na praia toda ele iria soar alto por todo lado. A maioria dos machos procurava disfarçar a reação. Achei que valia comentar:

— Nossa, se tiver algum pau que não deu sinal de vida nesta praia agora, pode cortar e jogar fora.... Não presta mais.

Maninho caiu na gargalhada muito divertido e disse:

— Pior tio, que eu passo por isso sempre! É quase um ritual da Gui. Ela faz de propósito.

Gui fez cara de sacana e saiu com uma tirada ótima:

— Pois é meu filho, esse é o melhor remédio, tome uma dose de Gui diariamente e não precisará de Viagra tão cedo!

Rimos divertidos. Ela era bem descontraída e assumida e pelo fato de ser atriz não mostrava nenhuma insegurança. Aquilo para mim era fascinante. E o clima de intimidade foi aumentando. Ficamos tomando sol mais de uma hora, até que Gui se levantou e perguntou se eu podia passar mais protetor solar nela. Eu agradeci e falei:

— Está de sacanagem comigo! Não me pega nessa não! Nem sonhando! Se eu encostar em você vou dar o maior vexame aqui.... Já estou perigando só de ver, imagine se tocar!

Gui sorriu e disse:

— Ah, tio, deixa de onda! Não é assim também!

Maninho comentou:

— Ela está só testando a sua capacidade de aguentar as provocações.... Quer ver até onde você vai.

Eu falei sorrindo:

— Vou até o inferno e volto, mas aqui na praia, na frente do seu marido, é melhor você se virar sozinha.... Nem o seu marido vai ter coragem de encostar-se a você sem pagar um mico. Você levanta até a múmia do faraó.

Gui achava graça e exibia seus mamilos pontiagudos bem rígidos, indicando que se excitava em provocar e ser elogiada.

Maninho falou:

— Está vendo tio? Ela é assim, adora causar embaraço na gente.

Gui só achava graça e continuava passando o creme no corpo. Olhei em volta e vi que muitos a observavam. Eu tentei amenizar:

— Maninho, realiza.... Se você fosse mulher, bonita e gostosa como a Gui, viesse na praia de nudismo, sacasse que só dá você no cenário, não tem para nenhuma, é a mulher mais bonita e gostosa da praia, não ia aproveitar e desfrutar desse posto delicioso, de ser a mais desejada no pedaço? Me diga.

Gui me olhava admirada, não esperava essa minha colocação.

Maninho riu e concordou:

— Bem, pensando por esse lado.... Tem razão. Mas a gente não merece essas provocações.

— Merece sim! Eu pelo menos mereço! Pode continuar Gui! — E ri debochado da cara que o Maninho fez.

Gui sorriu divertida, e depois disse:

— Está bom. Vou dar uma trégua para vocês. Vou baixar a bola. Vamos apenas aproveitar a praia e esquecer as bobagens que assolam as mentes mais safadas.

Fiz um sinal de “amém” com as mãos juntas. E Maninho me imitou. Sorrimos um para o outro. Percebi que os dois levavam aquilo tudo na brincadeira, e me tratavam com muita intimidade. Eu fiquei mais aliviado. Estava com receio de passar apertado com uma ereção enorme ali diante deles.

A partir desse episódio, ficamos muito tempo tranquilos, sentados ao sol, batendo papo descontraído, curtindo o dia, a água, a praia, sem ter mais novas provocações explícitas da Gui. Mas ela permanecia nua se bronzeando.

Até que a praia foi ficando mais vazia, as pessoas indo embora, e podíamos estar menos vigilantes com nossos instintos. Eu fui muitas vezes à água para nadar um pouco e me refrescar. Algumas vezes Maninho foi junto comigo, e em outras foi a Gui que me acompanhava. Numa dessas vezes fomos nadando um pouco mais para longe e lá a profundidade era maior. Demos uma parada e ficamos boiando e recuperando o fôlego. Então percebi que quando boiávamos para descansar Gui se aproximava de mim, utilizando meus braços e ombros como apoio. Ela disse:

— Me ajude, me segura um pouco, não consigo ficar boiando muito tempo. Canso logo.

Deixei que ela se apoiasse nos meus ombros. Passei uma mão na sua cintura. Às vezes Gui passava o braço sobre o meu ombro atrás da minha nuca para se segurar. Com isso, com o movimento da água ela se encostava com a bunda em meu corpo, na lateral da minha cintura. Meu pau logo ficou duro ao sentir aqueles contatos. Mas eu disfarcei. Só que ela na maior naturalidade deixava-se esfregar um pouquinho sentindo a rola dura roçar sua bunda e nas coxas.

Eu falei:

— Acho que temos de voltar. Não vou conseguir segurar você assim muito tempo.

Ela falou:

— Puxa tio, senti firmeza, que elogio gostoso que você está me fazendo!

Eu não entendi logo, mas depois caiu a ficha e eu disse baixinho:

— Não brinque com fogo. Pode dar labaredas fortes.

Ela sorriu e passando a mão de leve no meu cacete duro, falou meio em tom de provocação:

— Ah.... Que bom, quero ver essa fogueira dentro da água. Pelo visto tem mangueira de sobra para apagar o fogo!

Eu deixei ela boiando sozinha e me afastei nadando de volta. Eu disse:

— Ainda bem que estamos na água.... Senão, na praia ia ser mesmo algo incendiário. E catastrófico. Maninho não é bobo e já percebeu que você está me provocando sem parar desde ontem.

Gui nadou para se aproximar, e ao chegar perto me olhou nos olhos e respondeu:

— Ele gosta disso tio. Ele não assume abertamente porque ainda tem vergonha do tio. Mas eu sei, ele já me contou, adora me ver assim, provocando.... O safado fica muito excitado com isso.

Fiquei olhando meio cético, só para obrigar ela confirmar. Gui contou:

— Já faz um tempo que eu descobri essa tara dele, quanto mais eu provoco mais ele fica excitado. Ele sempre teve a fantasia de me ver no sexo com outro homem.

Eu não dei resposta. Não esperava ela confessar aquilo. Segui nadando, pois sabia que ela teria que nadar se quisesse sair daquele fundão. Ela veio atrás. Quando chegamos numa área que já dava pé, mais perto das ondas ela me alcançou:

— Mas independente de provocação, e de brincadeiras, tenho que dizer de verdade, você é um coroa muito gostoso.

Ela deu uma passada de mão na minha bunda, dizendo:

— Mexe sim com a minha libido. Eu pegava.

Eu sorri irônico. Meu pau ainda estava meia bomba e já queria subir de novo. Eu continuei saindo em direção à praia enquanto falava:

— E você é uma jovem horrível, não é bela, nem é gostosa, nem é safada.... Nem sei como desperta tanto tesão na gente. Eu nem sei direito por que eu não a pegaria. Mas acho que não pegava não. Morro de medo de mulher assim.

Ela achou graça e gargalhou alto e divertida. Já estávamos andando com água pela cintura e fomos nos aproximando da praia. Fiz hora por ali para dar tempo de baixar a rola novamente. Seguimos depois em silêncio até às cadeiras onde Maninho estava lendo uma mensagem no celular. Pelo visto ele nem tinha ficado prestando atenção na gente.

Retomamos nossos papos com naturalidade bebendo umas cervejas e foi numa brecha da conversa que Maninho perguntou:

— Tio, queremos saber sua opinião. Sua experiência pode nos ajudar.

Eu esperei atento olhando para ele. Continuou:

— Você acha ser possível e normal em um casamento como o nosso, ocorrer um relacionamento mais aberto, e liberal?

Bingo! Eles chegavam finalmente ao ponto em que eu queria. Havia algo ali que não estava bem resolvido na relação. Eu fiz que sim com a cabeça. Pensei como deveria começar a explicar:

— Depende, Maninho, sempre depende. Cada caso é um caso, e não existe regra. É possível sim. Mas algumas condições são necessárias. E depende de ambos.

Gui olhou para Maninho como se estranhasse aquela conversa, ou quisesse dele um esclarecimento. Talvez ela não esperasse que ele tocasse no assunto ali. Maninho perguntou apenas:

— Quais condições tio?

Eu não queria dar todas as explicações de uma vez. Fui com calma:

— Primeiro, os dois devem se gostar muito, e tendo grande respeito e cumplicidade. Aí, em vez da prisão da monogamia o casal talvez busque de comum acordo, a liberdade, e em vez dessa liberdade os separar, possa os unir mais ainda pela parceria.

Fiz uma pausa para que os dois pudessem assimilar.

Maninho disse:

— Entendo. Acho que entendo. Mas se puder, seja mais claro.

Continuei:

— Segundo, nos casais, sempre há um dos dois que cede mais, aceita mais os desejos do outro. Geralmente, é o que gosta mais do parceiro que aceita mais as vontades do outro. Por gostar aceita. Por isso esse outro deve respeitar muito isso, para não ferir essa entrega, essa aceitação do seu par. Os sentimentos desses que aceitam mais do outro, são facilmente feridos se não se age com total transparência e respeito.

Fiz outra pausa e dei um gole numa batida de limão que Maninho havia comprado.

Maninho fez que sim, como se concordasse e comentou:

— Até aqui, entendo perfeitamente. E concordo.

Retomei:

— Terceiro, os fetiches, prazeres e desejos de ambos não devem ser conflitantes, mas sim complementares. Ou seja, o que um gosta deve dar satisfação no outro.

Parei uns segundos esperando o raciocínio e continuei:

— O que um gosta deve agradar ao outro. Se um gosta de provocar e ser desejado o outro deve ter prazer nisso. Ver o parceiro fazendo ou recebendo o que deseja e gosta deve excitar o que vê. O outro deve se excitar com o fetiche do parceiro. Essa parceria cúmplice tem que ser forte, e com muito respeito, senão eles não aguentam. Sempre existirá um pouco de ciúme e insegurança de ambos, conforme a situação.

Parei e olhei para ambos. Observavam com muita atenção. Completei:

— Os limites devem ser estabelecidos em acordo mútuo. Podem ser negociados, mas o acordo deve ser respeitado.

Maninho e Gui me ouviam atentos. Eu completei:

— E finalizando, é sempre um caminho difícil, um aprendizado constante do casal. Não tem um ponto limite ou o ponto de chegada. Não há equilíbrio, e é um movimento permanente. A pressão sempre aumenta e depois baixa. Ambos têm que fazer isso acontecer de modo que seja muito bom aos dois, gostoso, divertido, mas sem ter o egoísmo do sentimento de posse. No fundo, de verdade, ninguém é de ninguém. Mas nem sempre ambos pensam assim. Esse é um problema.

Tomamos mais uns goles de bebidas enquanto o silêncio indicava que estavam refletindo no que eu dissera. Percebi que o papo ficara sério.

