Fui traído e ainda levei a culpa. Segunda temporada. Parte 4

Um conto erótico de Beatriz
Categoria: Heterossexual
Contém 4531 palavras
Data: 07/07/2022 12:32:25

Enquanto Angel e Luiz costuravam os novos termos de seu relacionamento e Bia e Natália se preparavam para a mudança, o investigador Marcos começava a apertar o cerco sobre Júlio.

Continuando…

Parte 4: Não é o que você está pensando.

Após a perícia minuciosa na suposta casa de Flávio, o investigador Marcos chegou à delegacia e foi direto ter com o escrivão:

- Preciso que você emita uma intimação extrajudicial. - Marcos pegou as anotações em seu bolso - O nome é Júlio Vicenzo Ambrosini. Por enquanto, só para prestar esclarecimentos. Nada grave ainda.

Marcos tinha outros compromissos, mas antes de sair, ele disse:

- Ah! Deixa que eu mesmo vou entregar. Quero olhar em seus olhos quando ele souber do que se trata. Saber a reação de um homem quando está acuado é um momento crucial da investigação…

.

Sem saber da tormenta que surgia no horizonte, Júlio estava se preparando para fazer uma surpresa para Tina. A melhor forma de tirar as suas dúvidas, era aparecendo de surpresa, sem que ela esperasse. No começo do namoro, ela adorava essas surpresas. Mas nos últimos dois finais de semana, estava sempre inventando desculpas para não encontrar com Júlio durante à tarde. A justificativa dessa vez era que precisava estudar e ficaria em casa. Pelo menos, nos sábados e domingos à noite, ela estava sempre disponível para ele, sorridente e feliz por estar ao seu lado. Júlio estranhava muito essa atitude. O que será que ela estaria fazendo com essa pessoa estranha nos últimos dois finais de semana, na parte da tarde? Até na faculdade ele foi buscá-la. Não aguentava mais essa situação. Será que o ditado era verdadeiro? "Uma fruta nunca cai longe do pé." Será que Tina se prestaria a um papel desse?

Júlio ligou para um amigo, dono de uma locadora de veículos e pediu um carro diferente. O dele era muito chamativo para passar despercebido. Era muito difícil não se fazer notar em um Porsche Cayenne daquele tamanho. Tomou um banho e se vestiu de maneira informal. Uma calça slim de sarja escura, mocassim e camisa polo. Uma boina estilosa e os óculos escuros Ray-Ban modelo aviador completaram o visual.

Ele entrou no Nissan Versa alugado e partiu. Ainda eram apenas quatorze horas e ele chegou rapidamente ao prédio em que Tina morava. Ficou ali por alguns minutos pensando como deveria agir. Quando finalmente se preparava para sair do carro, ela também saía do edifício. Atravessou a rua e entrou sorridente no mesmo carro que ele havia visto dias atrás. Júlio não conseguia acreditar que Tina podia estar mentindo para ele. Pegou o celular e para ter total certeza, leu novamente a mensagem que ela havia mandado horas atrás:

"Saímos à noite. Durante a tarde preciso colocar o estudo em dia. Estou ficando para trás em algumas matérias e preciso me recuperar."

Júlio ainda estava sob o efeito do que tinha acontecido entre Angel, Luiz e Flávio e não conseguia pensar com clareza. Tina acompanhou o sofrimento da irmã, foi esse mesmo sofrimento que acabou unindo os dois. Como ela poderia estar fazendo a mesma coisa agora?

A raiva crescia dentro dele. Tinha que os seguir. Dessa vez, não seria um covarde. O que estivesse acontecendo, seria descoberto imediatamente. Estava na hora de acabar com aquela palhaçada.

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Júlio estava se preparando para descobrir o que acontecia no seu relacionamento, mas enquanto isso, lá nos EUA, após uma tarde incrível de sexo com Luiz, Angel estava em conflito. Desde que reataram, Luiz sempre que tinha oportunidade tentava direcionar o assunto para falar sobre a possibilidade de uma relação aberta. Angel tinha medo de que depois dele ter vivido separado, ela já não fosse suficiente para ele. Luiz experimentou o mundo e encontrou duas amantes incríveis em seu caminho. Ela tinha a certeza de que Bia tinha aberto a cabeça dele. Ele tivera com Bia lições incríveis, pois o marido mudara profundamente e se tornara um amante admirável. Natália ela não considerava como uma rival. Não duvidava que Luiz a amasse, pois, passar por cima de tudo o que ele passou, somente o amor era capaz de fazer com que isso acontecesse. Mas isso não era suficiente para acalmar o seu coração.