Eu fechei a explicação cutucando:

— Por isso é difícil. Mas é possível. Mas, agora me diga, por que você fez essa pergunta? O que incomoda vocês?

Dessa vez foi a Gui que respondeu:

— Bem, o que você disse é acertado, mas eu acho que o Maninho tem mais dúvidas. Algumas coisas da nossa vida nos colocaram essas questões. Ele ainda não disse o que deseja perguntar.

Maninho esclareceu:

— Somos muito liberais, sempre fomos, nunca fomos possessivos ou ciumentos, mas, aconteceram coisas entre nós que estamos querendo resolver. Talvez o tio nos possa ajudar.

Eu jamais poderia perguntar a eles quais seriam essas coisas. Tinha que esperar que surgissem na conversa naturalmente. Então tratei de buscar exemplos genéricos:

— Crise todos passam. É natural nos casamentos e relacionamentos, existir a necessidade de alguma novidade, de novas emoções, curiosidades, pois surgem desejos e fantasias. Acontece com a maioria dos casais depois de algum tempo de estabilidade na relação. Mas a maioria não sabe lidar com isso.

Dei uma pausa. Esperei que eles assimilassem e continuei:

— Pode acontecer duas coisas. Ou ambos se travam e vivem com medo, oprimidos, escondendo seus anseios e fantasias, ou agem de modo independente. Por isso ocorrem as crises. E a maioria dos casais não sabe o que fazer. E acabam agindo errado.

Maninho concordou:

— Isso.... É verdade.

Eu continuei:

— Bem, o mais normal é o homem questionar, já que é ele que tem uma formação menos doutrinada numa rígida fidelidade masculina. Ele é quem geralmente cria fantasias que depois reprime com medo de expor para a parceira. Teme que ela não receba bem isso. Mas chega uma hora que ele acaba revelando, ou abrindo o jogo e tocando na questão, pressionado pelos próprios anseios e desejos. Nestes casos, geralmente, num primeiro momento as mulheres ficam meio inseguras, não sabem bem o que significa aquela atitude, temem a perda ou quebra da relação, a falta de amor por parte do parceiro. Mas em contrapartida, no fundo, são elas os seres sexuais que mais fantasiam. Estudos provaram que as mulheres fantasiam normalmente muito mais do que os homens, até porque o motor da sua libido é muito mais emocional, psicológico e afetivo do que físico. São as que mais estão afeitas a ter desejos reprimidos, muito antes até de ter seus relacionamentos. Muitas garotas trazem da adolescência, segredos contidos que elas morrem de medo de assumir por toda a vida. Apenas guardam para si.

Tomei fôlego e vendo que estavam atentos continuei:

— Por exemplo, o tesão reprimido pelo pai durante uma fase da vida da garota. É muito normal isso, mas quase nenhuma mulher confessa ou assume. Até se condenam por sentir isso. No entanto, existem casos onde é o contrário, a mulher que se sente presa no matrimônio. Ela tem desejos de liberdade, de aventuras e variações de parceiros, mas fica presa à fidelidade ao parceiro, com medo de se expor. Com medo de ofender ou magoar. Ou parecer vulgar ou devassa. Por isso é fundamental o diálogo. Sem dialogar nunca vão chegar a lugar algum.

Gui concordou:

É verdade! Isso ocorre sim. Muito.

Eu continuei:

— Então, temos três bifurcações possíveis para esses impulsos. Um caminho, mais comum, é acontecer de um dos parceiros buscar escondido a realização desses desejos reprimidos, fora da relação, em segredo, traindo o pacto da fidelidade. Às vezes até ocorre de os dois parceiros fazerem isso em segredo paralelamente, separados, enquanto mantém a relação do casal por aparências, sem revelar suas aventuras. Mas isso funciona por um tempo só. Até que a casa caia para algum deles. Aí a traição fere de morte a confiança e o amor próprio dos parceiros. Ninguém gosta de ser traído ou enganado e nem substituído. Mas, mesmo assim, alguns casais não separam, continuam juntos depois da crise, com medo de perder o que já se investiu na relação.

Fiz uma pausa para que assimilassem o que eu havia dito. E continuei:

— Nesses casos ocorre sempre um trauma entre eles que não passa. Fica sempre a ferida aberta e o medo de acontecer de novo. A confiança foi quebrada.

Maninho exclamou:

— Confiança e sinceridade, isso é essencial.

Voltei a dar uma pausa fazendo sinal para esperarem. Prossegui:

— Já o segundo caminho é o relacionamento monogâmico, que com o tempo entra num estado de estabilidade, muitas vezes fica sem interesse e perde o encanto, vira monotonia. Se houver traição, a ferida não se fecha, entram em crise, a coisa definha e acaba. Geralmente termina em separação. Geralmente essas pessoas dão muita importância ao que vão pensar delas. Então, feridos, cada um busca outra opção. Mas até isso fica mal resolvido, porque as pessoas se gostam ou se gostavam, e se afastam feridos por não serem mais felizes juntos, frustrados. Sendo que separados também não são felizes. Esse é o caminho mais comum.

Tomei um gole de bebida e fazendo um gesto amplo com a mão:

— Está cheio de gente que em vez de se abrir com o parceiro, expor sua necessidade, buscar o entendimento, foge da verdade, por medo ou vergonha de assumir suas vontades e fantasias. E acabam destruindo aquela relação e buscando outra. Talvez essa outra também não vá muito longe pois adoece com o tempo.

Observei os dois que escutavam. Eles se olhavam muito atentos, parecia que tinham algo a dizer, mas estavam avaliando quem seria o primeiro a se pronunciar.

Retomei a fala:

— E o terceiro caminho, é feito por aqueles que estabelecem de fato uma parceria, e mesmo com dificuldade de tocar no assunto no início, vão aos poucos procurando o entendimento, buscando se abrir e se entender. Se houver parceria e abertura, se gostam de fato um do outro, geralmente acabam se entendendo, estabelecem um equilíbrio cúmplice e tendo mais felicidade de descobrir as coisas juntos. É um aprendizado.

Fiz mais uma pausa e olhei para eles. Gui tinha um sorriso no rosto e se mostrava mais animada. Maninho denotava ansiedade. Ele deixou escapar:

— Caraca... Tio! Você é mestre! Matou a pau! Resumiu perfeito.

Finalizei:

— Bem, eu não acho que tudo é assim tão esquemático não. Foi só um desenho geral simplificado que usei para mostrar. Não é tão simples. Nas pessoas, em casais, não existem regras exatas. Cada caso é próprio de cada pessoa. Mas, para resumir, o mais comum é isso. Eu não sei tudo. Mas tudo que eu já vi se resume assim.

Esperei olhando um e outro, e concluí:

— Depois de vivermos muito, de apanharmos bastante, acabamos somente sabendo um pouco mais. Mas estamos sempre descobrindo novidades.

Gui olhou séria para Maninho e comentou:

— “Mô”... Sinto confiança no que o tio falou. Achei o máximo. Se você quiser falar com o tio o que foi que aconteceu, eu concordo. Fiquei bolada com essas explicações dele.

Olhei para o rapaz. Ele coçou a cabeça.

— Não sei bem por onde começar, tio — hesitou um pouco buscando alguma ideia.

Gui pediu:

— Pode falar.

Ele retomou:

— Eu sei que a Gui é essa mulher belíssima, deliciosa, muito linda e muito assediada. Isso me deixava e deixa muito orgulhoso por tê-la conquistado, e feliz de tê-la como parceira. Mas eu também ficava inseguro pois ela sempre foi assim, desinibida, assumida. E livre.

Maninho esperou para ver se eu perguntava algo, mas como eu nada disse ele prosseguiu:

— Sei que ela é desejada o tempo todo. Assediada sempre. Eu não sou de ter ciúme. Acho normal em alguns casos ela até ter vontade de fazer algo. Não sabia até onde ela poderia resistir, e nem se tinha interesse de resistir. Embora sempre me respeitasse muito.

Maninho fez mais uma pausa e bebeu mais uns goles da caipirinha, como se buscasse coragem para avançar nas partes mais reveladoras. Fiquei quieto, pois não queria cortar o momento e até ali não havia novidade. Gui me olhava mais confiante e Ele retomou:

— Então, há uns meses atrás, fui assistir a uma peça de teatro que a Gui estava encenando, onde ela contracenava fazendo par romântico com um ator muito bonito e charmoso. Tinha uma cena íntima. E percebi que o cara realmente sentia desejo nela, não era só teatro, não era apenas representação, isso passava na cena, e Gui correspondia, ajudando na interpretação. Podia ser apenas encenação, mas eu percebi que ela sentia desejo também, e que os beijos trocados em cena eram muito intensos. Na peça aquilo ficava lindo. O público adorava.

Maninho deu outro gole antes de prosseguir:

— Aquilo mexeu comigo de uma forma louca. No início foi só ciúme, um pouco de raiva também da Gui facilitar, por ver que ela aceitava o interesse do cara.

Maninho olhava para a esposa, e depois me olhava tentando avaliar o impacto do que ele dissera. Respirou fundo e prosseguiu:

— Só que depois, observando, eu entendi que fazia parte do trabalho dela, e se fosse eu no lugar do cara, teria a mesma reação. Quem não ia desejar a Gui toda linda e sensual de camisolinha sexy naquela cena? Eu precisava era ver com ela o que significava.

Maninho parou e deu mais um gole na bebida. Vi que ele relutava para revelar tudo. Tomou novamente fôlego antes de continuar:

— Assim, quando eu me colocava no lugar dela, ficava ainda mais confuso, pois entendia ser normal que ela se sentisse provocada pelo desejo do outro, e correspondia, se beneficiando por ser uma cena da peça. No entanto, fora da peça, a nossa relação não mudava. Ela demonstrava sempre o mesmo afeto, desejo e carinho por mim. Era como se nada daquilo existisse. Por isso eu não reagi de imediato e fiquei só remoendo. Porém, isso me atormentava, como se ela tivesse uma vida dupla. Não sabia até onde ela iria com aquilo, se ficava apenas nas cenas. Passei a pensar muito nisso e não desligava. Estava inseguro. A peça estava sendo encenada por uma temporada. De tanto pensar naquilo, quando dei por mim, estava imaginando a Gui fazendo sexo com o cara, sucumbindo ao assédio e ao desejo. Até aí eu entendia que poderia ser um caminho natural, admitia que pudesse acontecer, sentia ciúme, me angustiava, mas não falava nada. Mas, notei que também só de imaginar aquilo acontecendo, me excitava. Ficava muito tarado ao imaginar aquilo. Me excitava pensar que minha mulher pudesse ter desejo de fazer sexo com outro homem. Aí minha cabeça foi ficando mais confusa por isso. E eu não sabia o que fazer.

Maninho parou meio emocionado. Percebi que ele ficara até um pouco excitado por lembrar. Tomou um gole grande de bebida.

Gui aproveitou a pausa do marido e explicou:

— Até aí tudo certo, eu de fato sentia atração pelo ator, encenava com ele todos os dias, sentia o interesse e desejo dele e ficava excitada por isso, na hora da cena.

Gui parou um pouquinho, também deu um gole na bebida antes de continuar:

— Mas depois que acabava o espetáculo eu tentava isolar aquilo. Eu sentia uma vontade excitante naquele momento, mas depois reprimia. Isso me incomodava porque era algo que eu não sabia lidar. Mas também não falei nada com Maninho porque achava que era só naquele caso momentâneo da peça, e seria superável. Até que o Maninho não aguentou o incômodo e uma noite tocou no assunto. E tivemos que conversar.

Maninho aproveitou e retomou a conversa:

— Numa noite, a gente estava transando, bem excitados. Eu achei, pela maneira que ela agiu durante a transa, que ela se lembrou do ator. Estava agindo diferente comigo. Tomei coragem e perguntei sobre ele. Se ela pensava nele e tinha desejo nele. No fundo eu esperava que a Gui negasse, mas ao contrário, ela confirmou, foi sincera e disse que na hora da cena com ele sentia mesmo muito desejo. Assumiu que ele beijava muito gostoso e ela correspondia com prazer. Ouvir minha esposa dizer que se excitava com os beijos do ator mexeu comigo. Fiquei muito confuso, porque eu estava abalado emocionalmente por aquilo, sentia ciúme, minha mulher assumindo o desejo por outro. Mas também estava excitado, e com a confissão dela assumindo, sem entender o motivo me excitei ainda mais. Na hora eu estava tarado.

Maninho deu uma pausa, suspirou fundo, emocionado. Mas prosseguiu:

— Não sabia como aquilo acontecia, mas eu estava excitado de saber que ela desejava experimentar e dar para outro macho. E ela também ao assumir que desejava o outro, parece que ficou muito mais excitada. Essa nossa transa foi muito intensa. Aí que começou um processo meio louco.

Gui interrompeu:

— O fato de eu ter assumido o que sentia para ele, me libertava, me permitia não ocultar mais o que me dava vontade, não precisava enganar meu parceiro. Era apenas um desejo físico, eu não gostava afetivamente do ator, mas gostava do tesão que ele demonstrava. Mas também, ao me declarar excitada para o Maninho tornava o desejo ainda mais forte. Era um desejo real que eu não precisava mais reprimir. E ao ver que Maninho não se rebelava diante da minha postura, nem se desesperava ao saber do fato, mas em vez disso, ele ficava excitado com essa minha atitude, aceitava ser natural eu me excitar, foi muito provocante. Foi como vento que alimentava o fogo. Nós tivemos um sexo incrível falando sobre aquilo. A gente ficou nessa por alguns dias, transávamos excitadíssimos, ele me perguntava o que eu imaginava fazer com o sujeito e eu tendo perdido o receio de ofender confessava minhas fantasias e desejos. Idealizando tudo o que podia acontecer. Eu ficava muito excitada e aquilo me dava mais vontade. Até que numa das nossas relações cheias de intenções eu decido assumir. Disse claramente para o Maninho que não era apenas fantasia, que tinha muita vontade de fazer mesmo, de transar de verdade com o ator, sair da fantasia, e queria saber se o Maninho deixava ou aceitava. Na hora, na excitação do momento ele disse que sim, com a condição de que eu fosse muito discreta com tudo e que depois contasse tudo a ele.

Ela parou de falar e me observava. Percebi que ela tinha os mamilos empinados de tão excitada em me contar aquilo. Eu estava sentado na cadeira de praia, também excitado ao ouvir a narrativa, meu pau latejava e eu não escondia. Nem tinha mais como. Mas notei que os dois pareciam ainda muito mais excitados de poder contar aquilo. Foi Maninho que retomou:

— Eu assumi que a deixava fazer. Também queria sair do fantasma da fantasia. Disse a ela que permitia, iria ser feito de corno, mas sem ser enganado. Porque entendia que era uma vontade dela, verdadeira. E eu respeitava. A Gui havia confessado que mesmo me amando, tinha essa curiosidade, estava com desejo e queria muito transar com o ator. E eu sabia que de um jeito ou de outro ia acontecer. Na hora que dei o sim eu achei que era a única forma de fazer o teste final, de provar o sabor dessa situação, ver qual o efeito, e de nos livrarmos desse quadro hipotético fantasmagórico que nos assombrava.

Ele contava novamente revelando certa emoção:

— E aquele desejo dela se intensificava a cada dia. Era como um sonho repetido que não tinha fim. Mas depois de ter concordado com aquilo eu fiquei muito louco, angustiado e ansioso. Era inevitável e sabia que aquilo iria acontecer em breve, como de fato aconteceu. O pior é que eu ficava excitado em pensar naquilo.

Gui suspirou excitada por lembrar. Ela comentou:

— Eu nunca imaginei que teria tanta coragem, era um risco, mas o desejo falou mais alto. E eu fui para essa aventura tio. Com a aprovação do Maninho.

Maninho continuou como se ela não tivesse comentado:

— Eu aceitei ser corno. No dia que a Gui voltou bem mais tarde do teatro, já amanhecendo, e me confessou que havia ido para um motel com o ator, e fez sexo com ele por algumas horas, mesmo eu sabendo antes que ia acontecer, fiquei louco, quase tive um ataque cardíaco, porque ao mesmo tempo em que sentia uma grande angústia por saber que ela tinha ido se entregar, e ser possuída por outro homem, aquilo me dava uma tara muito estranha. Nunca entendi isso. Não sabia por que me excitava tanto ouvir, confessado por ela, todos os detalhes do que fizeram no motel e o que ela havia sentido!

Eu dei um sorriso e balancei a cabeça. Disse:

— Quem nunca? Não ache estranho. Você nem imagina como isso é normal.

Eu sabia bem o que era aquilo. E também já vira outros casais nas mesmas condições. Disse exatamente:

— Sei perfeitamente como você se sentia Maninho. Sei até como os dois se sentiam. Já vi isso muitas vezes. E ajudei muitos outros casais passarem por essa prova também.

Eu sabia mesmo como a outra pessoa fica totalmente alucinada numa situação como aquela. Comentei:

— Eu digo mais, o fato da Gui ter gostado do que fez e confessar, acredito, virou outro fantasma para você!

Ao ouvirem aquilo, toda a possível ansiedade de me contarem os detalhes pareceu se dissipar num átimo. Como mágica. Houve um alívio da tensão. Era a cumplicidade que faltava. Gui se movimentou procurando uma postura mais relaxada na cadeira, de pernas mais abertas. Ao mesmo tempo que buscava ficar mais à vontade, também estava me mostrando a xoxota. Ela concordou sorrindo:

— Exatamente tio, eu gostei demais de ter feito aquilo. É da minha natureza. Gosto muito de sexo e poder fazer o que deu vontade, um sexo diferente do que eu fazia. Pude variar, sentir outro macho, sexo feito apenas para o prazer, sem preocupações afetivas. Era um desejo carnal, quase animal que eu alimentava fazia semanas.

Ela parou de falar um instante e notei que estava toda arrepiada. Ela prosseguiu:

— O sujeito me desejava, e eu senti que ficava muito excitada com aquilo. Ao ver que o Maninho sofria um pouco de ciúme, pelo sentimento de ter que me dividir com outro no sexo, mas também se excitava muito com a minha aventura, e dava espaço para eu fazer, tornou-se ainda mais provocante. Fazer com a permissão do meu marido foi muito bom. Eu amei isso dele, uma cumplicidade incrível. Eu sabia que ele se excitava, e isso me deixava mais tarada. Quando eu voltei e disse para o Maninho que ele já era meu corno o danado quase gozava nas calças. Estava alucinado de tanto tesão.

Ela parou. Olhei para o Maninho e ele confirmava com a cabeça. Gui contou:

— Aquilo me deu a sensação de que eu deveria prosseguir nas aventuras, porque nossa relação ganhou em intensidade e volúpia. A partir dessa vez a nossa pegada ficou muito mais quente, menos acomodada. Cada coisa que eu contava que havia feito com o ator explodia em Maninho como uma bomba de erotismo e desejo. Ele me devorava com mais desejo ainda. Passamos a falar das nossas taras e ficarmos muito mais libidinosos. Surgiu assim uma cumplicidade.

Eu perguntei:

— Então, onde está a dificuldade?

Gui explicava:

— Acontece que esse fato provocou uma mudança profunda nele. E também em mim.

Olhei para Maninho, era hora dele se explicar. Ele retomou:

— Eu acho que fiquei meio desnorteado com tudo. Primeiro, a sensação de ser corno, de deixar minha mulher transar com outro, e ficar excitado ao saber, não era fácil de entender, dada a minha formação machista. Eu me sentia meio diminuído diante dela. Não sei explicar, mas dava uma angústia. Mas eu queria continuar com aquilo pois gostava de ver a Gui excitada e cheia de satisfação. Mas em casa ela não se mostrava diferente comigo, me amava igual e mantinha o mesmo respeito. Sempre conversou comigo quando ela iria encontrar o ator. Então eu deixei que ela repetisse. Primeiro porque adoro a Gui e sabia que ela estava gastando, e segundo porque eu entendia que era a natureza liberada dela que a fazia ser desse modo. Como o tio explicou, o que gosta aceita com mais facilidade, mesmo angustiado. Eu comecei então, a sofrer um processo de não querer mais deixar a Gui sozinha, tinha ciúme e desejo nela o tempo todo, nem queria mais viajar para fazer shows, perdi um pouco o impulso de compor, e aquela situação não saía mais da minha cabeça. E se tornou um fantasma. Como ela queria continuar fazendo sexo casual com o cara, aceitei que ela tivesse mais encontros com ele, mas quando ela voltava na madrugada cheirando a sexo e me contava o que haviam feito, como tinha sido o sexo, eu ficava alucinado de tesão, numa tara incontrolável. Nossas transas ficaram intensas e a Gui entendendo que me excitava passou a provocar muito mais. Tornei-me um amante sexualmente muito mais poderoso e sem vergonha, o que fez com que Gui fosse ficando ainda mais liberada e provocante. É por isso que hoje ela está assim, arrojada e mais saliente. Aqui nua se insinuando e amando ser desejada por muitos.

Gui sorriu e disse:

— Ele adora me ver bem safadinha tio. Ele gosta de me ver tarada. E eu fiquei tarada com isso.