Angel desligou o chuveiro e se enxugou com calma, pensando em como abordar ao Luiz. Entrou no quarto e percebeu que ele cochilava com um sorriso no rosto. Depois do sexo, era comum ele fazer aquilo. Dedicou-se cuidadosamente ao seu ritual de hidratação do corpo e quando se preparava para colocar a calcinha, ouviu:

- Fica assim. Adoro ver você nua. - Luiz sorriu para ela.

No mesmo instante, Angel vislumbrou a oportunidade de abordar o que desejava. Se esperasse mais tempo, perderia a coragem. Ela foi direta:

- Por favor, quero que me esclareça. Por que é tão importante para você se relacionar com outras pessoas? O que mudou entre nós? Eu não sou mais suficiente? Você não me ama mais como antigamente?

Luiz se levantou e se recostou na cabeceira da cama. Antes de responder as perguntas dela, tratou de a acalmar:

- Isso não tem nada a ver com amor. É claro que eu amo você. Veja tudo o que a gente passou. Como poderíamos estar juntos se não nos amássemos?

Angel se sentiu um pouco mais segura com a resposta dele, mas as dúvidas eram grandes e não podiam esperar. Ela voltou a perguntar:

- O que aquelas duas significam para você? Tem certeza de que não existe nenhum sentimento?

- Você quer mesmo saber disso? Tem certeza? - Luiz a encarava sério.

Angel, apesar de preocupada com o que poderia ouvir, achava que precisava estar cem por cento segura antes de seguir em frente. Ela disse:

- É melhor. Foram o medo e depois as mentiras que destruíram o nosso casamento. Se vamos tentar fazer diferente, é melhor não começar da forma errada, sem os dois estarem preparados. Eu prefiro saber agora, do que ter alguma surpresa depois.

Luiz a olhou com ternura. Realmente, Angel tinha razão. Ele começou:

- Não vou mentir para você. Devo demais à Bia por essa mudança em nossa vida. Sem ela, eu ainda seria um amante medíocre e longe de você. Ela não só me ensinou, como também me mostrou que sexo e amor são coisas que podem andar separadas.

Luiz parou de falar por alguns segundos. Queria ver a reação da Angel. Vendo que ela se mantinha ansiosa, ele continuou:

- Em Cancun, eu quase cheguei a participar de uma troca de casais com a Bia…

Luiz novamente deu uma pausa, e conferiu as reações da esposa. Ela protestou:

- Não para! Fala tudo de uma vez.

Luiz voltou a contar:

- Eu disse quase, pois quando estava começando a esquentar, eu lembrei de você e fiquei mal.

Angel, surpresa, arregalou os olhos:

- Por que? O que eu tinha a ver com aquilo? Você parou por minha causa?

Luiz respirou fundo. Lembrar daqueles momentos ainda era doloroso:

- Até aquele momento, eu estava me fazendo de forte. Mas ali, não sei por qual motivo, eu desabei. Comecei a lembrar que você tinha acabado de tentar aquela idiotice e me imaginei no seu lugar. Comecei a me sentir mal e desisti.

Angel não conseguiu segurar as lágrimas. Lembrar do mal que fizera ao Luiz e também a si, sempre a destruía. Ela deitou a cabeça no peito dele e deixou-o respirar por alguns minutos. Luiz ainda tinha algo a dizer sobre aquele dia:

- Eu me lembrei que estava vivendo o seu sonho. Inconscientemente, estava fugindo de você e para onde você sempre me pediu para levá-la. Senti que estava traindo você. Cancun era o seu lugar perfeito, você sempre dizia isso.

Angel sorriu, mas ainda existiam dúvidas e com a iminente chegada de Bia, precisava saber mais. Ela disse:

- Você realmente aprendeu muito com ela, né? Eu não sei se agradeço ou se dou uns tapas naquela cara de sonsa dela.

Luiz foi da tensão ao riso em segundos. Angel riu junto com ele. Ela voltou a falar:

- Você tem certeza mesmo de que não vai ter nenhuma recaída quando ela chegar?

Luiz olhava para ela divertido:

- Amor, é com você que eu faço amor. Com a Bia é apenas sexo. Um sexo muito bom, mas apenas isso.

Angel o encarou séria:

- Eu não sei se vou conseguir segurar o meu ciúme. Vou precisar da sua ajuda.

Era Luiz que agora encarava Angel. Ela continuou:

- Se em algum momento eu perceber que você está dando mais atenção a ela do que a mim, eu sou capaz de colocar tudo a perder e fazer uma cena. Eu não quero que isso aconteça.

Luiz a abraçou. Os dois estavam em um ponto crucial de seu casamento. Angel queria fazer isso por medo de perder Luiz. Ele também tinha os seus próprios motivos. Angel voltou a perguntar:

- Você até agora só falou na Bia. E Natália nessa história?

Luiz nem havia pensado nessa hipótese. Antes que ele respondesse, Angel o provocou:

- E quando for a minha vez? Nós só falamos sobre você até agora. E eu, como fico?

Angel nem tinha a intenção de estar com outro homem. Só queria mesmo testar as reações de Luiz. Pensou que ele fosse ficar bravo e já se preparava para desmentir o que disse, mas foi pega de surpresa:

- É claro que você terá os mesmos privilégios. Eu não sou um babaca querendo foder com outras mulheres. Eu quero dividir esse momento de prazer com você.

Angel sorriu, feliz pela revelação dele. Ela disse:

- Tem certeza que me ver com outro homem será fácil? - Mais uma provocação.

Luiz pensou por alguns instantes e depois de uma reflexão profunda, disse:

- A gente só sabe mesmo na hora. Depende de muitos fatores, eu creio. Mas.... É uma escolha. Sendo sem mentiras e feito de comum acordo, acredito que será muito prazeroso. Tenho certeza de que se acontecer, você também irá curtir.

Aquele Luiz era uma pessoa completamente diferente daquele nerd com quem Angel se casara. Ela não sabia se o admirava ou se dava umas boas palmadas nele. Angel ainda tinha um medo enorme de que todo esse papo fosse apenas um teste do Luiz, uma armadilha criada para humilhá-la.

Deixando-a ainda mais sem saber como reagir, Luiz disse:

- Vamos ser honestos, né? Você é uma mulher linda e muito gostosa. Fora que é uma fêmea insaciável. Seria uma injustiça e muito egoísmo guardá-la apenas para o meu prazer.

Aquelas palavras fizeram bem ao ego fragilizado dela. Se Luiz estivesse sendo mesmo honesto, talvez ela devesse mergulhar de cabeça. Muitas dúvidas ainda existiam, mas ela resolveu que por enquanto, estava de bom tamanho. Precisava ir com calma e aos poucos. O reatamento dos dois ainda era extremamente frágil e carecia de muito cuidado.

Angel o chamou para dar uma volta pelo bairro. Já estava anoitecendo e eles tinham passado o dia trancados em casa. Ela precisava de ar fresco. As caminhadas de Luiz, viraram também um momento prazeroso para ela.

.

Enquanto Luiz e Angel davam uma pausa naquela conversa esclarecedora, um pouco mais cedo, no Brasil, Júlio seguia o carro em que Tina havia entrado. Depois de sair do bairro em que ela morava, cruzaram todo o centro da cidade e entraram em um bairro periférico. Um antigo bairro industrial que estava se transformando. Com a decadência do setor industrial na cidade, vários daqueles prédios industriais foram reformados e se transformaram em empresas menores. Confecções, academias, galeria de lojas, pequenos centros comerciais, estúdios… o carro entrou em um edifício garagem e Júlio fez o mesmo. Tina saiu do carro, mas a visão de quem dirigia estava encoberta por uma van. Júlio deu a volta pela parte de trás, pagou rapidamente o estacionamento e ficou esperando, atrás de um carrinho de cachorro quente. Logo os dois desceram.

Suas suspeitas se confirmaram. Um jovem da idade de Tina, com visual descolado - piercings, cabelo grande amarrado em coque, calça larga com manchas de tinta, talvez uma nova moda? - e os dois pareciam muito entrosados. Riam e brincavam o tempo todo. A linguagem corporal de Tina indicava que eles eram mais do que amigos.