Maninho completou:

— Ela me chama de corninho, sabe que isso me deixa mais tarado, me provoca, tal como fez na quinta-feira quando foi na praia com aquele biquíni que quase não oculta nada, sabendo que fez só para deixar os homens tarados. E veio aqui hoje se exibir para você e para os outros. Ela passou a curtir muito ser sexy e provocante. Até com você ela está provocando. E em vez de me revoltar isso me deixa também excitado. Fico tarado quando vejo outros machos interessados nela e ela provocando com tesão.

Eu não aguentei e perguntei:

— Mas então onde está a crise?

Maninho explicou:

— Eu não consigo mais me afastar disso e penso nisso o tempo todo. Profissionalmente eu concentrei a minha atividade em ficar em casa, estudar muito, melhorei muito musicalmente, tenho criado muitas músicas, mas não tenho mais vontade de investir na carreira de shows, de viajar. Quero ficar perto da Gui o tempo todo.

Ele parou um pouco e tomou fôlego. Depois desabafou:

— Mas, viajar e fazer shows é o que traz a grana e o sucesso. Fico agora atrelado na Gui o tempo todo e nas suas fantasias.... Não consigo me afastar de perto dela.

Maninho me olhava esperando que eu dissesse algo. Mas eu apenas olhava para ele esperando que continuasse. Ele então falou:

— Só fico longe quando ela vai ter seus encontros. E essa convivência constante gerou um certo desgaste no nosso cotidiano. A Gui não gosta mais de me ver tanto tempo em casa, se irrita. Agora temos muitos desentendimentos por detalhes. Estamos menos apegados, algo nos faz ficar impacientes. Está nos desgastando. Algo nos afasta em vez de nos unir. Estou muito angustiado. Adoro ela.

Ele fez uma pausa. Olhava esperando minha reação. Gui parecia vidrada olhando o marido, talvez não tivesse ainda ouvido dele aquele depoimento. Servi-me de mais um gole de bebida e servi para eles. Havíamos chegado ao ponto, tocáramos no epicentro do furacão. E eles esperavam que eu pudesse dar uma luz. Eu precisava ser muito habilidoso na condução da conversa:

— Vocês acham mesmo que eu sabendo disso tudo posso ajudar?

Gui com entusiasmo confirmou:

— Claro, já mostrou que sabe muito. Precisamos de uma orientação, um mestre.

Maninho foi mais objetivo:

— Queremos que nos ajude, mas não sabemos como.

Acenei pedindo tempo:

— Acho que nosso reencontro foi providencial. Vocês precisam mesmo superar essas dificuldades. Mas eu tenho que dizer algumas considerações importantes. Primeiro vocês precisam deixar de achar que são exceções, ou como aberrações. São exatamente como a maioria dos casais. Mas com a diferença de que têm coragem de se olhar sem máscaras, se despiram de cascas protetoras falsas, se gostam muito, de certo modo se respeitam muito, são cúmplices e desejam apender a lidar com isso. Segundo, algumas ou várias questões do vosso relacionamento ainda não estão resolvidas, o que está causando essas divergências ou desentendimentos. Creio que no fundo os dois ainda não se assumiram completamente depois de tantas surpresas e descobertas.

— Como assim tio? — Maninho perguntou ansioso.

Expliquei:

— Falta autoconhecimento. É como se ficassem nus e não reconhecessem a própria imagem no espelho. Eu vou tentar ajudar nesse aspecto. Mas tem um terceiro ponto. Somente quando isso acontecer, e vocês se assumirem definitivamente, vocês dois voltarão ao ponto de harmonia e cumplicidade total. Certas lições nós só aprendemos na prática. E agora é a hora de vocês perderem o medo de se abrir e falar o que está sendo difícil resolver. Podem e devem falar. Esse é o caminho.

Parei de falar e fiquei olhando para os dois que ainda bebiam e se mostravam totalmente destravados de censura ou vergonha. Eu me sentia excitado de ter levado o casal àquele ponto.

Gui falou primeiro:

— Eu assumi que sou mesmo uma pessoa muito sensual, que gosto e fico excitada quando me desejam. Aos poucos, mais vivida, e com a prática de atriz, me empoderei de minha sexualidade. E tenho vontade de seduzir outros homens. Nada tem a ver com o tanto que eu gosto do Maninho. Na verdade, sinto desejo por ter mais outras aventuras. É da minha natureza. Mas amo meu marido. Não quero que ele sofra nem se tolha de viver por conta disso.

Gui falava tranquila, segura. Estava se abrindo comigo. Ela prosseguiu:

— Eu gosto muito de sexo, preciso dele, independente de quem seja o parceiro, homem ou mulher, sou totalmente bissexual, já tinha namorado uma garota quando conheci o Maninho, e tenho interesse em fazer sempre novas experiências, sinto que devo continuar a ter essa vida de aventuras e descobertas. O casamento com o Maninho, não me prendeu. Ao contrário, hoje eu vejo que pelo jeito dele ser assim tão parceiro, me libertou. Mas não deixei de gostar muito do Maninho, adoro meu marido, e quero ficar sempre junto com o amor da minha vida. Não o quero perder, eu o quero participando comigo desse meu jeito de ser. Isso é o que eu sinto. Mas no cotidiano, nós nos temos desentendido e desgastado e não sei o que é que levou a isso. Precisamos de ajuda.

Ela parou vendo o gesto que eu fazia com a mão para dar um tempo. Eu fiz um sinal para Maninho falar.

— Eu me sinto cada dia mais apaixonado pela Gui, mesmo tendo sofrido de muito ciúme quando ela foi dar para o outro, eu também entendi e acetei o que ela sente. Compreendi perfeitamente o prazer que lhe dá poder ter essa capacidade de sedução, de conquista, e usar esse sex appeal.

Maninho olhava para a esposa ao contar:

— Eu admiro a pessoa tarada e liberal que ela está se tornando, experimentando toda essa liberdade. E fico excitado com isso. Percebo até que ela se excita ainda mais só por me provocar. Ela sabe que sendo assim me deixa louco e tarado. No entanto, eu tenho certo medo de não conseguir acompanhar tudo isso, e tenho parte da culpa. Acho que ela se solta assim porque sabe que sempre me deixa ainda muito mais alucinado e tarado nela e não consigo me opor. Mas eu fico o tempo todo nessa paranoia. Eu temo que ela abuse, que corra riscos, que se envolva com gente ruim, e perca o respeito e o limite.

Eu fiz o gesto para que ele parasse de falar. Então era minha vez:

— Até aqui neste ponto nós chegamos de comum acordo. Vejo que os dois têm a tal complementaridade na parceria que eu falei antes. Existe o gostar de ambos, existe uma parceria, e até muito carinho e respeito. Mas está faltando outro degrau desse aprendizado. A cumplicidade com confiança. E como eu disse, tem que ser aprendida na prática.

Gui e Maninho me olhavam atentos. Esperavam talvez que eu fizesse algum discurso explicativo. Mas eu parei de explicar e sugeri:

— Olha.... Para continuar esse papo, eu recomendo que a gente volte para casa. Está ficando tarde. Lá teremos mais liberdade de falar e agir. E precisamos de mais privacidade.

Ambos concordaram e na mesma hora começamos a arrumar as coisas para retornar. Eu e Maninho vestimos nossos calções e Gui só se enrolou na canga de praia. Voltamos ao carro e retomamos o caminho conversando sobre outras coisas, sobre o trânsito, as mudanças ocorridas naquela parte do litoral nos últimos anos. Gui veio no banco de trás descontraída e nem se preocupava muito em cobrir sua nudez com a canga. Eu percebia que ela fazia questão de se exibir de pernas abertas no banco de traz. Naquela hora eu sabia que ela estava com vontade de dar e era comigo o negócio. E como não havia muito trânsito na volta logo havíamos chegado.

Assim que entramos na casa, guardamos as cadeiras e o guarda-sol, colocamos as bebidas que sobraram na geladeira e fomos para a varanda interna perto da piscina.

Um a um passamos por uma ducha de água doce para retirar a areia e o sal do mar. Depois nos acomodamos completamente nus nas cadeiras espreguiçadeiras na varanda.

Eu perguntei:

— Gui, você alguma vez já fez uma massagem tântrica? Já experimentou?

A garota pareceu não entender. Ela abanou a cabeça em negativa.

— Não, nunca fiz.

— E você Maninho?

Eu desconfiava que ele também não devia ter feito.

— Não, já li a respeito, mas nunca fiz.

O semblante dele mostrava que estava intrigado.

Eu virei-me e disse para Gui:

— Por favor, Gui, você vai ser a primeira.

Enquanto ela se levantava da espreguiçadeira eu pequei a almofada tipo colchonete de courvin náutico castanho alaranjado que forrava a cadeira de repouso à beira da piscina e joguei no chão da varanda.

— Venha deitar-se aqui, assim toda nua, de barriga para baixo. Eu vou lhe fazer uma massagem tântrica e o Maninho vai assistir. É uma aula para despertar sensações. Depois será a aula dele.

Vi a Gui se aproximar, aquela tentação em forma de mulher se movia completamente despida, satisfeita de se exibir ao meu olhar atento, e foi deitar como eu pedira sobre o colchonete. Por dentro eu estava em brasa, mas mantinha a calma. Sabia exatamente onde queria chegar.

Pedi ao Maninho que fosse buscar um pote de creme hidratante ou algum óleo de massagem. Enquanto ele foi ao quarto eu fiz um breve alongamento dos braços e aquecimento das mãos. Meu pau estava meio rígido de excitação. Percebi que Gui observava calada. Mas não falava nada.

Quando Maninho chegou com o creme, eu agradeci e pedi que ele colocasse um som para tocar, algum tipo de música relaxante e suave, poderia ser wave, qualquer um que ele tivesse.

Comecei uma massagem mais firme, com toques mais fortes contra estresse, provocando aquecimento da musculatura, dos nervos e dos tendões. Batia com a ponta dos dedos, sobre os músculos, apertava. Tocar no corpo da Gui me deixava elétrico. O som da música surgiu nas caixas suspensas na parede. Era um concerto de sitar, com tabla, e tamboura, de Ravi Shankar, o músico e guru indiano que influenciou os Beatles nos anos 60. Na mesma hora me lembrei de uma das frases famosas desse guru:

"Amor menos o conhecimento resulta em asfixia. Amor e mais conhecimento resulta em liberdade."

Imaginei que se fosse coincidência era muita. Acho que Maninho, sendo músico, estava dando um recado.

Iniciei toques suaves nos lindos pés da Gui, com calma, me detendo um pouco em cada parte. Não são todos os homens que têm esse comportamento, mas os pés femininos, bonitos e sensuais me deixam excitado e os dela são tentadores. Apertei a sola, os dedinhos, mexi em todos. A música começava lenta e suave.