Júlio ficou possesso. Muitos daqueles prédios eram investimento dele e de outros parceiros. Todos sabiam que os dois estavam juntos e Tina fazia questão de mostrar a traição em praça pública. O casal entrou em um ateliê de pinturas. Júlio não ia mais fazer papel de bobo. Ia dar um fim na sua relação e mostrar à Tina que ele não era um adolescente apaixonado ou um moleque idiota que merecia tal tratamento. Se não estava mais a fim, era só terminar. Ela não era obrigada a manter uma relação que não queria. Nunca imaginou que Tina fosse interesseira, mas naquele momento, não sabia mais no que acreditar. Era um homem de princípios e valores e por causa do que a irmã dela havia feito, mesmo que sob chantagem, ele jamais aceitaria tal situação. Tina ia se arrepender de brincar com a pessoa errada.

Júlio caminhou decidido em direção ao ateliê. Da porta, ele viu que as brincadeiras entre Tina e o Jovem rapaz eram muito mais do que amizade. Por um momento, ele recuou. Tina não merecia que ele fizesse um escândalo. Ia acabar perdendo a razão e saindo como errado. Quando ele se preparava para sair dali, Tina se virou e a surpresa em seu olhar deixou Júlio ainda mais triste. Ele apenas balançou a cabeça para ela, fazendo sinal de negação. Se virou nos calcanhares e saiu.

Tina se lembrou que havia dito que passaria o dia em casa estudando. Sem alternativas, ela correu atrás de Júlio:

- Júlio! Júlio, por favor! - Os transeuntes olhavam para ela e depois para Júlio, que andava mais apressado.

Sem opções, ela gritou forte:

- Júlio Ambrosini, para!

Júlio parou e ela conseguiu alcançá-lo:

- Por que você está aqui?

Júlio olhou para ela decepcionado:

- A pergunta não seria por que "você" está aqui? Você me disse que não podia me encontrar porque tinha que estudar.

Quando Tina tentou abraçá-lo, Júlio se afastou. Ele disse:

- Depois de tudo que a gente viveu de ruim nos últimos meses. A traição de Flávio e Angel, a tentativa de suicídio, o hospital psiquiátrico… por que Tina? Achei que você era a única coisa boa no meio disso tudo. Como eu fui idiota. Era só dizer que não estava mais a fim de continuar. Não precisava fazer isso.

Tina olhava para ele e não conseguia acreditar que ele estivesse pensando isso. Ela não conseguiu se conter:

- Você é um idiota mesmo. Cala essa boca. Se alguém tem motivos para ficar chateada aqui, esse alguém sou eu.

Tina pegou na mão de Júlio e começou a puxá-lo. Ele novamente se desvencilhou dela:

- Para! Eu não quero saber. Seja feliz, eu não preciso disso.

Tina era orgulhosa:

- Eu vou lhe dar apenas uma chance de me pedir desculpas. Eu não sou a Angel. Eu não mereço ser tratada dessa maneira. E só vou fazer isso porque eu realmente amo você.

Tina se virou e começou a andar de volta ao ateliê. Vendo que Júlio continuava parado, ela disse:

- Preste bastante atenção às minhas palavras, se você não vier comigo agora, quem vai terminar com você, serei eu.

Pela primeira vez durante aquela tarde, Júlio começou a ter um pouco de esperança. Talvez, tudo fosse um mal-entendido e Tina teria mesmo uma boa explicação para dar. Ele resolveu segui-la. Entraram no ateliê e o jovem cabeludo os esperava com um sorriso no rosto. Tina os apresentou:

- Charles, esse é o Júlio! O meu namorado, por enquanto…

O cabeludo estendeu a mão:

- O famoso Júlio. - Júlio retribuiu o cumprimento - até parece que é mesmo por enquanto, né?

Charles e Tina riram juntos. Júlio estava confuso. Tina pediu:

- Posso mostrar a ele? Era uma surpresa, mas agora ele descobriu e está pensando bobagens.

- Venham! Acho que está ficando incrível.

Charles e Tina entraram em uma porta lateral e Júlio os seguiu. Era um grande espaço cheio de telas, cavaletes e tintas espalhados. O espaço de criação de um pintor. Charles buscou uma tela específica e colocou sobre um cavalete. Tina vestiu um avental e começou a preparar as tintas que iria usar na paleta. Ao perceber o que acontecia, Júlio se sentiu muito envergonhado.

Na tela havia uma pintura inacabada dele e de Tina. Sentados juntos em uma poltrona. A foto que ela havia pedido para ele escolher há algum tempo atrás. Tina disse:

- Satisfeito por estragar a surpresa do seu presente? Quando você me pediu para ir morar com você, eu queria fazer uma coisa especial para marcar a data.

Júlio não sabia o que dizer. Tina continuou:

- Eu sempre amei pintar. Charles é um amigo da Angel que fazia toda a parte de identidade visual da extinta ONG. Ela nos apresentou e eu pedi a ele para me ajudar. Satisfeito?

A alegria voltou com tudo ao coração de Júlio. Antes que ele pudesse demonstrar a Tina sua felicidade, Charles disse:

- E outra, eu não sou um concorrente. Posso ser uma opção se vocês quiserem. Tina, querida! Que homem é esse? Você é uma mulher de sorte. Cheguei a ovular agora…

Os três caíram na risada. Júlio abraçou sua amada com o coração leve. Passou o resto daquela tarde admirando as habilidades artísticas dela. No comecinho da noite, levou os dois para um barzinho e se divertiram. Charles era um sujeito incrível. Inteligente, educado, viajado, bom de papo… só não era muito discreto nas cantadas para cima de Júlio. Tina se divertia com sua cara de pau. Após algumas horas, Charles encontrou uma companhia que era mais adequada aos seus propósitos. Júlio e Tina só queriam aproveitar o resto da noite. Se despediram do novo amigo e Júlio, sem perder tempo, a levou direto para o seu apartamento. Trocaram beijos tórridos e apaixonados já no elevador. Mal entraram e já começaram a se despir. Precisavam se amar com urgência. Júlio disse:

- Quer dizer então que você vai aceitar o meu convite?

Tina deu mais um beijo demorado nele:

- Acho que sim. Eu até tentei, mas não consigo ficar longe de você. Eu estou completamente apaixonada. Sou sua.

Júlio foi prático:

- Você não precisa mais se preocupar. Eu vou cuidar de você. Não gosto daquela região em que você mora. É perigosa.

Tina brincou:

- O príncipe veio salvar a princesa. Vai me tirar do castelo e me proteger dos monstros que me mantém trancada.

Júlio também estava completamente apaixonado e depois de um dia trágico se transformar em um dia glorioso, ele não tinha mais dúvidas:

- Eu sei que ainda é cedo, mas eu quero você para sempre. Casa comigo?

Tina parou de desabotoar a calça dele e o encarou séria:

- Não brinca com essas coisas. Isso é um pedido muito sério para mim. Não o faça no calor do momento ou de forma leviana.

Júlio se ajoelhou e mesmo que não tivesse um anel, ele pediu:

- Valentina, você aceita ser a minha esposa?

Ela pulou em cima dele e os dois caíram no sofá:

- Claro que eu aceito, eu te amo.

Júlio se posicionou no meio de suas pernas e voltou a beijá-la com muito desejo e intensidade. Sua mão passeou sem impedimento por todas as partes do corpo jovem e impecavelmente belo de Tina. Júlio foi descendo e abocanhou um dos seios, enquanto apalpava carinhosamente o outro. Revezava as chupadas e os carinhos igualmente entre os dois. Tina gemia manhosa:

- Ai, que saudade… aaahhhh…

Júlio mordiscava o biquinho empinado:

- Isso, meu amor! Aaaiiiinnn…

Trocava de seio e voltava a sugar:

- Hummmm…. Que delícia…

Júlio ia sugando, apertando e mordendo do jeito que Tina gostava. Depois foi descendo até chegar em sua boceta, que de tão molhada já escorria aquele mel que ele tanto amava:

- Ahh… que delícia de boca… Aahhhhh…

Júlio mordiscava o grelo e brincava com a língua:

- Ahhhhhhh… minha boceta esperava há dias por isso… aaahhh…

Aquele toque, aquela chupada, a língua que serpenteava ágil por toda a extensão da xaninha de Tina, arrancava tremores do corpo dela:

- Aaahhhh… vou gozar… chupa, vai… agora… Aahhhhh…. Assim… Ahhhhhhhh…

Tina gozou se contorcendo na boca de Júlio. Ela o puxou de volta para um beijo cheio de luxúria, lascivo e de total agradecimento. Estavam há mais de uma semana sem fazer amor.