Aprendi nos vários cursos que fiz, que os pés têm terminais nervosos de todo o corpo. E com isso eu podia estimular sabendo onde e como tocar. Fui subindo lentamente para a perna, coxa, nádegas, passei para a lombar, ombros, nuca, braços e voltei por cada parte. Ao mesmo tempo em que apertava e pressionava a ponta dos dedos, batia no ritmo da percussão e estimulava a sensibilidade da pele aos toques. Gui soltou alguns suspiros, gemidos, “uis” e ”ais”, e demonstrava estar gostando. O creme hidratante na pele ajudava o deslizamento dos meus dedos sem muito atrito. Os lugares onde eu deslizava os dedos e sentia pontos de tensão muscular eu fazia uma espécie de pressão com a ponta, tipo do-in, e ouvia Gui gemer, acusando que sentia alguma dor ou resistência. O corpo dela ali na minha frente era uma deliciosa tentação e minhas mãos a tocavam com firmeza. Maninho sentado perto no outro colchonete observava atento e continuava tomando golinhos de batida. Eu reparei que ele também já tinha sua ereção, certamente provocada por ver a mulher nua e sendo tocada por mim. Eu sabia como aquilo funcionava. Com calma, eu toquei em todo o corpo da mulher dele, nas nádegas, na parte interna das coxas, fazendo com que cada parte dela tivesse sido mapeada em todos os pontos de enervação sensorial. Tendo despertado nela a sensibilidade, estava pronta para a excitação. Aí, depois de uns vinte minutos, lentamente, mudei a técnica e passei a fazer a massagem sensitiva, com a ponta dos dedos, suavemente, ou com a palma da mão. A música parecia ajudar pois ficara mais suave e contínua. Percorri com delicadeza a nuca, percebendo a pele dela se arrepiar. Às vezes eu assoprava bem suavemente em sua nuca. Ela se arrepiava e suspirava e eu via Maninho excitado observando. Assim fiz com toda a extensão do corpo, deslizando a ponta dos dedos muito de leve em contato sutil com a pele. Às vezes meus dedos entravam pelo rego entre as nádegas e ela suspirava. Gui já tinha a respiração alterada. Já estava bem excitada. Eu também soltava alguns gemidos em tom grave, bem baixos, apenas para criar a conexão dela comigo no auditivo e estimular sua sensibilidade. Reparei que a pele dela estava toda arrepiada, sensível.

Então, quando percebi que ela estava pronta, pedi que se virasse de barriga para cima. Gui virou-se e notei os mamilos bem salientes. A xoxota começando a ficar melada. Ajudei para que se relaxasse com as pernas ligeiramente separadas.

Fiz então, mais um pouco de massagem de pressão sobre os ombros, abdômen, coxas, pernas, pés, tornozelos, solas, dedinhos dos pés, e retornei, até pressionar os seios. Os peitos estavam muito túrgidos e com mamilos tremendamente salientes. Nesse ponto coloquei minha mão quente sobre os dois mamilos e senti que vibravam. Fui alterando o meu toque e passei para a massagem sensitiva do tantra. Meus dedos muito delicadamente, acariciavam de leve a superfície da pele, descendo dos ombros para os seios, contornava, e dos seios ia para o ventre, do ventre para as coxas, parte externa das coxas e pernas. Só roçando muito de leve. Gui se arrepiava toda. E suspirava.

A música ficou mais encorpada ajudando no embalo da massagem. A seguir eu percorria a parte interna das pernas e coxas, até nos pés. E voltava para cima. Nessa altura eu percebia o abdômen de Gui dar algumas contraídas, indicando ondas de prazer. Também fiz questão de estimular a lateral do corpo e na região das costelas. Ela se arrepiava muito naquela parte.

Eu conhecia aquela música. Era um concerto do Shankar com a filha, a Anoushka Shankar. Então eu podia sincronizar minha massagem com as nuances da música. Gui já gemia mais forte e abria um pouco mais as pernas, e eu estimulava que se soltasse mesmo. Eu tocava em seus seios, suavemente, nos mamilos, contornava as aréolas, descia pelo umbigo, ouvindo-a suspirar mais forte. Eu sussurrava:

— Solte-se e se entregue ao prazer. Você está aqui para isso. Hoje você é minha e eu vou levá-la ao paraíso.

Observei Maninho de soslaio e vi que ele estava sentado de pernas cruzadas, vidrado ao assistir aquilo. O pau dele estava bem duro. Com calma eu me aproximei do corpo de Gui de joelhos entre as suas coxas, me debrucei apoiando as mãos perto de seus ombros, e por cima dela toquei de leve os meus mamilos nos mamilos dela. Meu pau duro quase encostava em seu ventre. Eu voltava a ajoelhar, me erguia nos joelhos e meus dedos depois acariciavam suavemente toda a sua cintura. Depois me curvei e toquei muito de leve com os meus lábios em sua barriga, passei a boca nos bicos dos seios, beijava muito de leve, ouvindo Gui soltar gemidos mais intensos. Minhas mãos permaneciam tocando de leve seu ventre e se aproximaram da parte interna das coxas, do monte de Vênus, fazendo com que o corpo inteiro dela se agitasse. Eu me sentia muito excitado, mas me concentrava na massagem. Com calma, fui tocando mais próximo da região pélvica, as laterais da vulva, pousei a mão quente sobre a xoxota e mantive ali por alguns segundos só encostando. O calor da minha mão a provocava. Gui tinha pequenas contrações de prazer que agitavam seu corpo e suspirava forte. Parecia próxima do orgasmo.

Maninho estava muito excitado e seu pau já dava pulsos. Assistia a esposa sendo massageada de forma muito sensual por mim e aquilo o deixava bem tarado. Eu fazia questão que ele assistisse tudo. Meus dedos contornavam a xoxota da Gui, massageavam os grandes lábios suavemente. Ela ofegava já bem forte.

Percebi que Gui já estava tendo uma forte secreção de lubrificação na vagina, indicando que estava pronta para o sexo. Com uma das mãos massageando por fora, eu deslizei bem lentamente o dedo do meio da outra mão sobre a racha da vagina. Estava escorrendo o mel do desejo. Gui instintivamente separou um pouco mais as próprias coxas para ficar mais acessível. Ela se oferecia aos meus toques. Suspirava intensamente e se esforçava para conter o orgasmo.

Maninho também estava ofegante ao ver aquilo. Talvez fosse a primeira vez que ele via a mulher sendo provocada por outro macho. E eu sabia que aquilo era fundamental para ele perder o medo e tomar gosto de assistir. A visão da esposa sendo excitada por outro ali na frente dele era muito provocante. Eu falei sussurrado para ela ouvir:

— Maninho está quase gozando vendo você assim tesuda nos meus toques.

Ela abriu os olhos e olhou para ele. Ofegou. Sussurrou:

— Amor, é uma delícia.... Você está vendo? Está gostando corninho?

Gui gemeu um sim meio abafado num suspiro de tesão. Com muita calma eu fui introduzindo um dedo dentro da Yoni (nome da xoxota no tantra), enquanto com a outra mão fazia uma pequena pressão em torno de seu púbis. Com o polegar e o dedo do meio eu segurava e pressionava a parte externa dos grandes lábios ajudando a provocar ainda mais o prazer. Em segundos eu já havia introduzido dois dedos na vagina melada e Gui agora gemia deliciada, rebolava os quadris, exclamando:

— Ah.... Que loucura. Issooo.... Que desespero de tesão...

Olhei para Maninho e reparei que ele estava como que hipnotizado. Assistia a massagem com a boca entreaberta, a língua no canto, e via meus toques que levavam sua esposa ao estado de maior excitação possível. Seu pau duro e empinado dava pequenos solavancos...

Eu falava muito calmamente com a Gui:

— Isso querida, se solte, assuma todo o prazer, expresse o que sente e o que deseja.... Não se prenda. Isso, libera tudo.

A xoxota dela estava muito molhada e meus dedos deslizavam facilmente na entrada e a penetravam suavemente indo e voltando. Eu praticamente a fodia com dois dedos.

Com calma, às vezes, eu apertava com a outra mão em pinça sobre a parte do clitóris e seu grelo rígido e saliente parecia querer crescer mais. Gui suspirava, gemia, e começou a exclamar:

— Ah.... Que delícia! Não para, me deixa maluca.... Vou gozar assim... É demais...

Eu estava ajoelhado ao seu lado. Instintivamente, a mão dela se aproximou da minha virilha e apalpou até achar o meu cacete que também estava rígido. Ela segurou nele exclamando:

— Quero gozar muito! Vem, por favor, mete em mim!

Eu continuei massageando:

— Calma, não tenha pressa, desfrute do prazer.

Gui me apertava o pau e gemia deliciada:

— Vem, mete... me come bem gostoso tio, para o Maninho ver!

Eu falava com suavidade, mas com firmeza:

— Calma.... Não se apresse... Desfrute mais do prazer. Prolongue isso.... Diga ao Maninho o que está sentindo. Compartilhe com ele esse momento.

Maninho também ofegava, acho que estava quase tendo orgasmo só de ver aquilo. Ele se mostrava totalmente hipnotizado com o que acontecia.

Eu sabia que para um homem como ele que se excitava com a fantasia de imaginar a esposa numa sessão de sexo, poder presenciar ao vivo o delírio de êxtases que o tantra provoca iria deixá-lo alucinado. Mas, sabendo que ele era não somente visual, mas também muito auditivo, queria que sua esposa compartilhasse verbalmente seu prazer provocando-o ainda mais.

E foi o que aconteceu. Conforme eu masturbava com meus dedos a vagina da Gui, a outra mão pressionava em ondas o clitóris preso em pinça entre meus dedos. Gui urrava, agitava a cabeça para os lados, me masturbava, apertava meu pau, e exclamava:

— Aiiii... Que delícia! Que vontade de dar, quero dar... quero levar rola! Que loucura.... Ah, corninho, estou tarada! Não paro de gozar... Aiii.... Que vontade de foder! Mete tio.... Enfia essa rola em mim!

Depois ela gemia e uivava palavras sem fazer nexo, e retomava:

— Eu estou muito tarada.... Aí amor eu quero dar pro tio... — Ela gemia mais alto:

— Me come gostoso tio, por favor me fode muitoooo! Me fode para o meu corninho ver. Ele quer ver isso...

Eu sussurrava pedindo calma, e falava:

— Seu marido está quase gozando só de ver e ouvir você tarada.

Gui quase gritava.

— Ele gosta muito...

Para o Maninho eu disse:

— Vem aqui perto Maninho. Você gosta de ver ela tarada? Quer ver sua amada fodendo com outro?

Maninho saiu deslizando da almofada como um raio, e se ajoelhou ao lado do colchonete onde a Gui estava.

Perguntei:

— Quer ajudar sua esposa a ficar mais louca por sexo?

Ele disse um sim no meio do suspiro. Eu pedi:

— Venha bem perto. Vamos dar muito prazer a ela. Fique pertinho dela. Pode beijar na boca, chupar os seios, deixa a Gui segurar sua pica, e chupar.

Maninho se abaixou e beijou os lábios de Gui. Ela gemia deliciada e exclamou:

— Amor... Que delícia.... Que tesão maluco! O tio é um tesão! Um mestre do prazer...

Maninho não conseguia falar, estava meio travado. Mas beijava e sugava os mamilos da esposa enquanto ela segurava a pica dele com uma das mãos e a minha com a outra. Eu diminuí um pouco os toques para aliviar as ondas de prazer e ela quis saber:

— Você está gostando de me ver tarada meu corninho? Quer me ver dando para o tio?

Eu fui provocando a xoxota dela e masturbava com jeito delicado para deixa-la em ponto de êxtase contínuo. Perguntei ao Maninho:

— Está gostando? Fica tesudo ao ver sua esposa tarada?

Maninho gemeu um sim gutural embargado pela volúpia. Eu insisti:

— Quer vê-la fodendo com outro macho?

Ele confirmou com a respiração entrecortada:

— Sim... quero... quero sim!

Eu provocava mais para ele se soltar:

— Você já fantasiava isso né? Gosta disso?

— Sim, tio, eu gosto muito! — Maninho exclamava quase sem ar.

Nesse momento a música da sitar crescia de intensidade e o ritmo ficava mais frenético contagiando a todos. Gui pedia:

— Vai corninho, por favor, manda o tio me foder! Vai.... Pede! Eu quero dar muito agora!

Eu perguntei a ele:

— Quer ver sua mulher gozando muito comigo?

Maninho mal respondia, urrava de prazer enquanto chupava os peitos da esposa. Ele parou meio em transe e conseguiu falar emocionado:

— Nossa! Sim, quero.... Estou tarado tio.... Nunca pensei.... Muito tesudo! Fico maluco com isso!

Eu fiquei ajoelhado entre as coxas da Gui me movimentei para mais perto e me abaixando dei uma lambida em cima da xoxota. Ela na mesma hora ergueu as pernas dobradas e abrindo as coxas pediu:

— Isso, me lambe tio, me chupa, quero gozar muito na sua boca.

Comecei a lamber em volta da xoxota, passava a língua sobre o clitóris de leve e ouvia Gui gemer deliciada. Ver aquela deusa deliciosa se oferecendo alucinada de tesão me fazia quase gozar sem tocar na rola. Eu prolongava as sensações para que ela ficasse mais desesperada ainda. Eu disse:

— Olha que tarada que ela está! Deliciosa se oferecendo!

Ela falou pedindo para ser fodida:

— Vai logo tio, me come, me fode gostoso! Ah... Amor! Meu corninho mais tarado, está gostando?

Maninho reagiu:

— Safada tesuda! Uma loucura!

Gui também se soltava mais:

— Isso amor, eu sou uma vagabunda tesuda, uma cadela no cio! Quero ser fodida, quero dar muito para ele.... Você quer ver isso?

Maninho exclamou:

— Que maluco! Fico tarado com isso, ver você tesuda assim, louca para dar.... Estou alucinado.

Eu comentava em voz baixa:

— Isso é muito normal. Você se excita com o prazer da sua parceira, é o máximo de cumplicidade que pode existir. Pode confessar e assumir que gosta de vê-la tesuda.

Maninho beijava a mulher com uma entrega alucinante e falava:

— Minha sacana mais querida! Minha puta deliciosa... vai dar para o tio agora! Mete nela tio, fode essa safada!

Era aquele toque de cumplicidade que estava faltando. Aproveitei para ajudar Gui a provocar o marido:

— Isso, agrada seu corninho, assume que fica tesuda quando está deixando ele mais tarado com as suas sacanagens!

Comecei a chupar o clitóris dela que perdeu totalmente o controle e gozava quase gritando e exclamava:

— Ah.... Que delícia.... Isso! Chupa, me faz gozar muito tio, para o meu corninho ficar muito tesudo! Ele deixa, ele gosta da esposa bem safada!

Passei a sugar e passar a língua no clitóris e Gui não tinha mais como resistir, desatou a urrar de prazer e pedia:

— Mete essa pica, me dá rola tio! Me fode agora. Meu corninho quer ver eu gozar gostoso na sua pica!

Eu tentava prolongar ao máximo aquele momento de volúpia, pois sabia que era o aprendizado que lhes faltava, a participação conjunta num jogo de prazer onde pudessem se soltar completamente. Por isso eu acalmava e orientava.

Pedi para a Gui chupar o pau do marido, sem deixar que ele gozasse. Maninho de joelhos ficou ao lado do rosto dela e a esposa passou a lamber a sugar o cacete. O rapaz urrava delirando de prazer. Mas Gui parava um pouco para esperar que ele se recuperasse. Depois retomava. Enquanto isso eu de joelhos entre as coxas dela, brincava de lamber e chupar a xoxota de Gui também fazendo com ela o mesmo, impedindo que ela entrasse em êxtase total.

Gui suspirava, gemia, me pedia para chupar, para meter, erguia as duas pernas e colocava os pés nos meus ombros, e falava para o marido:

— Amor, que loucura, ele está sugando meu grelinho, me deixando desesperada.... Quero dar muito para ele hoje! Você vai ser corninho do tio também?

Maninho suspirava sem ar, e com dificuldade em falar respondia:

— Sua sacana! Minha putinha mais tesuda! Quero sim, quero ver você dando gostoso para ele!

Eu parei de chupar porque vi que Gui estava quase lá. Fiquei de joelhos do outro lado do rosto de Gui e deixei que ela tivesse a iniciativa de pegar meu pau para chupar. Foi imediato, ela retirou o cacete do marido da boca e virando para o meu lado começou a lamber meu pau. Nem Maninho e nem eu tenho pau de tamanho exagerado, mas temos cacetes de bom tamanho, com 19 cm de comprimento e grossura razoável. A cabeça da minha rola enchia a boca de Gui e ela lambia enquanto chupava, mostrando grande habilidade no sexo oral.

Ficamos ali, ela se revezando e chupando o meu pau e o dele. Eu perguntava:

— Vai querer rola?

— Muito! – Gui suspirava e lambia meu pau.

Pro Maninho eu perguntei:

— Está tarado? Quer ver sua putinha fodendo gostoso?

— Muito! Quero muito!

Então eu me afastei um pouco e fiquei de pé, com o pau duro e babado. Era o último teste da cumplicidade. Falei para ela:

— Vai Gui, mostra para o seu corninho como se faz.

Gui se ajoelhou na minha frente e lambeu meu pau, e em seguida segurando na base do pau enfiou tudo na boca chupando e mamando muito gostoso. Mamou por algum tempo, depois parou e olhou para o marido. Ela disse:

— Assim amor, olha como eu faço gostoso no pau do tio. Eu gosto muito!

Eu reforcei:

— Ela faz como uma putinha bem tesuda que adora rola.

Eu tirei o pau de sua boca e fiz com que ela voltasse a ficar deitada de costas no colchonete diante dele. Maninho colocou a boca na boca da esposa e beijou muito excitado. Eu sabia que ele estava beijando a boca que acabara de chupar o meu pau e ele devia se excitar muito com aquilo. Eles ficaram se beijando enquanto eu voltei para sua xoxota e arrancava gemidos da Gui lambendo e chupando a rachinha dela. Gui perdeu o resto de timidez e puxando o Maninho para ficar ajoelhado do lado da cabeça dela passou a lamber e sugar enfiando o pau do marido até no fundo da garganta. Em dez segundos ela já estava mamando com vontade. Gui perecia ter entendido tudo também e fazia a parte dela, provocando o marido.

— Viu? Você sabe amor, como é que eu faço na rola dele. Seu sacana!

Deixei que eles se beijassem entre as chupadas. Mas puxei a bunda de Gui para perto do meu alcance e fiquei acariciando o rego e dedilhando o cuzinho. Ela ergueu as pernas se abrindo de modo que sua bunda ficasse de fácil acesso aos meus dedos.

Enfiei a mão entre as suas nádegas e pressionava o dedo sobre a xoxota e outro sobre o cuzinho. Gui rebolava. Começou a pedir:

—Isso, mete, enfia o dedo, me deixa doida!

Depois de provocá-la com os dedos na xoxota e no cuzinho, por uns dois minutos, fiquei sentado no colchonete e a Gui desesperada de tesão se ergueu e cavalgou minha virilha, louca para que eu metesse a rola nela. E eu brincava com a caceta, enfiava um pouquinho e recuava, e ela pedia para eu meter. Gui estava desesperada e pedia:

— Mete, enfia tio, me fode gostoso! Ah que tesão!

Eu disse:

— Só se o seu corninho pedir.

Maninho estava ajoelhado ao lado dela e Gui gemeu:

— Vai corninho, pede, vai, manda ele me foder gostoso!

Maninho não tinha fôlego, estava travado de tesão, e soltou um urro meio abafado

— Me tudo, tio, mete nessa safada! Eu estou tarado pra ver.

Eu firmei a rola e a própria Gui se abaixou descendo sobre a pica que deslizava apertada para dentro da xoxota encharcada. Gui ofegou:

— Ah, caralho que pica grossa! Ah... que tesão, estou gozando.

Ela estava frenética e rebolava na rola de um jeito intenso. Maninho ao lado dela acariciava o corpo da esposa, tarado de ver aquela cena. Gui se mexia ofegante e gemendo gozou intensamente, gritando:

— Ah, que loucura! Que delícia! Estou gozando muito, bem tesuda na rola do tio.

Deixei que ela se satisfizesse em êxtase até estremecer e depois amolecer abraçada ao meu pescoço.

Eu falei:

— Olha só Maninho, ela gozou gostoso!

Maninho tinha gozado também com a esposa segurando e apertando o pau dele. Ele mal podia respirar e buscava o ar com força. Gui se afastou do abraço comigo e ainda com minha pica dura enterrada nela, beijou o marido e gemeu:

— Ah, amor, que delícia a rola do tio! Se eu soubesse tinha dado aquela primeira noite da piscina que eu disse que estava com vontade.

Eu falei:

— Que tesuda safada! Queria dar na primeira noite?

Maninho respondeu:

— Ela queria. Eu fiquei com tesão de saber, mas tive medo do tio ficar sem graça e ir embora.

Gui se virou e puxando o Maninho para perto dela deu uma chupada no pau gozado do marido, e lambendo a rola perguntou:

— Gozou gostoso corninho? Vendo a sua putinha dar para outro?