Tina se recuperou rapidamente e decidiu retribuir, desceu direto com a boca para o pau de Júlio. Estava com saudade, louca pra ver, sentir, chupar e tudo mais o que tinha vontade de fazer.

Tina passou a língua pela lateral daquele pau lindo e gostoso e depois deu uma sugada mais forte na cabeça. Foi a vez de Júlio gemer:

- Puta que pariu! Hummm, que delícia é essa… Aahhhhh…

Tina mamou com vontade. Lambeu, sugou… chupou a cabeça para depois enfiar tudo na boca e deixar babado. Segurou na base do pau e começou uma punheta lenta, enquanto lambia seu saco. Voltou a chupar e a bater com ele no rosto, implorando para que ele a fodesse logo:

- Vem matar essa vontade. Preciso de você dentro de mim…

Júlio a colocou de joelhos no sofá, pincelou o pau na entrada da sua bocetinha e penetrou devagar. Tina gemeu gostoso:

- Ah, caralho! Aaahhhhh…. Que delícia.

O pau deslizou fácil, a lubrificação era intensa. Júlio começou a socar com carinho e aumentar o ritmo aos poucos. Tina delirava:

- Isso! Ahhh… assim… fode sua noiva… aaahhh… eu sou sua.. aahhh…

Ele ficou observando o vai e vem do seu pau que fazia aquele barulhinho gostoso de quando a mulher está muito molhada. Tina se deliciava:

- Fode, meu amor! Ahhh… fode sua noiva safadinha… Aahhhhh…

Tina levou uma mão à xaninha e enquanto ele a fodia, ela esfregava seu grelo, maximizando o prazer daquelas estocadas fortes. Ela implorava:

- Mais forte agora… Ahhhhh… está vindo…

Júlio socava com vontade apertando forte suas ancas e enterrando fundo. Tina pedia mais:

- Ahhhh… ainnnn…. Fode, me fode… Aahhhhh….

Tina explodiu em um gozo maravilhoso. Uma energia incrível que irradiava por todo o seu corpo. Júlio continuava bombando e já estava no limite. Tina pediu:

- Goza na minha boca. Quero sentir seu gosto também… eu gozei gostoso na sua boca, é minha vez.

Júlio tirou o pau de dentro e ela se virou, sentando no sofá de frente para ele e começou a chupar seu pau de novo. Ela achava que estava ainda mais gostoso, porque agora também tinha o gosto de sua boceta. Tina adorava o sabor da própria xoxota. Adorava beijar Júlio depois de gozar em sua boca. Ela lambeu toda a extensão do seu pau para depois se concentrar na cabeça e começar uma punheta rápida, com a língua ansiosa raspando na glande. Segundos depois, Júlio derramou todo o seu leite quente em sua boquinha. Ela engoliu cada gota, sem desperdiçar nada e sentindo o sabor de macho que ela tanto adorava.

Após se recuperarem, tomaram um banho relaxante juntos. Depois, com fome, pediram uma pizza. Júlio abriu um vinho e ficaram bebendo abraçados. A noite dos dois foi perfeita. Estavam noivos e felizes por pertencerem um ao outro. Se amaram durante todo aquele final de semana.

.

Se tanto Júlio e Tina como Angel e Luiz se acertavam, Bia e Natália começavam os preparativos para a viagem. Na segunda-feira de manhã, Natália começou a sua peregrinação. Decidiu trancar a matrícula na faculdade durante um ano e aproveitar a experiência.

Primeiro, a polícia federal para dar entrada no passaporte. Depois, com um documento oficial expedido pela empresa, foi até à embaixada americana para entrar com o pedido de visto de transferência. Apesar de ser um processo mais simples, por estar empregada e cumprindo uma função específica, o prazo era de vinte e oito dias, no mínimo.

Mesmo que atrapalhasse um pouco os planos de Bia, ter que ficar tantos dias sem Natália, as duas não tinham muita alternativa do que fazer. Era preciso esperar. As coisas são, como são.

Bia comprou sua passagem para a quarta-feira. Já tinha seu visto de executiva e inclusive, residência fixa nos Estados Unidos. Teria todo o resto da segunda e mais a terça-feira para deixar as coisas em ordem no Brasil. Indo na frente, poderia já alugar um espaço para dividir com Natália e preparar o terreno para a chegada dela. Sua casa era no lado oposto de onde precisavam ir. Antes da volta ao Brasil, morava em Miami, mas dessa vez, precisava ir para a Califórnia. Sabia que seria complicado esse reencontro entre elas e a Angel. Não deixaria que ela se aproveitasse de Natália outra vez. Ela agora era sua protegida e se fosse preciso, enfrentaria dez Angels para protegê-la.

Ainda teve uma longa conversa com Júlio na terça-feira e ficou muito feliz por saber que as suspeitas dele, não passavam de um mal-entendido. Jantaram todos juntos naquela terça-feira à noite. Bia, Natália, Júlio e Tina. Até Luiz, por chamada de vídeo, participou daquela despedida de Bia. Ver Luiz novamente, mesmo que por vídeo, mexeu com as emoções de Natália. Até havia aprendido a conviver com a volta dele e Angel, mas jamais se conformou.

Natália sabia que, por mais que negasse, Bia também tinha sentimentos fortes por Luiz, mas também entendia que a chefe, amiga e amante, era um espírito livre. Não se prendia mais a relacionamentos sem liberdade. Para separar Angel de Luiz, só Bia seria capaz. Uma ideia começou a ganhar vida na mente de Natália. Se fizesse os movimentos certos, quem sabe?

Bia embarcou na quarta-feira de manhã. Júlio e Natália a levaram ao aeroporto. No trajeto, Bia e Júlio ainda aproveitaram para trocar alguns planos e informações. Natália aproveitava para imaginar coisas que desejava fazer antes de partir para encontrar a Bia nos Estados Unidos. Mas, na volta, Júlio parecia perdido em seus pensamentos e Natália não teve iniciativa para puxar assunto. Voltaram quase todo o trajeto em silêncio.

Depois de um trânsito infernal, chegaram à empresa. Natália foi para o seu setor e Júlio se encaminhou para o seu escritório. Na sala de espera, sentado aguardando, o investigador Marcos se levantou ao vê-lo chegar:

- Bom dia, Sr. Júlio! Tem um tempinho para falar?

Júlio, apesar de surpreso, se manteve calmo:

- Venha! Falamos com mais privacidade na minha sala.

Marcos era um policial experiente e com algumas pessoas ao redor, a pressão em Júlio seria maior. Ele disse:

- Não vou me demorar. Só vim entregar essa intimação. - O policial olhava diretamente em seus olhos.

Júlio pegou o papel e o abriu na frente do investigador sem demonstrar qualquer receio. Marcos ficou intrigado com sua reação. Na cabeça do investigador, existiam três possibilidades: ou ele era um psicopata, um homem sem sentimentos. Ou ele estava muito seguro de cometer o crime perfeito, coisa que não existe. E a última e que não podia ser descartada, ele era realmente inocente. Júlio olhou nos olhos do investigador e completamente calmo, disse:

- Amanhã às quatorze horas? Ok! Estarei lá.

Enquanto o investigador se despedia e saía da empresa, Júlio se direcionou à sua sala, preocupado com uma série de questões que ele precisava verificar com urgência.

Continua…

Contato: max.alharbi07@gmail.com

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Comentários

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E o cerco fechando para o Julião da massa.

Infelizmente, meu ship dele com a Bia não se concretizou, mas o casal Tina x Júlio ainda são os melhores da série.

Da personagem Natália, nunca gostei, mas sem um drama, não tem estória né?

Luiz e Angel, meio que depois de todo o que aconteceu, faz um pouco de sentido eles tentarem coisas novas. O único ponto é que eu tenho a impressão que esse tipo de situação, relacionamento liberal, mesmo com regras, sempre se perde o controle. Mas não entendo muito disso, já que não é muito a minha praia.

A Natália precisa de um novo "par" pra ela.

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Max está segunda temporada está melhor que a primeira,Júlio estava fragilizado por causa da tina,mas tudo esclarecido vai voltar a ser o Júlio,frio e calculista,Luiz e Angel estão bem na sua relação,e evoluindo como casal sem mentira, Bia e Natália estão em ótima amizade,mas será que só chegar nos u s a não irá ocorrer outra trama,bjs querido

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Mas que trama, mas que drama, mas que caso, mas que rolo, e eu nem tinha visto que esqueci de comentar. Li, e vazei, Esqueci de comentar. Hoje lendo oos dois comentários do "apreciador de casadas", percebi o que pensa esse cara: "To solteiro, aqui, à espera que as casadas que não se sentem atendidas e satisfeitas, me chamem para eu dar um trato." O Famos CHUPIM, que adora botar os ovos no ninho do outro. Hahaha Mas tem cada uma. Max. # stard.