Maninho gemia ofegante com um sorriso de prazer. Eu com o pau duro dei uma cutucada na xoxota da Gui e perguntei:

— Gosta de rola né safada?

— Adoro tio. E fico mais louca ao ver que o Maninho fica tarado de saber quando eu estou querendo dar como uma cadelinha no cio.

— Na primeira noite já estava no cio cadelinha?

— Ah, eu estava tio, mas o Maninho não me deixou ir no seu quarto. Ele me comeu gostoso me chamando de cadelinha.

— Quer gozar de novo safada?

Gui me abraçou e esfregando os peitos nos meus ela pediu:

— Isso, tio, me faz gozar de novo! Está duro aqui dentro, uma loucura!

A bocetinha dela mastigava o meu pau, e eu ajudava dando empurradas com a pélvis enquanto a Gui se esfregava com o pau todo enfiado na xana. Ela me beijou e eu não evitei, mesmo sentido o rosto dela melado da porra do marido. Eu estava acostumado àquelas práticas devassas e sabia que ajudava a eles dois se excitarem mais. Passei e beijar e depois chupar os seios dela de forma alternada e deixei que ela se corcoveasse na caceta, desesperada para ter outro orgasmo intenso. Eu falei com o Maninho:

— Olha só corninho, você nunca viu, a safada gosta de dar essa boceta gulosa.

Maninho que estava se recuperando da gozada acordou e ficou novamente excitado com aquelas provocações. Conforme eu chupava os peitos da Gui eu via o quanto aquilo a excitava, e ela se redobrava em movimentos fazendo meu pau ir e recuar na xoxota. Fodemos intensamente até que depois de uns oito minutos ela teve outro orgasmo profundo:

— Ah, tio estou gozando! Olha corninho, o tio está me fazendo gozar muito como eu gosto!

Eu estava chegando no meu limite de resistência para não gozar, e esperei que ela tivesse todas as contrações do prazer, até relaxar. Então, eu perguntei:

— Maninho, quer ver eu foder a sua putinha bem de pertinho?

O safado me olhava com curiosidade e eu pedi:

— Fica de quatro Gui, e o Maninho faz um 69 com você. Eu vou meter por trás, e ele vai ver de pertinho e pode chupar seu grelo.

Na mesma hora a Gui se posicionou de quatro sobre a almofada. Maninho se deitou de costas em baixo dela e a esposa já pegou no pau dele para chupar. Eu fiquei vendo a Gui se abaixar ajoelhada sobre o corpo do marido e colar a bocetinha na boca dele. Maninho chupava e gemia forte. Gui mamava no pau dele e eu sabia que não poderia demorar porque eles estavam tão excitados que logo entrariam em orgasmo. Esperei um pouco e quando ouvi a Gui gemendo bastante com as chupada e lambidas do Maninho na xoxota, eu fui me achegando atrás de bunda dela, e ficando meio de bruços, apoiados nos braços encaixei a ponta da rola na entrada da xoxota. Senti a boca e a língua do Maninho ali continuando a chupar e me lambendo também. Ouvi a Gui exclamar:

— Ah, que tesão corninho, está sentindo a rola do tio na minha xoxota?

Aquilo me deixou mais tarado e fiquei empurrando e recuando a pica, para que tanto a boca do maninho como a xoxota da Gui pudessem sentir a cabeça da minha pica se esfregando naquele melado. A música do Shankar entrou numa parte de ritmo compassado rápido e intenso com a tabla soando forte e eu fui contagiado por aquilo. Ouvi a Gui gemer:

— Ah, tio, mete, enfia que eu vou gozar de novo! Chupa corninho, chupa que eu gozo!

Eu forcei mais a pica dentro da xoxota e enterrei tudo. A vagina me ordenhava com contrações intensas e eu não aguentava mais, Exclamei:

— Vou gozar safados, vou gozar nessa bocetinha gulosa!

— Goza tio, goza gostoso! Ah... que delíciaaaa.

Comecei e soltar jatos fortes de porra dentro dela e não parava de socar bem fundo. Gui estremecia e ouvi o Maninho gemendo como um touro, indicando que também gozava na boca da esposa que chupava sem parar alucinada de prazer. Por quase um minuto nós só gemíamos e nos entregávamos aos espasmos do prazer. Depois eu não aguentava mais me manter na posição e tombei para o lado retirando a rola melada da xoxota gozada. Gui também saiu de cima do Maninho e deitou-se de lado, trocando beijos com o marido. Vi que o Maninho estava com o rosto todo melado também. Mas eles não se importavam e estavam deliciados. Eu fiquei deitado por uns dois minutos, bem cansado. Maninho e Gui de beijavam e se acariciavam em silêncio. Somente a música ocupava o ambiente. Por uns cinco minutos ficamos calados. Até que o Maninho se levantou e ajudou a Gui a se erguer. Depois me estendeu a mão e disse:

— Vamos cair na piscina que ajuda a nos reavivar.

Mergulhamos satisfeitos e ficamos dentro da água pertinho, conversando. Maninho agradeceu:

— Tio, você foi incrível. Realizou um desejo nosso, e nos ajudou muito.

Eu disse que estava muito feliz de ter ajudado, e que a Gui era uma pessoa apaixonante, que merecia todo o nosso carinho. Ela me beijou e disse:

— Agora eu sou sua fêmea também tio. Estou muito encantada.

Maninho contou:

— Eu tinha vontade de ver a Gui com outro, tinha vergonha de me expor. Mas hoje foi sensacional, superou tudo. Eu não tinha coragem de ver isso com um estranho, não queria correr o risco de me assustar ou me diminuir, mas com você foi tudo de bom.

Eu avisei:

— Tenha calma Maninho, aos poucos vocês ganham mais segurança mais cumplicidade e vão saber escolher quem merece de fato esse privilégio de estar junto com vocês.

Depois, saímos da piscina e estávamos com fome. Permanecemos nus e Gui colocou duas lasanhas à bolonhesa pré-assadas no forno. Em meia hora estávamos comendo e bebendo vinho. Nossa intimidade era cem por cento. Depois do jantar e do vinho, bateu o sono e Gui chamou:

— Vem dormir com a gente tio. Vai ser gostoso dormir juntinho dos meus dois machos tesudos.

Fomos para a cama de casal e bastou trocarmos uns beijos carinhosos apagamos num sono profundo.

Acordei cedo com a Gui me beijando e acariciando o pau que ficara duro. Logo Maninho acordou também e ela também acariciava o marido. Fomos fazer nossa higiene matinal e depois tomamos nosso café. Trocávamos carinhos e carícias com a Gui, mas era apenas a troca de momentos mais íntimos de afeto, sem avançar para o sexo. Passamos o domingo numa grande intimidade. Pela manhã fomos à praia e depois na volta da praia fomos almoçar uma feijoada famosa que tem num bar que eles conhecem. Maninho e Gui estavam muito carinhosos e se acariciavam muito. O clima de paixão estava alto. Voltamos de tarde e eu ensinei a Gui a fazer a massagem tântrica no Maninho. Eu fazia nela e ela depois repetia nele. Claro que acabamos numa foda deliciosa. Teve uma hora em que a Gui estava me chupando muito gostoso e o Maninho chupava os peitos dela. A safada puxou o marido e disse:

— Amor, quer chupar o pau do tio comigo?

Ele perguntou:

— Você quer?

Gui confirmou dizendo:

— Vamos, me ajuda a deixar o tio tesudo para me foder gostoso. Não quer sentir a rola dura que eu gosto de mamar?

Vi que o Maninho olhava meio sem jeito para nós dois e eu disse:

— Se tem vontade, pode chupar com ela. É essa cumplicidade que vocês precisam ter. Se tem vontade devem fazer. Aproveitem.

A Gui estava excitada demais e lambia a minha pica mostrando para o marido:

— Olha querido, que gostoso, vem, sente a rola do tio pulsando na sua boca.

Maninho venceu o momento de vergonha ou timidez e aceitou. Chegou perto e ficou ao lado da Gui que parou de lamber meu pau e ofereceu a ele. Aos poucos o marido foi lambendo e perdendo a timidez. A safadinha falava no ouvido dele:

— Vai, corninho, chupa comigo bem safado. Quero que deixe o tio tesudo para foder a sua esposa putinha. Você não quer isso?

Não demorou e o Maninho, excitado com aquelas provocações perdeu o resto da vergonha e passou a chupar revezando com a Gui. Eu fiquei muito tarado de ver como a safada da Gui era mesmo uma tesuda e adorava a putaria. Não aguentei muito, uns cinco minutos e já estava em ponto de jorrar. Avisei, e a Gui pediu para meter de novo como na véspera, fazendo 69 com o marido. E foi assim que eu meti nela, tendo minha rola lambida e chupada pelo Maninho na entrada da boceta. Soquei forte e firme por uns dez minutos e fiz a Gui gozar duas vezes ajudado pelas chupadas do Maninho, antes de despejar meu gozo dentro dela novamente.

Depois disso, tivemos que nadar na piscina para recuperar as energias, e descansar até o começo daquela noite. Dormimos relaxados na cama de casal até umas nove horas da noite. Acordamos com Gui dizendo que estava com fome. Maninho pediu comida, e veio um delicioso estrogonofe de camarão, com fritas e arroz. Maninho deixou a Gui ir buscar a entrega na porta da casa vestindo somente uma camisolinha leve e quase transparente, sem mais nada por baixo. O entregador ficou admirando e nós de longe vendo aquela cena. Jantamos tomando vinho e ouvindo música. Naquela noite, conversamos bastante, sobre tudo aquilo, e percebi que o casal tinha superado muitas das barreiras e dificuldades de antes. Naquela noite, foi a vez da Gui provar uma dupla penetração, dando o cuzinho para mim enquanto cavalgava o marido. Eu não sabia que ela gostava tanto de dar o cu e ao ver como ela gozava com a minha rola no cu e a do maninho na xoxota, falando alto que estava alucinada, tive um dos orgasmos mais fortes dos últimos anos. Acho que gozei umas dez jatadas fartas, urrando muito como um urso ferido e dando tapas na bunda daquela safada. Claro que depois de tanta orgia, tomamos um banho e dormimos como pedras.

No dia seguinte eles foram me levar ao aeroporto para pegar meu voo de volta, e disseram que nosso reencontro tinha sido inesquecível. Eu tratei de prometer que voltaria em breve. E de fato já estava pensando na agenda quando eu poderia voltar ao Rio de Janeiro. No fundo estava me sentindo apaixonado por aquela mulher liberada e libertina.

Me despedi deles com a Gui na lembrança e o casal no meu coração. Missão realizada. Da sala de embarque enquanto esperava o meu voo liguei para o “Serafa”, pai do Maninho e disse que estava tudo resolvido. Ele me agradeceu muito e quis saber como eu fizera. Mas eu não podia contar nada e simplifiquei dizendo que dera uns bons conselhos. E pensava: “Que “conselhos! ”.