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Eu sinceramente não confio em ninguém dessa história 🤣

E gosto que seja assim. Cada um tem os seus dilemas e princípios. E nada mais humano do que isso

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É um olho no peixe e outro no gato... A qualquer momento, um deles faz uma lambança.

Abraço, amigo!

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Muito bom,gostei de você continuar esta história.

Parabens.

Seja fiel a você,a sua criatividade e fantasias.

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Devagar vamos mostrando tudo. Nada será esquecido. No máximo, deixado para a terceira temporada. 😂😂😂

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Valeu Loco Abreu, mas eu sou mais Túlio Maravilha. 😂😂😂

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Mas demais nota mil, mais será o que a Natália vai a pronta em kkkkk,só na expectativa ne amigão valeu.

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Nossa Max que rápido postou o capítulo, que bom que não teve traição de tina ( prefiro Valentina) Angel não devia aceitar ser liberal, ela não é assim e fazer as vontades do marido por medo de perde-lo, ela é melhor que isso e por fim Natália vai aprontar com certeza.

Parabéns pelo conto.

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Essa da Angel ser melhor, eu concordo com a Bia... 😂😂😂

Será que é só medo de perdê-lo mesmo ou vontade experimentar também?

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Pra um cara que vive um relacionamento liberal é até normal achar que todo mundo está sujeito a aceitar isso ou tenha ao menos curiosidade, mas acho e digo só que acho que a grande maioria prefere mesmo uma vida mais normal.

A grande “desculpa” de casais liberais é dizer que um não é dono do outro. Queria ver se um casal liberal fosse em uma balada comum e a mulher virasse pro companheiro e falasse agora segura a minha bolsa que como você não é meu dono eu vou tirar a roupa aqui e vou transar com quem me quiser porque somos liberais e ninguém é de ninguém.

A verdade que essa fala de que ela não somos donos só serve até a página dois e depois as desculpas dos liberais podem ser é perigoso ou alguém pode filmar enfim. E a melhor de todas foi Angel meu amor você transa tão bem que não é justo só eu usufruir desse sexo que me leva a lua . Apesar de achar que um casal liberar possa se amos de verdade quando eles decidem abrir a relação alguma coisa não está se encaixando ou uma das pessoas é bissexual ( nesse quesito eu até entendo mais) ou o sexo não está como antes ou o sexo nunca foi bom o bastante mas se o casal se ama e são cúmplices e o sexo é gostoso prós dois qualquer adjetivo que um possa dar pra ter uma vida liberal é só uma desculpa pra transar com outras pessoas mas é muito mais digno do que trair o companheiro.

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Quando você fala sobre a festa. Da mulher arrancar a roupa e tudo mais, isso não é uma atitude liberal, é só promiscuidade.

Nós liberais, só não temos esse apego em relação a sexo, o resto é tudo aos outros. Também exigimos respeito, brigamos, discutimos, pagamos boletos...

É tudo normal. Só não acreditamos que somos os únicos capazes de dar prazer a nossos companheiros. Damos essa liberdade, porque também a queremos.

Veja a história do San, também sofremos as mesmas dúvidas dos monogâmicos. Não somos de ferro. Também temos ciúmes.

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Porra meu que raiva do Luiz,depois de todo sofrimento e drama que passou com Angel, vai entregar ela por espontânea vontade a outro macho,esse cara é muito burro,eu no lugar dele jamais dividira ela com ninguém,que porra de amor esse,iria satisfazer em todos os sentidos,mostrar que eu realmente à amo e ela nem sonharia em nada com outra pessoa,afinal que sentido tem amar uma pessoa e dividi-la .

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Very good, já nem ligo mais pra o sexo em alguns contos, o que quero é trama, as intrigas, a tão famigerada treta kkkkk

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Fala aí, João! Sexo é importante. É por ele que estamos aqui. 😂😂😂

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Fala aí, queridão! Tá cheio de perguntas hoje, hein? Em breve todas serão respondidas.

Forte abraço.

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Obrigado, pimenta! Você é a melhor. (Depois da Jaque, é lógico! 😉)

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