Assim foi um dos finais de semana mais incríveis que tive ao reencontrar meu sobrinho e sua esposa Guilhermina no Rio de Janeiro.

Um dia ainda contarei como foi a minha volta poucos dias depois.

Atenção: Não quero esta história publicada em outros locais por terceiros sem a minha autorização. Esta história não deve ser copiada ou reproduzida em outros blogs e sites. Tem direitos autorais reservados e foi publicada exclusivamente para o Desafio 2 – Reencontro, do site Casa dos Contos.

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Comentários

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Sensacional! Por favor, escreva a continuação!

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Como sempre um excelente conto, a riqueza nos detalhes faz toda a diferença entre i que comeu,vestiu, perfume que usou detalhes que são especiais para um bom entendimento e fixação para uma boa experiência de leitura,uma bela história sem dúvida alguma. eu tenho algumas histórias na minha vida que gostaria de contar quem sabe um dia eu crie coragem ansioso pelo próximo conto.

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Elanio. Rascunha a sua história, bem esquemática, e me manda por e-mail. Posso escrever a história para você. Se eu tiver dúvidas eu pergunto, e nunca publico antes do dono da história dar seu OK. Experimente. Será um prazer.

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Marcelomotta, eu entendo perfeitamente o seu questionamento. Na tentativa de explicar o que acontece vou tentar com a seguinte exemplificação. O modelo de vida, valores, padrões, critérios e regras que servem para você reger a sua vida, é totalmente diferente dos que regem a vida do casal e do tio dessa história. Por isso, você se sente contrariado, aviltado, revoltado, ou apenas desarmonizado com os fatos dessa história. Para eles tudo o que vale para você não serve. A cabeça de gente liberal é totalmente diferente, e cada um tem a sua, então não se encaixa no seu modelo. Eu sempre respeito as histórias que estou contando, e não mexo nelas a ponto de alterar algo para encaixar num outro modelo que não seja o deles. Onde você vê uma mulher que não se satisfaz com o marido, eles veem como a liberdade dela provar de diferentes prazeres, sem deixarem de se gostar. O que você pensa que é um marido submisso, no seu modo de ver, para eles é o jeito que o rapaz gosta de ser, livre, viver, e deixar viver, e ser cúmplice dos prazeres da esposa. E onde você vê um homem que se aproveita da situação, na verdade eles vêm um grande mestre, que ensinou coisas, explicou coisas, descomplicou coisas, e ainda deu um exemplo para o casal de como pode ser bem prazeroso para eles uma agradável sessão de sexo a três. Simples assim. Para gostar tem que mudar o seu óculos de ver essa realidade. Para entender o mundo liberal é preciso se despir de todos os valores do mundo monogâmico e baseado no toma lá. dá cá. Não é assim que funciona. Eu fico feliz que você goste de ler os meus contos mas entendo que você realmente não se sinta satisfeito com as histórias que lê, pois pertencemos a mundos distintos. E eu gosto de relatar histórias de casais realmente liberais e dos deus aprendizados. Levo muito tempo garimpando tais histórias. Agora por exemplo, eu estou recolhendo a história de um casal que o marido adora dividir a esposa com outros homens, e ela também adora isso. São vários anos casados e vivendo assim. Não sei se isso seria do seu agrado, mas é a história deles. Obrigado por sua leitora e comentário.

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Concordo com o MarceloMotta e onde se vê liberdade tb se vê libertinagem; não sou preconceituoso e muito menos puritano, mas esse tema realmente não me atraí embora eu saiba e conheça muitos casais nessa situação. De qualquer forma é um texto de qualidade

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Leon, meu querido. Você sempre surpreendente e me dando muito orgulho e prazer. Aqui está a prova de que o aluno superou o professor. Pegou um esboço de uma narrativa que eu havia deixado alinhavada, e tosca, desmanchou, recriou, reescreveu, e transformou em um dos contos mais gostosos e embriagantes de ler, que eu pude ver este ano. Que delícia que você fez. Estou encantado. Você foi fundo e até um lindo poema, ou letra de uma canção inédita escreveu. Você não é mesmo para brincar. Ah, coloquei o Ravi Shankar para tocar no Youtube enquanto lia. Ganhou uma colorido todos especial. Meus mais efusivos parabéns. Fiquei apaixonado na Guilhermina também, e esse Maninho, que garoto gente boa! Cabeças saudáveis e gente da maior liberdade. Aposto que ficarão muito encantados com a história deles. Constelação de estrelas.

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O que seria de mim sem as suas sempre inesquecíveis lições? E que história foi essa! Apaixonei. Valei meu grande mestre. Fico muito feliz que tenha gostado. Grande abraço.

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Saori minha cara amiga, então, a generosidade do Melga38 me passando a história para eu escrever foi enorme. E eu tive que me esforçar para não desapontar. Espero que você supere logo essa enfermidade, e logo esteja recuperada para as batalhas. Muito agradecido. O poema foi mesmo coisa de inspiração. Quando eu apaixono a inspiração fica enorme. Obrigado.

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Lívia, Salve! Saudade de você. Então, dependo do Maninho para ele terminar a canção. Quando gravar eu aviso.

Obrigado por tudo.

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Quase perdi o fôlego lendo essa espetacular história. As histórias escritas pelo Leon, sempre tem uma riqueza de detalhes maravilhosas.Nota dez e três estrelas, ckm certeza!

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Will Safado, meu amigo, que bom que gostou. Tem leitor que veio sentar o malho no autor e nos meus contos. Faz parte. Tem sempre os desafetos. A riqueza de detalhes é o meu jeito de contar, pois procuro colocar o leitor "vendo" e "sentindo" o que acontece na história. Fico contente que você goste disso. Obrigado.

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Leo, que história foi está, incrível parabéns pela narrativa,foi sensacional espero que este casal tenha evoluído e esteja em paz,eles não merecia uma separação e o tio foi um ótimo professor, piscanalista analisou perfeitamente o confrito ,mas poderia ter sido dividido em dois,bjs

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Bianca12@, fico muito satisfeito de você ter gostado. Sim, o casal, tanto quanto sei, evoluiu muito na sua parceria liberal. Eu não quis dividir essa história em duas, pois faz parte do "desafio-2- Reencontro - e os contos do desafio depois podem ser selecionados para um publicação em livro de coletânea de contos. Por isso eu quis que ficasse tudo numa parte única. Agradecido.

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PQP!!!

Isso não é um conto, é um tratado de relacionamento liberal.

Até o ponto do início da massagem, parecia que estava contando a minha história com minha esposa, a partir daí é a fantasia que sempre tive a ainda não realizei.

Como sempre digo, cumplicidade honestidade e sinceridade é tudo, a base de um bom relacionamento prazeroso e duradouro.

Reconhecer e admitir os desejos do parceiro, e seus próprios desejos e complicado, mais ainda permitir e se permitir curtir esses prazeres.

Adorei, confesso que precisei de uns três dias para ler tudo, em função de uma serie de circunstâncias... mas um dos melhores que já li

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Beto. Fico muito contente com a sua entusiasmada opinião e enfático comentário. Eu precisei de mais de uma semana mergulhado nos detalhes para reescrever essa história, que o Melga38 me passou. Agora por essa amostra você imagina o tesouro que não tem aqui no baú do mestre. Um achado. Obrigado. Recomendo ouvir no Youtube a apresentação do Ravi Shankar acompanhado de sua linda filha. Vale a pena.

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sou entusiasta de Ravi Shankar desde há muito tempo.... alias.. fazia tempo que nao ouvia

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Boa leitura em se tratando de um depoimento sob forma de narrativa, embora, confesso, o tema não me excita!

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Entendo perfeitamente. Cada um com a sua preferência. Agradeço a leitura. Sendo este um caso narrado pelo protagonista, não poderia ser diferente do que narrado na primeira pessoa. Quanto ao tema, é o processo de harmonização de um casal liberal por um homem mais experiente que os reencontra num momento peculiar de suas vidas. Agradecido por seu comentário.

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Sinceramente o melhor conto, li, vivenciei os personagens, deu-me o privilégio de me sentir vivo no enredo, senti o cheiro, o toque das suas peles e saboreei os gozos deles. Obrigado

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Amigo, querido! Jaque aqui.

Não poderia deixar de ler. Maravilhoso e fora de série.

Uma beijoca.😘

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Jaque, leia novamente. Eu editei hoje o conto e aprimorei umas coisas. Agradeço o seu comentário. Obrigado.

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Espetacular, mestre! Você e Melga38 juntos não poderia sair outra coisa.

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Se puder, releia e verá que na edição de hoje corrigi e acrescentei umas coisas.

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Amigo, fico muito feliz que tenha gostado. Prometo ler o seu conto com atenção. Ainda não deu para fazer. E agradeço também a sua honesta tentativa de argumentar com um comentarista que nitidamente, em vez de comentar o coto busca atacar e provocar o autor. Nem merece resposta. Lamentável esse tipo de coisa. Obrigado.

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Uma longa história chata e ao mesmo tempos fantástica que dá vontade de entrar na tela e participar. E assim que se faz um grande escritor, está iria virar um grande filme ganhador do Oscar. Parabéns. E não foi longa já queremos saber sobre as próximas visitas.

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Janu, eu também fico imaginando que dará um belo filme. Eu vi tudo acontecer para descrever em detalhes. E teve próximas visitas sim. Mas ainda não sei se vou poder contar.

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Leon do céu, que história foi essa, cara espetacular demais, excitante demais, nossa foi uma surpresa muito boa nesse domingão, incrível ler os detalhes, parece que estamos ali ao lado assistindo a tudo, imagina só um filme de um conto desse tipo, iria ficar simplesmente fora do normal, parabéns, difícil até de atribuir uma nota e quantas estrelas que a história merece

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Obrigado Neto. Eu adorei contar com todos os detalhes. E fico muito feliz quando recebo o retorno de autores que eu também admiro.

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Leon tu é um mestre mesmo, fiquei lendo por partes para entender desde às 1 dá manhã parei dormi acordei às 7 li mais um pouco e do finalizei agora às 12:00 horas, amigo nota um milhão cara tu e u Máster amigo parabéns como não amar Seri a contos só louco amou como eu amei kkkkk.

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Almafer. Obrigado. Eu tive muito prazer de escrever esta história.

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Jó 74. Agradeço muito. Desculpe demorar a responder. Você é um leitor atento e muito crítico e isso me agrada muito.

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Listas em que este conto está presente

Desafio 2: Reencontros
Os contos participando do segundo desafio da Casa dos Contos, com histórias sobre pessoas que reencontram alguém do passado.